Que satisfação conhecer um artista ainda jovem que produz uma arte muito agradável aos sentidos e ver experimentos e ousadias feitos por quem tem uma sólida base teórica.
Desenhos e pinturas que ao mesmo tempo surpreendem e agradam, fazendo-nos refletir e apreciar com vagar os trabalhos, instigantes e ao mesmo tempo delicados.
As obras, todas feitas em tons de rosa, em vez de estranhar, causam uma sensação de calor, de proximidade com os temas.
Na vernissage temos a grande vantagem de poder falar com o artista e perceber a reação das pessoas perante ao exposto.
Tive a oportunidade de perguntar a Rodolpho como era seu processo criativo, quando ele me explicou que, pelo menos os quadros da mostra eram colagens de imagens que lhe vinham à mente, que ele transpõe ao trabalho com seus espetaculares desenhos.
Sempre me senti intimidado em ver exposições em galerias, pois tenho a impressão que os empresários vêem o visitante mais como um potencial comprador do que um simples diletante, mas neste caso, não sei se pela quantidade de pessoas no evento, ou pela cordial acolhida dos anfitriões, pude desfrutar plenamente desta mostra.
Para acompanhar o comentário uma música de Grace Jones, que é representada em duas obras deste evento.
Grace Jones - Slave To The Rhythm
Abaixo das imagens fornecidas pela assessoria de imprensa dos curadores, o press-release.




ATRAQUE - RODOLPHO PARIGI
NA GALERIA NARA ROESLER
Abertura: 18 de fevereiro, às 20h – até 19 de março de 2011
O paulistano Rodolpho Parigi (São Paulo, 1977) apresenta Atraque, sua segunda individual na Galeria Nara Roesler. A exposição reúne pinturas em grandes e pequenos formatos, bricolagens, desenhos em papel, uma escultura, além de um work in progress desenvolvido, em parte, nas paredes da galeria. Nestes trabalhos realizados em 2010/2011 suas pesquisas tomam a história da arte, a música e o corpo como referências para a criação de obras que misturam elementos do passado, com o seu presente/futuro.
Acostumado com as cores vibrantes, Parigi atualmente trabalha com uma palheta que privilegia o magenta, o vermelho e o pink. Seu processo criativo parte da manipulação de formas e figuras reconhecíveis para chegar a imagens irreais ou ainda “figurações inventadas”. Segundo Parigi, essa operação é similar a uma mixagem musical, em que são coletadas e arquivadas imagens, textos e ideias para, a partir dessa combinação de elementos, desenvolver seus trabalhos.
A carreira do artista é marcada pela produção de pinturas em grandes formatos. Sua prática de trabalho consiste em várias horas de desenhos antes de iniciar uma tela. A execução vem depois desse exercício, que também se completa com uso do computador como ferramenta. Em seus trabalhos criados entre 2007 e 2009, já fica evidente a predominância das cores intensas, além de uma temática urbana em composições abstratas fragmentadas e velozes, com grande qualidade técnica e conceitual.
Com elementos suficientes em sua trajetória para ser considerado um dos novos expoentes da arte contemporânea brasileira – com trabalhos em acervos permanentes de importantes museus, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM-BA e ainda em diversas coleções privadas nacionais e internacionais – Parigi, em 2010, fez residência na Cité des Arts, em Paris, e teve sua primeira individual na Europa, na Galeria AMT | Torri & Geminian, em Milão.
Exposição: Atraque – Rodolpho Parigi
Abertura: 18 de fevereiro, às 20h (convidados)
Até 19 de março de 2011
De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h.
Galeria Nara Roesler | galeria térreo
Av. Europa, 655 – São Paulo. Tel: 11.3063-2344
Site: www.nararoesler.com.br / E-mail: galeria@nararoesler.com.br
Informações à imprensa:
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