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terça-feira, 30 de abril de 2013

A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat

Essa exposição é uma parte da grande mostra Maurenn Bisilliat que o Instituto Moreira Salles realizou na Galeria Ruth Cardoso da FIESP entre março e julho de 2010, onde foram reunidos os diversos trabalhos por ela realizados no Brasil, agrupados por temas.

É uma belíssima oportunidade de conhecer ou rever os trabalhos desta que é uma das mais importantes fotógrafas da cena nacional, ver sua biografia no link acima, que valorizou como poucos nossas coisas e nossa gente.



Coisas de Minas - Milton Nascimento


Abaixo das imagens, o "press-reelase", fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.

 Habitantes dos campos perto de Lassance. MG, 1963-1967

Habitantes dos campos perto de Lassance. MG, 1963-1967 

 Retrato de Manuel Nardi, inspirador do conto “Manuelzão e Miguilim”, de Guimarães Rosa, publicado em 1956, como parte do livro Corpo de baile. Andrequicé, MG, 1963-1967

 Boiada nos campos de Curvelo, MG, no início da viagem aos gerais. 1963-1967

Extraindo o polvilho da mandioca, perto de Janurária, MG.1962-1966



Instituto Moreira Salles exibe, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca, fotografias de Maureen Bisilliat inspiradas na literatura de João Guimarães Rosa

           
Entre os dias 19 de abril e 25 de junho, o Instituto Moreira Salles apresenta a exposição A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat. A mostra ocorrerá no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca (Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569 - Consolação).

A exposição A João Guimarães Rosa permite um olhar simultâneo sobre a produção fotográfica e a produção editorial de Maureen, revelando tanto a fotógrafa como a editora de imagens e textos. Nesta mostra sobre Guimarães é possível perceber o universo do sertão brasileiro e seus personagens, objetos também da literatura e poesia de diversos outros importantes escritores brasileiros, como Euclides da Cunha e João Cabral de Melo Neto, igualmente repertoriados por Maureen ao longo de seus 50 anos de atividade criativa.  Seus ensaios fotográficos foram sempre concebidos e apresentados em fortes sequências visuais que sintetizam a visão da autora sobre os universos do real e do imaginário, compondo aquilo que denomina de equivalências fotográficas das obras literárias que nortearam seu trabalho.

Como afirma Maureen: “Aprecio imagens aliadas à escrita, frases escolhidas definindo melodicamente a linha da orquestração. Em livros como os de Diane Arbus (1923-1971), de Nan Goldin (1953), há essa orquestração: ritmos, silêncios, acordes, vazios. A palavra, escolhida da produção literária ou pinçada do testemunho biográfico, vem da fala íntima da pessoa, destilada. Seria quase como escrever com a imagem e ver com a palavra.”

Autora de importantes livros fotográficos inspirados em obras de grandes escritores brasileiros, Maureen expôs em 1985 em sala especial na 18ª Bienal Internacional de São Paulo um ensaio fotográfico inspirado no livro O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade (1893-1945).  A partir da década de 1980, dedicou-se também ao trabalho em vídeo, com destaque para Xingu/Terra, documentário de longa-metragem rodado com Lúcio Kodato na aldeia Mehinaku, Alto Xingu. Em dezembro de 2003, sua obra fotográfica completa, composta por cerca de 16.000 imagens, foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles (IMS) no Rio de Janeiro em função de sua inquestionável relevância no âmbito da fotografia e da cultura brasileira.

Maureen Bisilliat nasceu em Englefieldgreen, Surrey, Inglaterra, em 1931. Estudou pintura com André Lhote em Paris (1955) e no Art Students League em Nova Iorque (1957) antes de se fixar definitivamente no Brasil em 1957, na cidade de São Paulo. Trabalhou como fotojornalista para a Editora Abril entre 1964 e 1972, fotografando para a  revista Realidade, entre outras publicações daquela editora.

Exposição A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat

Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca
De 19 de abril a 25 de junho de 2013
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - Consolação
Todos os dias, das 13h às 22h


Informações para a imprensa:
Nathalia Pazini - (11) 3371-4490 nathalia.pazini@ims.com.br
Paula Simões - (11) 3371-4424 comunicacao@ims.com.br

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Carlo Levi – pintor, escritor e antifascista italiano

Uma linda mostra, bem montada, num espaço agradável de um centro cultural não muito conhecido, apesar da boa localização em um prédio magnífico junto ao metro Sumaré.

Os trabalhos estão agrupados por décadas e motivos que apresentam as diversas fases da vida do artista, e de como suas experiências vividas, a guerra, a prisão, a clandestinidade, os amores e a dinâmica familiar influenciaram seu trabalho.

A obra de Carlo Levi merece figurar entre as grandes do século XX pois seus traços, pinceladas e o uso das cores conseguem resultados quase sempre instigantes e empolgantes, nos fazendo refletir.






Comunista - Lucio Dalla

Abaixo das imagens fornecidas pela assessoria de imprensa do Centro de Cultura Judaica o press-release colhido no seu site.











Curadoria/ Guido Sacerdoti e Antonella Lavorgna

Esta exposição do pintor Carlo Levi ilustra os vários aspectos da complexa personalidade desse artista, geralmente conhecido como autor do livro "Cristo parou em Eboli." Composta de 53 telas, um conjunto de 15 fotografias que ilustram sua trajetória pessoal, sua vida familiar e amigos, exemplares de edições de suas obras literárias, alem de correspondências mantidas com personalidades marcantes do século XX, a exposição abrange o período de 1926 a 1973.
Entre autorretratos, retratos, paisagens, naturezas mortas, nus, sujeitos híbridos, as telas oferecem uma visão exaustiva dos principais "períodos" da pintura de Levi e sua peculiar posição entre os pintores "figurativos", no século da "arte avant-garde" e da arte experimental. Estas obras constituem também uma rica leitura da história do século XX, já que as obras de Levi, mesmo quando relacionadas a esfera familiar, como os 29 retratos, nos convidam a refletir sobre momentos cruciais da história coletiva do século passado: da resistência ética, antes que política, ao fascismo, à condição de confinamento, às tragédias da guerra, ao pós guerra onde a cultura volta a ser “internacional” e, em muitos casos, necessariamente "posicionada” com um dos dois blocos. Alem disso, os estreitos laços entre a pintura e as obras literárias (ensaios e poesia)  de Carlo Levi são evidenciados através da exposição das primeiras edições de seus livros.
Destacam-se alguns dos temas centrais de sua obra, tais como:
- as raízes judaicas da cultura de Levi (não só através do uso de temas bíblicos e retratos de membros da família);
-  a sua cultura liberal;
- a sua interpretação da guerra, da ditadura, e do Holocausto;
- a sua original perspectiva antropológica sobre a "civilização camponesa" (núcleo da exposição: algumas pinturas do exílio em Lucania);
- as suas atividades antifascistas (com retratos de mártires como Carlo Rosselli e Leone Ginsburg);
- a sua especial atenção para os problemas da emigração, a ameaça nuclear, as guerras imperialistas (Vietnã).
    

Serviço

Exposição/ Carlo Levi – pintor, escritor e antifascista italiano - Obras selecionadas de 1926 a 1973
Datas/ de 23 de março a 23 de junho
Local/ 1º andar
Horário/ das 12h às 19hs - terça a domingos e feriados
Classificação/ Livre
Entrada gratuita

Sobre Carlo Levi

Nascido em Turim, em 29 de novembro de 1902, filho de Ercole Levi e de Annetta Treves. Estuda no Liceo Alfieri de Turim, sendo contemporâneo de Leone Ginzburg, Massimo Mila, Giulio Einaudi, Giaime Pintor e Cesare Pavese. Em 1924, gradua-se em Medicina. Em 1918 conhece Piero Gobetti, colabora com a revista “La Rivoluzione Liberale” e começa relações com os anti-fascista de Turim.
Em 1929 é criado em Paris o grupo “Justiça e Liberdade” (entre os fundadores, os irmãos Rosselli, Emilio Lussu, Gaetano Salvemini e Ernesto Rossi), do qual Levi se torna um dos importantes expoentes em Turim; participa, em 1931, da elaboração do Programa Revolucionário de Justiça e Liberdade. Colabora com alguns artigos e transforma suas frequentes viagens a Paris como pintor em contatos arriscados com os exilados antifascistas.
Carlo Levi se interessa pela pintura e expõe pela primeira vez em 1923, na Quadrienal de Turim; e conhece Felice Casorati, através de Piero Gobetti. Participa da Bienal de Veneza (1924). Em 1925, conhece em Turim, o crítico Edoardo Persico; iniciam suas frequentes estadias em Paris. Em 1929 expõe com o grupo dos “Seis de Turim” - apoiados por Persico e pelo historiador de arte e crítico, Lionello Venturi – em Turim, Gênova e Milão; no ano seguinte, na Bloomsbury Gallery de Londres. 
Em 1931, participa da I Quadrienal de Roma e de uma exposição coletiva de arte italiana perto de Nova Iorque. Conhece Guttuso, e com Enrico Paulucci, começa a se interessar também por direção de arte e roteiro. De 1932 a 1934 permanece quase que exclusivamente em Paris. A sua primeira exposição individual na capital francesa (1932) foi organizada pela Galeria Jeune Europe.
É preso em março de 1934, pelo seu envolvimento com o movimento  “Justiça e Liberdade”. Libertado em maio, recebe uma advertência de dois anos o que acarreta a revogação de seu convite para a Bienal de Veneza, apesar da carta de solidariedade assinada por importantes artistas franceses como Léger, Chagall e Derain. Em 15 de maio de 1935 é novamente preso e condenado a três anos de confinamento em Lucânia, Grassano e Aliano.
Em maio de 1936, por ocasião da Proclamação do Império, é autorizada a sua saída do confinamento. Nesse ano, uma exposição individual é organizada em Milão, na Galeria del Milione, e em Roma, na Galeria della Cometa (1937). No mesmo ano, Levi é incluído na coletiva Anthology of Contemporary Italian Painting, em Nova Iorque, onde também foi organizada uma exposição individual (1938). Em 1939 é forçado a fugir para a França, em razão das leis raciais vigentes. Retorna em 1941, e passa a viver em Florença. Exerce um papel de liderança no Partido de Ação; novamente preso na primavera de 1943, é libertado em 26 de julho do mesmo ano; torna-se  membro do Comitê Toscano de Liberação e codiretor do jornal florentino “La Nazione del Popolo”, órgão do CLN.
Publica em 1945,“Cristo parou em Eboli”, escrito em Florença nos últimos anos da guerra sobre a sua experiência de confinamento. É seu livro mais famoso e traduzido em vários idiomas. Em junho desse ano, muda-se para Roma, onde dirige o “L'Italia libera”, órgão nacional do Partido de Ação. Retoma sua atividade como pintor, com trabalhos individuais expostos na Itália e, em 1947, em Nova Iorque, na galeria Wildenstein Gallery, alem de participar em importantes revistas. Tem uma sala especial na Bienal de Veneza de 1954. A atividade artística continua intensa nas décadas de 1950 e 1960, somada à constante produção literária e presença no cenário político.
Em 1950 publica “O relógio”. Visita a URSS (1955), Índia (1956) e China (1959). Publica “As palavras são pedras (três dias na Sicília)” (1955), “A noite dupla das tílias” (1959) “Um rosto que se parece conosco (Retrato da Itália)” (1960)  e “Todo o mel acabou” (1964).
Para a exposição “Itália 61”, em Turim, pinta um painel com cerca de 18 metros sobre a Lucânia. Em 1963 é eleito senador pelo Partido Comunista Italiano; faz parte da Comissão parlamentar Instrução Pública e Belas Artes. Reeleito nas eleições de 1968.
Em 1973, sofre um descolamento de retina. Mesmo com cegueira temporária, realiza 140 desenhos e escreve “Caderno a portões”, publicada postumamente. Uma exposição de sua produção figurativa é organizada em 1974no Palazzo del Te de Mantova, poucos meses antes de sua morte.
Realiza uma obra, com os artistas Guttuso e Cagli, sobre o massacre das Fossas Ardeatine: Cagli ilustra a opressão, Guttuso o massacre, Levi a liberação. Estas obras são doadas ao complexo monumental das Fossas Ardeatine.
Morre em Roma em 04 de janeiro de 1975, após passar alguns dias em coma. É sepultado em Aliano, na região Basilicata.

Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500 (ao lado da estação Sumaré do Metrô)
Site: www.culturajudaica.org.br

terça-feira, 9 de abril de 2013

Raphael e Emygdio: dois modernos no Engenho de Dentro

Como as dores da alma podem ser purgadas ou compartilhadas? Abrindo uma pequena fresta para entendermos seu desespero, solidão ou fantasmas?

Através da arte eles nos mostram sua visão do mundo, como eles o veem, às vezes claramente, às vezes através dos filtros de suas psicoses.

Quanta angustia, desespero e desejo de liberdade, a necessidade de ampliar os horizontes estão claramente mostrados em algumas peças.

A visão e principalmente a percepção desses pequenos detalhes e nuances presentes nas obras, menos nos angustiam, mais nos transmitem certa paz, pois ao nos descobrirmos capazes de decifrar os signos, nos percebemos enternecidos e plenos de compreensão com suas dores e dilemas.

Emygdio, ao mesmo tempo que sonha com a liberdade, produz cenas escuras com cores soturnas, como que sentisse medo de realizar deus desejos.

O que há de melhor na exposição, e que desafortunadamente não estão nas imagens abaixo, é o desejo de liberdade, o sentimento de família, desesperada pela doença, de continuidade, perceptíveis em  outras imagens.



Balada do louco - Ney Matogrosso

Abaixo das imagens, o press-release, fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.








Exposição no IMS-SP reúne obras de Raphael Domingues e Emygdio de Barros, artistas que passaram a maior parte de suas vidas no Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro

       


O Instituto Moreira Salles de São Paulo abre em 9 de abril (terça-feira), às 19h30, a exposição Raphael e Emygdio: dois modernos no Engenho de Dentro, com 100 obras, entre desenhos e pinturas de Raphael Domingues (1912-1979) e Emygdio de Barros (1895-1986) que, diagnosticados como esquizofrênicos, frequentaram o ateliê de artes do Setor de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR) do Centro Psiquiátrico Nacional (atualmente Instituto Municipal Nise da Silveira), no bairro carioca do Engenho de Dentro. A curadoria é do crítico de arte Rodrigo Naves e de Heloisa Espada, coordenadora de artes visuais do Instituto Moreira Salles. A exposição ficou em cartaz no IMS-RJ entre julho e outubro do ano passado.

O ateliê de artes STOR do Centro Psiquiátrico Nacional foi fundado em 1946 pela psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) com o objetivo de criar alternativas aos procedimentos agressivos usados no tratamento de pacientes psiquiátricos naquele momento: a lobotomia, o choque elétrico e a injeção de insulina. Para a médica, a produção plástica era uma porta de entrada para a psique de seus pacientes, uma forma de comunicação com pessoas que tinham grande dificuldade de se expressar verbalmente. Raphael e Emygdio participaram dos primórdios do ateliê, tendo sido assistidos pelo artista Almir Mavignier, que foi monitor daquele espaço entre 1946 e 1951. Todos os trabalhos produzidos no ateliê foram guardados pela dra. Nise como fonte de informação sobre o estado psíquico e emocional dos pacientes. Mais tarde, em 1952, essas obras deram origem ao Museu de Imagens do Inconsciente. Todos os trabalhos apresentados nesta exposição pertencem ao Museu.

De Raphael, serão apresentados nessa exposição alguns poucos trabalhos feitos na adolescência junto a um amplo número de desenhos – feitos a bico de pena e pincel – realizados entre 1946 e 1951, enquanto foi monitorado por Almir Mavignier. Os trabalhos chamam a atenção pela leveza e segurança de uma linha quase sempre contínua, que conjuga domínio espacial e improviso, figuração e abstração, clareza e ornamento. Já de Emygdio, foram escolhidas para essa mostra obras realizadas entre as décadas de 1940 e 1980, na maioria sobre papel. Elas apresentam uma surpreendente diversidade de soluções pictóricas, que têm em comum, no entanto, uma espécie de conciliação entre luminosidades contrastantes, entre linhas e massas de cor.

Mais sobre os artistas:

Raphael Domingues nasceu em 1912, em São Paulo, mas aos sete anos já morava no Rio de Janeiro. Dos 14 aos 17 anos, estudou desenho acadêmico no curso noturno do Liceu Literário Português. Nesse período, trabalhou como desenhista em agências de publicidade. Os primeiros sinais da esquizofrenia chegaram aos 15 anos. Foi internado pela primeira vez aos 19 anos no Hospital da Praia Vermelha, onde ficou por um ano e meio. Foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, onde ficou por mais um ano e meio. Voltou para casa, onde passou os dez anos seguintes sendo cuidado pela família. Em 1944, por conta de um câncer, sua mãe se viu forçada a interná-lo mais uma vez no Hospital da Praia Vermelha. No mesmo ano, o hospital foi desativado, e Raphael foi transferido para o Centro Psiquiátrico Nacional do Engenho de Dentro, onde ficou até morrer, em 1979.

Emygdio de Barros nasceu em 1895 em Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. Desde pequeno, viu sua mãe sofrer de distúrbios mentais. Aos seis, já apresentava interesse pela pintura e, entre os 12 e os 13 anos, tornou-se aprendiz de pintor de letreiros e tabuletas. Em 1911, aos 16 anos, iniciou um curso técnico de torneiro mecânico. Ao final do curso, foi admitido no arsenal da Marinha. Em 1922, foi convidado a participar da comissão de aquisição de material de guerra que seguia para a Europa, e permaneceu por dois anos em Paris. De volta ao Rio de Janeiro, começou a apresentar distúrbios de comportamento. Em 1924, foi internado no Hospital da Praia Vermelha, onde permaneceu por 20 anos, até ser transferido para o Centro Psiquiátrico Nacional do Engenho de Dentro e passou a frequentar o ateliê de artes do STOR. Em 1950, Emygdio deixou o Centro Psiquiátrico, mas voltou em 1965. Em 1974, a família fez outra tentativa de tê-lo em casa. Diante das dificuldades do cuidado, optaram por interná-lo outra vez, mas numa clínica geriátrica. Mesmo morando na clínica geriátrica, ele frequentava o ateliê do STOR. Continuou a pintar até sua morte, em 5 de maio de 1986, em decorrência de um AVC.

Catálogo Raphael e Emygdio: dois modernos no Engenho de Dentro
A publicação reúne, além de desenhos e pinturas dos dois artistas exibidos na mostra, ensaios dos curadores e uma seleção de textos de época, que tem por objetivo esclarecer a importância histórica de Raphael e Emygdio no campo da arte. Traz à tona detalhes sobre sua formação, o contexto que possibilitou o desenvolvimento de seus trabalhos e o interesse despertado por eles em alguns dos mais relevantes críticos brasileiros.

ISBN: 978-85-86707-82-7
Formato: 23 x 28 cm
Nº de páginas: 208 páginas
R$ 85

SERVIÇO DA EXPOSIÇÃO:
Raphael e Emygdio: dois modernos no Engenho de Dentro

Abertura: 9 de abril de 2013, às 19h30
Exposição: de 10 de abril a 7 de julho de 2013
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábado, domingo e feriado, das 13h às 18h
Entrada franca - Classificação livre

Instituto Moreira Salles – São Paulo
Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
Tel.: (11) 3825-2560


Informações para a imprensa:
Nathalia Pazini - (11) 3371-4490

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Coleção Itaú de Fotografia Brasileira - Instituto Tomie Ohtake

Uma seleção eclética de trabalhos da coleção Itaú, com obras de importantes fotógrafos da cena nacional, significativos dentro de sua época ou linguagem, que permanecem atuais e ainda instigantes.

Ao contrário do que está contido no press-release, alguns trabalhos já foram mostrados em outras exposições, especificamente dos próprios artistas, como a de Mario Cravo Neto, Thomas Farkas e German  Lorca, entre tantas outras.

Percebe-se o cuidado que o curador teve em abranger o acervo da instituição, nos mostrando assim uma pequena parte de sua riqueza.






Solidão - Nora Ney (Tom Jobim)


Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.














Mostra no Instituto Tomie Ohtake investiga
a ressonância da fotografia modernista sobre
a contemporânea
A exposição organizada pelo Itaú Cultural e Instituto Tomie Ohtake mapeia os últimos 60 anos da produção fotográfica nacional de caráter experimental; apresentada em 2012 na Maison Européenne de la Photographie, em Paris, e no Paço Imperial do Rio de Janeiro chega renovada a São Paulo
De Paris ao Rio de Janeiro e de lá a São Paulo: no sábado dia 6 de abril o Instituto Tomie Ohtake recebe a Coleção Itaú de Fotografia Brasileira com um coquetel para convidados, às 11h. Com curadoria de Eder Chiodetto e produção do Itaú Cultural em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, a exposição apresenta 94 obras em um recorte do acervo de imagens fotográficas do Banco Itaú do final da década de 1940 até hoje estabelecendo um espelhamento lúdico entre obras modernistas e contemporâneas. Ela permanece em cartaz até 19 de maio.
A diversidade e dimensão desse acervo permitiu ao curador selecionar obras ainda não exibidas nas duas mostras anteriores e criar novas relações de linguagem entre elas, imprimindo um novo conceito para esta edição. Chiodetto manteve um núcleo de artistas modernistas como Geraldo de Barros (Chavantes, SP, 1923 - São Paulo, SP, 1998), José Oiticica Filho (Rio de Janeiro, RJ, 1906 – idem, 1964), Thomaz Farkas (Budapeste, Hungria, 1924 - São Paulo, SP, 2011), José Yalenti (São Paulo, SP, 1895 - idem, 1967) e acrescentou trabalhos contemporâneos de Cristiano Mascaro (Catanduva, SP, 1944), Arthur Omar (Poços de Caldas, MG, 1948), Eduardo Coimbra (Rio de Janeiro, RJ, 1955), Bob Wolfenson (São Paulo, SP, 1954), Paulo Nazareth (Governador Valadares, MG, 1977), Alex Flemming (São Paulo, SP, 1954), Albano Afonso (São Paulo, SP, 1964), Pedro Motta (Belo Horizonte, MG, 1977) e Mauro Restiffe (São José do Rio Pardo, SP, 1970).
“O processo curatorial mantém a essência de pesquisar a ressonância da fotografia modernista experimental, praticada com ênfase entre os anos 1940 e 1960, na fotografia contemporânea brasileira”, observa Chiodetto. “A exposição contém obras que ilustram os dois períodos, mostrados lado a lado, para instigar a leitura conceitual e estética e ilustrar como o período modernista ressoa na produção contemporânea”, completa.
Nas palavras dele, esta mostra não segue uma cronologia para estabelecer um espelhamento lúdico, evidenciando as relações formais e uma atitude libertária diante da representação fotográfica presentes nos dois períodos. O conjunto de obras está dividido em dois espaços. “Uma das intenções dessa mostra é justamente sugerir pontos de contato entre os tempos pré e pós ditadura”, explica o curador.
O primeiro apresenta trabalhos que enfocam a paisagem urbana – tendo a arquitetura modernista da Escola Paulista como um ícone – e o homem marcando mais claramente as conexões e os desdobramentos estéticos e conceituais que ligam a produção dos fotógrafos modernos aos autores contemporâneos. São trabalhos, para citar alguns, de Thomaz Farkas, Cristiano Mascaro e Rubens Mano (São Paulo, SP, 1960).
Em contraponto, no outro espaço são apresentados trabalhos de nomes como Ademar Manarini (Campinas, SP, 1920 - São Paulo, SP, 1989), José Oiticica Filho, Miguel Rio Branco (Palmas de Gran Canária, Espanha, 1946), Mario Cravo Neto (Salvador, BA 1947 – idem, 2009) e Claudia Andujar (Neuchâtel, Suíça, 1931) que versam sobre o homem e sua identidade.
Entre a produção modernista e a contemporânea há um vácuo na produção experimental que coincide, não por acaso, com o período da ditadura militar (1964 - 1985). Foram raros os artistas que utilizaram a fotografia para experimentar novos limites da linguagem. Entre eles, destacam-se as séries Para um Jovem de Brilhante Futuro, de Carlos Zílio (Rio de Janeiro, RJ, 1944), e Viagem pelo Fantástico, de Boris Kossoy (São Paulo, SP, 1941), que fazem analogia aos tempos da ditadura.

Na Coleção Itaú

Iniciado há mais de 60 anos pelos fundadores do Banco Itaú, o acervo conta hoje com 12 mil obras, entre pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, instalações e as peças das coleções Itaú Numismática e Brasiliana Itaú. Gerenciado pelo Itaú Cultural, cobre toda a história da arte brasileira, com peças referenciais de cada movimento e estilo. “A realização de mais esta mostra faz parte do esforço permanente do Grupo Itaú para que o grande público tenha acesso aos diferentes recortes de sua coleção”, observa Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.
Em 2011, o Itaú Cultural realizou 14 exposições itinerantes vistas por mais de 320 mil visitantes: Coleção Brasiliana Itaú (em Fortaleza, Brasília e Curitiba), Fotografia Modernista (em Belém, Paraguai e Cidade do México), Brasiliana Fauna e Flora (no Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai), O Egito Sob o Olhar de Napoleão (no Espaço Memória/SP), Arte Cibernética – Acervo de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural (em Porto Alegre) e 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú (em Belo Horizonte e Rio de Janeiro).
Seguindo na mesma linha, no ano passado o instituto realizou 15 itinerâncias, considerando somente as mostras de arte visuais fora de São Paulo: Coleção Itaú de Fotografia Brasileira (Paris e Rio de Janeiro), Brasiliana Fauna e Flora (Espaço Memória/SP), O Egito Sob o Olhar de Napoleão (Fortaleza e Brasília), 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú (Curitiba), Moderna para Sempre (Ribeirão Preto), Coleção Itaú Cultural de Vídeos e Filmes (Belo Horizonte), recortes da mostra dos trabalhos selecionados pelo Rumos Artes Visuais 2011/2013 (Goiânia, Belém, Joinville e Recife), Sob o Peso dos Meus Amores – Retrospectiva de Leonilson, em Porto Alegre, Arte Cibernética – Acervo de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural (João Pessoa) e Ocupação Nelson Rodrigues (Recife).

SERVICO
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
Abertura: Dia 6 de abril, às 11h, coquetel para convidados
Em cartaz: De 6 de abril a 19 de maio
De terça-feira a domingo, 11h às 20h
Entrada franca
Classificação indicativa: livre
Estacionamento com manobrista: R$ 15 uma hora; R$ 9 a hora adicional
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado
Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropés, 88 – Pinheiros
Informações: (11) 2245-1900
Assesoria de imprensa
Pool de Comunicação
Martim Pelisson
11 - 3032-1599
11 - 9619-7744
martim@pooldecomunicacao.com.br

sexta-feira, 5 de abril de 2013

ESPELHOS DE PAPEL | Vik Muniz

Belíssimas colagens que demonstram o total domínio do artista em diversas técnicas, recriando obras icônicas da pintura universal.

Consegue, dentro dessa proposta, passar o impacto da obra original e as suas impressões e interpretações.

Trabalhos que expandem e extrapolam a mesmice que impera nas artes plásticas brasileiras, onde alguns artistas medíocres se dão uma importância irreal, assumindo uma capacidade ou competência que não possuem.

Vik Muniz não, é hoje um artista reconhecido e valorizado internacionalmente, que tem plena consciência de seu valor.

As peças expostas são as ampliações fotográficas das colagens que nos mostram todo seu esplendor. Normalmente essas ampliações grandiosas de obras com muitos pequenos detalhes expõem defeitos ou incongruências, o que não ocorre aqui, ao contrário realçam os detalhes, que quando vistos de longe apresentam todo o sentido das cenas.

Apesar de muito bem montada e com trabalhos estupendos, essa não é a maior mostra das obras de Vik Muniz em São Paulo após sua grande temporada no MASP, o Instituto Tomie Ohtake nos trouxe a exposição Relicário, que apresentava lindas obras em várias técnicas.

Uma pequena observação a fazer, as obras carecem de legendas, que me parece nos permitiriam melhor apreciá-las.



Vem morena vem - Jorge Ben

Abaixo das imagens e o "press-release" colhidos no site da assessoria de imprensa do evento.

The White Simphony

Ostritchh

After Breakfast

Virgin Lowres




 ESPELHOS DE PAPEL | Vik Muniz

Vik Muniz inaugura no dia 2 de abril, em São Paulo, a sua primeira mostra na galeria Nara Roesler, espaço que passou a representá-lo no Brasil desde o ano passado e no qual ele inicialmente estreou, em novembro último, no papel de curador, assinando uma coletânea dedicada à Op-art. Espelhos de papel, a nova exposição, com onze obras inéditas, é a primeira individual de Muniz no Brasil desde a histórica retrospectiva Vik, de 2009, que à epoca bateu os recordes de público do MAM carioca e do MASP paulista. As obras a serem apresentadas pertencem à nova série Imagens de Revista 2, na qual o artista vem trabalhando nos últimos dois anos. Tendo mais uma vez a fotografia como objeto final de sua produção, Vik volta a se apropriar dos fragmentos de revistas. Agora, no lugar dos pequenos discos regulares da série de 2003 (Imagens de Revista), ele utiliza papéis rasgados, criteriosamente escolhidos a partir de imagens de publicações variadas. “Elas precisam ser rasgadas para parecerem mais acidentais, como se tivessem caído ali como confetes”, diz ele sobre o processo de colagens. Vik Muniz joga com os limites da representação, recompondo imagens de obras referenciais que já fazem parte do repertório visual do espectador. A série atual parte do constante interesse do artista pelas ilusões de ótica e pelas brincadeiras, que ele diz explorar igualmente a sério. Vik conta que em visitas a museus observou que os espectadores, às vezes, se moviam para frente e para trás, numa espécie de transe, enquanto exploravam a fronteira mágica entre conceito e objeto. Para ele, justo nesse ponto de transição dá-se o encontro que considera o sublime em arte: “Esses são os momentos que contêm em sua transcendência a própria natureza da representação”. Em seu texto de apresentação da mostra Espelhos de papel, o jornalista Christopher Turner observa que, à primeira vista, as obras parecem familiares, uma galeria de imagens famosas, roubadas de outros artistas. “Mas quando olhadas de perto elas não são o que parecem”. Cada quadro é uma colagem composta por centenas de imagens artisticamente arrumadas de acordo com a gradação de cores: “Esse vertiginoso mosaico de imagens superpostas, que dissolvem o plano do quadro numa multiplicidade de pontos focais, foi escaneado e ampliado para que o espectador possa ver os cabelos, as fibras e até a celulose do papel cortado nas bordas”, escreve Turner. O conjunto de fotografias digitais C-print em grandes formatos, que constitui a montagem da Galeria Nara Roesler, foi selecionado pelo próprio Vik Muniz. A mostra Espelhos de papel inclui composições a partir das pinturas de Claude Monet (Vaso de flores), Gustave Coubert (A origem do mundo), Willem de Kooning (Mulher e bicicleta) e Wilhelm Eckersberg (Modelo feminino em frente ao espelho), entre outras. Os trabalhos foram produzidos nos estúdios do Brooklyn, em Nova York, e da Gávea, Rio de Janeiro, cidades entre as quais o artista se divide atualmente. Apropriando-se de matérias-primas como algodão, arame, açúcar, chocolate, diamante e até lixo para compor suas séries, Vik constrói uma obra original que provoca a percepção do público, sugerindo significações para imagens conhecidas. “Não importa o que se vê, mas como se vê”, ele diz. A série Imagens de Revista 2 foi inspirada no trabalho realizado por Vik Muniz em colaboração com catadores do Jardim Gramacho, o maior lixão do Rio de Janeiro, cujos dejetos originaram retratos clássicos em grande escala – além do documentário Lixo extraordinário, indicado ao Oscar. O artista traça um paralelo entre o lixo e o saturado mundo das imagens em que vivemos: “A sensação daquilo tudo na memória é similar ao lixo. Fazer um quadro com todos aqueles detritos é muito sintomático da maneira cheia de distrações como olhamos tudo hoje em dia”. Obras da série Imagens de Revista 2 têm sido exibidas em mostras internacionais com repercussão junto a críticos influentes. Sobre a individual de Vik Muniz na galeria Sikkema Jenkins & Company (Nova York, 2012), Roberta Smith escreveu para o jornal The New York Times. “É a impressão geral, trêmula, de superfícies que vibram, do excesso de detalhe, e da pintura sendo ativamente ultrapassada pela colagem, que prende os olhos. Essa fusão enlouquecida de matéria, mãos e lentes está sempre em jogo nas fotografias de Mr. Muniz, mas até esse momento não havia sido alcançada de forma tão firme”. Simultaneamente à mostra solo de Vik Muniz, a Galeria Nara Roesler apresenta, na programação paralela do projeto Roesler Hotel, a individual Atacama: 1234567 – da curadora chilena Alexia Tala, que traz pela primeira vez ao Brasil a obra do artista britânico Hamish Fulton.


O ARTISTA Vik Muniz (São Paulo, 1961) vive e trabalha em Nova York e no Rio de Janeiro. Sua obra transitou por distintos meios – escultura, desenho - antes de chegar à fotografia, objeto final das séries dos últimos anos. Descoberto pelo crítico de arte do jornal The New York Times, Charles Haggan, nos anos 90, quando estava radicado nos Estados Unidos, desde então o artista participou das mais importantes bienais mundiais, entre elas a 24ª Bienal de São Paulo (Brasil / 1998), a 49ª Bienal de Veneza (Itália / 2001) e a Bienal de Arte Contemporânea de Moscou, (Rússia / 2009). Vik realizou individuais e panorâmicas em diferentes países, sendo as mais recentes: Vik, no Centro de Arte Contemporânea de Málaga (Espanha / 2012); Relicário, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (Brasil / 2011); e Vik Muniz, no Nichido Contemporary Art, em Tóquio (Japão / 2010). Foi o primeiro brasileiro convidado a participar como curador na nona versão do projeto Artist´s Choice (2008-2009), criado pelo MoMA de Nova York. Entre as mostras coletivas que integrou, destacam-se Swept away, no Museum of Arts and Design, em Nova York (2012); Pure paper, na galeria Rena Bransten, em São Francisco (2011); Fragments latino-américains, na Maison de l’Amérique Latine, em Paris (2010); e Surface tension, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (2009). O trabalho de Vik Muniz está presente nos acervos dos principais museus do mundo e já foi tema de livros publicados no Brasil e no exterior.


 AS OBRAS DE ESPELHOS DE PAPEL Woman and Bicycle, after Willem de Kooning Autumn's Garland, after Tom Thomson Female Model Standing Before a Mirror, after C.W. Eckersberg Vase of Flowers, after Claude Monet Rib of Beef, after Gustave Caillebotte Orchid and Three Brazilian Humming Bird, after Martin Johnson Heade-Cattleya The White Girl (Symphony in White), after James Abbott McNeill Whistler After Breakfast, after Elin Danielson-Gambogi The Origin of the World, after Gustave Courbet Study of Ostrich, after Nicasius Bernaerts The Ecstatic Virgin Anna Katharina Emmerich, after Gabriel Cornellius Ritter von Max 


SERVIÇO: ESPELHOS DE PAPEL | Vik Muniz Abertura: dia 02 de abril, às 18h Exposição: 02 de abril a 04 de maio de 2013 De segunda a sexta, das 10h às 19h | sábado, das 11h às 15h Galeria Nara Roesler: Av. Europa, 655 – Jardim Europa | Tel. 11 3063.2344 INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Assessoria de imprensa de Espelhos de papel Factoria Comunicação Vanessa Cardoso – vanessa@factoriacomunicacao.com Eduardo Marques – eduardo@canivello.com.br Mario Canivello – mario@canivello.com.br (21) 2274-0131 e 2239-0835 Assessoria de imprensa da galeria Nara Roesler Agência Guanabara Diego Sierra - diego@agenciaguanabara.com.br Laila Abbou - laila@agenciaguanabara.com.br Tel. 11. 3062-6399