Visualização de vídeos

Os vídeos e músicas postados neste espaço podem não ser visualizados em versões mais recentes do Internet Explorer, sugiro a utilização do Google Crome, mais leve e rápido, podendo ser baixado aqui.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

SAMICO NA GALERIA ESTAÇÃO

Uma das boas coisas de ser neófito em artes é que chego às exposições sem quase nenhum preconceito. E também de sem quase conhecer a história de vida de cada artista.

Quando recebi as imagens e o release desta mostra, senti que as gravuras tinham um sentido heráldico, quase como brasões, que registram toda a nobreza intrínceca das tradições de um povo, de suas raízes.

Com vários elementos da arte popular, que quando juntos nos arranjos apresentados, elevam as obras a uma categoria superior, que mostra que o artista teve uma severa educação formal, tendo estudado com os próceres da gravura brasileira.

Um artista consagrado ainda em vida, longeva, que pode colher os frutos de seus estudos e trabalhos.

Os cortes precisos nas matrizes até parecem ter sido desenhados por instrumentos, principalmente nas filigranas, imagino que houve o uso régua, compasso e até de carimbos.

Há que se destacar também a precisão da aplicação das diversas cores dentro de uma mesma matriz, o resultado final não apresenta nenhum borrão ou falha de impressão.

Depois de algumas pesquisas, descobri que as minhas impressões tinham sentido, pois o artista fez, ou faz, parte do Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna, que buscava criar uma arte erudita partindo de elementos populares.

A música escolhida para acompanhar esse comentário é de um grupo que tem no seu nome a essência do movimento.

Apesar de estarem somente 16 gravuras em exposição, a distribuição dentro do espaço permite seu pleno desfrute. Fiquei encantado com as instalações da Galeria Estação, que encontrou seu nicho, dentro da arte popular brasileira.




Baque de Luanda - Quinteto Armorial



Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.











SAMICO

NA GALERIA ESTAÇÃO
Abertura: 26 de junho, às 19h – até 31 de agosto de 2012
O artista pernambucano virá a São Paulo para inaugurar esta exposição na Galeria Estação, que reúne 16 de suas gravuras, realizadas de 1992 a 2011, e duas matrizes entintadas para que o público aprecie seu apurado processo de trabalho. Criador de uma obra singular, Gilvan Samico no entalhe da madeira faz multiplicar reinados humanos e animais, oníricas composições que, desdobradas em séries de xilogravuras, o inscreveram como um dos grandes mestres da arte brasileira.
Com sua obra produzida em sua casa ateliê em Olinda, o integrante do Movimento Armorial, idealizado por Ariano Suassuna, destaca-se ainda no panorama da gravura por ser um dos raros artistas que desenha, grava e imprimi manualmente seu trabalho. “Sonho, delírio e poesia”, como definiu Ferreira Gullar a obra do gravador, são construídos com tamanho rigor técnico que cada cor para ser impressa em apenas um exemplar leva não menos de duas horas. Personagens bíblicos ou provenientes de lendas e narrativas locais, assim como animais fantásticos e míticos, marcam a produção do artista na qual erudição emerge da cultura popular.
Segundo Weydson Barros Leal, que escreve o texto do catálogo da exposição, as imagens criadas por Samico, minuciosamente gravadas na madeira e impressas no papel, são registros de um mundo particular que ao mesmo tempo é íntimo e universal, e por isso também humano. “Esse humanismo refletido em símbolos e figuras, será mais claro ou menos distante para aqueles que o reconhecerem com o pensamento sensível, muito antes do mero arcabouço erudito (...) erudição depositada em cada traço do desenho, escondida sob a tinta preta ou nas cores que se abrem como frases sublinhadas para clarear um sentido”, completa.
Gilvan Samico (1928, Recife, PE) fundou em 1952 juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife - SAMR, idealizado por Abelardo da Hora desde 1924. Em 1957 estuda xilogravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, e, no ano seguinte com Oswaldo Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.
Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura na Universidade Federal da Paraíba - UFPA. Em 1968, com o prêmio viagem ao exterior obtido no 17º Salão Nacional de Arte Moderna, permanece por dois anos na Europa. Em 1971, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel.
Na abertura da exposição, será vendido pela WMF Martins Fontes o livro Samico, com texto do crítico Weydson Barros Leal, prefácio de Ariano Suassuna, Editora Bem-Te-Vi, 96 páginas, R$ 190,00. (Após a abertura da exposição, pode ser encontrado na Livraria Martins Fontes – Av. Paulista, 509 (em frente ao Metrô Brigadeiro), Tel. (11) 2167-9900 – www.martinsfontespaulista.com.br)
Exposição: SAMICO
Abertura: 26 de junho, às 19h (convidados)
Até 31 de agosto de 2012, de segunda a sexta, das 11h às 19h, sábados das 11h às 15h - entrada franca.
Galeria Estação
Rua Ferreira de Araújo, 625 – Pinheiros SP
Fone: 11.3813-7253
Informações à Imprensa
Pool de Comunicação – Marcy Junqueira
Contatos: Marcy Junqueira e Martim Pelisson
Fone: 11. 3032-1599

quarta-feira, 20 de junho de 2012

JASPER JOHNS – Pares Trios Álbuns

Sem nenhuma expectativa fui à abertura desta mostra, já que não me encanto com esse tipo de arte, apesar da ampla divulgação em importantes veículos da imprensa.

E não é que dentro das quase 70 gravuras expostas me encantei com pelo menos 5, que não são as abaixo, interessantes, mas que não tem a mesma magia das outras.

Um artista da pop art que também exaure suas matrizes em diferentes tiragens, sem talvez a mesma voracidade de Andy Warhol, que me parece tinha uma veia mais mercantilista em sua produção.

Mais um grande evento a se ver sem grandes pretensões, num espaço que a cada exposição se valoriza, se firmando como referência nas artes plásticas nacional.



Dream - John Cage



Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.












INSTITUTO TOMIE OHTAKE
APRESENTA
JASPER JOHNS – Pares Trios Álbuns
Abertura: 19 de junho, às 20h – até 26 de agosto de 2012
Artista precursor da arte pop, ao lado de Robert Rauschenberg (apresentado no Instituto em 2009), também de quem foi inicialmente vizinho e amigo, Jasper Johns é protagonista e testemunha viva de um período da arte do século XX que, após o expressionismo abstrato, provocou as rupturas que até hoje pautam o pensamento contemporâneo.
A exposição, organizada pelo Instituto Tomie Ohtake e a Universal Limited Art Editions (ULAE), de onde grande parte dos trabalhos é proveniente, com o patrocínio do Deutsche Bank, traz um panorama da obra em gravura de Jasper Johns, com cerca de 70 peças concebidas a partir da década de 1960. Técnica fundamental na experiência pictórica do artista, que mantém, pela ULAE, uma impressora dentro de seu ateliê, a gravura teve início com as litografias produzidas a partir de 1960, quase imediatamente após a sua histórica exposição individual de pintura, na Leo Castelli Gallery, em 1958, considerada seminal da pop art, e a coletiva 16 Americans, no MoMA, em 1959.
A mostra, com curadoria de Bill Goldston, revela as experiências de Jasper Johns com a litogravura, gravura em metal e serigrafia enfatizadas pelo universo gráfico presente em suas obras, objetos banais, como bandeiras, números, letras, alvos, mapas etc. Segundo Tony Towle, poeta e antigo administrador da ULAE, que assina o texto do catálogo da exposição, os aspectos de adição e transformação, contidos no procedimento da litografia, influenciaram a maneira de pensar de Johns. Ao artista interessava um novo ponto de vista sobre as coisas vulgares, como dizia, pelo fato de “uma coisa não ser o que é, de ela se tornar qualquer coisa diferente daquilo que é”.
Nas pinturas de Johns figuram símbolos populares e, ao mesmo tempo, constituem um aglomerado de pigmento ou cera movimentado pelo gesto do artista, resultando em trabalhos em que os desenhos parecem saltar para fora das telas. Em suas gravuras, “as variações de cor e os modos de impressão combinados a partir de cada conjunto de matrizes deixam claro que o que vemos ao final são figuras e, também, são camadas de material pictórico manipulável como parte de uma experiência artística”, explica Paulo Miyada, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake.
“A melhor crítica de uma figura é outra figura”, dizia Johns. Há 50 anos, Tatyana Grosman, fundadora da ULAE, o convidou a produzir litografias, pois apostava que a técnica poderia acrescentar outra dimensão à sua obra, que evoca figura e procedimento. O conjunto de trabalhos reunido nesta exposição atesta o que a editora vislumbrava nos anos iniciais da carreira do artista.
Jasper Johns (1930, Augusta, Georgia, EUA), antes da exposição que o consagrou na Leo Castelli, estudou na Universidade da Carolina do Sul e depois cursou escola de arte em Nova York. Prestou o serviço militar e regressou à cidade, onde sobrevivia através da venda de livros. No início dos anos 1960, fazia parte do grupo responsável pela efervescente produção artística nova-iorquina, convivendo, discutindo e trabalhando com outros ícones da cena cultural, como Merce Cunningham, John Cage e Robert Rauschenberg. Participou das edições 3, 4, 5 e 6 da Documenta (Kassel). Em 1988 a sua obra em pintura foi premiada na Bienal de Veneza. Em 1989, tornou-se membro honorário da Royal Academy em Londres. O MoMA, em Nova York, realizou sua grande retrospectiva em 1996. Atualmente ele vive e trabalha em Nova York.
Coincidentemente, no Brasil, artistas do grupo que compartilharam experiências com Jasper Johns estão no calendário cultural de 2012, como a exposição em comemoração ao centenário de John Cage, no MAM-RJ, e espetáculos do encenador Robert Wilson no SESC SP, em Porto Alegre e no Teatro Municipal de São Paulo.
Exposição: JASPER JOHNS – Pares Trios Álbuns
Abertura convidados: 19 de junho, às 20h
Visitação: de 20 de junho a 26 de agosto de 2012, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900
Patrocínio Exclusivo: Deutsche Bank
Informações à Imprensa
Marcy Junqueira – Pool de Comunicação
Contato: Martim Pelisson / Fone: 11.3032-1599


segunda-feira, 4 de junho de 2012

3º EDIÇÃO DO PRÊMIO EDP NAS ARTES

Com muita curiosidade fui à cerimônia de premiação e abertura da exposição da 3ª Edição do Prêmio EDP nas Artes, realizada no Instituto Tomie Ohtake,

Afinal, qual melhor oportunidade para ver reunidos num único lugar tantos jovens artistas, selecionados num universo de 300 trabalhos vindos de todo o país, que determinarão os rumos que nossa arte seguirá?

Dos 26 selecionados, só 5 realmente me impressionaram, Tales Bedeschi, Gregório Soares, Henrique César, Renan Teles e Fernanda Furtado. O resto deles ainda está tentando se achar, quase que imitando alguns "artistas" já consagrados.

Senti falta de uma pintura e de uma aquarela, ainda não entendo as colagens, as vídeo-artes e instalações, acho difícil encará-las como alguma forma séria de expressão, ainda que procure alguma inspiração nelas.

Uma importante iniciativa de um grupo econômico, que através desse mecenato, procura fixar a imagem de empresa que tem  um genuíno interesse em descobrir e divulgar novos talentos.

Para acompanhar o comentário, nada como as Boas Vindas de Caetano Veloso.


Boas vindas - Caetano Veloso

Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.








EDP E INSTITUTO TOMIE OHTAKE ANUNCIAM OS SELECIONADOS PARA A
3º EDIÇÃO DO PRÊMIO EDP NAS ARTES
A exposição dos trabalhos dos 26 finalistas será inaugurada dia 4 de junho, às 20h, no Instituto Tomie Ohtake, quando serão anunciados os três vencedores
Em sua terceira edição, o Prêmio EDP nas Artes, parceria entre o Grupo EDP no Brasil e o Instituto Tomie Ohtake, com o apoio do Instituto EDP anuncia os 26 finalistas de 284 jovens artistas plásticos inscritos, provenientes de 15 Estados brasileiros (175 de São Paulo; 35 do Rio de Janeiro; 20 de Minas Gerais; 11 do Rio Grande do Sul; 09 do Distrito Federal; 08 do Espírito Santo; 08 de Santa Catarina; 07 do Paraná; 04 de Goiás; 02 de Pernambuco; 01 do Ceará; 01 da Bahia, 01 do Pará, 01 da Paraíba e 01 do Tocantins).
Foram selecionados para concorrer aos três primeiros lugares e participar da exposição no Instituto Tomie Ohtake (de 5 a 24 de junho de 2012): Alan de Lima Pinto, Anna Carolina Israel da Veiga Pereira, André Tereyama Haguiuda, Andrea Atanasio Sandtfoss, Felipe Salem, Henrique César de Oliveira, Jan de Maria Nehring, Jimson Ferreira Vilela, Julia Massa Regina Armentano, PirarucuDuo (Fernando Visockis Macedo e Thiago Parizi), Renan Teles de Melo, Sandra Maria Lorenzon Távera e Selene Alge, de São Paulo; Maria Gabriela de Carvalho Ribeiro Alves, Ricardo de Almeida Reis, Tales Bedeschi Farias e Vicente Pessôa, de Belo Horizonte; Alexandre Colchete Broda, Fernanda Furtado de Mattos Ribeiro e Sofia Gerheim Caesar, do Rio de Janeiro; Gregório Soares Rodrigues de Oliveira, Miriam Araujo e Virgilio de Barros Abreu Neto, de Brasília; Erika Gonçalves Romaniuk, de Pelotas/RS; Marcus Vinicius Braga, de Campinas/SP e Rafael Pagatini, de Porto Alegre/RS.
O júri foi composto por Agnaldo Farias (coordenador do júri, crítico de arte, professor doutor de História da Arte da FAU-USP, curador do Instituto Tomie Ohtake e da 29ª Bienal Internacional de São Paulo); Stela Barbieri (diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake e artista plástica); Paulo Miyada (arquiteto e membro do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake); Leda Catunda (artista plástica); Lucas Dupin (artista plástico vencedor da segunda edição do prêmio, em 2010) e Eduardo Leme (diretor da Galeria Leme).
Os três vencedores terão sua produção acompanhada por críticos durante um ano, além do prêmio desenhado pelo artista Artur Lescher. Caberá ainda ao primeiro colocado uma bolsa de dois meses no The Banff Centre, no Canadá, ao segundo uma viagem ao exterior, pelo programa Dynamics Encounters, e ao terceiro cursos no Instituto Tomie Ohtake. O professor indicado pelo vencedor também receberá uma viagem ao exterior pelo programa Dynamics Encounters.
Na edição anterior, em 2010, os três ganhadores foram Lucas Dupin (1º), Theo Craveiro (2º) e Daniel de Paula (3º), além da menção honrosa à artista Iris Helena. O vencedor Lucas Dupin ressalta o avanço que o Prêmio EDP nas Artes proporcionou à sua carreia. “Quando li sobre o Prêmio EDP nas Artes percebi de imediato a importância do mesmo no percurso de um jovem artista. Entretanto, ser selecionado e ainda desfrutar da premiação superou minhas expectativas. Além de viabilizar a riquíssima experiência no The Banff Centre (Canadá), ter o acompanhamento do olhar aguçado do curador Agnaldo Farias foi de um ganho inestimável. Somado a isso, a participação no júri de seleção da atual edição do prêmio, ampliou ainda mais a compreensão do papel formador que um prêmio como este oferta aos artistas.”
O prêmio replica a experiência do Grupo EDP em desenvolver talentos nas artes plásticas. As edições anteriores nos mostraram que há jovens com grande potencial, mas sem oportunidades para projeção neste mercado.
Prêmio EDP nas Artes
Inauguração da exposição e anúncio dos vencedores: 04 de junho, às 20h
Exposição até 24 de junho, de terça a domingo das 11 às 20h
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros – São Paulo
Fone: 11. 2245-1900
Informações à Imprensa – Pool de Comunicação
Marcy Junqueira e Martim Pelisson
Fone/fax: 11.3032-1599
Sobre o Instituto EDP - Instituição sem fins lucrativos responsável pelo desenvolvimento e coordenação das ações ambientais e sócio-culturais da EDP e suas controladas.
Sobre a EDP Energias do Brasil – EDP Energias do Brasil, que adota a marca EDP, é a holding que consolida ativos de energia elétrica nas áreas de geração, comercialização e distribuição (EDP Bandeirante e EDP Escelsa). É controlada pela EDP Energias de Portugal.
Sobre o Instituto Tomie Ohtake – O Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em 2001, em São Paulo, é referência na América Latina por seu espaço diferenciado para exposições e por sua forte atuação no campo das artes no Brasil e no exterior. Suas exposições já conquistaram vários prêmios, entre os quais: ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte, como a melhor do Brasil de 2004; APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte, como melhor exposição de 2007; ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte pelo conjunto da programação, em 2007; APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte melhor iniciativa cultural pela programação, em 2008; APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte melhor exposição obra gráfica e indicação Prêmio Bravo melhor programação cultural, em 2009