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sábado, 18 de outubro de 2014

Salvador Dalí - Instituto Tomie Ohtake

Essa é, imagino, a exposição que levará mais de um milhão de visitantes ao Instituto Tomie Ohtake.

Além da importância do artista na pintura universal, sua mística cria curiosidade em torno de sua vida tanto quanto a de seus trabalhos.

Uma belíssima mostra, com um acervo eclético dentro do universo de Salvador Dali, completada por mais sete trabalhos que não constavam na edição do CCBB do Rio de Janeiro, apresenta obras em vários suportes como também de diversas fases, e é completada por fotos, vídeos de seus filmes e entrevistas.

Minha impressão de Salvador Dali é a de que dentro de sua efervescência mental, de onde tirava seus magníficos trabalhos, criou e viveu uma "persona" exuberante, um dandi surrealista de bigodes hipnóticos que com sua mulher Gala viviam um vida idílica. 

As reportagens dizem ser essa a mais completa exposição de Salvador Dali no Brasil, mas se não me falha a memória, estive em uma no MASP nos anos 70/80 que apresentava várias outras obras icônicas do artista

Esse é um passeio que não se pode perder, pois é a oportunidade de se rever ou apresentar aos nossos filhos esse artista magnífico que às crianças pode encantar e aos adultos causar reflexões. Esta foi a terceira vez em curto espaço de tempo que tive a oportunidade de apreciar obras de Dali, sendo que a primeira foi na  Caixa Cultural, com a exposição Dali - A Divina Comédia, onde  foram apresentados os desenhos que ilustraram uma das edições da obra de Dante e a segunda na mostra Tauromaquia na FAAP, que nos trazia suas ilustrações ao tema. 


Firebird Suite - 11. Berceuse: L'Oiseau de feu - Igor Stravinsky



Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.















Instituto Tomie Ohtake
Apresenta
Salvador Dalí

Abertura: dia 18 de outubro de 2014, das 11h às 15h (convidados)
Visitação: de 19 de outubro de 2014 a 11 de janeiro de 2015


O Instituto Tomie Ohtake, responsável pela organização da maior retrospectiva de Salvador Dalí (1904-1989) já feita no país, traz agora a mostra para a sua sede. Salvador Dalí, em São Paulo, apresenta, no entanto, algumas novidades em relação à temporada carioca: além dos trabalhos já apresentados no Rio de Janeiro, compõem a mostra paulista cinco novas obras provenientes da Fundação Gala-Salvador Dalí e outras duas do Museu Reina Sofia, instituições detentoras de 90% dos trabalhos expostos. As obras que foram incluídas substituem alguns dos trabalhos da coleção do Museu Salvador Dalí, da Flórida (EUA).

Dentre essas sete obras do mestre do surrealismo que estarão exclusivamente em cartaz no Instituto Tomie Ohtake está o valioso e pequeno óleo sobre madeira "O espectro do sex-appeal" (1934). Do tamanho de meia folha de papel, atribui-se à pequena pintura a forma como Dalí plasmou, de modo concreto, o temor pela sexualidade. "Desnudo" (1924), que pertenceu a Federico García Lorca, "Homem com a cabeça cheia de nuvens" (1936), de profunda carga simbólica, com referência explícita a René Magritte e "O piano surrealista" (1937), fruto de sua colaboração com os Irmãos Marx, estão também entre os trabalhos incluídos.

Acompanha a exposição no Instituto Tomie Ohtake um catálogo especial, que aborda a totalidade das peças então apresentadas – 218, assim como sua recepção crítica entre escritores e especialistas de grande renome, como Eliane Robert Moraes, Paulo Miyada, Veronica Stigger.

A retrospectiva de Dalí, com curadoria de Montse Aguer, diretora do Centro de Estudos Dalinianos da Fundação Gala-Dalí, foi organizada para convidar o público a mergulhar por um universo onírico, simbólico e fantasioso. O conjunto de peças é formado por 24 pinturas, 135 trabalhos entre desenhos e gravuras, 40 documentos, 15 fotografias e quatro filmes. O espectador terá contato com a produção de Dalí desde os anos 1920 até seus últimos trabalhos, proporcionando ao visitante uma clara percepção de sua evolução, não só técnica, mas de suas influências, recursos temáticos, referências ideológicas e simbolismos.

Será possível ver as telas do período de sua formação como pintor - além de "Desnudo", já citado, “Retrato de meu pai e casa de Es Llaner”, de 1920, “Retrato de minha irmã”, de 1925, e “Autorretrato cubista", de 1926. Tais pinturas, além de marcarem o início da pesquisa de Dalí, também dão mostras de sua vasta e instigante produção de retratos, que, em suas diferentes interpretações e abordagens, acompanham a metamorfose de um trabalho marcado pelo questionamento sobre a realidade.

 A fase surrealista, que deu fama mundial ao catalão, será retratada em telas que apresentam seu método paranóico-crítico de representação, com obras muito significativas como “O Sentimento de Velocidade”, (1931), “Monumento imperial à mulher-menina” (1929), “Figura e drapeado em uma paisagem” (1935) e “Paisagem pagã média” (1937).

O público também poderá conferir a contribuição de Dalí para a sétima arte. Os filmes O cão andaluz (1929) e A idade do ouro (1930), codirigidos por Salvador Dalí e Luís Buñel, e Quando fala o coração (1945), de Alfred Hitchcock, cujas cenas do sonho foram desenhadas pelo artista, serão exibidos dentro do espaço expositivo, apresentando um pouco mais da diversidade e da linguagem adotada pelo artista. Além disso, duas mostras de cinema acontecem em paralelo à exposição: a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro, que exibirá os filmes O cão andaluz (1929) e A idade do ouro (1930), em suas versões integrais, e o Museu da Imagem e do Som (MIS) organizará a mostra Surrealismo no Cinema, entre os dias 16 e 21 de dezembro (a programação poderá ser consultada pelo site www.mis-sp.org.br, mais próximo à data da mostra).

O acervo, por sua vez, apresenta documentos e livros da biblioteca particular de Dalí, provenientes do arquivo do Centro de Estudos Dalinianos, que dialogam com as pinturas proporcionando ao visitante uma viagem biográfica e artística pela carreira do pintor. É o caso dos títulos Imaculada Conceição (1930), de André Breton e Paul Eluard, e Onan (1934), de Georges Hugnet. As raridades tiveram seus frontispícios assinados por Salvador Dalí e retratam as bases do surrealismo na literatura.

 O conjunto conta ainda com as ilustrações feitas para os clássicos da literatura mundial, como Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol. Merecem destaque os desenhos que ilustram o livro Cantos de Maldoror (1869), de Isidore Lucien Ducasse (mais conhecido como Conde de Lautréamont), autor de grande referência entre os jovens surrealistas. É possível reconhecer nesses desenhos, por exemplo, as muitas figuras recorrentes na obra de Dalí, como objetos cortantes, muletas, corpos mutilados etc. Eliane Robert Moraes, em texto que acompanha o catálogo da exposição, diz que, movidos por uma crescente revolta pós-guerra, esses artistas “viram na violência poética de Ducasse uma alternativa para seus dilemas estéticos e existenciais”.

 “Queremos mostrar o Dalí surrealista, mas também aquele que se antecipa ao seu tempo, que é audacioso, que defende a liberdade de imaginação do artista em sua própria criação. Ao mesmo tempo, a mostra passeia pela trajetória artística e pessoal de Salvador Dalí”, explica Montse Aguer, curadora da exposição. “Após a visita, todos entenderão sua importância como artista, não só no surrealismo, mas na história da arte. Isso significa uma importante ligação com a arte contemporânea, enquanto Dalí parte de uma profunda compreensão e respeito pela tradição”, conclui.

Para trazer o acervo ao Brasil, o Instituto Tomie Ohtake participou de uma longa negociação com os museus envolvidos. “Foram cinco anos de muitas tentativas e conversas com os detentores das grandes coleções de Dalí, para se concretizar as exposições do artista no Brasil, pela primeira vez com pinturas, e com maior concentração na fase surrealista”, revela Ricardo Ohtake, presidente da instituição.

Segundo Ohtake, o Instituto tem se destacado por realizar uma programação múltipla e independente, possível graças ao apoio de empresas que acreditam no poder da cultura e da arte na formação do país. “São parcerias que construímos em cada projeto” afirma. No caso da exposição de Dalí, foi fundamental o patrocínio em São Paulo, da Arteris, do IRB Brasil RE e da Vivo, o co-patrocínio da Atento e do Banco do Brasil e o apoio da BrasilCap, BrasilPrev, dos Correios, do Grupo Segurador BB Mapfre e da Prosegur.

Exposição: Salvador Dalí
Inauguração: dia 18 de outubro de 2014, das 11h às 15h
Visitação: 19 de outubro de 2014 a 11 de janeiro de 2015
De terça a domingo, das 11h às 20h
Livre - Entrada gratuita por sistema de senhas: distribuição das 10h às 18h (terça a domingo) na entrada do Instituto Tomie Ohtake; no máximo duas senhas por pessoa, com opção a três horários de visitação, 11h, 14h e 17h, e somente para o dia em que forem retiradas; última entrada, às 18h.

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
De terça a domingo, das 11h às 20h

Informações à Imprensa
Pool de Comunicação – Marcy Junqueira / Martim Pelisson
Fone: 11 3032 1599


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Dario Felicissimo

Como é gratificante conhecer um artista que além de talentoso domina plenamente as técnicas de desenho e pintura, apresentando trabalhos em suportes ecléticos que encantam e emocionam.

O texto de apresentação de Ignácio de Loyola Brandão, abaixo das imagens, completa brilhantemente a apreciação das obras, prendendo nossa atenção às minúcias e filigranas próprias a cada uma.

Em cartaz na Fibra Galeria é um belo passeio onde percebemos que ainda existem bons jovens artistas que levam a sério seu mister.



Borodin- Polovtsian Dances







Circulemos por estas ruas, espaços, paredes poéticas, reais, ilusórias, intrigantes
 por Ignácio de Loyola Brandão
As cidades de Dario. Os habitantes vivem nos mesmos espaços, mesmas quadras, ruas, avenidas, becos, edifícios, frequentando os mesmos bares, empórios, farmácias, restaurantes, shoppings de informática, lojas, elevadores, e não se comunicam, não se entendem. Olham-se e não reconhecem uns aos outros.
Nas cidades de Dario seus habitantes vivem impregnados de fantasias, sonhos, medos, terrores, festas, flores, pássaros, bolas, sonhos, amebas, vazios, seres que nos parecem de outras galáxias. O que é ser, o que é parecer? Quem garante que não foram gerados embaixo de nossos pisos, tetos, atrás de nossas paredes, em nossas camas, no canto de esquinas escuras, mal afamadas.
Aqui há letras desconhecidas de alfabetos não identificados, palavras não criadas, formas que se contorcem e distorcem em água, aquários em que ratazanas convivem com peixes, ratazanas se tornam peixes em metamorfoses kafkianas, darianas.
O que vemos ou imaginamos ver nestes trabalhos? Cubículos fechados nos quais não se entra, dos quais não se sai. No céu todo tipo de seres, homens, animais, crianças, objetos, surfam em pranchas róseas.
O corte vertical de um prédio sem entrada.  Cômodos. Uns vazios, outros com um sofá e um quadro, um com um jacaré, outro com uma cadeira que pode ter vindo do quarto de Van Gogh. Um homem é alto demais para um pé direito baixo, o que o obriga a curvar-se. Os homens curvam-se tanto.
Estranhos seres parecendo humanos. Ou humanos normalmente estranhos. Há ainda o que poderia ser a miniatura – ou será um projeto inacabado? - da torre de Babel, uma vez que nas metrópoles de hoje todos falam nos celulares, digitam, tuitam, ninguém se entende. Humanos perdidos. Mas os humanos estão perdidos desde que foram criados, solitários desde que nasceram. Condenados assim que nascem.
Uma laje paira solta, ameaçadora sobre um grupo em pé. A laje superior pode a qualquer momento desabar sobre as pessoas, mas ninguém se preocupa, cogita.  Reflexões há muito se extinguiram.
Os isqueiros, de inocente uso diário, para acender um cigarro (mas o politicamente correto não eliminou o fumo?), uma vela de aniversário, uma boca de fogão para fazer a comida, iluminar um espaço escuro, os isqueiros tornam-se mortais, catastróficos, ao acenderem coquetéis Molotov, ao atearem fogo aos coletivos, cujos passageiros morrem no seu interior ou se sufocam jogando-se pelas janelas estreitas. A violência do cotidiano tornou-se prosaica. O vandalismo acabou banalizado.
Não se deixe enganar pela plácida beleza destes quadros, pelos desenhos que lembram Escher, histórias em quadrinhos, Crumb, Mutarelli. São alertas, sirenes e alarmes. Solte-se. Entregue-se.

Visões oníricas, surreais, ilusões de ótica.
Ou quem é Dario?
-          Dario o que?
-          Felicissimo.
-          De onde?
-          Paulista, mas família mineira, belo-horizontina.
-          Quantos anos?
-          36.
-          Estudou onde?
-          Além dos livros, gibis, cinemas, minhas longas incursões pelos sebos das cidades, fiz a FAAP. Pensei em cinema, fiz artes plásticas.
-          E estes 25 trabalhos? Aquarelas, desenhos, pinturas, objetos.
-          Minha visão de mundo, vida. Sem títulos. Visões oníricas, surreais, ilusões de ótica, reais. Minhas cidades.
-          Influências, buscas?
-          Moebius, Chiclete com Banana, Lourenço Mutarelli, Philip Guston, contaminação Pop, Escher.
Vejo cadernos empilhados. Cadernões de capa dura, caderninhos, Moleskines, Cicero, capas negras, tamanhos variados. Centenas. Traços, desenhos, anotações visuais. Daqui nascem os trabalhos de Dario.
-          Por que não exibir também estes cadernos tão fortes (belos) quanto o que está na parede? Adoraria olhar para um e ver o resultado, desvendando o processo de criação, sobre o qual você tem indicações, mas que leva seus mistérios. Nestes cadernos estão as buscas, as reiterações, repetições, encontros, bloqueios descobertas.
-          Talvez...
Meu olhar atravessa a exposição, deparo com geometrias, simetrias, assimetrias, quebras, desequilíbrio. Ah, se eu ainda editasse a revista Planeta como nos anos 70, Dario seria meu ilustrador número um.
Este artista que circula por megalopolesmetropolesaldeias, desvenda vãos e desvãos, becos, grades, ruelas, vielas, corredores, nuvens. Captura tipos, situações, orquestra os gritos, ruídos, a fumaça, a poluição, grava os humanos perplexos, os viadutos. Escadas dão em lugar nenhum.
A cidade exibe seus poros, nervos, músculos, células contaminadas. Dario abre o caderninho, anota, transfigura.

Quadros de uma exposição- 1
(Ao som de Mussorgski ou da trilha sonora wagneriana do filme Apocalipse Now de Coppola, ou mesmo Sampa cantado por Caetano e Ronda, de Vanzollini e Saudosa maloca, de Adoniran, para dar um clima)
Trabalhos que são símbolos, metáforas de cidades congestionadas, grades nas portas, janelas, portões, câmeras e luzes de segurança, ônibus nos monotrilhos, ciclovias, faixas de ônibus, motoqueiros correndo entre carros, bi bi bi bi bi bib, um zumbido infernal, medo nos cruzamentos, vidros fechados protegidos por insufilme, como se fossem carcaças vazias, metrôs superlotados, manifestações ocupando as ruas, black blocs com marretas quebram vitrines, põem fogo em ônibus. Bombas de efeito moral tiros de borracha

Quadros de uma exposição. 2
Uma arquiteta pergunta a Dario:
-          O que sustenta essa pedra retangular ameaçadora?
-          O pensamento das pessoas.
-          Mas... e se eles param de pensar?
-          A pedra cai.
-          Então?
-          Então...

Quadros de uma exposição. 3

O pai, cinéfilo, pergunta:
-          De onde vêm estes pássaros hitchcockianos?
-          Dos ninhos.
-          Aves desconhecidas. Não estão em nenhum manual de ornitologia. Onde são os ninhos?
-          Na cabeça do desenhista, do pintor, do poeta, do inconformista, do louco, do bêbado, do indignado.
-          E onde estão ou ficam esses poetas, loucos, desenhistas?
-          Na cabeça do desenhista, do pintor, do poeta, do louco, do bêbado, do calado. Da sua mente, de cada um nesta exposição, de quem vê.
-          Da minha?
-          Sim, abra, solte seus pássaros. Não sufoque!

Quadros de uma exposição. 4
A namorada, intrigada, fascinada, perguntou ao pintor:
-          O que é isso?
-          A fila para ver a fila.
-          Mas é um emaranhado.
-          Sim, filas que não começam e não terminam. Não conduzem a lugar nenhum e não se iniciam, não vêm de nenhum lugar. Filas de espera, de teatro, cinema, restaurante, bar, repartição pública, delegacia de policia, do pronto atendimento, a fila da bolsa família, das escadas rolantes, do metrô, INSS, lotérica, do céu ou do inferno (que para o purgatório ninguém vai mais).
-          Nestas filas as pessoas não se olham...
-          E não se falam, não perguntam nem respondem não sabem onde estão, para onde vão, de onde vem.
-          Filas para o nada?
-          Para que são as filas?

Quadros de uma exposição. 5
Uma senhora elegante, culta, atraente, pede:
-          O que é esta arte?
-          Não pergunte a mim.
-          A quem, então? Ao pintor?
-          Não se deve perguntar ao pintor.
-          A quem, a um teórico, um professor?
-          Não pergunte a ninguém, a não ser a você mesmo. O artista quer que você responda.
-          Eu? Por quê? O artista não responde?
-             . Ele faz. Quem responde é você.
-          E você?  Por que não me diz?
-          Posso te dizer mil coisas, mexo com palavras, brinco, investigo, especulo. O que digo será diferente do que você vai me dizer. O que vejo está certo. O que você vê está certo!
-               Quantas certeza há?
-          Mil. E um milhão de dúvidas.
Dario nos leva por mil caminhos, nos deixa perder em um milhão de descaminhos.
                                   *
Ignácio de Loyola Brandão, nascido em Araraquara em 1936, escritor e jornalista, 42 livros publicados entre romances, contos, crônicas, infantis, viagens. Prêmio Jabuti com O Menino que Vendia Palavras, Melhor Livro de Ficção de 2008. Ator dos clássicos modernos Zero e Não Verás País Nenh