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segunda-feira, 29 de março de 2010

Um clássico inesperado

Esta foi uma canção que os próprios autores não colocavam muita fé, pois seria um trabalho encomendado pela Rede Globo para a mini-série Anos Dourados; contam os artistas que Tom mandou a música para o Chico colocar a letra e o avisava, "se apresse que a mini série já esta para estrear", "olha o seriado já está no meio", e o Chico só conseguiu fazer a letra após o seu final.
O Tom tem várias músicas que lhe foram encomendadas que se tornaram grandes sucessos, me lembro de imediato de Luíza, para uma novela da Globo, além da Sinfonia do Alvorada, Sinfonia do Rio de Janeiro e Orfeu da Conceição, para a peça de Vinicius de Moraes.
Agora com o auxílio mais que luxuoso do Chico, uma maravilhosa melodia tornou-se um clássico inesquecível.



domingo, 28 de março de 2010

Kuarup - A última viagem de Orlando Villas Bôas

Mais do que uma homenagem a Orlando Villas Bôas e seus irmãos esta exposição é uma bela maneira de relembrar, e mostrar aos jovens a importância do trabalho por eles realizado, tanto que Orlando foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz por Julian Huxlei e Claude Lévi-Strauss.
Se não fosse o trabalho de toda a vida dos irmãos Villa-Boas, hoje na divisa do Planalto Central com a Amazônia teríamos um deserto, com a terra exaurida por pastagens e plantações de soja ou cana de açúcar.
Contrariando interesses dos militares e dos grilheiros latifundiários, criaram o Parque Indígena do Xingú, onde mais que integrar os índios, preocuparam-se em preservar a cultura, o modo de vida e o idioma dos verdadeiros donos da terra.
Hoje já é possível avaliarmos os resultados deste trabalho, que em grande parte foi realizado na minha geração, mas penso que o verdadeiro reconhecimento virá no futuro onde os cidadãos do mundo poderão contar com um verdadeiros tesouros, que serão os Parques Nacionais Indígenas, criados pela inspiração destes verdadeiros heróis da humanidade.
A mostra é um documentário do Kuarup feito em homenagem a Orlando Villas Bôas pelos índios da reserva em 2003 logo após sua morte, exibido em uma réplica de oca onde estão as fotos de Renato Soares da cerimônia, tem também fotos dos momentos principais de sua vida e os objetos pessoais de Orlando.
Abaixo das imagens, em alta definição, fornecidas pela divulgação, o "press-realese" da Caixa Cultural.




Purahei i Marãny Guasu









CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA KUARUP - A ÚLTIMA VIAGEM DE ORLANDO VILLAS BÔAS
Exposição resgata sociedade Xingu por meio da memória de Orlando Villas Bôas e lança uma percepção que foge dos estigmas ligados à cultura indígena
Boa parte da sabedoria e experiência adquirida pelo sertanista Orlando Villas Bôas será transmitida ao visitante da exposição Kuarup – A Última Viagem de Orlando Villas Bôas, que acontece primeiramente na Caixa Cultural São Paulo (Sé), dos dias 13 de março a 11 de abril de 2010 e depois segue para Rio de Janeiro e Brasília (patrocínio Petrobrás), e Curitiba e Salvador (patrocínio CAIXA).
Com curadoria de Denise Carvalho, Gilberto Maringoni e Noel Villas Bôas, a intenção é mostrar a cultura indígena do Alto-Xingu, na qual não só Orlando, como também os seus irmãos Cláudio e Leonardo Villas Bôas, tiveram período de imersão intenso em sua cultura e sociedade. Contrariando concepções equivocadas, eles identificaram ali uma sociedade equilibrada, estável, erguida sobre sólidos princípios morais, onde o comportamento ético sustentava uma organização tribal harmônica.
Na exposição, o visitante é convidado a desbravar esses costumes, sobretudo a maneira como encaravam a morte. Isso acontecerá por meio do olhar sensível de Renato Soares, que captou uma série de fotos do ritual de homenagem aos mortos ilustres indígenas, o Kuarup, feito especialmente para Orlando em 2003. A mostra ainda reúne mapas, textos explicativos, retratos antigos e utensílios pessoais do sertanista.
Quatro espaços distintos foram pensados para a concepção cenográfica. Na primeira sala, a biografia de Orlando é representada por fotos pessoais, além de agrupar mapas e textos explicativos. A segunda parte reúne objetos pessoais. Em seguida o visitante é levado a um ambiente multimídia com vídeos sobre o Kuarup. Para finalizar, uma oca em estilo Xingu foi montada na última e principal sala, onde são exibidas as 34 fotografias de Renato Soares.
A importância de Orlando e seus irmãos no contato do homem “branco” com os indígenas é inegável. Eles tiveram papel fundamental na implantação de políticas de proteção à saúde e à cultura locais. Tal luta pelos direitos indígenas a uma cultura própria representou uma verdadeira ruptura intelectual e política e, acima de tudo, o reconhecimento das comunidades indígenas envolvidas.
Por esses motivos, o Kuarup feito em homenagem a Orlando foi a maior honraria que um caraíba (homem branco) poderia receber. Mais de dois mil índios vindos de diversas regiões se concentraram na aldeia Yawalapiti para celebrar o que eles mesmos consideraram o maior Kuarup já realizado na região. Com a mostra, os habitantes das grandes cidades se aproximarão da relevância e força dessa cerimônia.
Ficha Técnica:
Curadoria: Denise Carvalho, Gilberto Maringoni e Noel Villas Bôas
Produção: Aori Produções
Projeto: Zíngara Produções
Fotografia: Renato Soares
Cenário: Juliana Augusta Vieira
SERVIÇO:
Exposição: Kuarup – A Última Viagem de Orlando Villas Bôas
Abertura para convidados e imprensa:
dia 13 de março de 2010, às 11h
Visitação:
13 de março a 11 de abril de 2010
Local: CAIXA CULTURAL São Paulo - Praça da Sé, 111 – Centro - São Paulo (SP) - Galerias Octogonal e Florisbela
Horários: De terça-feira a domingo, das 9 às 21h.
Informações: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Patrocínio:
Petrobrás
Apoio: Caixa Cultural São Paulo

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Expedição Langsdorff

Uma belíssima exposição levada no CCBB, daquelas de lavar a alma, e nos fazer perder a noção do tempo enquanto admiramos as aquarelas e desenhos feitos pelos integrantes da expedição.
São obras magníficas, ainda mais quando sabemos em que condições que foram criadas; passados séculos de sua confecção ainda nos trazem a exuberância das cenas mostradas.
Ela nos apresenta a ciência e as artes a serviço do conhecimento, onde estes desbravadores correram riscos imensos para trazer à luz um mundo desconhecido.
O colorido das aquarelas é arrebatador, muito próximas às cores reais, nos transportando ao momento e ao local da sua criação.
Quanto aos mapas, apesar do rigor técnico existente na época, logo nos desinteressa, pois estão no alfabeto cirílico e não conseguimos identificar as localidades mostradas, mesmo quando são comparados com imagens do Google Earth, numa ótima idéia dos curadores.



Sonata in Dm,BWV 527-Vivace - J.S. Bach


As duas primeiras imagens foram fornecidas pela Assessoria de Imprensa do CCBB, e estão carregadas em alta definição, as seguintes colhidas na internet, e na seqüencia o "press-release" copiado na integra, que nos traz todas as informações sobre a expedição e seus integrantes.

















Exposição “Expedição Langsdorff”, uma viagem ao interior do Brasil do início do século XIX,

abre dia 23 de fevereiro no

Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo

A seleção de obras, trazidas de São Petersburgo, apresenta 120 desenhos e aquarelas de Rugendas, Taunay e Florence, a maioria inéditos no Brasil, confeccionados durante a expedição comandada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff

Com entrada franca, a mostra também apresenta 36 mapas originais do cartógrafo Néster Rubtsov, que serão exibidos no Brasil pela primeira vez

Entre 1821 e 1829, uma expedição russa comandada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff percorreu as então províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Pará. Com o objetivo de promover "descobertas científicas, investigações geográficas, estatísticas e o estudo de produtos desconhecidos no comércio”, a expedição foi patrocinada pelo Tzar russo Alexandre I e contou com a participação de vários artistas, botânicos, naturalistas e cientistas.

A partir de 23 de fevereiro, o Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB – reproduz essa aventura em terras brasileiras na exposição Expedição Langsdorff. Com curadoria do russo Dr. Boris Komissarov (pesquisador e professor da Universidade de São Petersburgo) e de Ania Rodriguez Alonso e Rodolfo de Athayde (curadores da exposição Virada Russa, em 2009), a mostra fica em cartaz no CCBB São Paulo até 25 de abril e segue posteriormente para o CCBB Brasília e o CCBB Rio de Janeiro.

As vicissitudes encontradas no trajeto, especialmente as doenças tropicais, não impediram a produção de mais de duas mil páginas de anotações manuscritas, diários, desenhos, aquarelas e registros cartográficos, que, encaminhada à Rússia, ficou desaparecida até 1930, quando foi encontrada nos porões do Museu do Jardim Botânico de São Petersburgo.

A mostra reúne 120 desenhos e aquarelas de Johann Moritz Rugendas, Aimé-Adrien Taunay e Hercules Florence, pertencentes ao Arquivo da Academia de Ciências de São Petersburgo, na Rússia. Durante os quase 17 mil quilômetros percorridos pela expedição, os artistas retrataram paisagens e cenas da flora, fauna e da população brasileira. A seleção de obras também traz pela primeira vez no país uma coleção de 36 mapas e plantas originais do cartógrafo Néster Rubtsov, todos integrantes do acervo do Arquivo Naval Russa.

Para Marcelo Mendonça, diretor do CCBB São Paulo, ao patrocinar a mostra “Expedição Langsdorff",o Banco do Brasil permitirá que visitantes de todas as idades, mas especialmente crianças e adolescentes, reflitam sobre as mudanças ocorridas em nosso país nesses dois séculos que separam o início da expedição dos dias de hoje".

A EXPOSIÇÃO ANDAR A ANDAR

Ocupando o piso térreo e as salas do 1º, 2º e 3º andares do CCBB, a exposição será dividida em cinco núcleos – das então províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Pará.

No térreo, além de um grande painel com o mapa da expedição, será exibido um diorama (modo de apresentação artística de cenas estáticas) baseado na obra de Taunay, retrata a província de Mato Grosso, com suas florestas, rios e população indígena.

No primeiro andar, haverá uma linha do tempo, que contextualizará a expedição Langsdorff em diferentes planos, como história, artes e ciências, além de terminais de consultas, que apresentarão virtualmente outros 248 desenhos produzidos durante expedição, também pertencentes ao acervo da Academia de Ciências de São Petersburgo.

No segundo andar, um diorama apresenta uma cena ficcional, com Langsdorff, Taunay, Rugendas e Florence descansando no interior de uma cabana. A sala traz obras de três províncias.

São Paulo foi retratada por Aimé-Adrien Taunay com obras como “Vestimentas de São Paulo” (1825), “Rio Cubatão perto de Santos” (1825) e “Convento dos Capuchinos em Santos” (1825). Entre os mapas de Rubtsov, a “Planta do porto de Santos” (1825) e o “Mapa da entrada do porto de Santos” (1825).

A seção da província de Mato Grosso traz obras de Adrien-Aimée Taunay e Hercules Florence. De Taunay,Cerca de cactos e bananeiras denominadas da terra” (1827), “Interior de uma cabana dos índios Borôro” (1827) e “Índio da Chapada” (1827). De Florence, “Araticum” (1827) e “Índio da Chapada Guimarães” (1827) entre outras. Entre os mapas de Rubstov, estão plantas da cidade de Poconé e Maria.

Ainda no segundo andar, a província do Pará, com obras de Hercules Florence, como “Mulher e criança Manduruku” (1828) e “Vista de Santarém sobre o Tapajós” (1828) e mapas de Rubstov, como o do trajeto entre Diamantino até Pará.

No terceiro andar, serão expostas obras das províncias do Rio de Janeiro e de Minas Gerais assinadas por Johann Moritz Rugendas. Do Rio, “Vista do Vale denominado Laranjeiras e montanha do Corcovado” (1822-1824), “Em Tamariti” (1822-1824) e “Sagüi-de-cara-branca” (1823). De Minas, “São João d´El Rey” (1824), “Cidade de Mariana” (1824) e “Ouro Preto” (1824) entre outras. Mapas confeccionados por Nester Rubstov das duas províncias também serão expostos, como a “Planta da cidade de Nova Friburgo” (1822) e “Mapa da viagem, da aldeia Presídio até a cidade de Vila Rica” (1824).

Projeto educativo

Arte-educadores serão responsáveis pela mediação entre as obras da exposição e o público visitante, com distribuição de material didático. Haverá horários exclusivos para escolas e grupos por meio de agendamento prévio.

Os personagens dessa aventura

Barão Langsdorff Georg Heinrich von Langsdorff nasceu na Alemanha, em 1774. Formou-se em medicina e em 1802, se juntou a uma expedição russa pelo globo terrestre que o trouxe ao território brasileiro pela primera vez. Se estabeleceu na Rússia, onde se naturalizou. Foi eleito membro da Academia de Ciências de São Petersburgo e nomeado pelo czar Alexandre I cônsul-geral no Rio de Janeiro, onde chega em 1813. Voltou à Rússia para apresentar ao czar seu projeto de viagem científica pelo interior brasileiro a fim de obter financiamento, o que se efetivou em 27 de junho de 1821. Langsdorff partiu com a expedição em 1824, rumo à província de Minas Gerais. No último trecho da viagem, ao longo do rio Juruena, Langsdorff adoeceu gravemente, perdendo a consciência de si. Junto ao restante da expedição, retornou ao Rio de Janeiro em março de 1829, de onde partiu definitivamente para a Europa. Sem se recuperar completamente da doença, Langsdorff morre em 1852, em Freiburg, no sul da Alemanha.

Johann Moritz Rugendas Rugendas nasceu em 1802, em Augsburgo, na Baviera. Cursou a Academia de Belas-Artes de Munique, especializando-se na arte do desenho. Aos 18 anos, assinou contrato para participar como desenhista na expedição Langsdorff, chegando ao Brasil em 1822. O artista acompanhou a excursão à província de Minas Gerais, mas em 1825 abandonou o grupo por conflitos com Langsdorff. Levando consigo cerca de 500 aquarelas produzidas ao longo do trajeto, contra o acordo estabelecido no contrato, Rugendas seguiu viagem pelo Brasil por conta própria. Em 1825, retornou à Europa, onde publica, dez anos mais tarde, grande parte de seus trabalhos produzidos durante e após a expedição. O artista voltou à América, se estabelecendo no México, onde introduziu o romantismo na pintura. Visitou o Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Uruguai, ocupando lugar de destaque no imaginário visual dos países americanos. Rugendas morre em Weilheim, na Baviera, no ano de 1858.

Aimé-Adrien TaunayNascido em Paris, em 1803, Taunay chegou ao Brasil com 15 anos de idade, acompanhando o pai, Nicolas Antoine Taunay, membro da Missão Artística Francesa. Após a saída de Rugendas da expedição Langsdorff, Taunay foi contratado como primeiro-desenhista, em 1825, e acompanhou Langsdorff ao longo das viagens de São Paulo ao Mato Grosso, fixando-se em Cuiabá por quase um ano. O grupo se dividiu em outubro de 1827 e Taunay seguiu sob direção do botânico Ludwig Riedel. Ambos partiram de Cuiabá para Vila Bela da Santíssima Trindade para, dessa cidade, darem início à navegação até o Amazonas. Dramaticamente, Taunay morre afogado em janeiro de 1828, na tentativa de cruzar o rio Guaporé.

Hercules Florence Florence nasceu em Nice, em 1804. Desde jovem, demonstrava interesse pelas artes e ciências. Chegou ao Rio de Janeiro em 1824 e trabalhou em uma livraria e tipografia até se candidatar a segundo-desenhista para a expedição Langsdorff, na qual ingressou em 1825. Em seus diários, registrou em detalhes suas impressões da viagem, ilustradas por aquarelas e desenhos. Após a morte de Taunay, Florence se destacou como principal artista nos momentos finais da viagem. Além de suas ousadas experiências em pintura, ele foi o pioneiro do jornalismo paulista e, como físico e químico, obteve resultados com experimentos de fixação da imagem em 1833, cerca de seis a oito anos antes de Daguerre, Talbot e Niepce. Florence não apenas executou um grande número de desenhos durante a expedição, de 1825 até 1828, mas também catalogou a coleção das obras deixadas por Rugendas e Taunay. A publicação de seus diários, na França e no Brasil, ocorreu em 1875 e 1876. Após o término da expedição e o retorno ao Rio de Janeiro, o artista se fixou no Brasil e se estabeleceu na Vila São Carlos (atual Campinas), onde se casou e constituiu família, morrendo em 1879.

Néster Gavrílovitch Rubtsov Nascido em 1799, Rubtsov se graduou pela Escola de Navegação da Frota do Báltico e foi recomendado a Langsdorff por um amigo. Chegou ao Brasil em maio de 1822, contratado como responsável pelas observações astronômicas e magnéticas durante a expedição. Também estava destinado ao encargo de confecção dos mapas e plantas das regiões visitadas, tendo à disposição um excelente conjunto de instrumentos astronômicos de fabricação inglesa. Rubtsov foi o braço direito de Langsdorff durante a expedição. Primeira experiência de extenso mapeamento de área do território brasileiro, os mapas de Rubtsov contêm uma quantidade enorme de informações que podem ser utilizadas em diversos ramos do conhecimento. Após seu retorno à Rússia, Rubtsov assumiu a direção do Arquivo do Departamento Hidrográfico do Ministério da Marinha em 1837. Rubtsov faleceu em São Petersburgo em 1874.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Os Anos JK


Esta exposição me fez refletir sobre vários aspectos da época do 50 anos em 5, escolhi desta vez duas músicas porque ilustram perfeitamente as conclusões a que cheguei.



O Planalto Deserto - Brasília, Sinfonia do Alvorada - Tom Jobim e Vinícius de Moraes


Um Gosto de Fim - Johnny Alf

Os anos JK - A Era do Novo, sendo levada na Caixa Cultural é uma coletânea de trabalhos Jean Manzon e Sérgio Vital Tafner Jorge, fotojornalistas muito importantes naquele cenário, pois são deles e de outros poucos as imagens mais significativas daquela época.

Observando as fotos tive a sensação de que o Brasil não tinha nenhum problema ou mazelas, não havia miséria e tudo era só progresso, placidez e um futuro róseo.

Imagino que estes repórteres estavam a serviço da máquina de propaganda dos governos de ocasião, inclusive Jean Manzon, que recém chegado ao país integrou o temido e famigerado DIP, o órgão de propaganda do Estado Novo, tendo depois aderido aos governos subsequentes, oferecendo seus préstimos.

Era uma época de ufanismo exacerbado, que foi necessário até para que a população aderisse os novos tempos, sem muitos questionamentos.

Me lembro das revista O Cruzeiro e Manchete, semanários de expressão nacional, onde nunca apareciam imagens que de alguma forma denegrissem o ideal criado pelos governantes.
A música de Tom e Vinícius faz parte da Sinfonia do Alvorada, encomendada para lançar odes à grande empreitada que foi a construção de Brasília.

Já Johnny Alf entrou por dois motivos, foi o precursor da Bossa Nova, movimento musical emblemático daqueles tempos e que foi embora este mês; é possível perceber nesta música de 1958, influências até hoje em outros compositores como Ivan Lins, Francys Hime e até Guilherme Arantes, nos acordes e a forma de tocar o piano.

Mais uma grande exposição da Caixa Cultural, que nos permite ampliar nosso conhecimento de fases e situações de nosso país.

Abaixo das imagens, "press-realese" da Caixa.















CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA OS ANOS JK: A ERA DO ‘NOVO’
Fotos e curso livre sobre a cultura brasileira nos anos de 50 e 60 resgatam cenas da política desenvolvimentista de JK
A exposição fotográfica “Os Anos JK: A Era do ‘Novo’” é composta por 75 imagens, que retratam momentos decisivos dessa época e cenas da sociedade brasileira em transformação, produzidas por dois mestres da fotografia no Brasil desse período: Sérgio Jorge, fotógrafo da extinta Revista Manchete (entre outros veículos de comunicação) e Jean Manzon, fotógrafo e cineasta com vasto acervo, trabalhando inclusive para o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) do governo brasileiro. De Manzon ainda serão expostos, numa pequena sala de exibição, um de seus filmes produzidos no período. Com curadoria de Carlos Eduardo França de Oliveira e Renato Suzuki, a exposição acontece dos dias 06 de março a 11 de abril de 2010 na Caixa Cultural São Paulo (Sé).
O evento patrocinado pela Caixa Econômica Federal se completa com fotografias do cinema brasileiro oriundas do arquivo da Cinemateca Brasileira e do arquivo pessoal do cineasta Roberto Santos, proporcionando uma viagem a um dos períodos mais emblemáticos e, por que não, belos da história brasileira.
AÇÃO EDUCATIVA
Um curso que abordará temas referentes ao universo cultural brasileiro nas décadas de 50 e 60 será oferecido gratuitamente dos dias 09 de março a 08 de abril de 2010. São ao todo 10 aulas ministradas por historiadores e profissionais ligados ao teatro, cinema, artes plásticas e arquitetura e acontecem todas as terças e quintas-feiras, das 19 às 21h, na Caixa Cultural São Paulo (Sé).
HISTÓRICO:
A chegada de Juscelino Kubitschek de Oliveira à presidência da República, em meados dos anos de 1950, coincidiu com um momento de transformações significativas no cenário brasileiro. Com seu lema “Cinqüenta anos em cinco”, JK, como foi apelidado por parte da sociedade brasileira e como entrou para a história, fez questão de associar sua gestão às ideias de “novidade”, “aceleração”, “transformação”, “modernização”, o que significava, em boa medida, uma tentativa de criar novos marcos para a cultura brasileira, que indicassem o “Novo”, porém que não rompessem com sua identidade.
O “Presidente Bossa Nova” simbolizou em sua gestão os sonhos de parte da sociedade brasileira, que viam nele ao mesmo tempo o arrojo projetado ao futuro e a solidez das relações familiares, algo de boemia, de charme, mas ao mesmo tempo a ousadia, materializada na gigantesca obra de construção de Brasília.
Naqueles anos, correntes e tendências da sociedade e cultura brasileiras, que se desdobravam há décadas, se cruzavam e se chocavam com tendências novas e que buscavam se consolidar por meio de rupturas éticas e estéticas. Na música, no teatro, na arquitetura, na política, no cinema, os anos JK significaram um momento de passagem, de transição da sociedade brasileira, a qual logo na seqüência entraria num longo período de combate polarizado, de oposições sistemáticas durante o regime militar. Por isso os anos JK são em grande medida uma “era do novo”, da ideia do “novo” como um valor em si.
A exposição fotográfica e o curso livre de história “Os anos JK: a era do ‘novo’” trazem esse período graças a diversos suportes – vídeos, sons, fotografias, textos – e buscam oferecer uma pequena amostra da experiência de transformação que ocorreu no Brasil no prazo de pouco mais de dez anos.
SERVIÇO:
Exposição: Os Anos JK: A Era do ‘Novo’
Abertura para convidados e imprensa: dia 06 de março de 2010, às 11h
Visitação: 06 de março a 11 de abril de 2010
Local: CAIXA CULTURAL São Paulo - Praça da Sé, 111 – Centro - São Paulo (SP) - Galeria D. Pedro II
Horários: De terça-feira a domingo, das 9 às 21h.
Informações e Agendamento para curso livre: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais.
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Produção: Conceito Produções e Famiglia Produções
Patrocínio: Caixa Econômica Federal





terça-feira, 16 de março de 2010

Maureen Bisilliat

Sempre que vejo ou leio referências a Jorge Amado, me vem esta música à cabeça, feita pelo Caetano para a mini série "Tenda dos Milagres" de 1985, e esta exposição é aberta com uma série de fotos feitas na Bahia, com personagens que poderiam ter saído de seus livros.


Milagres do Povo - Caetano Veloso

Esta é mais uma belíssima mostra de fotos do Acervo do Instituto Moreira Sales, que hoje detém as mais importantes coleções de fotografia do Brasil, proporcionada pela Fiesp/SESI, na Galeria Ruth Cardoso, na avenida Paulista.

Maureen Bisilliat é uma inglesa, que como muitos outros artista se encantou com o nosso país e escolheu aqui viver e produzir a maior parte de seu trabalho.

O evento é dividido em seções:

1. Bahia Amada Amado, com fotos feitas nos anos 50, inspiradas no clima das obras de Jorge Amado.

2. A João Guimarães Rosa, com fotos dos anos 60, em homenagem ao escritor que a fez viajar pelos sertões, buscando os personagens que o inspiraram.

3.Pele Preta, trabalhos sem data que mostram pessoas negras em todo seu esplendor.

4.Caranguejeiras, com retratos das catadoras de carangueijos na Paraíba de 1968, onde ela revela toda sua admiração por estas mulhers.

5.Vaqueiros, fotos dos homens da caatinga paramentados para a lida com seus gibões.

6.Cortejo Luminoso, fotos das festas de Reis e Bois, em diversas regiões.

7.XINGU/TERRA, trabalhos realizados para o livro homônimo, pedido por Orlando Villas-Boas, entre 1973 e 1975.

8.Fotos de viagens, de diversos países da África, Ásia e América do Sul.

Maureen Bisilliat é uma profissional da fotografia que transforma fotos documentais em obra de arte.

Abaixo da imagens, "press-release" da FIESP/SESI.










SESI-SP E INSTITUTO MOREIRA SALLES APRESENTAM EXPOSIÇÃO DE MAUREEN BISILLIAT

Realizada pelo SESI-SP e IMS, a mostra fotográfica será aberta à visitação pública gratuita a partir de 2 de março.


São Paulo, 23/02/2010 - Entre 2 de março e 4 de julho, um acervo com cerca de 200 imagens - editadas pela fotógrafa inglesa Maureen Bisilliat com a colaboração dos curadores do Instituto Moreira Salles (IMS) - estará exposto, gratuitamente, na Galeria de Arte do SESI-SP. No dia 4 de março, às 18h, Maureen Bisilliat fará uma visita guiada com os visitantes da exposição.
A mostra Maureen Bisilliat: fotografias, com fotos do acervo Instituto Moreira Salles, ficou em cartaz no IMS-RJ até 17 de janeiro e agora chega a São Paulo mais extensa e com novidades. Alguns ensaios ganharam novas imagens, como Pele Preta, composto por fotografias feitas quando Maureen, ainda estudante, frequentava ateliês de modelo vivo. Também ganhou volume a série dedicada aos romeiros.
O público paulistano poderá conferir ensaios inéditos. Chorinho Doce, por exemplo, tem fotografias feitas em grande parte no Vale do Jequitinhonha e inspiradas nos poemas de Adélia Prado.
Outros capítulos que compõem esta exposição também tiveram começo nas obras de um autor. Ao longo de sua profissão, Maureen Bisilliat produziu equivalências fotográficas sobre os universos de Guimarães Rosa, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Euclides da Cunha.
Além das referências literárias, a mostra sintetiza situações vividas ao longo da carreira de Maureen, seja nas viagens ao Japão, África e Bolívia, seja durante os anos de glória no fotojornalismo, com os ensaios Caranguejeiras, Mangueira, e China.
Na série dedicada ao Xingu, os visitantes da mostra poderão ver uma canoa, com seis metros de comprimento, produzida de acordo com a tradição indígena. Além disso, durante toda a mostra, haverá a projeção de Xingu/Terra, documentário feito na década de 1980 por Maureen Bisilliat e Lúcio Kodato, rodado na aldeia mehinaku, no Alto do Xingu.
O objetivo da exposição, que tem curadoria de Sergio Burgi, é realizar uma leitura simultânea entre a produção fotográfica e a produção editorial de Maureen Bisilliat, revelando tanto a fotógrafa como a editora de imagens e textos reunidos nas diversas publicações que produziu. Por isso, haverá na mostra um espaço dedicado ao processo gráfico e de concepção intelectual de Maureen, reunindo, além das suas publicações, grande parte do material que serviu de base para sua criação: correspondências com Jorge Amado, conversas com Guimarães Rosa, recortes de jornais, provas de gráfica e fotografias.
Também será inédita a sala voltada à variada produção artística da fotógrafa, marcada principalmente após a década de 1970, com referências à extinta galeria O Bode, dedicada à divulgação da arte popular brasileira; ao seu trabalho como curadora no Pavilhão da Criatividade, no Memorial da América Latina; e à sua atuação em projetos sociais ligados à produção audiovisual, em parceria com a filha Sophia Bisilliat.

Livro: Maureen Bisilliat - fotografias
A publicação homônima à exposição reconstrói a trajetória de Maureen ao longo de 50 anos de profunda atividade criativa. O livro, editado pela própria fotógrafa, reúne 12 ensaios fotográficos, dispostos de forma delicada e subjetiva. As imagens são combinadas a textos variados, resultando em parcerias artísticas formadas entre Maureen e João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Jorge Amado e Euclides da Cunha. Mas este livro é mais do que um livro de fotografia. É também uma biografia de Maureen – cuja vida foi reconstruída pela escritora e jornalista Marta Góes –, uma antologia visual das paisagens, pessoas e objetos que a marcaram ao longo da vida, uma reunião das melhores críticas já escritas sobre seu trabalho, uma bibliografia comentada pela autora, uma fonte de referências inestimáveis sobre suas publicações, exposições, vídeos e filmes.

Maureen Bisilliat – Fotografias
304 pgs
ISBN: 978-85-86707-45-2
23 x 30 cm
R$ 140,00







Sobre a fotógrafa

Sheila Maureen Bisilliat nasceu em Englefieldgreen, Surrey, Inglaterra, em 1931. Estudou pintura com André Lothe em Paris (1955) e no Art Students League em Nova York (1957) antes de se fixar definitivamente no Brasil em 1957, na cidade de São Paulo. Trabalhou para a Editora Abril entre 1964 e 1972, fotografando para várias publicações, das quais destaca-se a revista Realidade.
É autora de livros de fotografia inspirados em obras de grandes escritores brasileiros, como A João Guimarães Rosa, em 1966; Sertões – Luz e trevas, de 1983, baseado no clássico de Euclides da Cunha (1866-1909); O cão sem plumas, de 1984, referenciado no poema de mesmo título de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), e Bahia amada amado, de 1996, com seleção de textos de Jorge Amado (1912-2001).
Em 1985, expõe em sala especial na 18ª Bienal Internacional de São Paulo um ensaio fotográfico inspirado no livro O turista aprendiz, de Mário de Andrade (1893-1945). Ela produziu, ainda, Xingu – Território tribal (1979) e Terras do rio São Francisco (1985). A partir da década de 1980, dedicou-se ao trabalho em vídeo, com destaque para Xingu/terra, documentário de longa-metragem rodado com Lúcio Kodato na aldeia mehinaku, no Alto Xingu.
Recebeu bolsa da John Simon Guggenheim Foundation, Estados Unidos (1970), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981/1987), da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (1984/1987) e da Japan Foundation (1987). Formou o acervo de arte popular do Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina, São Paulo, o qual dirige desde 1988. Ela obteve o prêmio de Melhor Fotógrafo da Associação dos Críticos de Arte de São Paulo (1987).
Em dezembro de 2003, sua obra fotográfica completa, composta por cerca de 16 mil imagens - fotografias, negativos preto e branco e cromos coloridos, nos formatos 35 mm e 6 x 6 cm - foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles.




SERVIÇO:
Exposição Maureen Bisilliat: fotografias
Vernissage: dia 1º de março de 2010, às 19h – fechada para convidados
Local: Galeria de Arte do SESI-SP - Av. Paulista, 1313 – metrô Trianon-Masp
Exposição: de 2 de março a 4 de julho de 2010
Horários de visitação: segunda-feira, das 11h às 20h; de terça-feira a sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 19h.
Informações: (11) 3146-7405 / 3146-7406 / www.sesisp.org.br/centrocultural
Entrada: franca
Agendamento de grupos: (11) 3146-7396 – de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h.

SESI-SP e SENAI-SP / FIESP www.sesisp.org.br e www.sp.senai.br
Jornalistas Responsáveis: Rosângela Gallardo (MTb 23.025), Evelyne Lorenzetti (MTb. 42.375) e Fabrícia Morais (MTb. 56.106).
Apoio de atendimento: Michele Carvalho e Carlos Amado
E-mail: imprensa@sesisenaisp.org.br
Telefones: (11) 3146-7703 / 7702 / 7706 / 7715


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