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terça-feira, 24 de maio de 2011

A banda mais bonita da cidade

Já estava me achando um velho ranzinza, afinal de contas fazia muito tempo que não me entusiasmava com um artista ou conjunto musical contemporâneo.

Tinha visto algumas chamadas para este link no FB e não tinha tido a curiosidade de assistir ao "clipe".

Fui assistí-lo, quando ao ler um artigo no blog Amigos do Mania Colorida, percebi que ele estava em destaque dentro da página inicial do mesmo.

Que surpresa agradável, uma música linda, com uma letra de apenas 3 estrofes, me permite dizer que se os integrantes dessa banda mantiverem essa alegria e a proposta de trazer coisas belas, terão um futuro brilhante.

A banda é constituída por artistas formados em música ou produção musical na Universidade Federal do Paraná. Essa informação reforça minha crença de que só se produz arte de qualidade quem tem profundo conhecimento das técnicas à sua disposição. Não adianta fazer um semestre de aulinhas de violão com a professora do bairro e achar que é um virtuose.

Apesar da idéia do "clipe" não ser original, a filmagem e a sonorização foram muito bem feitas, conseguindo este resultado espetacular.





Oração


Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa

Cabe o meu amor!
Cabe em três vidas inteiras
Cabe em uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa

Cabe o meu amor!
Cabe em três vidas inteiras
Cabe em uma penteadeira
Cabe essa oração

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Amargo Pesadelo - Dueling Banjos (Deliverance)

Quem não assistiu a este filme, e vê esta cena vai achar que é uma história sobre uma aventura bucólica de 4 amigos que decidem descer um rio cheio de corredeiras.

Grande engano, o filme apresenta a extrema violência, mostrando o ser humano beirando a barbárie, onde pela distância da "civilização" permite que seus instintos mais primais aflorem.

Lembro que há 35 anos vi o filme, comentei-o com o pai de uma amiga, quando este me perguntou se a versão que tinha visto tivera cortes. Ele então me explicou que o tinha visto nos Estados Unidos, na versão integral onde fora mostrada a cena do estupro de um dos personagens, e que no lançamento aqui no Brasil esta fora censurada. A versão que vi continha esta cena.

Uma aula de cinema, de como se fazer um grande filme; leiam a sinopse e curiosidades neste link que contém várias informações pertinentes.

P.S.: Há uma lenda de que esta cena não estava no script e que foi tomada por um acaso, que o menino do banjo seria autista e que o duelo foi uma coisa espontânea. Não foi, além de ter sido dublado, o banjo que é mostrado em cena é de um tipo diferente do que toca a música. Ver este link, em que são contadas, também, várias curiosidades sobre o filme.



terça-feira, 17 de maio de 2011

Charles Landseer

Diferente de Debret, Charles Landseer apresenta técnicas rígidas acadêmicas no início das obras, depois distancia-se, é menos detalhista e usa de hachuras no preenchimento de certas figuras dentro de uma paisagem; talvez porque, como está explicado no "release" dos curadores, as pranchas desta missão foram confiscadas por seu patrocinador, impedindo assim a conclusão das obras.

O colorido das aquarelas é mais contido, sem a exuberância dos outros artistas vindos nas mais diversas missões artísticas e culturais daquela época.( Vide "A expedição Langsdorff" e "Coleção Brasiliana Itaú")

Grande mostra do IMS , apesar do espaço modesto para exposições. Depois da fusão do Unibanco com o Itaú, Higienópolis, num raio de 200 mts da praça Buenos Aires, tem 6 agências do banco, incluída a do mesmo prédio do Instituto. Seria muito bom para a cultura paulistana, se essa agência fosse absorvida pelas demais, possibilitando a ampliação do espaço expositivo.

Mais uma vez, um mecenas brasileiro resgatou este tesouro, devolvendo-o a quem é de direito, a terra que inspirou estas maravilhas.



Cais - Elis Regina

Abaixo das imagens, o "press-release" dos curadores, fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.

Escravo segurando tocha, Rio de Janeiro, lápis, bico de pena e aguada sépia, 1825-1826


Corcovado visto da Capela da Conceição, Rio de Janeiro, aquarela, 1825-1826


Imperatriz Leopoldina, bico de pena, 1825-1826

Cidade nova vista do morro do Livramento, Rio de Janeiro, aquarela realçada com branco, 1825-1826


Entrada da barra do Rio de Janeiro vista da praia Vermelha, lápis e aquarela, 1825-1826


IMS-SP abre exposição com desenhos e aquarelas do inglês Charles Landseer feitas durante viagem de Portugal ao Brasil entre 1825 e 1826

O Centro Cultural do IMS em São Paulo abre, em 10 de maio, às 19h30, a exposição Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826. Trata-se da maior exposição individual das imagens feitas por Landseer como artista oficial da missão diplomática britânica – chefiada por Charles Stuart – que tinha o objetivo de negociar o reconhecimento, por parte de Portugal e da Grã-Bretanha, do recém-independente Império do Brasil. A mostra ficou em cartaz no IMS-RJ de janeiro a abril de 2010 e foi sucesso de público.

Com curadoria de Leslie Bethell, professor emérito de história latino-americana na Universidade de Londres, a exposição reúne cerca de 90 desenhos e aquarelas e mais dois óleos, estes últimos feitos pelo artista anos após a missão, baseando-se nos registros feitos em Brasil e Portugal.

Charles Landseer (1799-1879) é considerado um dos mais importantes artistas viajantes que visitaram o Brasil nas duas décadas posteriores a 1808 – como Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Thomas Ender, Johann Moritz Rugendas, Augustus Earle e o botânico William John Burchell, este também integrante da missão Stuart.

Durante os três meses que passou em Portugal, Landseer fez mais de 90 desenhos e aquarelas dos mosteiros, igrejas, palácios e castelos de Lisboa e das localidades vizinhas, assim como do povo das ruas lisboetas: marinheiros, barqueiros, camponeses, trabalhadores, mendigos, padres e frades.

Já no Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco meses, o artista produziu mais de uma centena de desenhos e aquarelas. Ali foi a natureza tropical o que mais o impressionou, assim como a escravidão urbana – os cativos africanos que trabalhavam como criados domésticos, carregadores e artesãos.

Landseer também acompanhou Stuart em viagens pelo litoral, ao norte e ao sul do Rio de Janeiro, e registrou as paisagens e os moradores das cidades por onde passaram: Recife e Olinda, Salvador, Vitória, Desterro (Florianópolis), Santos e São Paulo. Por fim, na viagem de regresso à Inglaterra, fez ainda vários desenhos dos Açores e de sua população.

Livro: Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826

A publicação, com mais de 200 imagens, funciona como uma narrativa visual do trajeto feito por Landseer, em que cada capítulo representa uma etapa de sua viagem. Bilíngue (inglês/português), o livro tem texto de introdução de Leslie Bethell, que contextualiza a produção artística de Landseer com o cenário histórico da época, vivido entre Brasil, Portugal e Grã-Bretanha.

Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826

236 pp.

ISBN: 978-85-86707-49-0

21 x 25,5 cm

R$ 140,00

Sobre Charles Landseer:

Landseer recebeu rigorosa formação de seu pai, o gravador John Landseer, de professores particulares e na Academia Real em Londres. Os mais de 300 desenhos (a lápis, tinta e carvão) e aquarelas realizados durante a missão Stuart a Portugal e ao Brasil, guardados em um grande caderno de desenhos encadernado em couro, são um tributo à seriedade e à diligência com que realizou sua tarefa como artista oficial.

De volta à Inglaterra, sir Charles Stuart insistiu em ficar com o caderno de desenhos de Landseer, alegando sua condição de chefe da missão. O caderno permaneceu então sob a guarda da família Stuart, no castelo de Highcliffe, por quase um século. Somente em 1926 seria adquirido pelo empresário e colecionador carioca Guilherme Guinle, que, antes de morrer, em 1960, presenteou o sobrinho – o banqueiro Cândido Guinle de Paula Machado – com o que se tornara conhecido como Álbum Highcliffe. Em 1999, o álbum foi incorporado ao acervo do Instituto Moreira Salles.

Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826

Exposição: De 10 de maio a 10 de julho

Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h

Sábados e domingos, das 13h às 18h

Entrada franca.

Classificação livre.

Instituto Moreira Salles - São Paulo

Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis.

Tel.: (11) 3825-2560

Informações para a imprensa:

Nathalia Pazini - (11) 3371-4490

nathalia.pazini@ims.com.br

Priscila Oliveira - (11) 3371-4460

priscila.oliveira@ims.com.br

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Johnny Mathis canta com Agostinho dos Santos no Brasil 1971

Enquanto faço meu novo comentário, mostro essa jóia, que tinha guardado já há algum tempo.

Não lembro como tive essa recordação, procurei no youtube, que hoje em dia tem quase tudo o que buscamos.

Agostinho dos Santos foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos, morreu cedo, naquele desastre aéreo em Orly.

Neste vídeo gravado num show da extinta TV Excelsior, onde era o Teatro Cultura Artística, podemos ver como era ser um bom cantor.

Dois ícones da música popular, tanto da americana, quanto da brasileira, se encontram e apresentam uma quase oração.

Num único microfone, demonstram a plena arte de cantar, sem nenhuma correção que hoje é comum nos novos "talentos".




quarta-feira, 4 de maio de 2011

Debret - Viagem ao Sul do Brasil

Uma memorável exposição, daquelas de lembrarmos por muito tempo, tanto pela importância do artista, como pela beleza das obras expostas.

Os 60 desenhos e aquarelas apresentados primam pela riqueza de detalhes, precisão do colorido e por trazer-nos paisagens de nossas terras que nunca conheceríamos de outra forma.

É de se admirar o preciosismo com que as obras foram executadas, quase todas em suportes de aproximadamente 30X15 cms, com minúcias que nos levam para dentro da cena.

Da coleção dos Museus Castro Maia, nos lembram da importância de Raimundo Ottoni de Castro Maia dentro do universo das artes plásticas brasileiras, que junto com Assis Chateaubriand, Roberto Marinho, Gilberto Chateaubriand, Armando Álvares Penteado entre outros criaram a memória pictórica brasileira, sejam como compradores de obras consagradas ou como mecenas de novos talentos, dispondo depois seus acervos à disposição do público.



Valsa de uma cidade - Tim Maia


Abaixo das imagens, carregadas em alta definição, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.









VIAGEM DE DEBRET COMEÇA PELA CAIXA CULTURAL SP

A mostra reúne 60 obras (aquarelas e desenhos) do famoso pintor francês

que retratam o sul do Brasil no início do Século XIX

A Caixa Cultural São Paulo inaugura, no dia 3 de maio, às 19h, a exposição “Debret – Viagem ao Sul do Brasil”. A mostra, com a curadoria de Anna Paola Baptista, reúne 60 aquarelas e desenhos, realizados pelo artista francês Jean-Baptiste Debret, que chegou ao Brasil em 1816, integrando a Missão Artística Francesa, e aqui permaneceu por 15 anos. Todo o conjunto pertence ao acervo dos Museus Castro Maya, detentor da maior coleção de obras de Debret existente no Brasil. A exposição segue até o dia 19 de junho, com entrada gratuita, na galeria Vitrine da Paulista.

A exposição é dividida em dois conjuntos: aquarelas e desenhos, feitos pelo artista na viagem ao Sul do Brasil, em 1827, na comitiva do imperador D. Pedro I, que percorreu os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O artista pintou belas marinas da costa sul brasileira, paisagens da mata nativa, índios, brancos e negros, em seu cotidiano, destacando-se as festas e as tradições populares. O segundo conjunto é composto por célebres aquarelas realizadas no Rio de Janeiro, que retratam a vida urbana na Corte, desde a pompa do Império até o dia-a-dia de escravos, seus hábitos, vestimentas, e os trabalhos por eles executados. Toda a crônica do cotidiano urbano da cidade, e de seus habitantes, transparece nas aquarelas do artista.

Debret é o mais conhecido dos artistas que compunham a Missão Artística Francesa. Sua obra fez a crônica da vida urbana no Brasil imperial, apresentando os tipos humanos, hábitos, costumes e festas populares, além de espetaculares paisagens da mata atlântica e de marinas que revelam a iconografia histórica do Brasil, num grupo de obras que poucas vezes itinerou pelo país.

As obras, que compõem a exposição “Debret – viagem ao Sul do Brasil”, foram adquiridas pelo mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, em Paris, no final dos anos 1930, com o intuito de resgatar os originais de Debret, que haviam servido de base para o livro Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, que o artista lançou na França. O colecionador também adquiriu um importante material inédito, que ficara de fora da publicação.

Segundo a curadora Anna Paola, as imagens do sul contrariam algumas das mais marcantes características do trabalho de Debret: a flagrante sensação de intimidade e proximidade com a cena retratada, que emana de suas aquarelas sobre o Rio de Janeiro. Nas cenas do sul, ao contrário, predominam as vistas ao longe, tomadas a partir de um ponto de observação distante e alto.

“Alguns historiadores acreditam que Debret não chegou realmente a empreender o deslocamento ao sul, tendo se utilizado de relatos e desenhos de outros viajantes para compor os trabalhos” explica a curadora. “Até o momento, não temos documentos que resolvam essa questão, mas pergunto: isso é o mais importante? A viagem de Debret ao sul pode até não ter sido física, revela-se, porém, como construção mental e artística de uma paisagem, de uma representação que a coloca indubitavelmente na categoria de viagem”, completa.

A produção da mostra está a cargo de Izabel Ferreira, da Memória Visual Produção Cultural, e é patrocinada pela Caixa Econômica Federal.

Sobre Jean-Baptiste Debret

O artista nasceu em Paris, em uma família de artistas, sobrinho-neto do pintor e gravador François Boucher e primo de Jacques-Louis David, grande mestre do Neoclassismo. Estudou na Academia de Belas Artes e tornou-se um dos pintores oficiais do império francês, retratando as façanhas de Napoleão. Desgostoso com a morte de seu único filho e com a derrocada de Napoleão Bonaparte, o artista aceita participar da Missão Artística Francesa, que vem ao Brasil à convite de D. João VI.

Nos 15 anos passados no Brasil o artista retratou a vida urbana do Rio de Janeiro, o cotidiano da corte, desde as celebrações oficiais com desfiles militares até o dia-a-dia da damas, as vestimentas, seus hábitos e costumes, as tradições e festas populares, os escravos que tudo vendiam nas ruas da cidade, a bela arquitetura colonial e a floresta, a natureza luxuriosa da floresta atlântica brasileira.

Sobre os Museus Castro Maya

Os Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro – Museu do Açude e Museu da Chácara do Céu –, têm origem na coleção de arte, formada ao longo da vida, pelo empresário, colecionador e mecenas das artes Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968).

Filho de colecionadores, Castro Maya conservou e aumentou significativamente a coleção herdada, adquirindo obras de arte, nacionais e estrangeiras, do Século IV a.C. ao Século XX. Sua coleção se apoia em múltiplos interesses, incluindo a arte moderna brasileira, arte oriental, arte européia dos séculos XIX e XX, Brasiliana, mobiliário, porcelana e prataria, azulejaria e louça do Porto, arte popular brasileira, livros raros etc.

Foi editor de livros e grande incentivador das artes, criador da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, da Sociedade dos Amigos da Gravura, fundador e primeiro presidente do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, presidente da Associação de Amigos do Museu Nacional de Belas Artes e membro do Conselho Federal de Cultura. Chamado de “um Medicis dos nossos dias”, foi mecenas e amigo de artistas brasileiros de seu tempo.

Castro Maya foi pioneiro, no Brasil, ao transformar sua coleção particular em patrimônio público, criando em 1963 a Fundação Castro Maya, e doando-lhe suas coleções e suas residências.

As casas do Açude e da Chácara do Céu começaram a funcionar como museus, respectivamente, em 1964 e 1972. E foram tombadas, juntamente com todo o acervo, em 1974. Na década de 1980, se deu a extinção da Fundação Castro Maya e os museus passaram para a esfera pública federal, integrados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura. Em 2009, passaram a ser vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM)

FICHA TÉCNICA:

Curadoria: Anna Paola Baptista

Coordenação Geral: Izabel Ferreira

Design de Montagem: Anderson Eleotério

Programação Visual: Mauro Campello

SERVIÇO:

Exposição Debret – Viagem ao Sul do Brasil

Abertura para convidados e imprensa: dia 03/05, às 19h

Visita guiada com a curadora: dia 03/05, às 20h30

Datas: de 4 de maio a 19 de junho de 2011

Horário de visitação: terça-feira a sábado, das 9h às 21h, e domingos e feriados das 10h às 21h

Local: CAIXA CULTURAL São Paulo (Paulista) Conjunto Nacional Av. Paulista, 2083 Cerqueira César, São Paulo (SP) Metrô Consolação

Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

Acesso para pessoas com necessidades especiais

Entrada: franca

Recomendação etária: livre

Patrocínio: Caixa Econômica Federal

terça-feira, 3 de maio de 2011

Arquitetura Brasileira

Um banho de imersão em um assunto que muito me agrada, mas que está sendo banalizado hoje em dia em São Paulo.

Esta mostra nos traz a riqueza de uma arte, ou seria uma ciência?, em que o Brasil já foi um expoente e hoje se amesquinhou.

Só mesmo uma entidade como o Instituto Tomie Ohtake poderia nos brindar, com propriedade, este assunto, mostrando o que de melhor se produziu e ainda se produz em nosso país.

Chega de fachadas sem imaginação num estilo "Adolpho Lindenberg". Agora virou moda os prédios residenciais terem as laterais das coberturas imitando os telhados dos prédios do centro de Paris.

Que tédio, que aborrecimento é passar pelos Jardins ou pela marginal do rio Pinheiros e observar a paisagem, é um sem número de mesmices. O monumento ao mal gosto e a falta de imaginação é o conjunto do Shopping Cidade Jardim, com prédios iguais entre si, dois a dois, equilibrados em cima de um caixote que lembra uma repartição pública soviética.

Observem nos prédios laterais os indefectíveis telhadinhos


Adoraria morar em uma obra de arte, desde que funcional. Qual seria a sensação? Há em São Paulo alguns edifícios residenciais que possuem fila de espera de longos anos para a aquisição de unidades.

Será que nossos novos arquitetos serão meramente decoradores, criando apenas espaços para receberem móveis, quadros ou outros adereços? Espero sinceramente que não.

E nós, que temos profissionais que são referência na arquitetura mundial como Rui Ohtake, Ricardo Julião, Julio Neves, Vilanova Artigas, João Filgueira de Lima, João Artaxo Jurado, Paulo Mendes da Rocha, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, entre tantos outros, temos agora que importar projetos arquitetônicos.



Pedro Pedreiro - Chico Buarque

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do evento. A imagem acima, do Shopping Cidade Jardim foi colhida na internet.







INSTITUTO TOMIE OHTAKE

APRESENTA

Arquitetura Brasileira

O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência

Abertura: 19 de abril, às 20h – até 03 de julho de 2011

Com curadoria do arquiteto e professor da FAU-USP Julio Katinsky, O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência é a segunda exposição do programa Arquitetura Brasileira, iniciativa do Instituto Tomie Ohtake que, desde a sua fundação, contempla a arquitetura, ao lado das artes plásticas e do design – único espaço no Brasil especialmente concebido e projetado para realizar mostras nessas três vertentes.

Apropriando-se, por um lado, da tese defendida por Gilberto Freyre em “Casa Grande & Senzala” sobre a formação do Brasil e sua cultura contemporânea e, por outro, das contribuições modernas estrangeiras na arquitetura brasileira, principalmente da escola corbusiana, Katinsky reflete sobre o espaço de convivência como vigorosa proposta da arquitetura moderna brasileira para a democratização social.

A mostra reúne cerca de 115 projetos, 45 basilares e 70 referenciais, por meio de fotos, além de maquetes, desenhos originais, projeções, reproduções e plantas. Para delinear os espaços, tanto público quanto privado, que promovem o encontro entre as pessoas, o curador destaca na exposição seis grandes eixos: Praça Verde, Prédio sobre a Praça, Grandes Vazios, Minicidade, Praça Cívica e Grandes Coberturas.

Para ilustrar a Praça Verde, Katinsky foi buscar no MAM – RJ (1953), de Affonso Eduardo Reidy, na Marquise do Ibirapuera (SP,1954), de Oscar Niemeyer, até na recente praça Victor Civita (SP, 2008), de Adriana Levisky e Anna Julia Dietzsch projetos que reforçassem a convivência, dentro de uma área já vocacionada para tal.

Ponto seminal do tema traçado pela curadoria, o edifício do Ministério da Educação e Saúde (RJ,1943), atual Palácio Gustavo Capanema, sinaliza, ao lado do MAC-Niterói (1996) e Edifício Copan (SP, 1950), ambos de Oscar Niemeyer, Edifício Louveira (SP, 1946), de Vilanova Artigas, Conjunto Nacional (SP, 1946), de David Libenskind, o MASP (SP, 1958), de Lina Bo Bardi, entre outros, as construções que souberam ser generosas com a cidade – Prédio sobre a Praça. Segundo Katinsky, “o Ministério da Educação e Saúde é o único edifício público que devolveu a quadra para a cidade”.

O Hospital Sarah Kubitschek (Fortaleza, 2001), de João Filgueiras Lima, a FAU-USP (SP, 1961), de Vilanova Artigas, o Instituto Tomie Ohtake (SP, 2001) e Centro Adamastor (Guarulhos, SP, 2001), ambos de Ruy Ohtake, a Pinacoteca (SP, 1993), de Paulo Mendes da Rocha, a Unilivre (Curitiba 1993), de Domingos Bongestabs são alguns dos muitos exemplos de Grandes Vazios reunidos na mostra.

Entre os projetos que acentuam o uso coletivo, funcionando como Minicidades, destacam-se as Superquadras (DF, 1974), de Marcílio Mendes Ferreira, Parque Guinle (RJ, 1954), de Lucio Costa, Hospital Sarah Kubitschek (DF, 2008), de João Filgueiras Lima, Conjunto da Serra do Navio (AP,1950), de Oswaldo Bratke, SESC Pompéia (SP, 1990), de Lina Bo Bardi.

Já a Praça Cívica, pensada para ser palco de manifestações populares, tem poucos, mas emblemáticos exemplos, principalmente expressos nas obras de Oscar Niemeyer, como a Praça dos Três Poderes (DF, 1960) o Memorial de América Latina (SP, 1987), a Universidade de Constantine (Argélia, 1969) e Le Havre (França, 1982), além do Mube (SP, 1986), de Paulo Mendes da Rocha, e o Pólo de Heliópolis (SP, 2011), de Ruy Ohtake.

Por sua vez, o Centro Cultural São Paulo (SP, 1982), de Eurico Prado Lopes, a Estação de Trem Lago Treze (SP, 1985), de João Walter Toscano, Aldeia SOS Amazônia (Manaus, 1994) de Severiano Porto, a Casa Millan (SP, 1985), de Carlos Acayaba, são algumas das Grandes Coberturas que completam a exposição.

Exposição: Arquitetura Brasileira – O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência

Abertura: 19 de abril, às 20h

Até 03 de julho de 2011, terça a domingo, das 11h às 20h

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP

Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa

Marcy Junqueira – Pool de Comunicação

Contato: Martim Pelisson

marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599