Sabe aqueles eventos a que você comparece com expectativas modestas e é surpreendido agradavelmente pela beleza do acervo e competência da curadoria em mostrá-los?
É esse, normalmente exposições relativas a arquitetura são planas, bi-dimensionais, apresentando tão somente fotos e plantas das obras, o que também acontece com esse, com o propósito mais de ilustrar os riquíssimos detalhes de cada uma delas usados pelo artista como enfeites em suas soluções estruturais.
Essa mostra nos traz peças de outros artistas modernistas catalães contemporâneos a Gaudí.
Um magnífico passeio que pode se complementar com as outras exposições apresentadas pelo Instituto Tomie Ohtake.
Les flors de Maig del compositor Anselm Clave, interpretada per l' Orfeò Català. Disc original de l'epoca. Aproximadament anys 1915-1920. Sota la direcciò del mestre Lluis Millet.Enregistrament de 78rpm.
Abaixo das imagens, o "press-reelase", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
INSTITUTO TOMIE OHTAKE
apresenta
Gaudí: Barcelona, 1900
De 19 de novembro de 2016 a 05 de
fevereiro de 2017
Depois de passar pelo MASC em Florianópolis, o Instituto Tomie Ohtake
traz à São Paulo a obra universal do arquiteto Antoni Gaudí, com patrocínio do
Aché Laboratórios Farmacêuticos, Arteris e Bradesco, apoio da AkzoNobel,
Machado Meyer Advogados e Prosegur, e coordenada por Fen-Ian Hsu, da CHI-ZHI.
Com trabalhos oriundos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo
Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera, Gaudí:
Barcelona, 1900 reúne 46 maquetes, quatro delas em escalas monumentais,
e 25 peças entre objetos e mobiliário criados pelo mestre catalão. Completam a
mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos que compunham a
avançada cena de Barcelona nos anos 1900.
Os curadores da exposição, Raimon Ramis e Pepe Serra Villalba, destacam
os processos construtivos dos projetos de Gaudí por meio de modelos
tridimensionais que ressaltam detalhes de sua arquitetura. No design, móveis e
objetos, que vão de maçanetas de metal a peças em cerâmica e madeira, dão conta
de como a criação artesanal conseguiu fundamentar a indústria. O conjunto das
obras reunidas do consagrado arquiteto catalão testemunha a invenção de uma
original geometria, calculada a partir da observação e estudo dos movimentos da
natureza. Com este princípio racionalista protagonizado pelo orgânico, Gaudí
instaura uma estética moderna única que marcou definitivamente a cidade de
Barcelona.
Para ilustrar ainda a pujança de um período em que a capital da
Catalunha surge como projeto moderno de cidade, os curadores selecionaram 26
trabalhos entre objetos e elementos decorativos concebidos pelos chamados ensembliers (artesãos de alto nível),
além de 16 pinturas. São artistas contemporâneos a Gaudí, que desenvolveram
suas obras conforme os preceitos do modernismo catalão. Entre eles destacam-se
os pintores Ramón Casas e Santiago Rusiñol, e ensembliers como Gaspar Homar ou Joan Busquets, que decoraram e
mobiliaram as casas da burguesia catalã do período.
Trata-se da mesma burguesia que colaborou para a inovação e processo de
integração entre urbanismo, arquitetura, arte, design e indústria, atuando como
mecenas dessa importante geração de artistas e artesãos que configuraram um dos
movimentos mais férteis e representativos da cultura catalã. “Um momento em que
foram construídos os fundamentos culturais da Catalunha atual, em que o
processo industrial, o lado íntimo, o momento, o acaso, a mecanização etc. vão
ganhando espaço, e a atividade artística vai se abrindo a novas propostas”,
explicam os curadores. Neste panorama, sugere ainda a dupla, a obra de Gaudí
condensa o debate técnico, estético, ideológico e social da virada do século.
Raimon Ramis (Barcelona 1961) é historiador em arte pela Universidade Autônoma de Barcelona e estudou
fotografia no Instituto de Estudos Fotográficos da Catalunha e foi fotógrafo de
arquitetura. Trabalhou na Fundação La Caixa, Fundação Antoni Tàpies, entre
outras entidades. Foi professor da Escola Superior de Desenho de Barcelona e do
Centro de Imagens e Tecnologia Multimídia da FPC/UPC, também na capital catalã,
onde criou o departamento de recuperação do patrimônio fotográfico Memoria de la image. Ocupou ainda a
subdireção do Museu Bariber-Mueller de Arte Pré-colombiana de Barcelona (2004 a
2007), dirigiu o Acampamento da Paz do Fórum Universal das Culturas (2008 a
2011) e supervisionou o III Fórum Universal das Culturas Valparaíso (2010).
Desde 2013, mora em Santiago do Chile, onde é gestor cultural e diretor
de Projetos da Fundação MediaBus. Assessora a direção de arquitetura para a
construção da capela de Santa María de los Ángeles de Rancagua (Chile),
idealizada por Gaudí em 1922, a única obra do arquiteto catalão fora da
Espanha. Ramis é ainda curador e colaborador do Centro de Extensão da
Pontifícia Universidade Católica do Chile, onde foi curador das exposições Joan Fontcuberta: metabolismos de la imagen (2014) e Gaudí
el arquitecto y la forma (2014-2015). Ao longo de sua trajetória participou
de diferentes seminários sobre Gaudí, fotografia, arte e educação.
Pepe Serra Villalba (Barcelona, 1969) é diretor do Museu Nacional da Catalunha, desde 2012, depois de ter
dirigido o Museu Picasso de Barcelona (2006 a 2012). Focado em patrimônio e
gerenciamento de museus de arte, tanto em instituições públicas quanto
privadas, Serra ocupou ainda a direção de Museus e Patrimônio Cultural no
Departamento de Cultura do Governo da Catalunha (2005 a 2006); foi Coordenador
do Programa Públicos e Serviços Culturais da Fundação Caixa Catalunha (2001 a
2005); e coordenador do departamento de exposição do MACBA – Museu de Arte
Contemporânea de Barcelona (1996 a 2000).
Entre as exposições com sua curadoria, destacam-se Posters in Catalonia (Tinell Hall, Barcelona, 1995), Eudald Serra Signs of Life (La
Virreina, Barcelona, 1999), The Body and the Cosmos
(La Pedrera Casa Milà, Barcelona, 2004)
e Kees Van Dongen (Museu Picasso,
Barcelona, 2009). Na academia, atua como co-diretor e professor na
Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, e professor na Universidade de
Barcelona, entre outras atividades.
Exposição Gaudí:
Barcelona, 1900
Abertura: 19 de novembro
Visitação: 20 de novembro de 2016 a 05 de fevereiro de 2017
De terça a domingo, das 11h às 20h
Ingressos
R$12,00 e R$6,00 (meia-entrada)
-Têm direito à meia-entrada estudantes, idosos com idade superior a 60 anos e professores da rede pública, mediante
apresentação de documento comprobatório.
-Crianças até 10 anos, cadeirantes e
deficientes físicos têm entrada gratuita todos os dias da exposição.
-Às terças-feiras a entrada é gratuita
mediante retirada de senhas na bilheteria do Instituto Tomie Ohtake
Os ingressos podem ser adquiridos no site www.ingresse.com a partir
do dia 8 de novembro às 8h, ou na bilheteria do Instituto Tomie Ohtake a partir
do dia 19 de novembro às 10h.
A venda de ingressos será realizada em três lotes:
1º lote: 20 de novembro a 15 de dezembro
2º lote: 16 de dezembro a 11 de janeiro de 2017
3º lote: 12 de janeiro a 5 de fevereiro
Sessões
Ao comprar o ingresso, o visitante deve
escolher o período de visitação desejado. Dentro de cada período, a entrada dos visitantes na exposição
será organizada por ordem de chegada. O ingresso permite que o visitante
entre na exposição ao longo do período indicado, não sendo necessário chegar no
horário inicial.
Das 11h às 13h (entrada até às 13h)
Das 13h às 15h (entrada até às 15h)
Das 15h às 17h (entrada até às 17h)
Das 17h às 19h (entrada até às 19h)
Patrocínio: Aché Laboratórios Farmacêuticos, Arteris e Bradesco
Apoio: AkzoNobel, Machado Meyer Advogados e Prosegur
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
De terça a domingo, das 11h às 20h
Informações à Imprensa
Pool de Comunicação – Marcy Junqueira
Atendimento: Martim Pelisson e Luana Ferrari
Fone: 11 3032 1599
Tive a oportunidade de estar em Barcelona em 1995. Já faz um bom tempo...
ResponderExcluirA catedral ainda continuava a subir suas torres e a sensação é que não iriam nunca ser concluídas. É uma obra gigantesca... Gaudí caprichou em seu projeto.
Parece uma bela mostra, essa por aí.
Grande abraço!
Oi José,
ExcluirObrigado pela visita. A mostra está muito boa sim e mostra bem as soluções adotadas pelo artista, bem como sua obsessão pelos detalhes.
Abraços.
Estive 2 vezes em Barcelona e Gaudí impressiona em todas suas obras, fazendo com que nossos melhores sentimentos sejam exteriorizados!
ResponderExcluirNunca estudei e nem entendo arte, mas creio que este artista e arquiteto viveu para todos! Inclusive os ignorantes no assunto!
Sou apaixonada por suas obras e "Sagrada Família" em especial - impossível esquecer.
Parabéns por seu blog.
Abraço
Myrian