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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Portinari em Israel

São Paulo teve a felicidade de ter duas exposições seguidas do Mestre Cândido Portinari, a mostra da coleção de Raimundo Castro Maia e agora com Portinari em Israel.
Com curadoria de João Cândido Portinari, nos apresenta parte dos trabalhos gerados durante e após sua visita ao então nascente Estado de Israel, na oportunidade em que ocorreram exposições de suas obras em diversas cidades deste país.
Portinari continua sendo, e cada vez mais, para mim a mais importante referência brasileira em artes plásticas de todos os tempos.
Mesmo quando cria a série bíblica, com a forte influência de Picasso em Güernica, não deve ser menosprezado, pois consegue transmitir toda a emoção e a tragédia das cenas.
Neste belíssimo evento conseguimos sentir todo o esplendor da criação de uma obra de arte, que da simples observação de uma cena cotidiana, Portinari nos transmite a poesia visual daquele momento.
O que é muito interessante nesta exposição é o complemento fornecido pelos curadores e pelo Centro de Cultura Judaica, com uma sala que possibilita o acesso a várias publicações relacionadas à mostra e terminais de computadores que nos apresentam todas as obras desta série, mesmo as que não estão ali, além de vídeos que mostram vários documentários relativos à vida e obra de Cândido Portinari.


Exodus - Ernest Gold


Abaixo das imagens, o "press-release" fornecido pela assessoria de imprensa do evento.
















CENTRO DA CULTURA JUDAICA APRESENTA EXPOSIÇÃO DE CANDIDO PORTINARI
Programação inclui lançamento de catálogo com toda a série de pinturas, desenhos e esboços produzidos pelo artista após sua viagem a Israel, em 1956

No mês de junho, o Centro da Cultura Judaica abre suas portas para a obra de um artista que é considerado referência das artes plásticas brasileiras no século 20, Candido Portinari. A grande atração, que será inaugurada dia 16 de junho, é a exposição da Série Israel com pinturas, desenhos e esboços feitos pelo artista após sua viagem à Terra Santa, em 1956. Juntamente com essa importante mostra, o Centro dá início ao novo projeto de ocupação integral de seu prédio, abrindo todos os seus espaços para a visitação do público, com o intuito de integrar a programação ao tema principal: Candido Portinari em Israel. Para coroar essa exposição, um catálogo inédito com todas as obras da Série Israel será editado pelo Centro da Cultura Judaica.

A mostra constitui uma retrospectiva do encontro de Portinari com Israel. Em 1956, por ocasião da exposição de suas obras no então recém-criado Estado judeu, o artista foi convidado a fazer uma viagem ao país. Acompanhado de sua esposa, Maria, e de seu filho, João Candido Portinari, o artista passou dez dias percorrendo todo o território de Israel, suas cidades e os kibutzim, nome dado às colônias coletivas que estavam sendo criadas naquela época. Esses agrupamentos, em particular, chamaram a atenção de Portinari, que, sensível às questões sociais, se identificou com o ideal de construção de uma nova realidade social, como alternativa às sociedades de massas opressoras, típicas do século 20.

De criação católica e origem camponesa – viveu na pequena Brodowski, cidade do interior de São Paulo –, Portinari identificou-se fortemente com a religiosidade do povo de Israel. Esse povo e a paisagem local, de certa forma, não lhe eram estranhos, já que conhecia muito bem as histórias bíblicas. O fascínio que sentiu pelo país despertou-lhe grande necessidade de expressão artística.

Na criação dessa série, Portinari recuperou toda a sua memória emocional e a colocou em contato com a realidade de um povo movido por um ideal de ressurreição nacional, pelo sonho de criação de uma nova sociedade e pela luta por um novo modo de organização e divisão de trabalho. Foram tantas as novas impressões em sua visita que o artista retomou o prazer de pintar após um bom período sem exercer a atividade em consequência de um problema de intoxicação provocado pelas tintas.

Ao todo, foram cerca de 122 obras sobre Israel, entre desenhos, esboços e pinturas, que resultaram na edição de um livro especial no ano seguinte ao de seu retorno, em 1957. O catálogo, produzido por seu grande amigo, escritor e crítico de arte italiano, Giuseppe Eugenio Luraghi, ainda foi reeditado em 59.

A Exposição

A Série Israel, de Portinari, apresentada pelo Centro da Cultura Judaica é a mais completa já montada. A exposição, que tem a curadoria de João Candido Portinari (Projeto Portinari), a co-curadoria da professora Maria Luiza Tucci Carneiro, a coordenação-geral de Noélia Coutinho (Projeto Portinari) e a cenografia de Pedro Mendes da Rocha, conta com 60 obras, entre esboços feitos durante a viagem e desenhos e pinturas criados após seu retorno ao Brasil.

O trajeto planejado para a mostra inicia-se no térreo do Centro da Cultura Judaica, onde o visitante terá a oportunidade de ver a contextualização de toda a série, por meio de uma cronologia tripla, que focará a vida de Portinari, rememorando sua infância em Brodowski, a mudança para o Rio de Janeiro, seu reconhecimento como um grande artista e a sua morte, intoxicado pelas tintas. Será apresentada também a conjuntura nacional e internacional na década de 50, com toda a realidade política, histórica e cultural da época. O primeiro andar abrigará a aclamada exposição, com pinturas, esboços e desenhos organizados pela curadoria do projeto.

Seguindo o conceito de verticalização e integração dos espaços, o segundo andar apresentará uma “biblioteca circulada”, que receberá acervos temporários relacionados ao tema da exposição e disponibilizará para consulta e manuseio cópias de documentos e audição de entrevistas. A biblioteca reunirá ainda livros sobre a vida e a obra do artista e seus contemporâneos do movimento modernista, além de objetos da viagem de Portinari a Israel, como bilhetes, documentos e a carta-convite do governo israelense enviada ao artista. Como em outras edições, o espaço terá monitores e educadores especialmente treinados para explicar as obras e acompanhar os visitantes.

O curso de hebraico oferecido pelo Centro também pega carona na visita de Portinari a Israel e traz artigos escritos em hebraico publicados na época, para serem traduzidos durante as aulas. No auditório, bate-papos e encontros discutirão a obra e a vida de Portinari e de outros reconhecidos artistas. Além disso, toda a programação do mês, como Cine-Gastronomia, Contação de Histórias e outras atividades, terão como tema principal a exposição em questão. Já o teatro apresentará concertos musicais em homenagem ao pintor, e Benjamim Taubkin, em conjunto com Marcelo Jaffé, farão um show com um repertório inspirado no movimento modernista.

Série Israel - Candido Portinari

Apresentação: Itaú

Realização: Centro da Cultura Judaica e Projeto Portinari

Patrocínio: REDECARD e Veolia Water Solutions & Technologies

Apoio: Arabia, Grupo GR e O Boticário

Projeto realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Maradona cantando o Hino Nacional Brasileiro com a camisa da seleção

Esta é mais uma pérola da propaganda brasileira, uma idéia genial, que além de nos apresentar o inusitado, rechaça esta estéril rivalidade entre brasileiros e argentinos, que só existe no futebol.
Este filme foi gravado às vésperas da copa de 2006 e não me lembro a razão de ter sido veiculada pouquíssimas vezes. É muito divertido.



terça-feira, 22 de junho de 2010

Rubens e seu ateliê de gravura

À beira da perfeição.
Os trabalhos expostos do ateliê de Rubens provam para se fazer, criar e se expressar em artes plásticas é preciso muita dedicação.
As obras apresentadas são fruto de anos de estudo e aprimoramento.
As gravuras quase sempre serviram de base ou são reproduções de pinturas executadas pelo artista ou seus associados, sob sua rigorosa supervisão, com técnicas até hoje muito sofisticadas.
Dificilmente a Caixa Cultural superará esta mostra neste ano.
Foi uma jogada de mestre (sem trocadilho) de seus curadores nos trazerem esta maravilha.
Cada vez mais a Caixa Cultural torna-se a grande referência de boas exposições.



Harem Scarem - Focus

Abaixo das imagens, fornecidas pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural o "press-release".







CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA OBRAS DO ALEMÃO PETER PAUL RUBENS
Gravuras do gênio da arte barroco vêm à São Paulo pela primeira vez
Depois de ter sido vista por mais de 180 mil pessoas em Fortaleza, Brasília e no Rio de Janeiro, chega à CAIXA Cultural São Paulo a exposição “Rubens e seu Ateliê de Gravura”, com obras do genial artista barroco alemão Peter Paul Rubens (1577-1640). A mostra, que vem a capital paulista pela primeira vez e conta com patrocínio Caixa Econômica Federal e ficará exposta na Galeria Vitrine da Paulista de 19 de junho a 25 de julho de 2010. Abertura para convidados e imprensa no dia 18 de junho, sexta-feira, das 19h às 22h.
“Rubens e seu Ateliê de Gravura” tem curadoria de Ursula Blanchebarbe e Pieter Tjabbes e apresenta 56 gravuras pertencentes ao Museu Siegerland, situado em Siegen (Alemanha), cidade natal do artista. As obras abrangem todos os âmbitos temáticos da obra do pintor: a Bíblia, a mitologia greco-romana e a alegoria, bem como o retrato, a paisagem, as séries históricas e a ilustração de livros. Destas 56 gravuras, 51 são interpretações em branco e preto de quadros pintados por Rubens. (Ao lado de vários delas estará uma ilustração colorida do quadro que a originou.)
“Uma das intenções declaradas do pintor consistia em tornar acessíveis ao público obras que muitas vezes estavam espalhadas por vários locais e guardadas a portas fechadas. Essa intenção se realizava mediante a transposição das obras para gravuras impressas”, explicam os curadores Ursula Blanchebarbe e Pieter Tjabbes. Peter Paul Rubens (1577-1640) foi um artista barroco por excelência, e ainda em vida cuidou para que sua obra não ficasse restrita a palácios e igrejas. O artista empregava em seu ateliê jovens gravuristas que reproduziam seus quadros, sempre sob sua supervisão. Ele foi o primeiro artista a obter a proteção do direito autoral, privilégios reais concedidos pelo Rei. A idéia central da pintura deveria ser preservada, mas havia liberdade para modificar as composições. As gravuras, menores que os quadros, transmitem a beleza e o significado dos trabalhos de Rubens e proporcionam às novas gerações a redescoberta do artista.
Os curadores, entretanto, ressaltam que a comparação entre os quadros e as gravuras prova que não se tratam de simples cópias simples a partir do quadro ou de réplicas sem imaginação. “Quando Rubens entregava um quadro, a composição não necessariamente estava concluída, porque na divulgação da gravura havia a oportunidade de repensar o quadro mais uma vez e alterá-lo. Nas suas gravuras de reprodução importava para Rubens a realização da idéia definitiva. Concluído o quadro, o autor queria reproduzir o estado atual da sua idéia artística. Com isso a gravura passava a ser um produto alternativo à versão pictórica, dotado de valor próprio. Dependendo da demanda, era possível imprimir diversas edições, em parte com alterações, pois as chapas de impressão se desgastavam rapidamente, requerendo, por conseguinte, vários processos de correção e processamento”.
Para Ursula Blanchebarbe e Pieter Tjabbes, os temas das obras gráficas do pintor alemão são tão universais como os motivos de seus quadros. O ateliê de gravuras de Rubens trabalhava com gravuristas jovens e maleáveis, que se sujeitavam às suas idéias e planos, com o objetivo de transmitir ao público uma imagem unitária da oficina. As gravuras eram uma espécie de catálogo de amostras, que ele comprovadamente utilizou na apresentação da sua oficina e na eliminação da concorrência, durante a conquista de encomendas lucrativas. As gravuras aumentavam, portanto, a oferta do ateliê e tornavam conhecidas as qualidades dos seus quadros, aumentavam a reputação do pintor e funcionavam em última instância como um excelente meio publicitário.
“Hoje, a gravura de reprodução quase pertence às artes esquecidas, pois a fotografia e os processos reprodutivos dela resultantes estão à disposição de todos. A era da reprodutibilidade técnica deixou para trás a era da arte gráfica. Em tempos de uma avalancha de imagens coloridas e da repetibilidade técnica com um aperto de botão, fica difícil imaginar e apreciar a necessária capacidade de empatia dos gravuristas em relação ao modelo”, concluem Ursula e Pierter.
“Rubens e seu Ateliê de Gravura” é uma iniciativa da produtora Art Unlimited. A mostra já foi montada no Espaço Cultural da Unifor, em Fortaleza,no Espaço Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro e na Caixa Cultural, em Brasília. Sua vinda à São Paulo conta com o patrocínio da CAIXA.
Informações e entrevistas:
Serviço:
Exposição “Rubens e seu Ateliê de Gravura”
Curadores: Ursula Blanchebarbe e Pieter Tjabbes
Abertura para convidados: dia 18 de junho, às 19h
Visitação: de 19 de junho a 25 de julho de 2010
Horário de visitação: terça-feira a sábado, das 9h às 21h e domingos e feriados das 10h às 21h.
Local: CAIXA CULTURAL São Paulo - Galeria Vitrine da Paulista - Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2083 - Cerqueira César, São Paulo (SP) - Metro Consolação
Horário de visitação: Terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos, das 10 às 21h
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago



"Será que as pessoas não percebem que matar em nome de Deus, faz de Deus um assassino?"

Esta frase foi dita em uma entrevista a Ednei Silvestre em 2007 para a Globo News que guardo até hoje.

Que sirva de réquiem a um imortal.



Saramago por Fernandes

A pátria de chuteiras

Nada mais atual do que esta frase de Nelson Rodrigues, em que define a paixão do brasileiro por futebol e principalmente por sua seleção.
Pena só lembrarmos de ser patriotas a cada quatro anos, exatamente durante as copas do mundo.
Nos meus cinquenta anos só lembro de duas ocasiões em que o nosso povo realmente abraçou uma causa, com fervor cívico e o real desejo de mudanças.


Brasil - Cazuza

A primeira vez foi com o movimento Diretas Já!, a favor da aprovação da emenda constitucional do então deputado Dante de Oliveira, que previa a realização das eleições diretas para o sucessor do Gen. Figueiredo, devolvendo assim o poder à sociedade civil. Pena que o clientelismo venceu, derrotando-a em plenário. O que sobrou de bom foi a eleição de Tancredo Neves, nos livrando do desastre de termos Paulo Maluf como o novo presidente.

A outra vez em que abraçamos uma causa foi para tirarmos do poder o então presidente Fernando Collor, envolvido em inúmeras denúncias de corrupção desvios de dinheiro público. O afastamento de Collor só foi possível porque os políticos escutaram o clamor das ruas e perceberam que não poderiam ir contra a vontade popular.

Hoje em dia sinto uma total indiferença e mesmo omissão de nosso povo frente aos graves fatos que nos são apresentados diariamente.
Onde anda nossa indignação e o poder de mobilização que capaz de produzir mudanças?, parece que estamos anestesiados e só saímos da letargia com o futebol.









quarta-feira, 16 de junho de 2010

O último gol de Pelé - Aos 70 anos

Foi lançado esta madrugada um filme publicitário, feito pela Y&R, com produção da O2, para a VIVO, mostrando o desejo de Pelé fazer seu último gol pela seleção brasileira.
Mesmo sabendo que é uma obra de ficção, é difícil não nos empolgarmos ao ver o Rei exercendo sua magia.
Divirtam-se com esta espetacular produção de Fernando Meirelles.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Acidente aéreo na Polônia

Recebi esta semana por e-mail de meu amigo Marcos a frase abaixo, que fez minha veia anarquista ferver, logo depois de dar muita risada, trazendo a vontade de divulgá-la.
As pequenas insatisfações do cotidiano avivam o lado humorístico de alguns, que em vez de serem agressivos procuram mostrar suas decepções de uma maneira mais leve, que talvez fixem muito melhor sua mensagem.
Que benção termos em nosso povo pessoas que se comunicam de uma maneira gentil, sem deixar de serem firmes e seguros de suas convicções.
Há, claro, pseudo intelectuais que sem argumentos consistentes ou sem a capacidade de se expressar pensam que com agressividade e palavras espúrias imporão seu argumentos ou pontos de vista.

Acidente aéreo na Polônia mata presidente, primeira dama e a cúpula do governo polonês.
Nossos sentimentos ao povo da Polônia, mas...
....que puta inveja!

Segue música do The Police dos anos 80, com letra e tradução colhidas no site Terra, que mostra o desencanto com sua forma de governo.


Spirits in The Material World - The Police





Spirits In The Material World

There is no political solution
To our troubled evolution
Have no faith in constitution
There is no bloody revolution

(4x)
We are spirits in the material world

Our so-called leaders speak
With words they try to jail you
They subjugate the meek
But it's the rhetoric of failure

(4x)
We are spirits in the material world

Where does the answer lie?
Living from day to day
If it's something we can't buy
There must be another way

(8x)
We are spirits in the material world




Espíritos No Mundo Material

Não há solução política
Para nossa problemática evolução
Não há fé na Constituição
Não há revolução sangrenta

(4x)
Somos espíritos no mundo material

Nossos supostos líderes falam
Com palavras eles tentam te aprisionar
Eles subjugam os submissos
Mas é a retórica da falha

(4x)
Somos espíritos no mundo material

Onde a resposta está?
Vivendo dia após dia
Se é algo que não podemos comprar
deve haver um outro jeito

(8x)
Somos espíritos no mundo material

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Craques do Cartum na Copa

-A Copa do Mundo está chegando.
-E?
-Nada!

Faz muitos anos que este assunto já não me empolga ou interessa, mas quando surge a oportunidade de ver trabalhos de alguns gênios do cartum e das artes gráficas brasileiras, torna-se uma ocasião que não se pode perder.

Ver e rever Ziraldo, Paulo Caruso, Chico Caruso, Maurício da Souza e principalmente Henfil entre outros é emocionante, pois, além de desenhistas, são intelectuais que conseguem transmitir a emoção e o inconsciente coletivo em seus traços.

Esta música foi gravada por Milton Nascimento em seu disco de 1970, e continua tão atual como se tivesse sido composta e gravada hoje. É dos poucos sambas deste outro gênio brasileiro.


Aqui é o país do futebol - Milton Nascimento

Esta é uma exposição montada com muito capricho na cenografia e sonoplastia, que completam sem atrapalhar a exuberância e a beleza das obras mostradas.

Mesmo quem não gosta ou não se interessa por futebol ficará encantado com os desenhos, e com certeza levará para casa o catálogo à venda na livraria do CCBB.

Abrindo as ilustrações, obra de Henfil que representa perfeitamente a relação do brasileiro com o futebol. As imagens foram fornecidas pela Assessoria de Imprensa do CCBB-SP, menos a autografada por Paulo Caruso, e estão em alta definição, na sequência o "press-release" dos curadores.
















CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL APRESENTA AS EXPOSIÇÕES
“CRAQUES DO CARTUM NA COPA”, EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO




As exposições ocorrem simultaneamente nos Centros Culturais Banco do Brasil São Paulo e Rio de Janeiro, a partir de 2 de junho e 8 de junho de 2010, respectivamente, com entrada gratuita, durante a Copa do Mundo da África do Sul.

Entram em campo os craques do time dos cartunistas para mostrar todo o encanto que o humor gráfico empresta ao tema Copa do Mundo. O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta as exposições CRAQUES DO CARTUM NA COPA – que serão abertas ao público a partir de 2 de junho de 2010 (até 18 de julho) em São Paulo e a partir de 8 de junho (até 11 de julho) no Rio de Janeiro. Trata-se de duas exposições, com entrada franca, de artes gráficas - cartum, charge e caricatura - sobre o futebol e sua influência na cultura brasileira. Para tanto, foram selecionados onze artistas renomados da área, que cederão obras originais para exposição.

As duas exposições buscam resgatar, divulgar e promover a influência do futebol na cultura brasileira e envolverão verdadeiros mestres do traço nacional e que fizeram história junto ao futebol retratando esportistas, situações da seleção e a explosão popular nas copas do mundo. Cada um apresentará, em cada exposição, cinco trabalhos originais, já consagrados e/ou inéditos, cujo foco central será o futebol e a Copa do Mundo. Entre eles, nada menos que Cárcamo, Chico Caruso, Dálcio Machado, Fernandes, Gustavo Duarte, Henfil, Mauricio de Sousa, Miécio Caffé, Otávio, Paulo Caruso e Ziraldo. São onze feras que fizeram e fazem a história da Copa ficar mais alegre e criativa. Os originais trarão caricaturas de jogadores antigos, charges de momentos históricos e até originais inéditos, como o personagem Dieguito que Mauricio de Sousa desenvolveu para Maradona e nunca foi publicado.

O técnico da equipe (curador) é o cartunista e jornalista JAL – José Alberto Lovetro - presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil com mais de 30 anos de carreira. “São onze super cartunistas que formam um timaço”, observa JAL.

A cenografia é de Jefferson Candotti. Os desenhos da torcida são do cartunista Carvall. A cenografia vai simular um campo de futebol com gramado e torcida. Os convocados pelo Dunga para a seleção principal também estarão em caricaturas (feitas por JAL) de corpo inteiro e tamanho natural para que os visitantes possam fotografar ao lado deles.

“Esta exposição visa reconhecer e valorizar o talento e a criatividade de nossos artistas gráficos que, assim como o nosso futebol, são respeitados em todo o mundo.” Observa Marcelo Mendonça, diretor do CCBB São Paulo.

Para o diretor do CCBB Rio de Janeiro, Marcos Mantoan, “durante os próximos meses, o País fica voltado para a Copa do Mundo de Futebol. O CCBB, como espaço de reflexão e debate, neste momento de grande envolvimento com o esporte, oferece ao público a oportunidade de apreciar também o futebol fora do que acontece entre as quatro linhas, apresentando criações artísticas e discutindo a cultura do jogo e suas implicações. Além da divertida exposição Craques do Cartum e da montagem de telão para a exibição dos jogos para os visitantes, também realizamos a série de debates Brasil, Futebol e Livros e a mostra cinematográfica Futebol de Primeira!. É o CCBB de amarelo, azul e verde, torcendo pela nossa Seleção.”

A mostra tem patrocínio do Banco do Brasil e realização do Centro Cultural Banco do Brasil.

SOBRE A EXPOSIÇÃO: CRAQUES DO CARTUM ENTRAM NO CLIMA DA COPA

Os desenhos serão afixados em painéis expostos a frente de um ploter, com efeito gráfico de torcida nas arquibancadas de um estádio. O som ambiente terá reações de torcidas de futebol.

Cada autor terá uma pequena biografia o situando diante dos desenhos escolhidos. A entrada da exposição será entre as traves de futebol onde a cortina é a rede e o chão será acarpetado simulando o gramado. Entre os painéis ficam as caricaturas dos jogadores da atual seleção brasileira.

Workshop
COMO UTILIZAR O HUMOR GRÁFICO E QUADRINHOS NA SALA DE AULA
Um workshop sobre como utilizar o humor gráfico e quadrinhos em sala de aula será realizado pelo cartunista e jornalista José Alberto Lovetro (JAL) em cada Centro Cultural do Banco do Brasil - em São Paulo, no dia 12 de junho das 10h30 às 13h30 e no Rio de Janeiro, em 8 de junho, horário a definir. O profissional apresentará na prática o uso dos cartuns e quadrinhos como ferramenta de ensino para professores, pesquisadores e agentes educacionais. Baseado em experiências práticas em escolas, o cartunista garante que quem assistir ao workshop sairá desenhando, mesmo que não saiba fazê-lo. Classificação indicativa: 16 anos.

SERVIÇO

CCBB São Paulo: 01 de junho a 18 de julho
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 20h.

CCBB Rio de Janeiro: 7 de junho a 11 de julho
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 21h.

Entrada gratuita.

Centro Cultural Banco do Brasil – SÃO PAULO
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
www.bb.com.br/cultura e www.twitter.com/ccbb_sp

Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física // Ar-condicionado // Loja // Café Cafezal

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Leilão na Christie's - 23/06/2010

Li ontem a notícia que em 26 de junho a Christie's fará em Londres um mega leilão com com as obras abaixo.

Escolhi para este comentário uma das músicas do Style Concil que mais gosto, pois mais britânico que do que eles, só o chá das 5, leilões na Christie's e Sotheby's e Fish and Chips.


Shout to the top - The Style Council



O que me chamou a atenção foi a expectativa dos preços de venda, várias dezenas de milhões de dólares.

Então comecei a pensar no porque destes valores e cheguei à conclusão de que os preços estão nesta altura pela falta de boas obras de arte contemporânea.

Há hoje em dia poucos artistas fazendo algo que preste, reproduzo parte do comentário de Mauro Andriole em meu post Aguilar no CCBB ," ...talvez fosse o caso de se assentir com Hegel, admitir a morte da arte, mas, a verdade é que acoisa não é tão simples assim. A questão está mais para a indústria cultural mesmo - Adorno estava certíssimo: primeiro se fará o produto para os medíocres, e depois eles próprios o produzirão."

A imposição de valores por uma pequena parcela de "merchants " torna o mercado de arte contemporânea irreal, portanto os museus e os grandes colecionadores estão concentrando suas aquisições em obras com reconhecida qualidade, elevando seus preços a alturas estratosféricas.

Fui buscar no site da Christie's os "press releases" sobre os quadros 'Nynphéas - 1906' de Monet, Retrato de Angel Fernandez de Soto de Pablo Picasso e o Retrato de Ria Munk III de Gustav Klimt, exibidos abaixo nesta ordem em alta definição, o histórico destas obras e de seus criadores.







terça-feira, 1 de junho de 2010

Igrejas de Madeira do Paraná

Foram inauguradas neste fim de semana novas exposições de fotos na Caixa Cultural, que hoje está se transformando num templo da boa fotografia em São Paulo.
A primeira, e a que mais gostei foi essa, Igrejas de Madeira do Paraná, de Nego Miranda.
O artista procura nos mostrar os monumentos feitos pelos imigrantes europeus, polonesês, italianos, lituanos, alemães, etc, que foram para o sul de nosso país, inicialmente para explorar nossa riqueza florestal.
Isto resultou na extinção de imensas áreas nativas, que depois se transformaram em lavouras de café, e agora se tornaram um mar de soja, quase que desaparecendo com a Araucária, o único pinheiro nativo no Brasil.
Lembro me que quando criança, morávamos no pioneiro norte do Paraná, em Apucarana, onde todas as casas eram feitas de madeira, e somente os banheiros e parte da cozinha eram construídas em alvenaria.
Como fazia frio no inverno!; vários acidentes ocorriam em incêndios causados por tentativas de aquecer as moradias.
Devido a abundância da matéria-prima e a destreza e maestria do artesãos imigrantes, foram construídos vários templos, que se preservaram e hoje são o testemunho daquela época em que não se pensava no futuro e sim na sobrevivência imediata.



Capim - Djavan

Abaixo das imagens fornecidas pela Assessoria de Imprensa da Caixa Cultural, carregadas em alta definição, o "press-release".








CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA IGREJAS DE MADEIRA DO PARANÁ
Exposição com fotografias de Nego Miranda realça a expressividade da arquitetura de construções dos séculos XIX e XX
Igrejas de Madeira do Paraná é o nome da exposição de fotos que será exibida na Caixa Cultural São Paulo a partir do dia de 29 de maio. A mostra compõe um amplo e longo trabalho de pesquisa realizada pelo fotógrafo Nego Miranda e pela arquiteta Maria Cristina Wolf de Carvalho. Esse trabalho resultou no segundo livro dos dois profissionais e tem o mesmo nome da exposição.
A exposição tem como objetivo central revelar aos brasileiros os marcos mais expressivos de uma arquitetura que povoou o sul do Paraná no final do século 19 e boa parte do século 20. A madeira nas construções e, em especial, na construção de igrejas é a marca da presença de ucranianos, poloneses, italianos e alemães no Paraná.
Entre os vários templos registrados no livro, Miranda destaca a igreja ucraniana Imaculada Conceição, construída em 1911, no município de Antônio Olinto. “Quando avistei a igreja ainda no caminho para o local, achei que tinham me enganado”, relata o fotógrafo. “Poderia jurar que aquela obra era de alvenaria, pela sua grandiosidade e beleza. Quando cheguei ao local, vi que a igreja era mesmo de madeira e fiquei impressionado com seu estado de conservação.”
Os registros fotográficos de Miranda são acompanhados pelos textos de Maria Cristina Wolff de Carvalho, que explicam e fundamentam as tendências arquitetônicas presentes nas igrejas e exaltam os detalhes mais relevantes de cada construção.
As fotos de Igrejas de Madeira do Paraná permanecem na Caixa Cultural São Paulo até o dia até 04 de julho de 2010. A exposição abre de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca.
Sobre Nego Miranda
Carlos Alberto Xavier de Miranda nasceu em 1945, em Curitiba (PR). Começou a expor seu trabalho nos anos 70, participando, desde então, de eventos no Brasil, na Argentina, em Cuba, na França e em Portugal. Já foi premiado no 2.º Salón Internacional de Fotografia-Cuba, no 2.º Concurso Ilford/Micro de Fotografia P&B, no Concurso Turismo no Paraná, na Bienal de Fotografia Ecológica do Rio Grande do Sul e no Museu do Mate do Paraná. Nego Miranda também publicou sua obra em revistas como a Et Cetera (da Travessa dos Editores) e a Revista Gráfica; também participou do livro A História do Mate, de Teresa Urban; e da publicação britânica de fotógrafos brasileiros Contemporary Brazilian Photography. Entre as coleções e acervos que mantêm trabalhos seus estão os da Fundação Cultural de Curitiba, do Museu da Fotografia de Paris, da Coleção Joaquim Paiva, do Fundo Cubano de La Imagem Fotográfica, do Instituto Cultural Itaú e da Coleção MASP-PIRELLI. Ao lado de Maria Cristina Wolff de Carvalho, é autor do livro Paraná de Madeira, lançado em agosto de 2005 e Igrejas de Madeira do Paraná, lançado em dezembro de 2005. Com Teresa Urban editou os livros Engenhos e barbaquás (1998) e Morretes meu pé de serra (2007).
Sobre Maria Cristina Wolff de Carvalho
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFPR, em 1981, Cristina Wolff é, desde 1996, doutora pela FAU-USP. Professora da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), já lecionou nas faculdades de arquitetura e urbanismo Mackenzie e na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Trabalhou como chefe da Divisão de Preservação do Patrimônio Arquitetônico do Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo. Também foi arquiteta do quadro do Serviço Técnico de Conservação e Restauro do Conselho de Defesa do Patrimônio Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado, entre várias outras atividades profissionais. É autora do livro A Arquitetura de Ramos de Azevedo (Edusp, 2000), baseado em sua tese de doutorado sobre o arquiteto e dos livros Paraná de Madeira e Igrejas de Madeira do Paraná, lançados em 2005, em parceria com Nego Miranda.
Serviço:
Exposição Igrejas de Madeira do Paraná, de Nego Miranda e Maria Cristina Wolff de Carvalho.
Exposição
Abertura para convidados e imprensa: dia 29 de maio de 2010, às 11h
Visitação: de 29 de maio a 04 de julho de 2010
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Betetto - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal