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sábado, 28 de julho de 2012

Fim de Romance

Hoje passeando por minha discoteca escutei essas duas músicas permeadas de imensa tristeza, mas ao mesmo tempo carregadas de uma decisão, que é de acabar uma relação afetiva e de seguir em frente.

Quanta dor e sofrimento passaram os personagens até perceberem que deveriam por um ponto final na loucura a dois, o quanto deve ter sido difícil assumir a falência do romance ou do conto de fadas.

Agora, só gênios como esses, Ivan Lins, Chico Buarque e Francis Hime, são capazes de descrever essas sensações, mesmo sem tê-las vivido, dessas maneiras ao mesmo tempo singelas mas carregadas de amargura.

Ao escutá-las lembrei desta pintura, abaixo, do acervo da Pinacoteca, que, guardadas as devidas proporções, também carrega todo um drama e desespero, diferentes da mensagens das músicas.





Trocando em miúdos - Francis Hime 


Bilhete - Ivan Lins e Nana Caymmi

Fim de romance - Antonio Parreiras (Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo)


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Hercules Barsotti – Além do Olhar

Essa é uma mostra que é magnífica em vários sentidos.

A começar pelo material gráfico fornecido à imprensa, do convite ao catálogo, passando pelo folder da exposição e o "press-release".

Estou acostumado com o alto padrão dos catálogos da Caixa Cultural, mas esse se sobressai, impresso em braile e com as gravuras em relevo, imagino que foram feitas por silk-screen, conferem volume e textura às imagens.

As obras expostas são amplamente conhecidas de um artista mais do que consagrado, e como são agradáveis de se ver.

Com o objetivo de trazer aos deficientes visuais o contato com as obras de um grande mestre das artes plásticas brasileiras, apresenta uma representação tri dimensional das imagens, hora feitas com a sobreposição de chapas acrílicas, dispostas exatamente como as das gravuras, ou feitas através impressão em verniz com variáveis texturas que provem a sensação tátil espacial dos arranjos das figuras.


Que felicidade termos quase na sequência exposições de dois dos expoentes da arte concreta brasileira, Luiz Sacilotto e essa, esses dois que já estiveram juntos em um grande evento na BMF-Bovespa.


Aruanda - Milton Banana Trio

Contrariando o padrão que impus aos comentários, mostro a seguir 10 imagens das obras em exposição, fornecidas, junto com o "press-release", pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.













ALÉM DO OLHAR PROMOVE EXPERIÊNCIA TÁTIL NA CAIXA CULTURAL SP

Exposição traz versões tridimensionais que poderão ser apreciadas pelo toque

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 21 de julho a 23 de setembro, a exposição “Hercules Barsotti – Além do Olhar”. A mostra exibe 30 serigrafias do artista neoconcretista, onde cada obra será acompanhada de sua representação em material tátil. Durante a visitação, as criações de Barsotti poderão ser apreciada por pessoas que enxergam ou não, proporcionando ao público uma experiência tátil. A exposição tem curadoria de Cláudia Lopes e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. A exibição estárá aberta ao público de terça a domingo, das 9h às 21h, com entrada gratuita.
“Além do Olhar” apresenta como diferencial a oportunidade para que portadores de deficiência visual possam sentir a obra de arte pelo toque. Os visitantes serão conduzidos pela galeria por monitores treinados que vão orientar o toque nas reproduções tridimensionais, de modo a perceber as obras. Também estarão disponíveis aparelhos com a áudio-descrição de toda a exposição, com planta em relevo do espaço expositivo. A sinalização será feita com piso tátil desde a entrada da CAIXA Cultural São Paulo.
A seleção das obras para a exposição foi baseada na experiência pictórica do artista, e também na pesquisa da forma e da cor que o consagrou na arte brasileira. A mostra permite uma reflexão sobre linguagens e a questão do olhar, tanto no ato de enxergar quanto nos diversos modos de interpretar as peças. “Alguém que enxerga, muitas vezes passa por objetos, formas e cores sem parar para sentir, de fato, sem perceber ao que se reporta a escultura ou a pintura. Nossa proposta é que o espectador permaneça um tempo maior na sala de exposição, que sua visita seja de fato uma nova experiência, e que nessa experimentação seja ampliada sua percepção”, afirma Cláudia Lopes.
O catálogo da mostra é gratuito e apresentará reproduções das obras expostas em imagens com relevo. O impresso contará também com textos do crítico de arte, Enock Sacramento, e da consultora de acessibilidade, Viviane Sarraf. O conteúdo terá impressão tradicional e versão em braille.
Sobre o artista:
Hércules Barsotti nasceu em São Paulo, em 1914, e faleceu na mesma cidade, em 2010. Desenhista, pintor e programador visual, Barsotti iniciou sua formação artística em 1932, sob orientação de Enrico Vio. Nos anos 1950, tornou-se desenhista têxtil, criando, em 1954, juntamente com Willys de Castro, um estúdio de projetos gráficos na capital paulista. Em 1958, viajou para a Europa onde entrou em contato com Max Bill, responsável pela irrupção do concretismo no Brasil. Integrou, a partir de 1960, o Grupo NeoConcreto, liderado pelo crítico Ferreira. Entre 1963 e 1965, participou do Grupo Novas Tendências, que tentou reagrupar os artistas de tendência geométrica em São Paulo. Em 2004, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou uma abrangente retrospectiva do artista, enfatizando sua contribuição à arte brasileira do século XX.
SERVIÇO:
Exposição “Hercules Barsotti – Além do Olhar”
Abertura para convidados e imprensa: 21 de julho, às 11h.
Visitação: de 21 de julho a 23 de setembro de 2012.
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) – Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo (SP).
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas:
(11) 3321-4400 ou pela caixa postal agendamento.sp@gentearteira.com
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária:
livre
Produção:
Arte Impressa
Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Palestra sobre Museus Acessíveis: 31 de julho de 2012 às 19h30.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Luz, cedro e pedra – Esculturas do Aleijadinho fotografadas por Horacio Coppola

Essa é uma grande oportunidade de termos contato muito próximo com as obras do Aleijadinho, onde podemos perceber detalhes que nos escapariam em uma visita aos sítios onde estão expostas.

O IMS nos apresenta uma exposição de imagens feitas por Horácio Copolla em 1945 das obras do escultor que é considerado uns dos maiores de todos os tempos.

É magnífico perceber toda a sofisticação dos detalhes anatômicos e as expressões das figuras retratadas, veias, tendões, rictos, expressões de angustia, dor e êxtase, que perderíamos numa visita comum às obras. Todas elas captadas pelas lentes e pelos filmes em preto e branco do artista.

Nesta exposição ganhamos dois presentes, as fotos e os pequenos, mas importantes detalhes de um tesouro nacional.




Clube da Esquina - Milton Nascimento


Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.










Fotografias que Horacio Coppola fez das esculturas de Aleijadinho serão exibidas no IMS-SP
Morto no mês passado, Coppola é um dos grandes nomes da fotografia argentina


O Instituto Moreira Salles de São Paulo abre em 17 de julho (terça-feira), às 19h30, a exposição Luz, cedro e pedra – Esculturas do Aleijadinho fotografadas por Horacio Coppola, com 81 imagens feitas pelo fotógrafo argentino em 1945, nas cidades mineiras de Congonhas do Campo, Sabará e Ouro Preto. A mostra tem curadoria de Luciano Migliaccio, professor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAU/USP.
Horacio Coppola (1906-2012) é figura central da fotografia latino-americana do século xx. Sua vocação artística manifestou-se já no final da década de 1920, quando presidiu o primeiro cineclube argentino. Em 1930, pu­blicou duas fotografias na primeira edição do Evaristo Carriego de Jorge Luis Borges, e, em 1931, estampou um ensaio fotográfico na revista Sur. Nesses mesmos anos, fez a primeira de suas viagens de formação, rumo à Europa, de onde retornou com sua primeira câmera Leica. Coppola complementa­ria seus estudos de fotografia com duas outras viagens: em 1932-1933, à Alemanha, quando frequentou os cursos de Walter Peterhans na Bauhaus e colaborou com as fotó­grafas Ellen Auerbach e Grete Stern; e, em 1934-1935, a Paris e a Londres, onde se casou com Stern.
Foi nos anos de formação que surgiu o gosto pela escultura pré-moderna e mesmo arcaica. Esse espírito de redescoberta certamente motivou mais uma de suas viagens, desta feita a Minas Gerais, em 1945, em busca da obra de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), compreendido por Coppola como artista integral, isto é, arquiteto, escultor e “ornamentista sacro”. As referências que podem ter levado Coppola ao artista mineiro naquela época vão de artigos dos poetas Jules Supervielle e Ramón Gómez de la Serna, respectivamente em 1931 e 1944, ao livro do brasileiro Newton Freitas, El Aleijadinho, publicado tam­bém em 1944 na Argentina.
Para o curador Luciano Migliaccio, fotografar esculturas é uma questão de pontos de vista, sobretudo quando se trata das esculturas de Aleijadinho, que sempre foram parte de um grandioso teatro religioso. “Coppola compreendeu muito bem o caráter decorativo intrínseco à poética do escultor brasileiro”, explica.
Horacio Coppola voltou para Buenos Aires com um rico acervo de ima­gens que, dez anos mais tarde, expôs nos salões da asso­ciação Amigos del Libro e publicou no livro Esculturas de Antonio Francisco Lisboa O Aleijadinho (Buenos Aires: Ediciones de La Llanura, 1955). Em 2007, mesmo ano em que inaugurou a exposição Horacio Coppola — Visões de Buenos Aires, o Instituto Moreira Salles incorporou a suas coleções 150 dessas imagens.
Catálogo da exposição
ISBN: 978-85-86707-83-4
Formato: 16,5 x 24 cm
Nº de páginas: 56
R$ a definir
SERVIÇO DA EXPOSIÇÃO: Luz, cedro e pedra – Esculturas do Aleijadinho fotografadas por Horacio Coppola
Abertura: 17 de julho de 2012, às 19h30
Exposição: de 18 de julho a 11 de novembro 2012
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h
Entrada franca
Classificação livre
Instituto Moreira Salles – São Paulo
Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis
Tel.: (11) 3825-2560
Nathalia Pazini
Instituto Moreira Salles
11 3371-4490

segunda-feira, 16 de julho de 2012

MARINGELLI, PERCURSO GRÁFICO

Mais uma bela mostra da Caixa Cultural, com desenhos e gravuras de Francisco Maringelli, nos mostra várias vertentes de seu trabalho, com peças que chamam a atenção e nos fazem pensar.

O artista consegue mostrar sua angustia, sem que a incorporemos, mantém-nos como observadores, sem que façamos parte do drama.

Notei algumas influências, como de Lucian Freud e mesmo de Oswaldo Goeldi em alguns desenhos ou gravuras, desse que já é um artista consagrado.




Tempo - Lucio Dalla


Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.









A MOSTRA ‘MARINGELLI, PERCURSO GRÁFICO’ ACONTECE NA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO
Essa produção gráfica de Francisco Maringelli é resultado de 30 anos de trabalho
Com patrocínio da Caixa Econômica Federal, a Caixa Cultural da São Paulo (Sé) inaugura no dia 26 de maio de 2012, a exposição Maringelli – Percurso Gráfico. A mostra apresenta um conjunto de cerca de 70 obras entre desenhos, gravuras e objetos e conta com a curadoria de Luiz Armando Bagolin, integrante do corpo docente do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Trata-se da mais significativa exposição individual de seus mais de 30 anos de trabalho tendo como foco a produção gráfica, incluindo-se a pintura, sua primeira predileção artística no início da carreira.
Um destaque inovador na expografia desta mostra, em relação às anteriores, é a seleção de objetos do ateliê do artista que estarão expostos, aqui representados pelas figuras de dois manequins de lojas de vestuário. A alusão ao processo criativo tem sido uma constante no debate que cerca a arte contemporânea e nesse sentido a exibição pública destes objetos nos traz um pouco dessa faceta. O deslocamento destes itens das prateleiras escondidas do ateliê para um posto nobre no salão de exposições oferece ao público uma pequena amostra da atmosfera que permeia o habitat do artista.
A mostra apresenta ainda uma escultura inédita produzida nos anos 80. A pesquisa no campo tridimensional é desconhecida do grande público, e o Coelho, gesso ora apresentado, se impõe no espaço com sua presença de forte apelo dramático. Esta obra se torna ainda mais emblemática na medida em que estabelece diálogo com diversas obras gráficas presentes na exposição, sem, contudo perder sua autonomia e majestade.
O público terá a oportunidade de ver reunidas obras cuidadosamente selecionadas que perpassam pelos vários temas que lhes são mais caros: reminiscências do imaginário da paisagem paulistana, brinquedos e manequins antigos, esculturas de gesso realizadas nos anos 80, ossos, embalagens e recipientes descartáveis, roupas, mobílias, seus animais de estimação, esboços feitos na rua. Estes objetos inseridos no ateliê e os demais espaços da casa funcionam como cenários nos quais o artista se insere e atua. São eles que convidam o público a um passeio pelas suas inquietações e percursos.
O percurso iniciado em 1979 permite avaliar as mudanças surgidas no âmbito da fatura gráfica, da escala explorada em mini-gravuras e murais.
A cor desde sempre esteve presente na produção gráfica, em paralelo com o preto e branco, alimentada pelo exercício da pintura. No tocante aos temas persiste a inquietação de revelar novas interpretações de situações e de objetos, anteriormente abordadas, e a busca de outras visadas que possibilitem a abertura do temário que possa desvelar um pouco mais das relações intrincadas geradas na atualidade neste mundo em trânsito dos indivíduos, seus objetos de troca e a disputa de uma supremacia evidenciada na arena das disputas simbólicas.
A exposição Maringelli – Percurso Gráfico foi selecionada pelo edital de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural 2011, e ficará em cartaz até o dia 29 de julho de 2012.
SOBRE O ARTISTA
Vive e trabalha em São Paulo.
Francisco Maringelli é um dos principais expoentes da gravura contemporânea do país. Realizou inúmeras mostras individuais e mais de coletivas, no Brasil e no exterior.
Em 2012 lançou o livro Francisco Maringelli, vigésimo volume da Coleção Artistas da USP, publicada pela Edusp – Editora da Universidade de São Paulo.
Recebeu a Bolsa Vitae de Artes Visuais no ano de 1994, para a produção do projeto “Grandes formatos na Gravura em Relevo”, exposta em 1995 no Programa de Exposições Centro Cultural São Paulo e no Museu da Gravura Cidade de Curitiba (PR). Realizou a exposição individual No Olho da Rua, Gravura Brasileira, São Paulo (SP).
SERVIÇO
Exposição: Maringelli – Percurso Gráfico
Abertura com visita guiada pelo artista e pelo curador: 26 de maio de 2012 – 11h
Visitação: de 26 de maio a 29 de julho de 2012
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo (SP)
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: Franca
Recomendação etária: Livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

quinta-feira, 12 de julho de 2012

AUDÁCIA CONCRETA: AS COLAGENS DE LUIZ SACILOTTO

Esta é umas das belas mostras que estão acontecendo na Caixa Cultural neste mês, de um artista que já conhecia, e que gosto imensamente, nos traz a última fase da carreira do artista, as colagens, que foram utilizadas em função das limitações da idade.

Como me agrada a arte concreta, por ser aparentemente fácil de se fazer, ela contém um complexidade que aguça nossa curiosidade, e nos alegra os sentidos com os efeitos visuais que nos causam.

Luiz Sacilotto consegue extrair sensações espaciais em figuras planas, quase sempre feitas de ângulos retos, que nos seus arranjos adquirem volume, vide a última gravura abaixo.

Para acompanhar o comentário uma colagem musical de Caetano e Gil, do disco Tropicália 2.



Rap Popcreto - Caetano Veloso e Gilberto Gil


Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.







CAIXA CULTURAL SP APRESENTA A MOSTRA “AUDÁCIA CONCRETA: AS COLAGENS DE LUIZ SACILOTTO”
Essa exposição inédita traz obras e um documentário do artista que retrata os seus últimos anos de vida
A exposição “Audácia Concreta: As Colagens de Luiz Sacilotto” que inaugurará no dia 26 de maio ficará aberta ao público até o dia 29 de julho de 2012, na CAIXA Cultural São Paulo. Em seus anos finais, Sacilotto procurou nas colagens a técnica para vencer as limitações motoras impostas pela idade e pela saúde frágil. Dessa experiência surgiu a série de 20 colagens que agora, pela primeira vez, são expostas ao público no centro da capital paulista gratuitamente.
Com curadoria da jornalista e artista Fernanda Lopes, a mostra ainda inclui uma série de 11 serigrafias, que ampliam a percepção da obra de Sacilotto e a põe em perspectiva temporal.
Completam a exposição 5 estudos realizados pelo artista e de fundamental importância para a compreensão de suas técnicas e seu processo criativo.
Ao final, o visitante poderá assistir a um documentário produzido pela SESC TV e que se tornou um dos últimos registros do artista em vida.
Sobre o artista:
Luiz Sacilotto (1924-2003), nascido em Santo André, no ABC Paulista, foi um dos artistas mais significativos do Concretismo, movimento artístico de importância lapidar no Brasil, marco da ruptura com os modernismos que se estendiam desde as primeiras décadas do século XX.
Formado em “artes e ofícios”, Sacilotto iniciou sua vida profissional como desenhista industrial nas empresas da região, trajetória comum a tantos rapazes de sua geração, filhos de imigrantes e herdeiros de uma longa tradição de origem européia na qual artesão, artista e artífice se misturam dentro da mesma alma. Do contato com o universo industrial e com as linguagens visuais produzidas pelas cidades fabris (e “febris” como escreveu Sidney Chalhoub), Sacilotto deu início a uma segunda “pele”, uma segunda vivência, a de artista. Os primeiros anos de produção, na década de 1940, de caráter figurativa, deu lugar a produção concretista, que teve na mostra Ruptura de 1952 no MAM seu momento chave. Foi como peça chave do movimento que Sacilotto se consolidou e que sua obra amadureceu.
Participou de inúmeras mostras como as Bienais de 1951, 53, 55, 57, 61e 67; da Bienal de Veneza em 1952, da Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo em 1956 e no Rio de Janeiro em 1957, na Konkrete Kunst (exposição nacional de arte concreta em Zurique) em 1960. No decorrer de sua longa carreira deixou uma vasta e sólida obra que hoje compõe acervos de instituições importantíssimas pelo mundo a fora.
O projeto é uma produção da Conceito Humanidades, com realização da CAIXA Cultural São Paulo e patrocínio da CAIXA e Governo Federal.
SERVIÇO:
Exposição Audácia Concreta: As Colagens de Luiz Sacilotto

Abertura para convidados e imprensa: dia 26 de maio, sábado, às 11 h
Visitação: de 26 de maio a 29 de julho de 2012
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

POLIMATÉRICAS DE JOÃO ROSSI

Já fazia algum tempo que não ia até à Caixa Cultural da Praça da Sé, e sentia que estava perdendo coisas boas, e estava mesmo, começando por essa exposição de João Rossi, um artista completo com obras em vários suportes como pinturas, colagens, gravuras e esculturas, todas elas magníficas.

Mais uma vez fui surpreendido por um artista consagrado, o qual não conhecia. Que boa sensação essa de entrar num salão  de exibição e deparar com peças que instantaneamente nos encantam.

Com traços precisos e sofisticados, de quem conhece profundamente as técnicas e a teoria das artes plásticas é um alento nesse mar de mesmices e pretensos "artistas".


Um belo passeio, que pode ser abrilhantado com as outras exposições da Caixa Cultural e uma volta pelo centro velho de São Paulo.



Linguagem do Alunte - Novos Baianos


Abaixo das imagens, o "press-release"  fornecidos pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.






CAIXA CULTURAL SÃO PAULO MOSTRA OBRAS POLIMATÉRICAS DE JOÃO ROSSI
São 70 obras entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas que retratam as várias nuances da carreira do artista
A CAIXA Cultural São Paulo (Sé) abre no sábado (12), às 11h, no centro da capital paulista, uma mostra composta por 70 obras entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas que retratam as várias nuances da obra de João Rossi. A mostra, que tem curadoria de Cláudia Lopes, permanecerá aberta ao público até 15 de julho, podendo ser visitada de terça a domingo das 9 às 21h. A entrada é gratuita e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Sobre o artista
João Rossi, pintor, gravador ceramista, escultor, muralista e professor, nasceu em São Paulo, na rua Augusta, em 1923, e faleceu em sua casa-ateliê na Vila Sônia, em 2000. Depois de viver em Montevidéu, Uruguai (1950), transfere-se para Assunção, onde atua como professor de história da arte, desenho e pintura, contribuindo para a introdução da modernidade no Paraguai. Retorna em 1953 a São Paulo onde continua exercendo o magistério, paralelamente a sua carreira artística. Em 1954 ingressa como professor na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado, da qual torna-se diretor em 1959, permanecendo no cargo até 1972. João Rossi participa de numerosas exposições coletivas entre elas a 8ª Bienal Internacional de São Paulo. Realiza várias individuais no Brasil, Paraguai, Colômbia e Cuba. Em 1971 torna-se professor da Universidade Mackenzie, na qual ensina até 1983. Em 1968, realiza, juntamente com Caciporé Torres, os murais História da Cidade de São Paulo para a fachada do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. No início de sua carreira João Rossi produziu uma obra voltada sobretudo para a realidade social latino-americana. Com o tempo sua obra passou a ter como motivo a cidade, a metrópole, São Paulo. Na realização de sua obra, Rossi utilizou materiais variados, caracterizando-a como polimatérica.
SERVIÇO:
Exposição “Polimatérica – João Rossi”
Abertura para convidados e imprensa: dia 12 de maio, às 11h
Visitação: de 12 de maio a 15 de julho de 2012
Horário de visitação: de terça a domingo, das 9 às 21h
Local: CAIXA Cultural São Paulo, Praça da Sé, 111, próximo à Estação Sé do Metrô.
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca

Recomendação etária: livre

Patrocínio: Caixa Econômica Federal



quarta-feira, 11 de julho de 2012

OBSESSÕES DA FORMA - ESCULTURAS DA COLEÇÃO MASP

Mais uma magnífica exposição, esta sim de marcar época, cujas imagens abaixo, não dão a ideia de sua grandeza.

Montada com obras pertencentes ao acervo do MASP, agrupadas por temas como nus, dança, animais, casais e abstratas, com peças de diferentes períodos ou escolas.

Não há nenhuma peça que mereça o adjetivo menor do que linda, com uma única exceção, num equívoco que não compromete em nada o brilho do evento.

Essa é uma das inúmeras oportunidades que o MASP tem de mostrar que é, disparado, o melhor museu de artes da América Latina. Como bônus estão em cartaz as exposições Modigliani : Imagens de uma vida, Papéis estrangeiros: Gravuras da Coleção MASP (imperdível) e da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, além do seu precioso acervo.

Como sempre um grande passeio, e que alegria perceber o genuíno interesse que o museu desperta nos seus visitantes. 


Esfinge - Djavan

Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do MASP.


 AUGUSTE RODIN

"A Eterna Primavera" Bronze, 67,0 x 84,0 x 41,0 cm 

doação, Francisco Pignatari e Nelita Alves de Lima Pignatari, 1954



JACQUES LIPCHITZ
"Pierrô com bandolin" , 1925 Bronze (fundição a cera perdida),
doação, Carolina Penteado da Silva Telles, 1948
EDGAR DEGAS
"Mulher sentada, enxugando as costas pelo lado esquerdo" 


ERNESTO DE FIORI
"Nu Feminino que Ajeita o Cabelo" , Século XX,
gesso original 44,5 x 17,0 x 13,0 cm 
doação, Mário de Fiori, 1947

EDGAR DEGAS

"Bailarina de 14 anos" , 1880  Bronze





EDGAR DEGAS
 "Arabesque sobre a perna direita, braço esquerdo alinhado" , 1919-1932 c.,
bronze patinado, 29,5 x 43,2 x 9,5 cm
doação, Alberto José Alves, Alberto Alves Fº, Alcino Ribeiro de Lima, 1954

ERNESTO DE FIORI
"Greta Garbo" , 1937
gesso original, 42,5 x 20,0 x 19,0 cm
doação, Mário de Fiori, 1947

AUGUST ZAMOYSKI
 "O Poeta Jan Kasprowicz"
madeira, 29,0 x 19,5 x 23,0 cm
doação, Izar Paes Leme, 1951

ARTE CHINESA (Dinastia Tang)
China 618 / 907
"Par de Guerreiros Chineses" , 618 / 906
terracota policromo de tipo "lokapala",
doação, Clea Dalva e Aloysio de Andrade Faria, 2001

ALEXANDER CALDER
"Móbile" , 1944 / 1948 

ferro e arame (pintado), 129 x 80 x 35 cm 

doação, Alexander Calder, 1948


JIM DINE
 "O macaco e a gata" , 1999
bronze com pátinas, 0,0 x 0,0 cm
doação, Ministério da Fazenda - Receita Federal, 2006


OBSESSÕES DA FORMA - ESCULTURAS DA COLEÇÃO MASP
De 10 de junho, domingo, a 31 de outubro de 2012, domingo, no MASP.

Fotos em alta: www.comunique.srv.br/Obsessoes.zip

Obsessões da forma volta em cartaz com


obras-primas da escultura do acervo do Masp

O MASP volta a exibir, em 2012, obras de seu acervo de tridimensionais. De 10 de junho a 31 de outubro, as 50 obras de mestres da  escultura do século XIX aos dias de hoje e a dupla de guerreiros chineses em terracota poderão ser vistas na mostra que contempla obras de Renoir, Degas, Brecheret, Felícia Leirner, Calder, Giorgi, Rodin, Ianelli, Duke Lee, Jim Dine e outras dezenas de artistas reverenciados em todo o mundo. Com curadoria de Teixeira Coelho e Denis Molino, a segunda edição da exposição fica em cartaz na Galeria Clemente de Faria.
Apresentada pela primeira vez no museu em 2011, a mostra traz como destaque Greta Garbo de Ernesto De Fiori; a Vênus de Pierre Renoir; a Bailarina de 14 anos de Edgar Degas; Os pássaros de Wesley Duke Lee; o Par de guerreiros chineses da Dinastia Tang e o Bicho alado de Emanuel Araújo.

Obsessões da forma - Esculturas da Coleção MASP
Por Teixeira Coelho, curador do MASP.
 A forma é proporcional à obsessão, anotou Alberto Giacometti, um dos grandes da escultura moderna. Qual é a obsessão da forma escultura?
 Para Hegel, a escultura era o mais significativo formato da arte – porque melhor  podia representar a forma humana, a única a revelar o espiritual que existe sob o sensual. É preciso lembrar que para Hegel a arte faz proporciona a experiência da liberdade do espírito, a experiência estética da liberdade do espírito. E a escultura grega clássica era a forma de arte, para ele, que melhor oferecia essa experiência com sua representação realista (na verdade idealista) da forma humana.
Mas a escultura não se deteve nessa obsessão. Hegel dizia que a escultura deveria preocupar-se só com a forma, não com o sentimento, que era próprio do drama. Talvez por isso gostasse menos de Michelangelo, que é sentimento puro. E foi exatamente a obsessão com o sentimento que se infiltrou cada vez mais na escultura, como mostra Rodin. Essa era a nova obsessão no século XIX.
 Na modernidade outra obsessão entrou em cena: a obsessão com a matéria, de que é exemplo algum Degas ou, em outra chave, as peças de Stockinger e Caciporé. Para Hegel, a escultura de forma humana fornecia a beleza pura. Depois dele, escultores foram buscar a beleza ainda mais pura em formas isentas da aparência humana ou que a lembravam apenas de longe, como nas formas orgânicas de Brunelo e Mário Cravo Jr. Nessa mesma direção, ainda em outro registro, mais abstrato, foram Emanoel Araújo ou Sérvulo Esmeraldo. E mínimo, como em León Ferrari: quanto menos forma e matéria, mais liberdade do espírito.
 (...)
 As obsessões são várias e sobrepõem-se num mesmo período de tempo. Algumas se concentram na forma do animal, que Hegel não achava capaz de fornecer a experiência estética por lhe faltar, exatamente, o espírito. E depois a obsessão, como em Calder, foi o movimento. E em seguida, a luz, como em Le Parc.
Aquela pergunta inicial, “Qual é a obsessão da escultura?”, não pode mais ser feita hoje, quando se fala mais no tridimensional. E isso porque a  obra não só não mais representa a mesma coisa de antes como nem utiliza mais o mesmo gesto, aquele de esculpir, o gesto de pôr, de acrescentar matéria à matéria, ou o gesto de tirar, de extrair a forma da matéria e  que Michelangelo considerava o modo sublime da escultura. O artista hoje não  encosta ou quase nem encosta a mão na matéria da obra, como no caso de Alex Flemming. E a peça de Le Parc não é nem escultura, nem tridimensional: é um objeto, como a de César.
Esta mostra sobre a obsessão da forma na escultura assume o modo de um confronto.  Henry Moore, também escultor, repetiu aquilo que a teoria do conhecimento já dizia: “Para conhecer uma coisa, é preciso conhecer seu oposto”. Com esse objetivo esta mostra propõe grupos temáticos que reúnem conflitantes obsessões (ou, mais tradicionalmente, diferentes estilos) capazes de permitir observar melhor como cada artista resolveu seu problema. Os temas (Giacometti os considerava vitais, quer o artista soubesse disso ou não) são os que surgem na coleção MASP: guerreiros, nus, bustos, casais, a dança, os animais, os abstratos. Dispostos de modo a sugerir ao observador uma experiência concreta do espaço, estes grupos condensam parte considerável da história da obsessão humana com a forma no espaço.
Serviço Educativo
Como para as demais exposições temporárias e mostras de obras do acervo realizadas pelo MASP, Obsessões da Forma – Esculturas da Coleção MASP tem um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas públicas e privadas. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados.
Informações: 3251 5644, ramal 2112. 
Obsessões da Forma – Esculturas da coleção MASP
De 10 de junho, domingo, a 31 de outubro de 2012, domingo, no MASP.

MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes. Horários: De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h. A bilheteria fecha meia hora antes. Ingresso: R$ 15,00. Estudante: R$ 7,00. Até 10 anos e acima de 60 anos. Às 3ªs feiras: acesso gratuito.
Informações ao público: www.masp.art.br Twitter: http://twitter.com/maspmuseu|Tel.: (11) 3251.5644


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