Essa magnífica exposição, para os padrões sul-americanos, nos apresenta peças de um amplo espectro das pequenas coisas religiosas e do cotidiano do Egito antigo, com artefatos delicados e ao mesmo tempo sofisticadas em sua execução e finalidade.
É sim capaz de nos mostrar o quão avançada era essa civilização, tanto nas artes, nos costumes e no conhecimento, que desapareceu nos deixando apenas seus rastros e ruínas que apenas nos permitem vislumbrar sua opulência.
Tenho desde menino fascínio pela história egípcia, que começou com a leitura do romance "O Egípcio de Mika Waltari, que tenta contar de forma romanceada a vida nas cortes dos faraós.
Passei anos sem me interessar em ver mostras sobre o Egito antigo, pois quando estive no Museu do Cairo, antes de ver seu acervo, fui direto conhecer o Tesouro de Tutancâmon, que de tão magnífico me fez sentir que o resto das obras expostas não tinham mais graça. Pena que esse seja um dos poucos, senão o único conjunto descoberto sem ter sido saqueado.
A previsão do CCBB - SP é de bater seus recordes de visitação, já que filas imensas já se formam à porta do Centro Cultural.
Um ótimo passeio, a ser apreciado com atenção e vagar.
Música Egípcia, que com certeza só tem influências árabes
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de assessoria de imprensa do evento.
Egito Antigo: do cotidiano à eternidade
SÃO PAULO,
JANEIRO DE 2020 – Sucesso de público
em sua passagem pelo Rio de Janeiro, onde foi vista por 1.433.188 de pessoas, a
mostra Egito Antigo: do cotidiano à eternidade estreia sua temporada
no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo em 19 de fevereiro. A exposição,
que fica em cartaz até 11 de maio com entrada gratuita, tem patrocínio do Banco
do Brasil, BB DTVM, BB Seguros, copatrocínio da Brasilprev e apoio do Banco Votorantim.
A produção e organização são da Art Unlimited.
Ao todo, a mostra reúne 140 peças que têm em
comum a relevância para o entendimento da cultura egípcia, que manteve
parcialmente os mesmos modelos religiosos, políticos, artísticos e literários por
três milênios. Neste ano, a exposição ainda será exibida nos CCBBs de Brasília
e Belo Horizonte. Aspectos da historiografia geral do Egito Antigo serão
apresentados de forma didática e interativa, por meio de esculturas, pinturas,
amuletos, objetos cotidianos, um Livro dos Mortos em papiro, objetos litúrgicos
e óstracons (fragmento de cerâmica ou
pedra usados para escrever mensagens oficiais), além de sarcófagos, múmias de
animais e uma múmia humana da 25ª dinastia.
“O principal objetivo é possibilitar a um
público grande e diverso, um entendimento qualificado sobre a cultura egípcia”,
explica Pieter Tjabbes, curador da mostra junto com Paolo Marini. “Organizamos
as obras em diversos recortes, diferentes instâncias, ultrapassando limites
temporais e regionais”, completa. Uma réplica da tumba de Nefertari e uma
pirâmide cenográfica fazem parte da exposição.
Egito
Antigo
Por
volta de 4000 a.C., os povos do Egito viviam em pequenas unidades políticas, os
nomos, e eram governados por nomarcas, que se reuniram em dois reinos, o Baixo
Egito, ao norte, e o Alto Egito, ao sul. Reconhecido como berço de umas das
primeiras grandes civilizações da Antiguidade, o Egito Antigo se formou a
partir da unificação do Alto Egito e Baixo Egito, no reinado de Menés (Narmer,
em grego), o primeiro faraó, entre 3.100 a.C. e 3.000 a.C. – e se desenvolveu
até 30 a.C., após a derrota de Cleópatra pelo Império Romano, na Batalha de
Alexandria.
Foram quase 3.000
anos de relativa estabilidade política, prosperidade econômica e florescimento
artístico, alternados por períodos de crises. O legado dessa civilização
desperta fascínio até hoje e teve grande influência na moda, no design, na
arquitetura e em cultos europeus, como a maçonaria e a Rosa Cruz, sendo que, a
partir do século 19, virou mania na Europa (egiptomania).
Muitas das peças de Egito Antigo: do cotidiano à
eternidade são resultantes de escavações do século 19 e início do
século 20, e todas são oriundas do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio), da
Itália. Fundado em 1824 por Carlo Felice di Savoia, rei da Sardenha,
o museu italiano reúne a segunda maior coleção egiptológica do mundo (depois do
Museu do Cairo), com cerca de 40.000 artefatos do Egito Antigo. Seu acervo é
resultado da junção das peças da Casa Savoia (adquiridas desde o século 17) às
da coleção que o monarca comprara das escavações de Bernardino Drovetti, cônsul
da França no Egito (1820-1829) – e outra parte do acervo foi descoberta pela
Missão Arqueológica Italiana (1900-1935), quando ainda era possível a divisão
dos achados arqueológicos.
A exibição é dividida em três seções: vida
cotidiana, religião e eternidade, que ilustram o laborioso cotidiano das
pessoas do vale do Nilo, revelam características do politeísmo egípcio e
abordam suas práticas funerárias. Cada seção apresenta um tipo particular de
artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação
projetadas para provocar efeitos perceptuais, simbólicos e evocativos. As cores
escolhidas são: amarelo para a seção da vida cotidiana; verde para a religião;
azul para as tradições funerárias – associadas a três intensidades da
iluminação (brilhante, suave e baixa). Os visitantes poderão conferir o acervo
inédito ao longo dos seis andares do CCBB de São Paulo.
Vida cotidiana (seção amarela)
O dia no Egito Antigo começava quando os
primeiros raios de luz emergiam do akhet (horizonte) para iluminar Kemet, a
terra negra (Egito). Este também é o momento em que a jornada de Egito
Antigo: do cotidiano à eternidade tem início: o cotidiano é apresentado
por meio de vídeos e fotografias – do Nilo, de sítios arqueológicos, tumbas e
objetos importantes. As imagens transportam o público para o modo de vida de
uma civilização intimamente ligada à figura do Sol, Deus representado em
pinturas, escritos, adereços e objetos, entre outros artefatos, relacionados ao
Egito Antigo.
O
amarelo que colore essa seção está associado ao Sol, mas também ao ouro
(material do qual a pele dos deuses era feita), assim como ao tom ocre
comumente usado em Deir el-Medina – a vila abrigava artesãos das tumbas do Vale
dos Reis, de onde vêm a maior parte da informação sobre o dia a dia dos antigos
egípcios.
Por meio dos objetos expostos – adornos,
artigos de higiene, pentes, frascos de cosméticos, sapatos, vestimentas, entre
outros – é possível entender aspectos como trabalho, nutrição e saúde da civilização
egípcia.
Os
níveis sociais em torno da cultura e das esferas administrativas e sacerdotais
eram reservados a altos dignitários, que desfrutavam dos maiores privilégios,
praticavam caça e pesca e cuidavam do corpo com óleos, pomadas, banhos e
perfumes. Tanto mulheres quanto homens usavam maquiagem, especialmente o kohl,
uma mistura preta aplicada ao redor dos olhos, que servia a um propósito
protetor.
Já os camponeses viviam como o esteio da
economia, junto com os servos. Suas vidas e trabalho eram determinados por um
evento cíclico fundamental: a inundação do Nilo, em julho, que transformava os
campos em pântanos lamacentos. Era muito incomum mudar de classe social, mas um
escriba poderia melhorar muito seu status, uma vez que seu conhecimento era
requisito para os cargos mais altos: era necessário dominar o hieróglifo e a
escrita administrativa, em particular hierática (versão cursiva do hieróglifo),
muito mais rápida, usada em anotações e documentos. Enquanto o hieróglifo era
escrito em pedra ou papiro precioso, o hierático era registrado em óstracons.
Religião
(seção verde)
A segunda parte da exibição irá ilustrar a
relação dos egípcios com o sagrado, levando o visitante para dentro de um
templo, em um ambiente em tons de verde. Essa cor está ligada a muitos conceitos,
em especial ao renascimento e à regeneração, assim como à cor da pele do deus
Osíris, rei dos mortos, e à tonalidade do papiro, feito a partir da planta
identificada com o Nilo, que crescia na água e representava uma nova vida. A
luz é suave, para evocar o que teria sido a iluminação típica dos templos, onde
os cultos oficiais eram praticados e os sacerdotes escreviam os textos sagrados
e determinavam a vida religiosa. Eram subdivididos em espaços públicos e
sagrados, nos quais apenas alguns sacerdotes e o rei podiam entrar. Sua
arquitetura substituía progressivamente a luz pela penumbra e escuridão.
A religião egípcia era politeísta, marcada por
um grande número de divindades maiores e menores. A forma mais íntima de
devoção pessoal era o culto votivo, que envolvia a consagração de objetos
representando as divindades.
Muitos deuses assumiam a forma animal, e
espécies associadas a divindades específicas eram adoradas. Nos templos, um
animal associado a um deus poderia ser considerado sua encarnação e, se
morresse, seria mumificado e poderia ser deixado como oferenda. Foram
encontradas centenas de milhares de múmias, especialmente gatos para a deusa
Bastet, cães para o deus Anúbis, falcões para o deus Hórus e íbis para o deus
Thoth. As múmias eram acompanhadas de objetos em vários materiais, incluindo
estátuas de divindades e estelas de pedra calcária, diante das quais as
oferendas seriam deixadas.
Outro aspecto importante da religião era a
magia, desde a vida cotidiana até os ritos funerários – às vezes, considerada o
único remédio contra o comportamento incompreensível dos deuses, demônios,
anjos e espíritos dos mortos. A doença era vista como uma possessão por uma
entidade prejudicial que precisava ser derrotada. As estátuas de cura pertencem
a essa esfera e apareceram pela primeira vez no Império Novo (iniciado em cerca
de 1500 a.C.), podendo curar picadas de cobra e escorpião, com a água ou leite
que era derramada sobre elas e sobre os textos mágicos que cobriam as feridas.
Eternidade
(seção azul)
A escuridão noturna, fase em que a deusa Nut
engolia o Sol, era associada ao reino dos mortos; e o azul é a cor do
lápis-lazúli, mineral precioso valorizado pelos egípcios. Em um ambiente com
iluminação azul meia-noite, considerada por eles a cor da eternidade, o
terceiro espaço expositivo irá abordar as tradições funerárias e a vida após a
morte. A luz ainda mais fraca sugere os locais fechados e selados das câmaras
funerárias, onde os bens da sepultura eram originalmente colocados. Assim, o
visitante é transportado ao interior de uma tumba para acompanhar desde a sua
idealização e construção até o sofisticado ritual de mumificação.
Os elementos da arquitetura das tumbas
atendiam exigências relacionadas às crenças funerárias. Esse ritual atingiu sua
máxima expressão com a mumificação, que era considerada uma proteção do corpo
para continuar a vida após a morte. Os
órgãos internos eram retirados, tratados e guardados em vasos canópicos, pois
os egípcios acreditam que era preciso preservá-los para assegurar a vida
eterna; só o cérebro era descartado; e o coração, a casa da alma, era
recolocado na múmia. Essa função protetora da mumificação era reforçada pela
recitação de fórmulas mágicas, representando espíritos ou divindades
particulares, e posicionando amuletos em pontos específicos da múmia: o djed (hieróglifo
em forma de pilar) era colocado atrás do corpo, como símbolo de estabilidade e
força; o besouro coberto de fórmulas mágicas protetoras, no coração; os
espíritos funerários, no músculo cardíaco; as divindades protetoras, nos órgãos
do abdômen.
A partir do Império Médio (iniciado em cerca
de 2000 a.C.), as tumbas ganharam estatuetas funerárias, conhecidas como
shabtis, que tinham a tarefa de substituir o falecido se fosse convocado para
realizar trabalho agrícola ou qualquer outra tarefa após a morte. No entanto, o
objeto mais importante era o caixão, cuja função principal era preservar o
corpo. Ao longo dos séculos, mudou tanto em forma quanto em decoração e, muitas
vezes, era identificado com Nut, a deusa do céu e mãe divina, que acolhia os mortos
e lhes permitiria começar uma nova vida.
Interatividade
Egito Antigo: do cotidiano à eternidade apresenta ainda uma seção interativa, com um vídeo
com reconstrução 3D de monumentos, baseada em dados reais, que permitirá aos
visitantes percorrer lugares no Egito Antigo. Serão desenvolvidas atividades
lúdicas e ainda será possível tirar selfies com a esfinge ou a pirâmide. Haverá
uma réplica de uma escavação e um livro eletrônico, com parte do material
registrado pelas equipes de Napoleão (de 1798 a 1801), com imagens de
monumentos, esculturas, paisagens e objetos, que poderá ser navegado pelos
usuários e será projetado em um telão. A reconstrução de uma das salas de tumba
da rainha Nefertari, cujas pinturas de parede são consideradas como ‘a Capela
Sistina do Egito Antigo’, completa a visita da exposição.
Além disso, o Programa Educativo do Centro
Cultural Banco do Brasil irá desenvolver uma série de atividades que
estimulam a experiência, a criação, a investigação e a reflexão por meio de
processos pedagógicos, artísticos e curatoriais. Logo nas primeiras semanas da
exposição, educadores serão convidados para conhecer a mostra. Já durante o
período expositivo, atividades especiais estão programadas. No Carnaval, por
exemplo, uma oficina vai demonstrar maquiagens e fantasias relacionando o tema
da exposição.
O Espaço de Convivência convida ao encontro, à
pausa e ao diálogo. É um lugar onde todos os públicos são acolhidos, em suas
diferenças e singularidades, e onde o Programa CCBB Educativo SP afirma o
compromisso com a acessibilidade, a diversidade e a inclusão. O Espaço de
Convivência da exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade toma como
ponto de partida elementos do Antigo Egito e do Egito contemporâneo e propõe um
lugar de encontro onde o jogo funciona como ferramenta de construção coletiva e
de aprendizado, com foco na escrita de hieróglifos, tanto de palavras como de
números. As atividades do CCBB Educativo são realizadas todos os dias, exceto
às terças.
Após passar por São Paulo, Egito Antigo: do
cotidiano à eternidade será apresentada no CCBB Brasília (2 de junho a 30 de
agosto de 2020) e no CCBB Belo Horizonte (16 de setembro a 23 de novembro de
2020). A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil (por meio do edital
Programa de Patrocínio 2018/2019 - Centro Cultural Banco do Brasil), pela BB
DTVM, BB Seguros e tem copatrocínio da Brasilprev e apoio do Banco Votorantim.
O projeto conta com apoio da Lei de Incentivo à Cultura.
Egito
Antigo: do cotidiano à eternidade
| Centro Cultural Banco do Brasil
·
CCBB São Paulo: 19/02/2020 a
11/05/2020
·
CCBB
Distrito Federal: 02/06/2020 a 30/08/2020
·
CCBB
Belo Horizonte: 16/09/2020 a 23/11/2020
Entrada gratuita
Sobre o CCBB
SP – O CCBB São Paulo ocupa o prédio construído em 1901
na Rua Álvares Penteado, 112, esquina com a Rua da Quitanda. Localizado no
coração histórico da cidade, numa via hoje de pedestres, o edifício foi
comprado em 1923 pelo Banco do Brasil. Em 1927, após uma reforma projetada pelo
arquiteto Hippolyto Pujol, tornou-se o primeiro prédio próprio do
Banco do Brasil na capital. A construção foi inteiramente reformada para
abrigar o CCBB São Paulo, inaugurado em 21 de abril de 2001. Os elementos
originais foram restaurados, mantendo assim as linhas que o tornam um dos mais
significativos exemplos da arquitetura do início do século XX.
Serviço
Egito Antigo: do cotidiano à eternidade
De
19/02/2020 a 11/05/2020
Centro Cultural
Banco do Brasil São Paulo
Rua
Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Aberto
todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças
Acesso
ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Informações:
(11) 4298-1270
Acesso e
facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e
Restaurante | Loja
Estacionamento
conveniado: Rua da Consolação, 228.
Traslado gratuito
até o CCBB (aprox. 10 min), das 14h às 23h.
No trajeto de
volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Valor: R$ 14 pelo
período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.
Assessoria de imprensa do CCBB SP
Leonardo
Guarniero
(11)
4298-1270/1282 | leoguarniero@bb.com.br
Informações para a imprensa sobre a exposição: Agência Galo
SP: (11) 3253-3227 | BH: (31) 4063-6331 | DF: (61) 4063-8770 | RJ: (21) 4063-7021contato@agenciagalo.com