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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Salva Vida - Caetano e Bethânia

Quando estava procurando uma música para acompanhar o próximo comentário sobre uma exposição que verei nesta semana, encontrei esta pedra preciosa do tesouro de Caetano.

Do disco Uns, esta canção, não muito executada ou divulgada, mostra tudo o que é adorável em sua obra; letra, melodia e interpretação inigualáveis, acrescida da participação não menos empolgante de Maria Bethânia.

Caetano é um dos artistas, que apesar de estar criando, inovando e renovando seu trabalho, merece sempre ser revisitado, pois sua obra é repleta boas surpresas, além dos seus clássicos imortais.






Salva Vida







Salva-Vida

Caetano Veloso

Composição: Caetano Veloso

Místico pôr-do-sol no mar da Bahia
E eu já não tenho medo de me afogar
Conheço um moço lindo que é salva-vida
Vida
Um da turma legal do Salvamar
Que é fera
Na doçura, na força e na graça
Ai, ai
Quem dera
Que eu também pertencera a essa raça
Salva-vida
Onda nova
Nova vida
Vem do novo mar
Sólido simples vindo ele vem bem Jorge
Límpido movimento me faz pensar
Que profissão bonita pra um homem jovem
Jovem
Amar de mesmo a gente, a água e areia
No dia
Da Rainha das Águas
Do presente
Ai, ai
Luzia
A firmeza dourada
Dessa gente

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Atraque - Rodolpho Parigi

Que satisfação conhecer um artista ainda jovem que produz uma arte muito agradável aos sentidos e ver experimentos e ousadias feitos por quem tem uma sólida base teórica.

Desenhos e pinturas que ao mesmo tempo surpreendem e agradam, fazendo-nos refletir e apreciar com vagar os trabalhos, instigantes e ao mesmo tempo delicados.

As obras, todas feitas em tons de rosa, em vez de estranhar, causam uma sensação de calor, de proximidade com os temas.

Na vernissage temos a grande vantagem de poder falar com o artista e perceber a reação das pessoas perante ao exposto.

Tive a oportunidade de perguntar a Rodolpho como era seu processo criativo, quando ele me explicou que, pelo menos os quadros da mostra eram colagens de imagens que lhe vinham à mente, que ele transpõe ao trabalho com seus espetaculares desenhos.

Sempre me senti intimidado em ver exposições em galerias, pois tenho a impressão que os empresários vêem o visitante mais como um potencial comprador do que um simples diletante, mas neste caso, não sei se pela quantidade de pessoas no evento, ou pela cordial acolhida dos anfitriões, pude desfrutar plenamente desta mostra.

Para acompanhar o comentário uma música de Grace Jones, que é representada em duas obras deste evento.



Grace Jones - Slave To The Rhythm

Abaixo das imagens fornecidas pela assessoria de imprensa dos curadores, o press-release.






ATRAQUE - RODOLPHO PARIGI

NA GALERIA NARA ROESLER

Abertura: 18 de fevereiro, às 20h – até 19 de março de 2011

O paulistano Rodolpho Parigi (São Paulo, 1977) apresenta Atraque, sua segunda individual na Galeria Nara Roesler. A exposição reúne pinturas em grandes e pequenos formatos, bricolagens, desenhos em papel, uma escultura, além de um work in progress desenvolvido, em parte, nas paredes da galeria. Nestes trabalhos realizados em 2010/2011 suas pesquisas tomam a história da arte, a música e o corpo como referências para a criação de obras que misturam elementos do passado, com o seu presente/futuro.

Acostumado com as cores vibrantes, Parigi atualmente trabalha com uma palheta que privilegia o magenta, o vermelho e o pink. Seu processo criativo parte da manipulação de formas e figuras reconhecíveis para chegar a imagens irreais ou ainda “figurações inventadas”. Segundo Parigi, essa operação é similar a uma mixagem musical, em que são coletadas e arquivadas imagens, textos e ideias para, a partir dessa combinação de elementos, desenvolver seus trabalhos.

A carreira do artista é marcada pela produção de pinturas em grandes formatos. Sua prática de trabalho consiste em várias horas de desenhos antes de iniciar uma tela. A execução vem depois desse exercício, que também se completa com uso do computador como ferramenta. Em seus trabalhos criados entre 2007 e 2009, já fica evidente a predominância das cores intensas, além de uma temática urbana em composições abstratas fragmentadas e velozes, com grande qualidade técnica e conceitual.

Com elementos suficientes em sua trajetória para ser considerado um dos novos expoentes da arte contemporânea brasileira – com trabalhos em acervos permanentes de importantes museus, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM-BA e ainda em diversas coleções privadas nacionais e internacionais – Parigi, em 2010, fez residência na Cité des Arts, em Paris, e teve sua primeira individual na Europa, na Galeria AMT | Torri & Geminian, em Milão.

Exposição: Atraque – Rodolpho Parigi

Abertura: 18 de fevereiro, às 20h (convidados)

Até 19 de março de 2011

De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h.

Galeria Nara Roesler | galeria térreo

Av. Europa, 655 – São Paulo. Tel: 11.3063-2344

Site: www.nararoesler.com.br / E-mail: galeria@nararoesler.com.br

Informações à imprensa:

Pool de Comunicação – Marcy Junqueira

Marcy Junqueira marcy@pooldecomunicacao.com.br

Martim Pelissson martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599 Fax: 11.3814 –7000


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gene Kelly - Singin' in the rain

Como já tinha prometido, segue a verdadeira e única cena que merece está música.

Penso, no meu pequeno conhecimento de cinema, que esta é a grande cena dos musicais.

Além da alegria do tema, Gene Kelly parece flutuar, pois além da sapatear nas poças d'água, faz sumir a diferença de altura entre a calçada e o meio fio, como se fosse fácil.

Se bem me lembro havia uma certa rivalidade entre ele e Fred Astaire pela primazia de serem o melhor bailarino, ou seria dançarino do cinema. Não sei, dos filmes que vi deles, sempre os achei ótimos.

Já tinha colocado aqui uma outra cena deste grande filme, no post Gene Kelly & Cid Charisse, que mostra que obra de cinema magnifica foi este filme.




terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Novidade

Os comentários que algumas amigas queridas fizeram em meu "post" Residencial Parque Buenos Aires, me lembraram esta música, A Novidade, dos Paralamas do Sucesso e Gilberto Gil, lançada no disco Selvagem de 1986.

Um grande disco que marcou a virada do estilo do conjunto, lançando-os à constelação da MPB, onde até hoje tem seu merecido lugar.

O clipe abaixo nos mostra os rapazes ainda bem jovens, demonstrando a enorme vitalidade que é sua marca registrada, que não se perdeu nem com o acidente de Herbert Viana.





O texto abaixo, retirado do site de Gilberto Gil nos conta a história da criação da música.

'Gilberto Gil estava em Florianópolis quando Herbert Vianna ligou pra ele e lhe pediu para pôr letra na única música que faltava para fechar o disco (Selvagem) que os Paralamas do Sucesso estavam terminando de gravar. Logo, Herbert mandava via sedex a gravação instrumental da música, que Gil retirou no correio.

Gil: "Fui pro hotel e botei a fita no gravador. Depois de umas quatro passadas, saí anotando. Eram mais ou menos duas da tarde. Às três horas eu estava ligando pro estúdio já para passar a letra. Foi uma coisa assim: bum! A letra veio como um tiro certeiro, absolutamente de chofre, inteira. E de um modo surpreendente até pra mim, porque, mesmo sem tempo pra qualquer avaliação crítica no dia seguinte, resultou no que eu acho um dos meus melhores textos - pela escolha e pela maneira de tratar o assunto, pela concisão e pela elegância da construção."

Um estímulo visual... - "O quarto do hotel dava para o mar, e eu estava escrevendo na mesinha de frente para a janela, com a visão do mar ao fundo. Daí a idéia da sereia que vinha dar à praia."

... e outro, sonoro - "Algumas sílabas no início do cantarolar do Herbert na fita me insinuaram algo que soava como a palavra 'novidade', e eu aproveitei essa sugestão sonora. O restante veio por acaso mesmo."

Riqueza versus miséria - "O tema da desigualdade sempre fez parte do modo de inserção da minha geração na discussão dos problemas da sociedade; do nosso desejo de expressá-los. Universitário por excelência, o tema é portanto anterior e recorrente em meu trabalho. Está em Roda, em Procissão, em Barracos. Agora, em A Novidade, a imagem da sereia é que dá a partida para o tratamento da questão; a novidade é essa. Pode-se imediatamente pensar no Brasil, mas é sobre o Terceiro Mundo em geral; mais: sobre todo o 'mundo tão desigual', mesmo, de que fala o refrão." '

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Residencial Parque Buenos Aires

Como é que é morar num dos endereços mais charmosos e cobiçados de São Paulo?

Vejam o mais novo projeto de bem morar; com o patrocínio da Prefeitura Municipal, recebemos nossos mais novos vizinhos, que num grande êxodo mudaram-se do bairro da Luz, após a operação urbana para extinguir a "cracolândia".

Me perdoem a metáfora chula, mas isto foi igual a pisar em merda mole, espalhou a sujeira e não resolveu o problema original.

Como já tinha escrito em Guerra dos Porcos, esta administração inábil em muitas áreas deixa muito a desejar, gerando desconfiança e rancor.

Higienópolis hoje é uma mistura de maus odores, creolina que os zeladores dos edifícios jogam nas calçadas para afastar os sem-teto, e das necessidades destes, deixadas livremente no meio fio.

As fotos foram tiradas num fim de tarde desta semana, com nossos excelsos hóspedes já se preparado para o pernoite.










Despejo na Favela

Adoniran Barbosa


Quando o oficial de justiça chegou
La na favela

E contra seu desejo entregou pra seu narciso um aviso pra uma ordem de despejo

Assinada seu doutor , assim dizia a petição dentro de dez dias quero a favela vazia e os
barracos todos no chão
É uma ordem superior,
Ôôôôôôôô Ô meu senhor, é uma ordem superior { 2x
Não tem nada não seu doutor, não tem nada não

Amanhã mesmo vou deixar meu barracão

Não tem nada não seu doutor vou sair daqui pra não ouvir o ronco do trator
Pra mim não tem problema em qualquer canto me arrumo de qualquer jeito me ajeito
Depois o que eu tenho é tão pouco minha mudança é tão pequena que cabe no bolso de trás

Mas essa gente ai hein como é que faz???? {2x

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elton John - Pimball Wizard

Do filme Tommy, a ópera rock do The Who, lançada em 1975 traz em seu elenco atores e músicos de primeira linha.

Com uma história aparentemente boba, possui um componente psicológico interessante, além de alguns números musicais inesquecíveis, como este, o de Tina Turner como Acid Queen e o de Eric Clapton como o pregador.

Observem que como na época não existiam efeitos especiais de computador, Elton John realmente calça as botas imensas, e em algumas tomadas mostra a dificuldade em se movimentar com elas, e se apóia com medo de cair.

Para mim o The Who foi um dos grandes conjuntos dos anos 60 e 70 com discos magníficos como o próprio Tommy e Quadrophenia, tendo suas músicas tocadas em rádio até hoje e sendo usadas como trilha sonora em vários filmes e séries de TV.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Miragens

Em complemento à exposição Islã: Arte e Civilização, em cartaz no CCBB São Paulo, esta mostra no Instituto Tomie Ohtake, nos apresenta a modernidade da produção artística Islâmica, que não perde em nada para a arte ancestral em vigor e beleza.

Nunca gostei muito de rótulos, mas como classificar a obra produzida por artistas de diversas origens, que só tem em comum a fé islâmica? São pessoas de países distantes, diferentes correntes religiosas e formação intelectual muito distintas.

Notei que quase não se usam mais algumas técnicas apresentadas no CCBB como cerâmica, tapeçaria e marchetaria. Adoraria ver algum tapete com desenhos ou motivos contemporâneos.

Alguns artistas incomodados com as guerras e os conflitos, refletem isto em seus trabalhos, com citações diretas sobre a barbárie, às vezes com amargura em outras com certa ironia, como nas séries "Supermuçulmano" e "Fashion Terrorists".

A série de esculturas "Você faz falta até à minha sombra", quando iluminadas, projetam suas sombras, intregrando-as à obra, num efeito de grande beleza..

Procurando uma música moderna da cultura islâmica para acompanhar o comentário, encontrei a cantora abaixo, que ilustra bem o ecletismo deste povo, libanesa nascida no Kwait, em nada segue os costumes mais rígidos de sua religião.



Dana Halabi - Ana Dana

Abaixo das imagens fornecidas pela assessoria de imprensa do evento, o "press-release" dos curadores.

Taysir Batniji (Palestina), Pères, 2006, fotografia, 60 x 40 cm


Mounir Fatmi (Marrocos-França), Entre linhas, 2010, 150 cm


Laila Shawa (Palestina), Meninos Soldados, 2008, impressão giclée sobre tela


Halil Altindre (Turquia), Miragem, 2008, Video 7'20''


Shadi Ghadirian, Sem Título, Série Ghajar, Impressão Digital, 1998 - 1999


INSTITUTO TOMIE OHTAKE

APRESENTA

MIRAGENS

Abertura: 09 de fevereiro, às 20h - 03 de abril de 2011

Com o patrocínio do Banco do Brasil, o Instituto Tomie Ohtake realiza a exposição Miragens, idealizada por Rodolfo Athayde e com curadoria de Ania Rodríguez. A mostra reúne 58 obras de arte contemporânea, de 19 artistas destacados no cenário internacional, que têm em comum em suas produções o universo cultural islâmico. Miragens, que passou anteriormente pelo CCBB-RJ, busca confrontar, através da poética dos artistas reunidos, a imagem estereotipada que o Ocidente acabou desenvolvendo sobre o Islã e sua cultura. Com obras que utilizam de técnicas tradicionais à videoinstalação e que oscilam de grandes enigmas visuais a hilariantes paródias, a exposição dá a ver tanto o encantamento quase mágico da caligrafia islâmica quanto a ameaça bélica permanente e o rigor de alguns costumes.

As obras vêm de coleções européias e norte-americanas, e de acervos de Paris, Istambul e Damasco, mostrando a diversidade de perspectivas que podemos encontrar na arte realizada em países do Norte da África e Oriente Próximo, ou a partir da França, Reino Unido, Estados Unidos, Holanda e Alemanha - como partes de importantes diásporas.

“Desfazer o espelhismo que nubla o conhecimento do ‘outro’, deixando as vozes dos portadores atravessarem nossas próprias certezas, é o desafio da mostra”, afirma Ania Rodríguez. “A tradição muçulmana é muitas vezes questionada e mesmo reinventada nos trabalhos reunidos na exposição, através de técnicas e imagens típicas aproveitadas para estruturar discursos que dialogam com o presente”.

As fotografias de Shadi Ghadirian, por exemplo, dão conta disso; nelas a artista se apropria do estilo “retrato de estudio”, introduzido no Irã no final do século XIX, para propor um conjunto de anacronismos com objetos modernos importados do Ocidente: telefones, aparelhos de som, aspiradores. As mesmas tensões e diálogos podem ser encontrados na obra inédita de Mounir Fatmi “Entre linhas”, uma lâmina de serra de grande formato com inscrições em caligrafia árabe, onde a beleza e a aparência de fragilidade da filigrana contrasta com a rudeza e a violência implícita do material e com as ameaçadoras bordas dentadas; ou e na obra de Sener Ozmen, onde uma espécie de super-homem interpretado pelo próprio artista dedica-se a cumprimentar Alá.

A leitura política se faz presente na obra de Shirin Neshat – talvez uma das mais conhecidas artistas da exposição –, em cuja série “Mulheres de Alá”, fragmentos de corpos femininos são associados a inscrições caligráficas e armas. Destaca-se ainda a presença do artista turco Halil Altindere, reconhecido internacionalmente, sobretudo pelo vídeo “Dengbejs”, de 2007, mostrado na última Documenta de Kassel. O artista apresentará também a sua obra mais recente, o vídeo “Oracle”, feito especialmente para a mostra.

Os artistas convidados para a mostra Miragens são: Shirin Neshat, Shadi Ghadirian, Bita Ghezelayagh (Irã), Khaled Hafez e Susan Hefuna, Wael Shawky (Egito), Ali Talib, Hassan Massoudy (Iraque), Halil Altindere, Sener Ozmen (Turquia), Kamel Yahioui (Argélia), Laila Shawa, Malileh Afnan, Taysir Batniji (Palestina), Lucia Koch (Brasil), Mounir Fatmi (Marrocos), Shezad Dawood (Inglaterra), Rachid Koraichi (Argélia) e Ramia Obaid (Síria).

Paralelamente, o CCBB-SP apresenta a mostra “Islã”, com cerca de 350 peças que ajudam a contar os pouco mais de 1400 anos de história das nações do mundo islâmico. Com curadoria de Rodolfo Athayde e do Prof.Dr. Paulo Daniel Farah, a mostra reúne obras dos mais importantes museus da Síria e do Irã, além de objetos de países da África muçulmana.

Exposição: Miragens

Abertura: 09 de fevereiro de 2011, às 20h (convidados)

Até 03 de abril, de 2011, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa:

Pool de Comunicação - Marcy Junqueira

Contato: Martim Pelisson

marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Laranja Mecânica - Singining in the rain


Diferente das cenas que tenho mostrado aqui, esta prima pela extrema violência, da obra prima Laranja Mecânica de Stanley Kubrick , leva uma da mais doces músicas de todos os tempos, Singning in The Rain que prometo, colocarei na seqüencia.

Conta a história de um celerado, chefe de uma gangue, num futuro indeterminado, que prima pela crueldade e inconseqüência de seus atos.

Há no filme outras cenas muito atuais, principalmente aqui para o Brasil, onde o personagem agride gratuitamente moradores de rua e passantes que encontra pela frente.

Será que Anthony Burgess anteviu no que alguns seres "humanos" poderiam se transformar?

De um livro escrito em 1969, o enredo continua atual e serve de alerta para o que pode acontecer se a sociedade não criar mecanismos para a prevenção da má formação de indivíduos.

Conseguir este vídeo foi uma longa procura, não sei se por algum tipo de censura, ou alguma hipocrisia inconsciente dos detentores da obra ou de suas cópias em compartilharem este filme magnífico.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Wake Up Everybody

Com uma expectativa até um pouco exagerada, pus a tocar o novo disco do John Legend & The Roots - Wake Up, muito bem citado pela crítica especializada.

Considero o artista quase no mesmo nível de Al Green, Barry White, Marvin Gaye ou quiçá, Quincy Jones, uma referência na moderna "soul music".

E não é que fui desagradavelmente surpreendido pela música título do álbum, num arranjo exatamente igual ao da versão original, com os lindos vocais de John Legend e Melanie Fiona, que foi maculada no final com a introdução de um "rap" de Common, que atravessa o arranjo e a harmonia.

Que direito tem qualquer artista de modificar a obra alheia introduzindo dissonâncias ou cacofonias numa criação já clássica da música mundial?

Aqui no Brasil temos o exemplo de uma grande artista, Fernanda Porto, que cometeu alguns equívocos em "remix" de alguns clássicos de nosso cancioneiro.

Refletindo sobre este assunto lembrei de um clássico de Paulinho da Viola, Argumento, onde ele diz :

"Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim".

Acho que a boa arte deve sempre ser fruto de estudo, trabalho e aprimoramento dentro de cada mister, senão daqui a um tempo, haverá algum preguiçoso e vagabundo tirando músicas de um tronco de árvore oco com um fêmur ou algum outro osso dos animais.

No player a versão original deste clássico e no vídeo a nova versão com o indesejado adendo ao final, mas não deixa de ser um belo clipe.






Harold Melvin & Bluenotes - Wake Up Everybody



John Legend & The Roots - Wake Up Everybody