Visualização de vídeos

Os vídeos e músicas postados neste espaço podem não ser visualizados em versões mais recentes do Internet Explorer, sugiro a utilização do Google Crome, mais leve e rápido, podendo ser baixado aqui.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Elza Soares, quem diria, a melhor novidade do ano




Elza Soares, aos 85 anos fez o melhor disco de música brasileira dos últimos anos.

Um disco completo de músicas que além de letras fortes e inteligentes, coisa rara hoje em dia no universo musical nacional, que nos apresentam arranjos empolgantes que fogem das soluções fáceis e preguiçosas da maioria dos lançamentos recentes, que se valem de acordes básicos e primários que se repetem quase à exaustão.

Que coragem dessa artista de vida cheia de tragédias pessoais, que as traz marcadas em seu rosto, em inovar, olhar para frente, conhecer e divulgar novos compositores, sem medo de críticas ou preconceitos.

Poderia no fim da vida se sustentar de shows ou regravações de seus inúmeros sucessos, fazer duetos com outros artistas, como muitos de seus amigos e contemporâneos tem feito. Mas não, se atira e prova que está viva, lúcida a ainda com muito gás, com a voz ainda muito potente que engrandece soberbamente esse belo repertório.

Abaixo a música que me deixou boquiaberto.




Compositor: Kiko Dinucci

Olho pro meu corpo, sinto a lava escorrer
Vejo o próprio fogo, não há força pra deter
Me derreto tonta, toda pele vai arder
O meu peito em chamas solta a fera pra correr

Olho pro meu corpo, sinto a lava escorrer
Vejo o próprio fogo, não há força pra deter
Me derreto tonta, toda pele vai arder
O meu peito em chamas solta a fera pra correr

Unhas cravadas em transe latejo
Roupas jogadas no chão
Pernas abertas, te prendo num beijo
Sufoco a sofreguidão

Meu temporal me transforma em loba
Presa, você vai gemer
Feito cordeiro entregue pra morte
Seu sussurrar a pedir

Pra fuder, pra fuder, pra fuder, pra fuder

Link: http://www.vagalume.com.br/elza-soares/pra-fuder.html#ixzz3vcRxr5DK

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O MASP se moderniza voltando às origens

Hoje senti a emoção de ter voltado 40 anos no tempo.

Que alegria e conforto senti ao entrar no segundo andar do MASP, local reservado ao acervo permanente que tinha sido conspurcado pela administração anterior, que num laivo elitista e dispensável, quis amesquinhar o nosso museu que é em si uma linda obra de arte.

Já tinha escrito um comentário inconformado há 6 anos, um desabafo chamado A lógica do MASP, onde expunha minha indignação à nova solução apresentada pela diretoria então à frente do nosso museu.

Foi tão bonito observar a reação das pessoas embevecidas com o "novo" arranjo, pessoas que tinham conhecido o magnífico salão como hoje se apresenta, e também com jovens encantados em conhecer um museu luminoso sem ser iluminado artificialmente.

Nesta abertura percebi que a criteriosa escolha da curadoria, talvez pela falta de tempo, nos deixou com um gosto de quero mais, pois senti falta de várias maravilhas de seu acervo. Sinto que se adensarem um pouco os cavaletes, terão espaço para mais alguns tesouros.

Esse é, como sempre, um passeio imperdível.

Venha até São Paulo - Itamar Assunção



As imagens abaixo foram colhidas do meu post A lógica do MASP, que sinceramente, não lembro de onde as obtive. Acho que fui profético, pois todas elas estão na mostra.