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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Caetano e Roberto, ou seria ao contrário?

Já tinha preparado um comentário pelos 70 anos de Caetano, meu ídolo maior, está até pronto, posso até publicá-lo e acho que vou.

Mas pensando neste texto, me veio à memória a amizade, e quase simbiose, que Caetano Veloso e Roberto Carlos possuem desde jovens.


Lembro de uma entrevista do Caetano, onde ele relembra dos tempos do exílio em Londres, quando conta que quando foi atender a porta, teve um grande susto quando viu que sua visita era o "Rei", que em viagem à Europa foi vê-lo. Diz Caetano que neste dia Roberto lhe mostrou "As curvas da estrada de Santos", e que ele chorava copiosamente, de emoção e também de saudades.

Foi aí que se iniciou uma das mais lendárias e instigantes amizades do nosso "show business".

Voltando para casa Roberto escreveu a linda canção "Debaixo dos caracóis de seu cabelo", que mostrava toda a nostalgia do exílio e previa a emoção da volta.


Debaixo dos caracóis do seu cabelo - Caetano Veloso

Quando então Caetano, agradecido, retribui com esse clássico a seguir,  "Como dois e dois", que Roberto gravou em 1971.


Como Dois e Dois - Roberto Carlos

Roberto grava também "Força Estranha", um clássico instantâneo, que está em nosso inconsciente coletivo.


Força Estranha - Roberto Carlos

Com a qual Caetano devolve com "Fera Ferida", que nesse arranjo, virou um clássico.

Fera Ferida - Caetano Veloso

Tiveram um período de afastamento, que foi talvez terminado  pelo espetáculo feito em homenagem ao nosso Maestro Soberano, Tom Jobim, encomendado pela Fiat, que depois de tão especial resultado, foi levado pela Rede Globo aos simples mortais, nós, a plebe rude.

Então para encerrar esse breve devaneio, uma música genial de Tom Jobim e Billy Blanco, que eles cantaram juntos neste show.


Tereza da Praia - Caetano e Roberto




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A mais perfeita canção de amor

Essa música é o exemplo de casamento perfeito da melodia com a letra.

Delicada e ao mesmo tempo sofisticada, num arranjo inesquecível, nos enleva e faz com que tenhamos que ouvi-la algumas vezes para que compreendamos sua mensagem.

Conta a linda história de um romance e toda sua intensidade, feita de momentos sublimes.

O mais inquietante é o estado de espirito do narrador, que desconcertado, tenta entender de que maneira poderia recomeçar a vida sem a mulher amada.

Cada vez mais penso que alguém que queira seguir a carreira de músico ou compositor tem que conhecer a obra de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento, Ivan Lins, entre tantas cabeças coroadas. Até para não executarem despropósitos, pensando que estão fazendo coisa séria, como algumas bobagens que tenho escutado.


Eu Te Amo

Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

sábado, 4 de agosto de 2012

Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d’Orsay

São Paulo já é definitivamente a capital cultural de América Latina, sorte a nossa. Onde é que ocorrem duas magníficas exposições como essa e a de Caravaggio?

Inéditas ainda no mundo, tiveram o Brasil como seu ponto de partida, mostrando a nossa importância no mundo das artes.

Com quase trezentos anos de diferença entre as duas escolas, possuem uma característica comum que é o uso da luz na realização da obra, enquanto Caravaggio e seus seguidores usavam-na para realçar a figura central, expondo todos os seus detalhes e nuances, os modernistas a usam como uma explosão de cores, trazendo para a tela todo o esplendor de cada cena.

É uma emoção indescritível ver de perto pinturas tão famosas, que nunca tinham saído do museu, e que agora estão à nossa disposição.

Selecionadas entre as melhores do  Museu D'Orsay podem ser consideradas tesouros da humanidade; um motivo para nos orgulharmos é perceber que qualquer um dos seis quadros de Van Gogh do MASP são melhores do que o apresentado nesta mostra.

A quantidade das obras fez com que o CCBB - SP desalojasse um andar administrativo para que a distribuição das peças nos permitisse o total desfrute delas.

Está disponível, pelo menos durante a cerimônia de abertura, um belo catálogo com várias imagens e informações que complementam a visita.


 Le tombeau de Couperin - I. Prélude - Maurice Ravel

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do CCBB









Obras-primas de artistas como Monet, Van Gogh, Manet e Renoir virão pela primeira vez ao Brasil.


Detentor da mais importante coleção de obras impressionistas, o Museu d’Orsay é um dos mais visitados museus do mundo. Pela primeira vez, 85 obras de seu acervo cruzarão o Atlântico para aportar no Brasil, na exposição Impressionismo: Paris e a modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França. A exposição apresentará um panorama detalhado dapintura impressionista e pós-impressionista. A mostra vai de 4 de agosto a 7 de outubro de 2012, no CCBB de São Paulo, e de 22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013, no CCBB do Rio de Janeiro.
A exposição foi co-organizada pelo Museu d’Orsay e pela Fundación MAPFRE para o Centro Cultural Banco do Brasil.
O presidente do Museu d’Orsay, Guy Cogeval, o diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación MAPFRE, Pablo Jiménez Burillo, e a curadora chefe do Museu d’Orsay, Caroline Mathieu, são os curadores da exposição.
“Trata-se do maior projeto da história do CCBB. É a nossa maior ação na área cultural e será um marco”, afirma Marcos Montoan, gerente do CCBB São Paulo.
Para o diretor de marketing do Banco do Brasil, Hayton Jurema da Rocha, trazer ao Brasil uma exposição dessa magnitude, acessível ao público, é motivo de orgulho para a instituição. “Acreditamos que ao realizar a exposição com obras-primas da história da arte, contribuímos para o reconhecimento e visibilidade do Brasil no exterior como potência econômica
e cultural.”
“Ao longo dos últimos 22 anos, o CCBB apresentou grandes mostras internacionais e Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França, marca mais um capítulo de grandes realizações da nossa história. A mostra chega ao Rio de Janeiro
no momento em que a cidade brilha no cenário mundial de grandes eventos e também comemora o destaque nas artes plásticas por abrigar a exposição de maior público em todo o mundo em 2011, segundo o ranking internacional da The Art Newspaper”, conta Marcelo Mendonça, gerente do CCBB Rio de Janeiro.
A realização dessa exposição, sem precedentes na história cultural brasileira tem o apoio do Ministério da Cultura, por intermédio da Lei Rouanet e só foi possível graças à idealização da Fundación Mapfre e do Museu d’Orsay, ao patrocínio do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, do Banco doBrasil e da BBDTVM, e ao apoio da Cielo e da Brasilprev. A promoção é da Rede Globo.
Em outubro de 2011, depois de anos de trabalho, o Museu d’Orsay abriu novos espaços que reconfiguraram a história do Museu e de suas coleções.
CCBB SP
Impressionismo Paris e a Modernidade
4 de agosto a 7 de outubro de 2012
CCBB RJ
Impressionismo Paris e a Modernidade
22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013
Por outro lado, Pablo Jiménez Burillo, diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación Mapfre, sente grande satisfação por ter contribuído na configuração desse projeto, que trará grande projeção internacional para o Centro Cultural Banco do Brasil.
“É uma honra para o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre participar como patrocinador de uma iniciativa dessa grandeza. Além de reconhecermosa magnitude da exposição, entendemos que a arte está diretamente ligada à democratização do conhecimento e traz às pessoas a importância da reflexão”, diz Marcos Ferreira, presidente do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre nas áreas de auto, seguros gerais e affinities.
A organização da mostra está a cargo da Expomus, empresa brasileira que atua há mais de 30 anos no mercado cultural, escolhida pela direção do Museu d’Orsay e pela Fundación Mapfre para trazer a mostra ao Brasil. Segundo Maria Ignez Mantovani, diretora da Expomus, “essa exposição é um dos mais desafiantes projetos internacionais já realizados no Brasil; é muito estimulante para a Expomus coordenar este projeto, que encerra uma operação profissional de excelência. Sem dúvida, estamos consolidando um novo patamar no cenário internacional, em que o Brasil se destaca na realização de exposições de grande porte, graças ao seu profissionalismo e ousadia na conquista de novos públicos para a arte”.
Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França tem a “cidade luz” como a principal estrela.
Capital moderna por excelência, Paris atraiu os maiores artistas do século XIX, que pintaram sua paisagem, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas. Atraídos ou repelidos pelo seu magnetismo, a cidade motivou a expressão artística de Claude Monet, Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Edouard Manet, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir, Toulouse-
Lautrec, entre outros. A exposição reúne alguns dos trabalhos desses pintores: por um lado, aqueles cuja temática está ligada ao crescimento da cidade, a vida moderna, os caminhos de ferro e as estações; por outro, estão representadas obras que surgiram a partir de uma reação a este movimento, a fuga da cidade em busca de ambientes bucólicos.
A exposição reúne seis módulos, sendo três deles dedicados à vida da cidade: “Paris: a cidade moderna”, “A vida urbana e seus autores” e “Paris é uma festa” apresentam a vida urbana marcada pela construção de grandes boulevards, mercados, jardins públicos, cafés, óperas e bailes. Aqui estão as cenas e vistas do rio Sena e da catedral de Notre-Dame de Paris, retratadas por Pisarro e Gauguin, as cenas da vida burguesa retratadas por Renoir; o cotidiano mundano das prostitutas, em quadros como Femme au boa noir, de Toulouse-Lautrec; e as bailarinas de Degas e as plateias dos cabarés e teatros representadas em La troisième galerie au théâtre du Chatelet, de Félix Vallotton.
Os outros três módulos – “Fugir da cidade”, “Convite à viagem” e “A vida silenciosa” - mostram os trabalhos de artistas que escaparam do ritmo acelerado de Paris para uma vida calma e reservada. Entre os artistas que buscaram a tranquilidade do campo como forma de inspiração estão Claude Monet, que se mudou para Argenteul, no interior da França, e depois para Giverny. Van Gogh decidiu seguir para Arles, com a finalidade de formar uma colônia de artistas; Gauguin e Émile Bernard foram viver na Bretanha; e Cezanne voltou a Aix-en-Provence para redescobrir a luz. Já um grupo de artistas do movimento Nabi (palavra que significa “profeta”, em hebraico e árabe) escolheu privilegiar o universo interior, dedicado à leitura, à música e à vida em família.
CCBB SP
Impressionismo Paris e a Modernidade
4 de agosto a 7 de outubro de 2012
CCBB RJ
Impressionismo Paris e a Modernidade
22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013
A mostra Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo
do Museu d’Orsay de Paris, França tem curadoria de Caroline Mathieu, conservadora chefe do Museu d’Orsay, Guy Cogeval, presidente do Museu d’Orsay, e Pablo Jiménez Burillo, diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación MAPFRE, e trará ao Brasil um conjunto inédito de obras emblemáticas do Impressionismo, que dará ao público a possibilidade de entender e conhecer melhor um dos mais importantes movimentos artísticos do século XIX. Esta exposição organizada com obras do Museu D’Orsay, conta com a colaboração científica do Museu D’ Orsay e da Fundación MAPFRE.
Sobre o Museu d’Orsay
É um dos mais importantes museus do mundo, dedicado à arte do século
XIX e, sobretudo, ao movimento Impressionista, que deu origem à Arte Moderna. O museu funciona dentro da gare d’Orsay, na margem esquerda do Sena, criada originalmente em 1900, por ocasião da Exposição Universal. O projeto da estação foi elaborado pelo arquiteto Victor Laloux, em 1898, levando em conta a posição central que a estação ocuparia no trajeto ferroviário e a elegância do bairro – uma construção próxima ao Louvre e à Légion d’Honneur. Em 1986, o museu d’Orsay abriu suas portas ao público. Em 25 anos, recebeu mais de 70 milhões de visitantes. Em outubro de 2011, depois de 2 anos de renovação, o Museu d’Orsay proporciona novos espaços para o público, dinamizando a história do Museu e de suas coleções.
SERVIÇO
CCBB SP
Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França
4 de agosto a 7 de outubro de 2012
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112
Centro - São Paulo - SP
Terça-feira a Domingo - 10h às 22h
Atendimento a grupos agendados: 7h às 10h
Informações: (11) 3113-3651 / 3113 - 3652
CCBB RJ
Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França
22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66
Centro - Rio de Janeiro - RJ
Terça-feira a Domingo, de 9h às 21h
Informações: (21) 3808-2020 Maiores informações para a imprensa:Approach - (11) 3846-5787Ariett Gouveia – Ramal 12 – ariett.gouveia@approach.com.brMariana Gamero – Ramal 31 – mariana.gamero@approach.com.br
CCBB SP
Impressionismo: Paris e a Modernidade
4 de agosto a 7 de outubro de 2012
CCBB RJ
Impressionismo: Paris e a Modernidade
22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES

Apreciar essas maravilhas nos faz muito bem à mente e ao espírito, a oportunidade de estar tão perto de obras que sempre estiveram em nosso imaginário causa uma sensação de êxtase quase místico, sem nos importarmos com os motivos religiosos, que eram tendência na época, e que passam quase que despercebidos frente ao resultado final.

Caravaggio e seus seguidores se não chegaram à perfeição, estiveram muito próximo. Dentro da técnica inventada pelo mestre, as figuras retratadas apresentam detalhes, nuances e filigranas que  nos levam a refletir sobre como  é possível alcançar esse resultado.

Eles conseguem trazer toda a carga dramática das cenas através das expressões dos retratados.

Numa instalação ampla, muito bem distribuída essa é também uma mostra de marcar época, num museu que é o mais importante da América Latina.



L'state - Presto - Antonio Vivaldi



As imagens abaixo são todas do mestre, e foram fornecidas pela assessoria de imprensa do evento, junto ao "press-release".










CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES
Mostra com 20 obras-primas do mestre barroco e artistas por ele influenciados, os caravaggescos.
De 02 de agosto de 2012, quinta-feira, a 30 de setembro de 2012, domingo, no MASP.


Exposição inédita traz ao MASP obras-primas de caravaggio na
maior exposição do mestre italiano já realizada na américa do sul

De renomados museus italianos e coleções particulares, chega ao Brasil a maior exposição de obras do gênio italiano Michelangelo Merisi de Caravaggio, que nasceu em setembro de 1571 e morreu em julho de 1610 e é considerado o principal representante do Barroco. CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES apresenta seis obras-primas do artista e outras 14 obras de artistas diretamente influenciados por sua obra e técnica, entre eles Artemisia Gentileschi, Bartolomeo Cavarozzi, Giovanni Baglione, Hendrick van Somer e Jusepe di Ribera.

Passando por diversas fases da vida do gênio, a mostra pode ser divida em três grandes blocos: trabalhos consagrados e conhecidos; novas descobertas; e obras “problema”, que ainda são objeto de estudo. Com curadoria de Fábio Magalhães no Brasil e Giorgio Leone na Itália, a exposição foi idealizada por Rossella Vodret, uma das principais autoridades em Caravaggio na Itália e chefe da Superintendência Especial para o Patrimônio Histórico, Artístico e Etnoantropológico e para o Pólo Museológico da Cidade de Roma.

Pela primeira vez fora da Itália, a famosa Medusa Murtola (recentemente identificada como a “Medusa original”) e o Retrato do Cardeal poderão ser vistos de 02 de agosto a 30 de setembro de 2012 no 1º andar do MASP. Para o curador italiano Giorgio Leone essa será oportunidade única para o público brasileiro: “Das obras produzidas por Caravaggio em seus 38 anos de vida, apenas 62 chegaram aos nossos dias”, diz.

Caravaggio usava sua técnica para impressionar o espectador: temática do cotidiano italiano de sua época; formato “ao natural” das figuras, à semelhança do espectador; a cena toda retratada em primeiro plano, para envolver emocionalmente quem a olha; fundo neutro ou escuro, destacando o tema representado, contrastando com o forte feixe de luz que iluminava o objeto principal da obra, evidenciando sua técnica do claro-escuro, que tornava tudo mais “real”, mais vivo.

No MASP também poderão ser vistos 14 artistas que foram influenciados por Caravaggio. Conhecidos como caravaggescos, cada um deles, utilizava o chiaroscuro de uma maneira particular, de acordo com sua própria cultura. “Dos caravaggescos sempre digo que era uma grande desventura para os artistas da época viver no mesmo período de um gênio. Eram grandes pintores, mas quando se tem o gênio, tudo fica obscurecido. Foi isso o que aconteceu. E é importante contextualizar para que o público compreenda a relação dos artistas da época com Caravaggio”, explica Vodret.

Caravaggio tinha um temperamento explosivo. Encrenqueiro, envolveu-se em uma série de brigas e processos jurídicos ao longo de sua vida, tendo que fugir de diversas cidades, inclusive Roma, onde sua cabeça tinha sido posta a prêmio. A despeito de suas vida conturbada, sua técnica ímpar e a maestria com que retratava as cenas e os personagens de suas obras preservam até hoje o encantamento e emoção que causavam no século XVII.


Os caravaggescos

Dentre os aprendizes estão: Artemisia Gentileschi (1593-1653), Bartolomeo Cavarozzi (1587-1625), Giovanni Baglione (c. 1566-1643), Giovan Battista Caracciolo (1578-1635) dito Battistello, Hendrick van Somer (1615-1684-1685), Jusepe De Ribera (1591-1652), Leonello Spada (1576-1622), Mattia Preti (1613-1699), Orazio Borgianni (1574-1616), Orazio Gentileschi (1563-1639), Orazio Riminaldi (1593-1630), Simon Vouet (1590-1649), Tommaso Salini (1575-1625) e Valentin de Boulogne (1591-1632).

  
Serviço Educativo

Como para as demais exposições temporárias e mostras de obras do acervo realizadas pelo MASP, Caravaggio e seus seguidores tem um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas públicas e privadas. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251.5644, ramal 2112. 
CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES
Mostra com 20 obras-primas do mestre barroco e artistas por ele influenciados, os caravaggescos.
De 02 de agosto de 2012, quarta-feira, a 30 de setembro de 2012, domingo, no MASP.

MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes. Horários: De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h. A bilheteria fecha meia hora antes. Ingresso: R$ 15,00. Estudante: R$ 7,00. Até 10 anos e acima de 60 anos. Às 3ªs feiras: acesso gratuito.
Informações ao público: www.masp.art.br Twitter: http://twitter.com/maspmuseu|Tel.: (11) 3251.5644


MAIS INFORMAÇÕES À IMPRENSA

InterComunique Assessoria de Comunicação
Renata Assumpção e Pedro Gatto (masp@comunique.srv.br). Fone: (11) 3812.2780 / 8469.0176/ 9191.2625