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domingo, 31 de janeiro de 2010

Brava Gente - Tide Hellmeister

Poema - Ney Matogrosso

Escolhi esta música pelo último verso, "que é iluminado pela beleza do que aconteceu há minutos atrás", que ilustra um pouco do que senti nesta exposição.

Magnífica!
Esta é a expressão que pode definir esta mostra, é disparado a melhor dos dos últimos tempos.
Tanto pela qualidade excepcional das obras, quanto da cenografia, que conseguiu em um espaço não tão grande, criar um ambiente que valorizou ainda mais os quadros, transportando-nos ao imaginário do artista.
Estive na hora da abertura da exposição e pude observar a reação das pessoas, algumas com conhecimento em artes plásticas que analisavam o que está sendo mostrado, e os leigos, com as mais diversas reações, desde o espanto até o embevecimento.
É claro que voltarei, pois pretendo revê-la com mais atenção e o vagar que ela merece.
Abaixo das imagens, que estão carregadas em alta-definição, o "press-release" da Caixa Cultural.













CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA BRAVA GENTE – TIDE HELLMEISTER

São Paulo recebe galeria de tipos inventados pelo artista que se inspirava observando transeuntes das ruas paulistanas

Expressões de passageiros – do metrô, do ônibus e dos passantes das ruas de São Paulo – observadas por Tide Hellmeinster estão reunidas neste conjunto de 60 trabalhos: 58 pinturas e colagens acrílicas sobre papelão, da série Filhos de Deus, além de duas obras tridimensionais expostas de 30 de janeiro a 28 de março de 2010. Essa coleção de personagens nasceu quando o artista morava na Praça da Árvore, durante os percursos que fazia para ir trabalhar na região central da capital paulista. Depois, no estúdio, imaginava a vida de cada um e recortava, colava e pintava seus rostos – tristes, bondosos, malandros, egoístas, avaros, generosos, abatidos ou conformados – criando pinturas absolutamente originais.

Tide Hellmeister, que entre uma ampla e notável produção como artista e designer gráfico ilustrou a coluna Diário da Corte de Paulo Francis, faleceu em 2008, no início da concepção desta mostra, concretizada então pelos esforços do filho André e da curadora Claudia Lopes. Nesta série, a obra plástica, com a sua fatura inconfundível, é combinada com textos, também criados pelo artista, nos quais Elizabeth Lorenzotti colaborou na redação. As histórias imaginadas por Hellmeister, que acompanham cada pintura, são carregadas do tom tragicômico da vida real. Pedro, Cornélio, Julio Prosa de Jesus, João Benjamin, Eli Regina e tantos outros personagens ganham imagem e biografia, com direito a datas de nascimento e morte.

Recortar, colar e pintar é a linguagem que constrói a obra polivalente de Hellmeister. “...cada colagem, pintura ou montagem parece ter sido feita no vórtice de um redemoinho mental e espacial que foi incorporando em seu trajeto, figuras, móveis, pedaços de paisagem, signos, letras...para compor um feitiço encantatório muitíssimo organizado e articulado no espaço plástico, sempre com ritmo, equilíbrio e acima de tudo coerência lírica”, escreve Carlos Soulié Franco do Amaral (Inquieta Colagem, Infolio Editorial). Na mesma publicação, o professor Chico Homem de Melo ressalta que, ao evocar uma herança barroca ao mesmo tempo em que faz conviver fragmentos de várias épocas e lugares, o artista inscreve-se na cena contemporânea.

MUITO TIDE, pela curadora Cláudia Lopes

Certa vez me contou como nasceram os Filhos de Deus que originaram a mostra Brava Gente. Disse-me que entre suas idas e vindas do trabalho observava os “usuários” do Metrô. Então, impregnado de energias, cheiros e sons, em seu percurso diuturno, dava consciência aos Emílios, aos Nilos e aos Menezes que, com seus RGs e suas histórias povoavam, mais tarde, o imaginário de Tide, o seu mundo surreal.

E, assim como tantos que se acotovelam no Metrô, os Filhos de Deus também queriam sair: abrindo espaço com os cotovelos, iam se empurrando, se metendo num grande tumulto para que, um a um, pudessem passar mais rápido da idéia para as mãos de seu criador. Tinham pressa de vir a este mundo, como Tide também se apressava em trazê-los.

Nosso mestre da colagem – e porque não dizer, também nosso mestre da pintura – trouxe à vida, além dos três filhos, mais de 5 mil trabalhos, alguns dos quais têm uma parte de sua alma e outros, sua alma toda.

TIDE HELLMEISTER (SP,1942 - SP,2008)

Paulista de 1942 estudou desenho e pintura com o pintor João Suzuki. Trabalhou como auxiliar de desenho e cenografia na extinta TV Excelsior, onde foi assistente do pintor e cenógrafo Cyro Del Nero. Foi colaborador da Masao Ohno Editora, onde executou livros de vanguarda como capista e programador visual, obtendo prêmio na Bienal do Livro do México de 1964. Participou de sua primeira exposição em 1963. Desde então desenvolveu uma obra múltipla. Trabalhou no projeto visual para a implantação do Jornal da Tarde. Recebeu os prêmios de melhor programador visual de 1973 e de melhor exposição de design gráfico na Pinacoteca do estado de São Paulo, em 2000, ambos conferidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foi diretor de arte do SESC, SENAC e da Federação e Centro do Comércio do Estado de São Paulo. Foi diretor e consultor de arte na Editora Abril. Criou e editou o jornal Arte-Afinal. Foi parceiro do jornalista Paulo Francis, ilustrando, por sete anos, sua coluna semanal Diário da Corte, nos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Colaborou com os principais órgãos da imprensa em São Paulo, com Estadão, Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil, e outros Estados. Nos últimos anos, trabalhava em seu atelier Collages, em São Paulo, onde prestava consultoria de design e artes gráficas.

Brava Gente, patrocinada pela Caixa Econômica Federal chega a São Paulo depois de passar pela Caixa Cultural Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. Aqui a mostra foi ampliada e seis das histórias poderão ser ouvidas por meio de telefones antigos em ambientação especialmente criada para cada uma das vidas inventadas pelo artista. Em comum, esses pequenos cenários trazem o clima da casa/ateliê de Tide. O catálogo (grátis), com projeto gráfico de Cláudio Rocha e André Hellmeister, textos do próprio Tide, da curadora Claudia Lopes, do designer Chico Homem de Melo e do músico Marcelo Coelho, traz 14 personagens e há um encarte interativo para cada um compor a sua própria capa.

SERVIÇO:

Exposição: Brava Gente - Tide Hellmeister

Abertura: 30 de janeiro de 2010 (sábado), às 11h

Visitação: de 30 de janeiro a 28 de março de 2010

Horários: de terça-feira a domingo, das 9h às 21hs

Local: CAIXA CULTURAL São Paulo (Sé) - Praça da Sé, 111 – Centro - São Paulo (SP)

Telefone: (11) 3321-4400

Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Entrada franca

Recomendação Livre


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Grafite - Tendência ou Modismo?




Endless Enigma - Emerson, Lake & Palmer


Estive domingo retrasado no Parque da Luz com ML para mostrar-lhe o aquário recém restaurado, quando dei com as janelas da Pinacoteca cobertas com grafites; comecei a pensar, será que 2009 foi algum ano comemorativo do Grafite?
De imediato lembro de 3 grandes exposições, no MUBE, FAAP e MASP( vide Vertigem - OS GÊMEOS e Arte da rua ), em que tivemos oportunidade de conhecermos e nos aprofundarmos nesta arte.
Analisando os desenhos da Pinacoteca e comparando com os que vi nas exposições, senti que pode estar nascendo uma nova escola de pintura, que poderíamos chamar de "GRAFITISMO", pois vários artistas que conheci tem os traços parecidos e principalmente usam a cor amarela como base ou cor principal.
Todos eles de alguma forma já saíram das ruas e ganharam as galerias, produzindo telas de qualidade indiscutível.
Agora é muito estranho que não tenhamos notícias que que estes mesmos artistas (com exceção dos GÊMEOS) estejam desenvolvendo trabalhos de murais, e quando cito murais, não são as paredes particulares ou pilastras públicas onde pintaram sem convite.
Temos no Brasil uma extensa relação de artistas que exerceram o Muralismo com brilho e destaque, como João Câmara, Clóvis Graciano, Maria Bonomi, Athos Bulcão, Roberto Magalhães, Cláudio Tozzi, Emanoel Araújo, Yataka Toyota, Mário Gruber, Rubens Gerchman, Francisco Brennand, Haroldo Barroso, Cândido Portinari, Lula Cardoso Ayres, João Rossi, Miguel dos Santos, Carybé, Emiliano Di Cavalcante, etc; vários destes com expressão e reconhecimento internacional.
O muralismo, diferentemente do grafite, é a arte pública estreitamente relacionada com a arquitetura, portanto servindo como complemento de uma grande obra.
É bom perceber o dinamismo de nossas artes, com o surgimento de novos artistas que criam coisas belas, ampliando nosso horizonte cultural.







terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Música dos pássaros

Já tinha lido sobre o músico que aproveitando uma foto publicada no "Estadão" se inspirou e criou uma melodia.
A foto era de pássaros pousados um linhão de eletricidade da zona rural com cinco fios, que lhe lembrou uma pauta musical, com as aves dispostas como notas.
Descobri o vídeo "fuçando" em um blog de fotografias, que apresenta o vídeo abaixo.
Decidi compartilhar esta beleza com vocês, pois a boa arte deve ser sempre mostrada, não importando o suporte, principalmente as que nos trazem sensações que nos fazem melhores.






segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esse é que é O CARA!

Neste domingo a Competition publicou anúncio na Revista da Folha com uma homenagem ao seu Sérgio, o mais antigo aluno em atividade, desde sua fundação há 25 anos.
Imaginem nosso orgulho ao ver reconhecido publicamente por outros tudo o que vemos no dia-a-dia.
Este é um homem que sempre praticou o bem, sem nada esperar em troca, e fica constrangido quando alguém vem relembrar benesses que fez, quase sempre não se lembra mais.
Contradizendo Nelson Rodrigues que dizia que toda unanimidade é burra, ele consegue ser querido por todos que o conhecem e convivem com ele. É lógico que tem também suas turronicesses e manias, que em nada diminuem o carinho e o amor que lhe devotamos.
Escolhi a música Clube da Esquina porque a letra sempre me lembrou meu PAI.
Ao clicar na foto, a matéria será exibida em alta definição e abaixo da reportagem a letra da canção.


Clube da Esquina nº2 - Lô Borges e Elis Regina




Clube da Esquina II


Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço....
Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases
lacrimogênios
Ficam calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
e basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio...
E lá se vai mais um dia
E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,
gente, gente...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Aberto de Tênis de São Paulo - Um grande evento

Esta música foi adaptada pelo Seal para uma vinheta da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), portanto nenhuma melhor para acompanhar este comentário.





Nesta semana em São Paulo acontece a décima edição do Torneio Aberto de Tênis de São Paulo, realizado nas quadras do Parque Villa-Lobos.
Tirando o Brasil Open na Barra do Sauípe é o torneio mais importante do país, sendo pela premiação, localização e data, é a primeira competição do ano no mundo.
Se o tênis brasileiro fosse tratado com o mesmo profissionalismo e objetividade dos promotores deste torneio, teríamos não um mais vários tenistas entre os 50 do mundo; pena que os dirigentes do esporte só vivam de promessas vãs e de seus interesses espúrios.
A cada ano o evento fica mais bonito e interessante, atraindo novas promessas do tênis mundial e dando oportunidade aos nossos atletas de conhecerem e interagirem com outras técnicas e formas de jogo.
Que coisa boa ver belos jogos, num parque agora deslumbrante, sendo recebido por pessoas competentes e gentis; pena que os veículos de comunicação, com exceção do Sport TV, não dêem a devida divulgação a este evento tão importante para a cidade.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Elenco - A cara da bossa





Samba em prelúdio - Vinicius e Odette Lara



Esta exposição foi o bônus da visita à mostra do Mário Cravo Neto.Escolhi a música acima por ser de um disco histórico cuja capa faz parte do acervo.
Para quem gosta de música e sua história como eu, vai se deliciar, pois além dos projetos gráficos das capa há também um pouco do processo de criação de cada disco.
A gravadora Elenco era em sua época mais importante do que a Trama é hoje, pois tinha em seu elenco estrelas consagradas, que lançaram e consolidaram um novo ritmo musical, a Bossa Nova, sem as obviedades de sempre.
Foi uma empreitada que durou pouco, oito anos, mas neste período lançou obras primas que são referência e cultuadas até hoje.










segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mario Cravo Neto

Escolhi a música dos Novos Baianos, por saber que apesar de ter vivido vários períodos no exterior, Mário Cravo Neto sempre quis ter seu trabalho identificado com suas origens, portanto nada mais óbvio um conjunto que tenha sua obra plenamente identificada com a Bahia, sem apelar para a nova corrente das meninas gostosíssimas, que apesar de cantarem direitinho, praticam uma música de baixa qualidade com apelo fácil e descartáveis, que esquecemos logo depois de uma temporada.

Preta Pretinha - Novos Baianos

Este seria o comentário que encerraria o ano, mas, devido a sem-cerimonia de alguns indivíduos, não consegui vê-la ainda em 2009. Como é que certas pessoas se apropriam do espaço público como fossem seu? Em frente ao Instituto Tomie Othke existem 3 ou 4 vagas para estacionamento junto ao meio fio e mais um ponto de táxi com 3 vagas, e não é que os três carros de praça tomaram todo o espaço fora do ponto, impossibilitando assim qualquer tentativa de parada.
Mas isto me possibilitou abrir este ano com chave de ouro.
A Exposição "Tributo a Mário Cravo Neto" é uma surpresa das mais agradáveis, pois é uma mostra de suas fotos que são verdadeiramente obras de arte, diferentes das de outros gênios da fotografia levadas em São Paulo no ano passado, que são mais registros jornalísticos e documentais de situações do cotidiano, vide meus comentários sobre Pierre Verger , Evans Walker e Henry Cartier-Bresson .
As fotos, em sua maioria posadas ou feitas em estúdio, são de uma beleza ímpar, levando-nos a um deleite estético.
Além da excelência da mostra, o Instituto Tomie Othake é um lugar que vale muito a pena ser visto, de uma arquitetura unica, elegante e sem afetação.