Visualização de vídeos

Os vídeos e músicas postados neste espaço podem não ser visualizados em versões mais recentes do Internet Explorer, sugiro a utilização do Google Crome, mais leve e rápido, podendo ser baixado aqui.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

TOMIE OHTAKE – GESTO E RAZÃO GEOMÉTRICA

Esta é, disparado, a melhor exposição de obras de Tomie Ohtake que vi nestes últimos anos, tanto no instituto que leva seu nome quanto em outros centros culturais.

A curadoria e seleção das obras nos permitem conhecer ou rever as diversas fases e estéticas adotadas em seu trabalho, nos mostrando um ecletismo que eu não sabia que ela possuía.Com obras de diversas coleções, algumas identificadas outras não, faz com que percebamos o empenho dos realizadores em trazer toda a riqueza pictórica da artista.

Um programa que vale a pena ser feito.



Cores Vivas - Gilberto Gil


Abaixo das imagens o "press-release, fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake. 








TOMIE OHTAKE – GESTO E RAZÃO GEOMÉTRICA

Abertura: 22 de novembro, às 20h – 02 de fevereiro de 2014

No mês em que a artista completa 100 anos (21 de novembro), o Instituto Tomie Ohtake realiza a terceira exposição em comemoração ao seu centenário, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Em Tomie Ohtake – Gesto e Razão Geométrica, o crítico, ao reunir cerca de 60 trabalhos, a maioria pinturas, aborda como o racionalismo da construção geométrica encontra a pincelada gestual que propõe a linha orgânica, formando aí uma das características importantes da obra da artista.

Segundo Herkenhoff – profundo estudioso de Tomie, curador de várias mostras sobre a artista, como Pinturas Cegas, realizada no ano passado no Instituto Tomie Ohtake e que agora, dia 19 de novembro, será inaugurada no MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro, do qual é diretor cultural – uma questão chave atravessa toda a obra de Tomie: a intangibilidade da perfeição. “Ao contrário do racionalismo da geometria ocidental, Ohtake experimenta incessantemente a imprecisão’, afirma.

Nesta grande mostra comemorativa, a partir de trabalhos seminais e de um expressivo conjunto que traz variações formais, como os retângulos, as sombras, a arquiteturas, as elipses, os círculos, as sobreposições, o curador percorre o inesgotável vocabulário plástico do universo de Tomie. Para Herkenhoff, a vontade geométrica da artista não se reduz a uma lógica única e está dispersa entre experiências singulares. “Certa pintura de Ohtake representa a adesão à dita “geometria sensível da América Latina”; noutros casos, está a geometria imprecisa e uma geometria cósmica”, destaca. 

Outras reflexões de Paulo Herkenhoff o fizeram optar pela pauta geométrica nesta principal mostra em homenagem ao centenário de Tomie. Segundo ele, a geometria da artista, fora da exegese canônica do concretismo, expande o campo e o torna mais complexo. “A pintora contribuiu para a formulação da geometria transcultural do Brasil, que envolve sua relação com algumas imagens estéticas que envolvem valores espirituais, como o enso, o círculo imperfeito no Zen Budismo, e a relação da forma com a sombra, um valor da cultura japonesa tradicional”, completa o curador.  

Exposição: Tomie Ohtake – Gesto e Razão Geométrica
Abertura: 22 de novembro de 2013, às 20h (convidados)
Até 02 de fevereiro de 2014
Terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros, São Paulo
Fone: 11.2245-1900
Informações à Imprensa
Pool de Comunicação - Marcy Junqueira
Contato: Martim Pelisson
Fone: 11.3032-1599

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PESSOAS DA LITUÂNIA, de Antanas Sutkus

Imagino que essa mostra é a sequência da exposição ocorrida em março deste ano na Caixa Cultural deste grande fotógrafo contemporâneo cuja estética é a de registrar o cotidiano de seus conterrâneos em situações corriqueiras.

Diferente da anterior, UM OLHAR LIVRE, que nos apresentava mais retratos onde os olhares e as expressões das pessoas tinham  maior importância, esta nos apresenta fotos mais genéricas, mas de grande beleza, onde situações comuns adquirem uma atmosfera poética.


Leontovitsch - Compositor ucraniano

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.







PESSOAS DA LITUÂNIA, de Antanas Sutkus


O Instituto Tomie Ohtake e o Consulado Geral da Lituânia no Brasil inauguram no dia 12 de novembro, às 20h, a exposição inédita do fotógrafo lituano Antanas Sutkus “PESSOAS DA LITUÂNIA”. Serão apresentadas cerca de 35 imagens inéditas em preto e branco que revelam o talento de Sutkus, considerado um dos maiores fotógrafos do século XX. Grande parte da coleção será apresentada pela primeira vez em âmbito mundial, fruto de um intenso trabalho do fotógrafo em seu arquivo que comporta cerca de um milhão de negativos. Visitação até o dia 05 de janeiro de 2014. O Instituto Tome Ohtake fica na rua Coropés, 88. Pinheiros. Entrada franca.

O fotógrafo lituano Antanas Sutkus, 74 anos, cresceu em uma difícil realidade. Em 1940, quando ele tinha apenas um ano, a União Soviética anexou o seu país ao bloco comunista, em plena Segunda Guerra Mundial. Entretanto, mesmo diante de condições tão adversas, o artista tornou-se um dos maiores fotógrafos de sua época. Antanas ignorou os ideais totalitários impostos pelo regime soviético e acumulou, em pouco mais de 40 anos, uma obra vasta que retrata o cotidiano simples do seu povo. Foi a partir de 1991, ano em que a independência do seu país foi, enfim, oficializada e reconhecida, que Antanas passou a trabalhar com tranquilidade em seus arquivos. Com quase de um milhão de negativos guardados, só agora sua obra começa a ser de fato revelada de forma completa para o mundo.

Durante toda a sua carreira Antanas Sutkus prestou uma homenagem ao seu povo com a série “Pessoas da Lituânia”, onde o cotidiano dos seus co-cidadãos é o sujeito principal: cada indivíduo é fotografado com um senso da humanidade e sem nenhum efeito dramático. Ao contrário, o seu olhar traz amor e esperança para a vida destas pessoas. Como diz o próprio artista: “O meu credo é amar as pessoas”.

“Pessoas da Lituânia” apresenta ao público paulistano imagens restauradas e ampliadas durante os últimos anos, resultado de um intenso trabalho de pesquisa e restauração do fotógrafo nos seus arquivos.

Serviço
Antanas Sutkus  - PESSOAS DA LITUÂNIA
Abertura: 12 de novembro, às 20 horas.
Período expositivo: 13 de novembro a 05 de janeiro de 2014.
Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 11h às 20h

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros, São Paulo - SP
Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa
Marcy Junqueira – Pool de Comunicação
Contato: Martim Pelisson
Fone: 11.3032-1599

domingo, 3 de novembro de 2013

Arte no Brasil: uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo

Não há melhor sensação para quem gosta de artes como a de rever grandes obras, aquelas que conhecemos desde sempre e que estão em nossa memória afetiva.

Aproveitando a ida a esta exposição, passei pela Pinacoteca, onde além ver ver a mostra de Willian Kentridge, que comentarei no próximo post, pude rever além de alguns Portinari e Djanira, entre outros, as magníficas obras de Almeida Júnior, que considero um gênio, capaz de levar às suas obras toda a carga emocional de um momento.

Genial também foi a ideia dos curadores da Pinacoteca em montar essa exposição, com peças de seu acervo e da coleção Nemirovsky, aos seus cuidados em comodato, que nos trás uma esplêndida visão deste movimento que foi o divisor de águas nas artes brasileiras, quando se rompem as amarras da tradição acadêmica europeia criando-se uma estética genuinamente nacional.


Na exposição “Gomide, um Modernista entre Paris e São Paulo”, é dito que o modernismo foi um movimento nascido na elite, muito lógica essa afirmação, pois todos os seus integrantes tiveram a educação formal em escolas de referência, principalmente em Paris, tendo convivido e sido influenciados pelos próceres das artes do início do século XX.


A música abaixo foi a última escrita por Tom Jobim, em homenagem a Radamés Gnattali, um dos compositores considerados modernistas.


Meu Amigo Radamés - Tom Jobim


Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da Pinacoteca.








Arte no Brasil: uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo


A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta na
Estação Pinacoteca a exposição de longa duração Arte no Brasil: uma história do
Modernismo na Pinacoteca de São Paulo. Instalada no segundo andar da Estação
Pinacoteca, a mostra reúne 50 obras, entre pinturas e esculturas, de artistas como Alfredo
Volpi, Cândido Portinari, Carlos Prado, Emiliano Di Cavalcanti, Ernesto Di Fiori, Flávio de
Carvalho, José Pancetti, Lasar Segall, Sérgio Camargo, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret,
entre outros.

Reunindo uma seleção de obras dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo e da
Fundação José e Paulina Nemirovsky, a mostra dá continuidade à exposição apresentada na
Pinacoteca, Arte no Brasil: uma história na Pinacoteca de São Paulo que trata da formação da
visualidade artística e a constituição de um sistema de arte no país que se inicia no período
colonial e avança até início do século XX. Já a mostra que será inaugurada na Estação
Pinacoteca, Arte no Brasil: uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo enfoca
três principais momentos do Modernismo brasileiro: as inovações formais do primeiro
Modernismo (de Lasar Segall a Flávio de Carvalho), a retomada das tradições da pintura
(sobretudo dos artistas atuantes nas décadas de 1930 e 1940, como Alberto da Veiga
Guignard e Pancetti), finalizando com obras que começam a ser influenciadas pelo
abstracionismo (Bonadei e Volpi) e apontam em direção ao concretismo que se sedimentaria
nos anos 1950.

Pela primeira vez na Estação Pinacoteca, o público terá oportunidade de conhecer os três
principais momentos da arte Moderna no Brasil e perceber as aproximações e diferenças de
estilos e temas entre as obras exibidas na mostra. Segundo Regina Teixeira de Barros,
curadora, a busca da identidade brasileira já vem do século XIX com se vê nas obras de
Almeida Junior, por exemplo. Nesse sentido, o Modernismo dá continuidade a essa busca. Mas
há artistas que não se enquadram nessa temática, como Ismael Nery que tem uma produção
de caráter mais pessoal e filosófico, ou ainda, artistas que estavam interessados na pintura
pela pintura como Guignard, Pancetti e De Fiori e que foram referenciais para seus
contemporâneos. Por outro lado o Modernismo representa um momento de grande inovação
formal que desperta interesse até os dias de hoje.

A exposição, que ficará em cartaz até 2015, tem patrocínio do HSBC por meio da Lei de
incentivo à cultura. Valorizar a cultura de países e estimular o câmbio cultural faz parte da
nossa estratégia de patrocínio global. É uma grande satisfação apoiar esta exposição que
mostrará os principais momentos da arte Moderna do país, conclui Renata Brasil, diretora de
marketing para pessoa jurídica e patrocínios institucionais do HSBC.

Não deixe de ver:

Tarsila do Amaral
Antropofagia, 1929


Em janeiro de 1928, Tarsila presenteou o marido Oswald de Andrade com a pintura Abaporu, que o inspiraria a redigir o Manifesto Antropófago, documento seminal do Modernismo brasileiro, no qual o
autor propõe uma assimilação crítica do legado cultural europeu e seu reaproveitamento para a criação de uma arte genuinamente brasileira.

Embora Abaporu seja considerada a obra inaugural, A negra, de 1923 – uma alegoria da figura da Grande
Mãe, de seio único e agigantado, pesadamente assentada na terra, como uma deusa mítica da fertilidade
–, já prenuncia o que viria a ser a poética antropofágica de Tarsila: pinturas caracterizadas por um
número reduzido de elementos, economia de cores e presença de temas nacionais e primitivos, figurados
numa intensa atmosfera onírica. A pintura Antropofagia, de 1929, como indica o título, é uma assimilação
das duas obras anteriores: figura e fundo de Abaporu e A negra se mesclam, formando um casal primevo,
em uma paisagem densa e silenciosa. As imagens inspiradas em um Brasil arcaico, pré-cabralino, aliadas
à utilização de uma linguagem moderna, criaram uma solução possível para um paradoxo presente na
prescrição antropofágica: a necessidade de conciliar aspectos primitivos e modernos a um só tempo.

Ernesto de Fiori
Homem andando, entre 1936 e 1937


São poucos os dados precisos sobre a formação artística de Ernesto de Fiori. Sabe-se que em 1904 ingressou na Akademie der Bieldenden Künste de Munique, na Alemanha, onde frequentou aulas de desenho. Desde o início interessado em pintura, mas dedicado, sobretudo, à escultura, chegou ao Brasil, em 1936, vindo de Berlim, e começou a se firmar no ambiente artístico ao participar de mostras locais. A figura do homem andando ou em marcha está presente em seu trabalho desde 1920 até aproximadamente 1938. Mas esta peça tem as suas especificidades no modo como o homem projeta o seu corpo à frente, com cabeça e tronco lançados para a esquerda, em passo largo, sugerindo velocidade e obstinação. A superfície áspera, desigual, com aspecto inacabado, e a simplificação das formas, sem a divisão dos dedos das mãos ou dos pés, reforçam a rapidez e o dinamismo da escultura, desde a ideação, passando pela moldagem da matéria. O resultado é uma imagem urgente, que insinua um processo em curso, ou no mínimo uma situação que aponta para transformações.


Volpi
Fachada, c. 1955


Foi depois da viagem a Minas Gerais, 1944, que Volpi começou a pintar com têmpera. Juntamente com a troca de técnica, vê-se, pouco a pouco, ao longo do final da década de 1940 e início da de 1950, sua pintura se fechar, selecionando certos elementos formais, como as fachadas das casas, que até então eram
representadas em sua totalidade. As famosas bandeiras começaram a ser representadas no início da década de 1950 e reaparecerão inúmeras vezes em seu trabalho, ora como bandeirinhas, ora como formas geométricas puras sofrendo todo o tipo de manipulação construtiva nas mãos do artista. Mas nem sempre a rigidez formal impera: em Fachada, por exemplo, vemos uma composição bastante animada, de cunho mais popular.

Estação Pinacoteca
Largo General Osório, 66 - Tel. 11 3335 4990
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até às 18h
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00
Grátis aos sábados. Estudantes com carteirinha pagam meia entrada.
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.
Mais informações: Carla Regina Tel. 3324 1007 ou pelo email coliveira@pinacoteca.org.br