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domingo, 25 de dezembro de 2011

Astor Piazzolla

Passei o Natal junto a uma família de amigos de minha irmã que são de Buenos Aires, e hoje acordei pensando em Piazzolla, seria óbvio que escolhesse seu grande clássico, Adios Nonino, mas não, tem tanta música dele que adoro que fui buscar esse tema que me é caro, Años de Soledad, em que aqui é executado com Garry Mulligan, já que não encontrei um bom registro dele solando.

De uma delicadeza ímpar, de um dos maiores músicos do século XX. Que apresenta um trabalho universal, sem fronteiras ou regionalismos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Grande Circo Místico

Pareceria uma grande falta de assunto repetir Edu Lobo, mas por uma incrível coincidência, hoje no canal Brasil, programa de Charles Gavin, foi contada a história desse disco.

Desde a obra anterior "Jogos de Dança", pensada para um balé, e oferecida ao Ballet Guaíra, sua obra já carregava uma grandiosidade e sofisticação raras vezes vistas na MPB; agora sabem porque? Foi aos Estados Unidos estudar música, fazendo cursos de orquestração com Albert Harris e de música para cinema com Lallo Schiffrin.

É, vale a máxima, "Deus ajuda a quem cedo madruga "; de novo digo, sem desmerecê-las, que as professoras de violão de bairro "formam" músicos que pensam que são virtuoses após 10 meses, duas vezes por semana, em aulas de 1 hora. E aí vão cantar em festas agropecuárias, que tem como mote a tortura de animais e a exposição das mazelas de sua vida sentimental, ou mostrar a todos como eles são infelizes por terem sido corneados e que ainda precisam da volta de seu motivo de tristeza.


Agora fiquei num tremendo dilema, qual música desse disco escolher? São tantas, então dessa vez irão três.

Beatriz que tem nessa interpretação de Milton Nascimento a definitiva, Grande Circo Místico com Zizi Possi no começo de carreira e A Bela e a Fera, com o síndico Tim Maia, que com aquele vozeirão abrilhantou o resultado final. 

Divirtam-se como me diverti em mais uma vez escutar esse tesouro.


O Grande Circo Místico - Zizi Possi


Beatriz - Milton Nascimento


A Bela e a Fera - Tim Maia

Há também uma linda interpretação de Gal Gosta em a História de Lili Brawn

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tom Jobim e Edu Lobo - Vento Bravo

Este é mais um vídeo em que podemos ver como se faz uma obra prima, já tinha mostrado outra cena com Tom e Elis, dos bastidores da gravação de "Chovendo na Roseira".

Temos que observar o apuro e o rigor técnico de Tom Jobim, que reclama do barulho das teclas do piano de Edu Lobo, que estaria sendo captado por seu microfone, e a preocupação de Edu com um solo que estaria saturando o resultado final.

Como ficavam perfeitos os discos de grandes artistas que eram gravados com todos os músicos dentro do estúdio, participando e opinando intensamente durante sua confecção, diferente de hoje em que a gravação de cada instrumento é feita separadamente, às vezes até sem outros integrantes da banda presentes, sendo que o resultado final hoje só depende de um mero produtor que monta suas colchas de retalhos.


Mais uma vez digo que o avanço dos meios de captação de sons digitais, ainda estão muito aquém dos analógicos, que capturavam nuances e principalmente faixas de frequências, tanto as de baixa e de alta, não alcançadas pelos microfones modernos.

Que prazer e satisfação ver dois gênios da música universal fazendo história.

O vídeo abaixo foi postado pelo DivShare, pois o You Tube não permitiu sua reprodução aqui, espero que ele possa ser reproduzido pelo Internet Explorer, se não tentem via o Crome.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O país do futebol





O País do futebol - Milton Nascimento





Neste domingo o país, mais uma vez, parou por causa de um assunto recorrente.

Mas por temas diferentes, em primeiro lugar, com todo o destaque e merecido, a morte do Dr. Sócrates.

Um ídolo, até para quem não dá a menor importância ao futebol, um cidadão que usando de sua fama e respectiva influência junto aos menos favorecidos, ajudou a formar a consciência cívica do povo brasileiro, que começou a perceber que sua opinião tinha valor e que seus anseios tinham que ser satisfeitos.

A última vez que tinha ido a um jogo de futebol, acho que em 1982, foi para ver o Dr. jogar, Corinthians (é assim que escreve?) e Noroeste, só teve um gol e de quem foi? Tem uma história desse jogo, ao retorno do seu time no segundo tempo, Sócrates não retornou, recomeçaram a partida com 10 jogadores, 5 minutos depois ele volta e pede permissão ao juiz para entrar em campo, o estádio teria vindo abaixo pelas risadas se estivesse lotado, imaginem os comentários...

Mas então chegou a hora dos jogos finais do Campeonato Nacional, que tragédia, mais uma vez pão e circo. Até ofuscou a notícia de da demissão daquele ministro que só sairia do governo abatido a tiros..... Hum! Tiro de canhão ou peido de pardal?

Essa música é talvez é o único samba feito por Milton Nascimento, já a tinha usado no post "Craques do Cartum na Copa".