Os vídeos e músicas postados neste espaço podem não ser visualizados em versões mais recentes do Internet Explorer, sugiro a utilização do Google Crome, mais leve e rápido, podendo ser baixadoaqui.
Já fazia algum tempo que não escrevia sobre música, principalmente estrangeira e contemporânea, mas nessa semana esta apresentação do conjunto conjunto Dafh Punk com o auxílio mais que luxuoso de Steve Wonder na cerimônia de entrega dos Prêmios Grammy foi tão comentada que fui conferir.
E qual não foi minha surpresa ao me ver encantado, tanto pela música, que devia já conhecer, pois lá no fundo do meu subconsciente comecei a acompanhar, quanto pelo arranjo e o resultado apresentado.
Foi dito que isso foi um improviso, nunca, pois por mais capazes que sejam os músicos envolvidos, não se teria um resultado tão precioso como esse sem uma preparação rigorosa.
Muito legal também for ver a empolgação com que a platéia acompanhou a função, platéia essa carregada de cabeças coroadas como Sir Paul, Sir Ringo, Yoko, Steve Tyler, John Legend, Beyonce e o marido, Katy Perry e várias carinhas conhecidas das quais não associo os nomes.
A presença de artistas consagrados em apresentações deste tipo, mais que uma homenagem é um pedido de benção ao trabalho desenvolvido pelos novos talentos. O próprio Steve Wonder chamou Dizzie Gilespie para uma participação em seu clipe Do i Do, onde o mestre deu o seu recado.
Diversão garantida, até para tentar achar os outros artista que não reconheci na platéia.
Flávio de Carvalho é uns dos artistas que sempre me empolgaram ao ver suas obras, é daquela classe de profissionais que executam seus trabalhos com pleno conhecimento das técnicas de desenho e pintura, tendo assim chegado à sua estética.
Já sabia que o MAB - FAAP possuía um grande acervo de suas obras, e qual não foi minha surpresa ao me deparar com tal quantidade de obras como as apresentadas nesta mostra.
Essa é uma característica desta instituição cultural que possuí um belíssimo acervo de arte brasileira, notadamente de obras modernistas, lembro das exposições O Secreto Discurso do Olhar e Os Tesouros da FAAP onde são mostradas parte das suas obras. Com duas grandes salas de exposição, poderia tê-las em exposição permanente, dando nos a oportunidade de sempre visitá-las, o que para mim trás imensa satisfação.
Uma ótima oportunidade para conhecer ou rever este artista de fundamental importância em nossas artes plásticas.
Setting the Scene - Rogério Duprat
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da FAAP
Flávio de Carvalho na Coleção MAB-FAAP
A mostra apresenta 103 obras que integram o acervo do Museu de Arte Brasileira da FAAP. São 32 originais, entre pinturas, aquarelas e nanquins. Há ainda uma maquete da Fazenda Capuava, em Valinhos, local onde Flávio de Carvalho morava e que foi projetado por ele, e reproduções de máscaras criadas para o espetáculo teatral ‘O Bailado do Deus Morto’.
O público poderá conferir ainda uma reprodução de parte do traje desenhado por Flávio de Carvalho e denominado ‘New Look’, que chocou a população na época em que foi criado, além de fotografias do artista, de seus parceiros e intelectuais da época, e de projetos arquitetônicos.
Formado em Engenharia, Flávio de Carvalho executou projetos audaciosos e inovadores para a época. O curador da exposição, José Luis Hernández Alfonso, explica que foram trabalhos considerados pioneiros da arquitetura modernista brasileira. Como artista plástico, suas obras mostram uma tendência expressionista, revelada principalmente em seu tema favorito, o retrato.
“Flávio de Carvalho foi uma figura destemida e polêmica, cujas criações revelam, com grande singularidade, um período de buscas, experiências, exercícios e consolidação das artes e cultura brasileira no século XX, e que ainda hoje inspira as novas gerações de artistas”, finaliza o curador.
O MAB-FAAP é a instituição cultural que concentra a maior coleção de obras de autoria de Flávio de Carvalho.
Programação MAB-FAAP
Exposição: Flávio de Carvalho na Coleção MAB-FAAP – De 12/11 a 19/01/2014
Horário: De terça a sexta-feira, das 10h00 às 20h00
Aos sábados, domingos e feriados, das 13h00 às 17h00
(Fechado às segundas-feiras, inclusive quando feriado)
Mais uma vez o IMS nos brinda com uma grande exposição fotográfica, agora de um artista contemporâneo que realiza seus trabalhos em diversas estéticas, ecléticas sem serem elitistas.
Usando sempre as cores, consegue resultados às vezes surpreendentes, resultado das diferentes regulagens de abertura e tempo de exposição, bem como na saturação de determinado espectro.
Tanto nas fotos de estúdio como nas paisagens, é possível perceber o apuro do artista ao disparar o obturador.
Percebi que alguns trabalhos já precisam de restauro, pois como todos as fotos ampliadas nos anos 80/90 sofrem com o esmaecimento das cores. Estranho é eles serem apresentados sem esse cuidado, principalmente por ser o IMS referência mundial em conservação de fotografias.
Mas é um belo passeio que merece ser feito.
Attenti al lupo - Lucio Dalla
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.
Pela primeira vez no Brasil, grande mostra do fotógrafo italiano Luigi Ghirri, que vem sendo redescoberto pelos museus do mundo todo.
“Fotografar,
para mim, é como observar o mundo num estado de adolescência, renovando
cotidianamente a maravilha; é uma prática que inverte o adágio de Eclesiastes:
nada de novo sob o sol. A fotografia parece nos recordar que ‘não há nada de
antigo sob o sol’.” Luigi Ghirri, Paisagem italiana, 1989
O Instituto Moreira
Salles de São Paulo abre no dia 23 de novembro, às 11h, com coquetel e visita
guiada com os curadores italianos, às 11h, a primeira grande retrospectiva do
fotógrafo italiano Luigi Ghirri (Scandiano, Reggio Emilia, 1943-1992) no
Brasil. Dono de uma vasta produção e de um talento incomum para explorar a
linguagem fotográfica, Ghirri foi uma figura fundamental da cena artística
italiana, mas apenas depois de sua morte começou a ser redescoberto e
consagrado no mundo todo.
A exposição Luigi
Ghirri. Pensar por imagens. Ícones, Paisagens, Arquitetura é uma das
maiores exposições já realizadassobre o fotógrafo efoiorganizada segundo três caminhos
centrais ao seu universo: a investigação dos ícones visuais que povoam o mundo
contemporâneo; uma releitura da paisagem italiana, baseada num profundo
conhecimento da história da arte; e uma indagação sobre os modos de viver,
habitar e perceber o espaço.
Serão expostas quase 200 fotografias, a maior parte delas cópias de época, além
de provas de impressão, livros de artista e outros objetos que ajudarão
entender a carreira fascinante do fotógrafo que foi também editor, curador e um
grande pensador da fotografia.
Ghirri contribuiu, na
década de 1970, para que a fotografia ganhasse importância artística na Itália.
À tradição pictórica de seu país, uniu a sedução da fotografia colorida e da
fotografia amadora. Neste ano, quando assumiu o cargo de curador-chefe de
fotografia do MoMA, o francês Quentin Bajac declarou que Ghirri é o exemplo de
gênio subestimado pelo museu, que recentemente o incorporou a sua coleção.
O trabalho de Ghirri se debruça sobre fontes variadas:
as montagens espontâneas, os achados do cotidiano, as paisagens sublimes e
também as mais banais, a arquitetura autoral e a anônima. Para Ghirri, o mundo
é um espetáculo que o fotógrafo deve decifrar, interpretar e traduzir. Com
influências tão distintas como o neorrealismo italiano, os pintores
renascentistas, a fotografia americana e Bob Dylan, Ghirri reinventou os modos
de olhar e expandiu os limites do fazer fotográfico. “Suas fotos impressionam
por mostrar objetos cotidianos como se estivessem sendo vistos pela primeira
vez ou paisagens banais como se fossem lugares oníricos, onde temos vontade de
viver”, afirma a pesquisadora Marina Spunta em matéria publicada na revista ZUM
#3.
O catálogo que acompanhará
a exposição traz um longo portfólio de imagens, textos do próprio Ghirri, que
era um escritor perspicaz, além de ensaios críticos dos curadores e de Quentin
Bajac (MoMA), do fotógrafo alemão Thomas Demand, de Bice Curiger (que
apresentou Ghirri na Bienal de Veneza de que foi curadora), de Lorenzo Mammì, do
historiador da arte italiana Giuliano Sergio e de Larissa Dryansky.
Em fevereiro a mostra
segue para o IMS do Rio de Janeiro, onde ganha cem novas obras.
Luigi Ghirri nasceu em Scandiano, Reggio Emilia, no norte
da Itália, em 1943. Começou a vida como topógrafo e designer gráfico, antes de
se tornar fotógrafo no início dos anos 1970. Mais para fins da década, começou
a ser conhecido no exterior: em 1979, foi convidado a expor na Light Gallery, em Nova York; em 1980, foi
chamado para trabalhar no estúdio da Polaroid de Amsterdã; já em 1982, foi
eleito um dos maiores fotógrafos do mundo na feira Photokina. Em alguns
projetos, Ghirri colaborou com escritores como Gianni Celati e o arquiteto Aldo
Rossi. Morreu em 1992.
“Cada uma das fotografias do livro de Ghirri,
explícitas e infinitamente misteriosas, não contém quase nenhum incentivo para
avançarmos, para virarmos a página e ver a foto seguinte. Satisfazemo-nos com
olhar e esperar, observar”. Geoff Dyer, ensaísta britânico e colunista do site
da ZUM, sobre Kodachrome
“Ghirri não se pauta pela poética do momento
decisivo, pelo esforço de resumir no instante o significado inteiro de uma
ação. É fotógrafo dos tempos longos, das permanências.” Lorenzo Mammì, crítico
de arte
“Ghirri fez muita coisa que eu não faço, e
que provavelmente não farei – mas, sem dúvida, estou feliz que ele tenha
feito.” William Eggleston, fotógrafo americano
“No trabalho de Ghirri sempre há uma
surpresa. As fotografias das maçãs na máquina de venda automática (Lucerna,
1971), por exemplo: é uma coisa tão comum, mas é também uma sensação e tanto.
Transformar as coisas mais normais em sensações, e fazer isso repetidamente, é
grande arte.” Thomas Demand, importante fotógrafo contemporâneo, sobre a obra
do Ghirri.
A exposiçãoLuigi Ghirri. Pensar por
imagens. Ícones, Paisagens, Arquiteturaé
promovida por MAXXI Museo nazionale delle arti del XXI secolo, pela
municipalidade de Reggio Emilia e pela região de Emilia Romagna, e tem
curadoria de Francesca Fabiani, Laura Gasparini e Giuliano Sergio.
Abertura:
23
de novembro de 2013, às 11h
Exposição: de 23 de novembro de 2013 a 26 de janeiro de 2014
De
terça a sexta, das 13h às 19h
Sábado,
domingo e feriado, das 13h às 18h
Entrada
franca - Classificação livre
Instituto
Moreira Salles – São Paulo
Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
Tel.: (11) 3825-2560
Luigi
Ghirri. Pensar por imagens: ícones, paisagens, arquiteturas
Textos:Luigi Ghirri, Quentin Bajac, Bice Curiger, Thomas Demand
e Christy Lange, Larisa Dryansky, Lorenzo Mammì e
curadores.