Quem disse que não mais existem tesouros escondidos? Nesta mostra, mais uma vez percebi que há sim, e muitos, tão belos e ricos como imaginávamos em nossa infância.
Talvez pela sua pouca vontade do artista em vender suas obras em vida, elas hoje se encontram nas mãos de poucos colecionadores que não as compartilham com a merecida frequência, uma pena, pois um mestre como Raphael Galvez merece estar no acervo de vários museus do Brasil e do mundo.
Fiquei encantado ao ver as obras dessa exposição, colocadas à venda pelo colecionador Orandi Momesso num projeto beneficente, ver release abaixo.
Que lindas as visões das cenas paulistanas, que já não existem mais, fixadas em suas telas em cores discretas e ao mesmo tempo vibrantes.
Um belíssimo passeio a uma galeria que se torna cada dia mais imprescindível na cultura nacional.
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.
Galeria Almeida e Dale
apresenta mostra beneficente de Raphael Galvez
Colecionador Orandi Momesso
expõe e doa obras de seu acervo; valores arrecadados serão destinados à
organização internacional Médicos Sem Fronteiras
O pintor, escultor e
desenhista Raphael Galvez sempre teve um apreço muito grande por suas obras. Por
toda vida, recusou-se a vender seus trabalhos, sendo um artista pouco conhecido
pelo grande público, apesar do seu reconhecimento por toda crítica, que sempre o
considerou um importante artista do modernismo brasileiro. Entre 18 de agosto e
16 de setembro, o público paulistano poderá conhecer de perto seu trabalho, em
uma mostra beneficente realizada na Galeria Almeida e Dale.
A exposição traz um
conjunto de 60 obras de Galvez, sendo 40 pinturas e 20 desenhos. Os trabalhos
foram doados pelo colecionador Orandi Momesso, que decidiu colocar obras do
artista que fazem parte da sua coleção à venda , de modo a arrecadar recursos e
doar integralmente a Médicos Sem Fronteiras, organização internacional sem fins
lucrativos, que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises
humanitárias pelos quatro cantos do mundo.
A ideia da mostra
beneficente surgiu em 2016, quando Orandi se deparou com uma videorreportagem
que apresentava o trabalho da instituição. Encantado com a atuação dos
profissionais de MSF, decidiu que deveria ajudar a organização e resolveu doar
parte do acervo do artista pertencentes a sua coleção. O colecionador, aliás,
foi amigo de Galvez e, após a sua morte, em 1998, herdou toda a sua extensa
produção.
“Galvez é um dos grandes
nomes da segunda geração do modernismo brasileiro, autor de uma obra
extraordinária. Ao lodo de figuras como Alfredo Volpi e Mario Zanini, de quem
foi colega inclusive, o artista ocupa espaço no Pantheon das artes deste
período”, afirma Orandi.
Para auxiliá-lo no processo
de escolha das obras, o colecionador convidou o curador Rui Moreira Leite, que
assina a curadoria da exposição. Além dos óleos e desenhos que estarão à venda,
o curador integrou à mostra um núcleo de pinturas e esculturas que permitirão
aos visitantes uma maior e melhor compreensão do conjunto da obra de Galvez e de
sua trajetória.
“A exposição traz um
recorte bastante interessante da produção de Galvez, um registro do que foram,
para o artista, os anos 30 até 80. Ganham destaque nesta época uma série de
paisagens de São Paulo, às margens do rio Tietê. São pinturas de tons baixos,
normalmente cinzas e ocres, com a qual registra os arrabaldes da cidade. Seus
flagrantes mostram paisagens praticamente despovoadas, com presença humana
raramente sugerida por lavadeiras ou remadores”, diz o curador.
Durante a abertura da
mostra na Galeria Almeida e Dale, será também lançado um livro que apresentará
ao leitor a vida e a obra de Raphael Galvez. A publicação trará textos de Orandi
Momesso e de Rui Moreira Leite, que na ocasião participará ainda de um bate-bapo
com o público interessado. O livro, de capa dura e 256 páginas, é editado pela
Via Impressa Design Gráfico e Edições de Arte.
O artista
Raphael Galvez passou
grande parte da sua vida dividido entre as pinturas, desenhos e esculturas que
realizava por puro prazer, e as esculturas tumulares e projetos para monumentos,
que lhe rendiam dinheiro para o sustento próprio e de seus irmãos.
Acolhido pelo Grupo Santa
Helena, associação de artistas fundado em 1934, Galvez foi parceiro de ateliê de
Mário Zanini. O pintor construiu sua obra a partir dessa experiência, que o
levou a aplicar-se em intermináveis sessões de modelo vivo e a observar com
curiosidade as variadas manifestações artísticas realizadas pela
cidade.
Em meados dos anos 1950,
seu trabalho foi integrado a duas mostras panorâmicas: 50
anos de paisagem brasileira, apresentada no Museu de
Arte Moderna por Sérgio Milliet, e Exposição
do Retrato Moderno, montada no Parque
Ibirapuera. Neste momento, suas obras foram exibidas junto não apenas às do
Santa Helena, mas às dos modernistas - o que marca um inequívoco reconhecimento
de seu trabalho pelo circuito e pela crítica.
A partir da década de 1960,
Galvez passa a viver em prolongado recolhimento, ao dar depoimentos sobre seus
contemporâneos e participar de mostras dedicadas aos anos de 1940.
O artista ganhou uma série
de exposições próprias retrospectivas. A mais extensa delas ocorreu em 1999, no
ano seguinte ao de sua morte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Serviço:
Exposição Raphael
Galvez
Local: Galeria Almeida e Dale
Endereço: Rua Caconde, 152 | Jardim Paulista | São Paulo
Vernissage: 17 de agosto, a partir das 19h30
Período expositivo: de 18 de agosto a 16 de setembro
Local: Galeria Almeida e Dale
Endereço: Rua Caconde, 152 | Jardim Paulista | São Paulo
Vernissage: 17 de agosto, a partir das 19h30
Período expositivo: de 18 de agosto a 16 de setembro
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Cristiane Nascimento - cristianenascimento@a4eholofote.com.brNeila Carvalho – neilacarvalho@a4eholofote.com.br
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