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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Surrealismo - ainda OSGEMEOS

Para este comentário, volto aos Beatles, pois esta música é para mim a mais surrealista que conheço, "I'm the Walrus".
As imagens foram carregadas em alta definição, portanto quando clicá-las ( e viva o neologismo) as mesmas serão carregadas em todo seu esplendor, podendo ser apreciadas em seus detalhes, que é o que interessa.





Quando escrevi que não seria original dizer que tinha percebido o surrealismo nas obras d'OSGEMEOS foi porque já havia quem também tinha tido esta impressão. Portanto fui pesquisar qual poderia ter sido sua inspiração ou referência.
Vendo suas obras comecei a me inquietar tendo a sensação de "já te vi", forçando a memória, tive alguns relâmpagos.
O quadro "Tentações de Santo Antão", já citado neste blog, possui vários elementos que poderiam ter sido vistos pelos artistas, e servido como mote de alguns trabalhos.
Nas misturas de peixes, de aves e humanos d'OSGEMEOS', sinto a presença das figuras de Bosch, nos seus demônios, monstros e seres da imaginação.
Reuni então as imagens abaixo para servirem de consulta, comparação e também de inspiração para outros voos.
Voltando aos Beatles, o seu surrealismo era lisérgico, acho que John Lennon tinha usado alguma novidade de sua época.
Quanto ao Bosch, penso que seu surrealismo era esquizofrênico, retratando monstros e demônios que o atormentavam.
E em relação aos GEMEOS, sinto que eles fazem um surrealismo lúdico e pueril, apesar de melancólico.
São artistas que devemos sempre prestar atenção.






segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pierre Verger - Andaluzia

Para acompanhar o texto - Danza ritual del fuego - com Paco de Lucia, uma legitima expressão do Flamenco, que surgiu na Andaluzia.




Estive nesta exposição já há alguns dias, durante a semana, aproveitando uma de minhas idas ao centro.
Juntaram-se duas curiosidades, a mostra e conhecer a nova Galeria Olido, de saudosa lembrança, onde, quando adolescente víamos os bons filmes em cartaz na cidade, em salas elegantes, limpas e de ótima frequência. Pena que as boas sala fecharam, viraram igrejas ou passam filmes pornográficos.
Gostei muito desse novo espaço, o link acima mostrará como ficou a galeria após sua reforma.
Quanto a exposição é mais uma das boas mostras de fotografias que se fazem na cidade, onde o viajante Pierre Verger nos apresenta em fotos documentais a vida na Andaluzia dos anos 30.
Pierre Verger tem sua obra toda segmentada em tópicos referentes às suas andanças pelo mundo, tenho saudades da Exposição "O Japão de Pierre Verger" e tantas outras.
Vale o passeio, onde com certeza, vocês terão momentos de diversão.














Galeria Olido - 1ºandar
Endereço: Av.São João, 473- Centro - telefone: 11 3397 0171
Abertura: 29 de outubro de 2009. 19:30
Periodo: 30 de outubro a 22 de dezembro de 2009
Horário das visitas: 3ª a domingo: 12:00 - 20:00
Entrada: Franca

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vertigem - OSGEMEOS

Escolhi a música "Lucy in the sky with diamonds" dos Beatles para acompanhar este comentário, apesar de ter sido composta antes do nascimento dos artistas, por pensar que esta se encaixa com a exposição.










Sensacional, é a definição possível para uma mostra que nos tráz forma e conteúdo, com obras muito significativas dispostas de uma maneira que instiga o visitante, misturando os diversos suportes, telas, painéis, esculturas e objetos transformados em arte.
Não seria original dizer que percebi o surrealismo em suas obras, mas também senti uma grande melancolia nas figuras, que apesar da profusão de cores estão presentes nas feições dos personagens, onde eles quase nunca sorriem, e quando o fazem, é com uma certa tristeza, como no caso das "pin-ups", de olhos bem abertos com um sorriso distante.
Fui a exposição no sábado logo após a chuva, portanto encontrei a sala da mostra com poucas pessoas, podendo assim apreciar as obras com vagar e atenção que elas merecem.
Maria Lydia foi comigo e me fez dar duas voltas pela sala, mostrando um belo interesse, talvez pelas cores e pelas estátuas.
Quando saímos do museu, já havia se formado uma fila respeitável , mostrando assim que um evento bonito e bem realizado atrai muitos visitantes, que aproveitam o que de bom a cidade tem a oferecer.
Abaixo das imagens, uma breve biografia tirada do site da FAAP.




















Nascidos em 1974, em São Paulo, os gêmeos idênticos Gustavo e Otávio começaram sua trajetória na street art em meados dos anos 1980, retratando as culturas regionais do Brasil nos muros de São Paulo. O trabalho da dupla está ligado a sua vivência na cidade, o grande melting pot cultural brasileiro. Centrada na construção de um imaginário próprio e peculiar, sua obra mescla elementos do folclore nacional com outros ligados ao desenvolvimento da arte nascida nas ruas. As telas seguem a tradição do retrato, com personagens centrais em padrões multicoloridos e envoltos numa aura surreal. As instalações oníricas incorporam carros, barcos e bonecos cinéticos gigantes à pintura de parede em grande escala.

Em 1993, OSGEMEOS começaram a participar de mostras coletivas. Seis anos depois, suas criações entraram para o cenário internacional da arte urbana contemporânea, e também do circuito comercial, no Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Holanda, Cuba, Japão, China, Austrália e nos Estados Unidos, onde são representados pela Deitch Projects, a mesma galeria de Keith Haring e Jean-Michel Basquiat.

Em 2007, OSGEMEOS foram convidados a pintar o castelo histórico de Kelburn, em Ayrshire, um dos mais importantes da Escócia. Em 2008, a dupla pintou a famosa fachada, às margens do Tamisa, do prédio da Tate Modern de Londres, templo da arte contemporânea internacional. Em junho deste ano, eles coloriram, em Nova York, o grande muro pintado por Keith Haring em 1982, que imortalizou o cruzamento da Bowery com a Houston. O trabalho, uma homenagem ao 50º aniversário do artista, rendeu à dupla excelente crítica de Roberta Smith no NY Times: “Um mural fantástico e épico; um sonho de felicidade traçado à melancolia. Realismo mágico”.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Evans Walker

Para acompanhar o texto, "Back of My Hand" com os Rollins Stones, um blues a la Robert Jonhson (05/1911 - 08/1938), considerado o mais importante cantor e guitarrista de blues que já existiu.Escolhi esta música por ter percebido nesta exposição que o melhor do trabalho do artista foi a representação de cenas do Sul dos Estados Unidos, atrasado e segregacionista dos anos trinta.




Esta foi a mostra que me levou a criticar a política de uso do espaço do Masp.
É uma boa exposição, com fotos documentais, tiradas em sua maioria dos anos 30 aos 40, por um fotógrafo que foi o primeiro a ter suas obra exposta individualmente no MoMA em 1933.
Walker é um artista que consegue em fotos documentais extrair os sentimentos de seus retratados, como desesperança, tédio, cansaço e indiferença.
Para quem gosta de fotografia, vale a pena a visita pois é um trabalho que deve ser conhecido.
Segue abaixo das imagens, resenha da revista Veja.















Walker Evans, o fotógrafo que retratou a devastação econômica e moral da
Grande Depressão nos Estados Unidos, ganha uma retrospectiva em São Paulo



Em 1935, o fotógrafo Walker Evans (1903-1975) foi contratado pelo governo americano para documentar os resultados de um programa de redução da pobreza numa região rural arruinada pela Grande Depressão. Os burocratas que geriam as políticas do New Deal, plano do presidente Franklin Roosevelt que visava a tirar os Estados Unidos da ruína econômica, esperavam que Evans registrasse para a posteridade as obras oficiais. O que se fixou como síntese daquele momento histórico, contudo, foi um flagrante prosaico, sem nenhum tom triunfal: a imagem de um garotinho sentado numa cadeira no interior de uma residência humilde - e cujo olhar triste contrastava com as figuras alegres dos cartazes de publicidade ao fundo (como um sorridente Papai Noel). Essa imagem tão pungente quanto arrebatadora é a primeira de uma série que consagraria Evans como o grande cronista em foto da vida americana no século XX. A partir desta quinta-feira, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) apresenta a mais ampla retrospectiva de sua obra já exibida no Brasil - que inclui, além dessa cena, 120 fotografias pertencentes a uma instituição espanhola, a Fundação Mapfre, de Madri.

Assim como outro nome crucial da fotografia, o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004), cujas fotos também estão sendo expostas em São Paulo, no Sesc Pinheiros, Evans foi pioneiro em dar certa dimensão artística a essa forma de expressão. Quando esse filho de um publicitário bem-sucedido abandonou o sonho de ser escritor e abraçou a fotografia, no fim dos anos 20, a temática dos profissionais do ramo não ia além dos retratos formais, cenas edificantes e paisagens. "Evans colocou a realidade em foco. E essa era uma ousadia e tanto", diz o curador Teixeira Coelho. No começo da carreira, ele fez fotos dos arranha-céus de Nova York que ressaltam o arrojo de suas linhas arquitetônicas - e remetem à arte construtivista de vanguardistas russos como Rodchenko. Em seguida, passou a investir na chamada "poesia do cotidiano": os registros dos cidadãos anônimos e seus costumes. Fotografou interiores de residências, fachadas do comércio e cenas urbanas. Munido de uma câmera oculta, por exemplo, flagrou os passageiros do metrô nova-iorquino absortos em suas preocupações.

O fundamental de sua obra, no entanto, foi produzido na esteira da Grande Depressão. Nos anos 30, como fotógrafo a serviço de uma agência governamental que dava apoio a agricultores, Evans registrou a miséria em estados do sul, como Mississippi e Louisiana. É dessa fase uma das imagens mais eloquentes da segregação racial americana: aquela que mostra o interior vazio e decrépito de uma barbearia para negros. Depois de deixar essa função, Evans foi destacado pela Fortune para produzir uma reportagem no Alabama. O trabalho nunca saiu na revista - mas, ao ser reunido em livro, trouxe à luz duas das fotografias mais célebres de Evans: os retratos de um granjeiro falido e sua mulher. Ao fazê-los posar em close diante de uma parede com ripas, Evans conferiu às imagens ares de pranchas de catalogação científica. Ao mesmo tempo em que são límpidas e belas, as fotos expõem cada sulco nos semblantes sofridos. São retratos crus da pobreza - mas seria um erro enxergar qualquer traço de panfletarismo em Evans. À maneira dos grandes pintores, o que lhe interessava era captar o drama humano.

domingo, 8 de novembro de 2009

A lógica do MASP



Para acompanhar o texto "A cabana em Fowl´s Legs" da Peça "Pictures at an exibition" de Mussorgski.


Estou tentando achar uma lógica na política de exibições do Masp, com tesouros fantásticos em seu acervo, quase sempre guardados na Reserva Técnica do museu, está sub-aproveitando seu espaço expositivo.
Nesta semana quando estive lá para ver a Exposição de Rodin, tive um choque, uma mistura de perplexidade e raiva, pois a direção do museu cedeu 3/5 da área do acervo no segundo andar para uma mostra de fotos no máximo interessante.
Para isto retirou de exibição várias obras primas, deixando somente uma pequena quantidade de peças.
Fiquei imaginando como seria a reação de Chateaubriand e dos Bardi perante estes fatos.
O Masp possui no subsolo um espaço de exposições maravilhoso, onde em Janeiro apresentou uma mostra de Portinari das séries Bíblica e Retirantes.
O melhor museu de arte da América Latina, que traz a São Paulo turistas do mundo inteiro interessados em ver as maravilhas que possui, não pode se dar ao luxo de ocultá-las, até porque o preço do ingresso não é barato.
Imaginem o público, ávido em conhecer obras que só viam por fotos, chegar o museu e não as encontrar; ficariam no mínino muito aborrecidos.
De tantas obras significativas de artistas nacionais que possui, somente o quadro de Portinari -O plantador de café- estava exposto, acompanhado de mais duas ou três obras menores.
O quadro de que mais senti falta foi "As tentações de Santo Antão" de Hieronymus Bosch, com imagem abaixo.
Na sequência, fotos de obras do acervo, algumas em exposição outras na reserva
Vai entender o que se passa na cabeça dos diretores e curadores do Masp, pois imagino que este não era o sonho de seus fundadores, que queriam levar ao público brasileiro o que de melhor existe em arte.


















sábado, 7 de novembro de 2009

Claude Lévi-Strauss

Para acompanhar o texto abaixo, "O Estrangeiro" de Caetano Veloso.







Confesso que não sei muito sobre Lévi-Strauss, somente informações genéricas como ter sido um dos intelectuais convidados a criar a USP e ter lecionado de 1935 a 1939 nesta universidade.
No tempo em que viveu no Brasil, foi ao interior e realizou pesquisas que resultaram em belas fotos e no seu livro "Tristes Trópicos", inspirando vários intelectuais brasileiros em seus trabalhos.
Lançou a pouco tempo dois livros de fotografias muito cultuados, "Saudades do Brasil" e "Saudades de São Paulo"
Sem mais delongas, seguem abaixo algumas imagens de Lévi-Strauss.