Sabe aqueles eventos aos quais você vai com a certeza de que irá gostar, pois é, não foi esse o caso, eu simplesmente fiquei encantando, quase em êxtase com essa mostra.
De um artista cuja obra sempre permeou meu inconsciente com suas imagens poderosas e ao mesmo tempo tão singelas que atraem nossa atenção e nos faz prestar atenção aos ricos detalhes de cada cena retratada.
Um artista de múltiplos talentos e vasta produção que nos intriga com a alta qualidade de seus desenhos, pois nos atestam sua quase sobre humana capacidade de trabalho e imaginação.
Foi o cronista e ao mesmo tempo o historiador de sua época que com seus traços irônicos nos traz aquela realidade.
Um lindo passeio a ser feito mais de uma vez.
Conjunto De Chiquinha Gonzaga - 1912 - Falena
Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS
Vinheta e capitular publicadas
em Careta, 15.08.1942
Grafite, nanquim e guache
sobre papel, 12,3 x 10,9 cm
Coleção
Eduardo Augusto de Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Vinheta publicada em Careta, 13.04.1940
Grafite, nanquim e guache
sobre papel, 21,6 x 30,7 cm
Coleção Eduardo Augusto de
Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Ilustração publicada em Para Todos.. .,
18.10.1924
Grafite, nanquim, aquarela e
guache sobre papel, 37,8 x 30,9
cm
Coleção Eduardo Augusto de
Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Ilustração para capa de Careta, 30.09.1950
Grafite, nanquim, aquarela e guache sobre papel, 36 x 31,5 cm
Coleção Eduardo Augusto de Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Ilustração para capa de Careta, 07.06.1941
Nanquim, aquarela e guache
sobre papel, 35,5 x 30,6 cm
Coleção Eduardo Augusto de
Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Ilustração para capa de Careta, 27.12.1947
Grafite, nanquim, aquarela e
guache sobre papel, 37,6 x 33,2
cm
Coleção Eduardo Augusto de
Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
Ilustração para a capa de Careta,
06.02.1943
Grafite, nanquim, aquarela,
guache e tinta metaloácida sobre papel, 39,3 x 34,3 cm
Coleção Eduardo Augusto de
Brito e Cunha / Instituto Moreira Salles
IMS
Paulista inaugura exposição de J. Carlos, um dos principais cronistas visuais
do país
A mostra, que abre no dia 17 de
setembro, reúne cerca de 300 itens, entre desenhos e publicações do
artista
José Carlos de Brito e Cunha
(1884-1950), o J. Carlos, é autor de uma das mais poderosas crônicas visuais do
Brasil na primeira metade do século XX. Sua ampla produção é apresentada na
exposição J. Carlos – Originais, que o IMS
Paulista inaugura no dia 17 de setembro (terça-feira), às 18h. A
mostra, que foi exibida na sede carioca em 2017, reúne cerca de 300 itens,
entre desenhos e publicações, selecionados pelos curadores Cássio Loredano,
Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires. Na abertura (17), às 19h, haverá uma
visita guiada conduzida por Cássio Loredano. O evento é gratuito e aberto ao
público.
J. Carlos produziu uma obra variada,
que inclui caricaturas, charges, cartuns, alfabetos tipográficos, publicidade, enfim,
todo o universo gráfico das primeiras revistas ilustradas do país. Estreou na
imprensa em 1902, aos 18 anos, e trabalhou ininterruptamente pelos 48 anos
seguintes. Acredita-se que tenha publicado mais de 50 mil desenhos. A mostra
apresenta instantes decisivos dessa trajetória, em obras selecionadas entre os
cerca de mil originais que integram a coleção Eduardo Augusto de Brito e
Cunha, sob a guarda do IMS desde 2015. O acervo reunido pelo filho do artista
também inclui coleções encadernadas das publicações em que J. Carlos atuou,
como Careta, Para Todos..., Fon-Fon! e Almanaque do Tico-Tico.
Ao privilegiar os originais, muitas
vezes anotados, a mostra pretende não apenas dar conta de alguns dos temas mais
recorrentes do artista, mas também flagrar o processo de criação das ilustrações,
da prancheta para as páginas. Segundo Paulo Roberto Pires, a seleção mostra o
processo criativo de J. Carlos, revelando “um pouco como trabalha um artista
gráfico. Ao visualizar os originais, o público pode acessar os bastidores
da obra.”
A exposição está organizada em quatro
seções. A primeira é dedicada ao J. Carlos artesão: nela estão letras,
vinhetas, rascunhos e logotipos. Estão presentes, por exemplo, as capitulares,
vinhetas e diagramações que o artista criava para acompanhar os textos
literários nas revistas. “É um dos capítulos mais bonitos da exposição. Todo
escritor publicava na imprensa da época, e ele fazia a roupa visual de tudo”,
conta Cássio Loredano.
O Brasil é o centro do segundo núcleo
temático, na crônica satírica da vida política brasileira, sobretudo dos
governos Dutra e Vargas. O J. Carlos cronista também se ocupa do cotidiano do
Rio de Janeiro, das cenas corriqueiras da cidade grande ao Carnaval.
Na terceira seção, J. Carlos comenta
alguns dos momentos cruciais da Segunda Guerra Mundial. Numa série de desenhos
publicados na Careta, o artista
caricatura os principais líderes mundiais e firma posição na luta internacional
antifascista. O segmento final é dedicado ao J. Carlos menos conhecido, um
diligente desenhista de histórias para crianças. Dos quadrinhos formalmente
ousados, publicados semanalmente em O
Tico-Tico, a Minha babá, livro que
se tornou raridade, o artista mantém o virtuosismo que foi sua marca.
J. Carlos foi um dos primeiros
representantes do modernismo no Brasil, em sua leitura original do art nouveau e do art déco. “Ele transcende o universo dos desenhistas, dos
caricaturistas. Sua obra causa impacto até hoje, as pessoas reconhecem o traço,
a estética de uma era específica, a belle
époque, que ele conseguiu associar ao seu trabalho. Aqui ele foi único,
original”, afirma Julia Kovensky.
J. Carlos – Originais
Curadoria: Cássio Loredano, Julia
Kovensky e Paulo Roberto Pires
Abertura: dia 17 de setembro, às 18h
Visitação: até 26 de janeiro de 2020
Entrada gratuita
Galeria 1
Visita guiada com Cássio Loredano
17 de setembro, às 19h
Entrada gratuita, sujeita a lotação
Galeria 1
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo
Tel.: 11 2842-9120
imspaulista@ims.com.br
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feriados (exceto segunda), das 10h às 20h. Nas quintas, até as 22h.
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