Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a exposição “Aguilar 50 Anos”, de 11 maio a 18 de julho, em São Paulo
A primeira grande retrospectiva do artista apresenta trabalhos produzidos entre os anos 1960 e 2000
Com curadoria de Haron Cohen e produção da Arte
Décadas de 1960 e 1970 representadas nas telas ‘Anima’ e ‘Paisagem’
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) apresenta em São Paulo, de 11 de maio a 18 de julho de
Com curadoria do arquiteto Haron Cohen, colecionador das obras de Aguilar desde os anos 1960, e produção da Arte
No 3º andar estarão as obras da década de 1960, época em que Aguilar participa da 7ª Bienal Internacional de São Paulo e da mostra Opinião - 65, no MAM do Rio de Janeiro. Desta fase, serão vistas telas como ‘Anima’ (1963) e ‘Conversa’ (1965). No mesmo piso, serão apresentadas as obras dos anos 1970, quando o artista vai morar fora do Brasil e começa a se dedicar à videoarte. Entre os destaques que estarão na mostra, ‘Paisagem’ (1971), da série Londres, ‘Macunaíma’ (1974), da série Transformação do Tabu em Tókio, e ‘I Ching’ (1975), da série Nova York.
Na sala do 2º andar, serão expostas pinturas da década de 1980, marcada pela participação de Aguilar em diversas mostras, no Brasil e exterior, e pela criação de sua Banda Performática. Entre as mais de 20 telas, estarão ‘Homenagem a Bukowski’ (1982), ‘The Most Beautiful Cup of Tea’ (1984), da série Japão, e ‘Einstein’s Dreams’ (1983). Também neste piso, as obras dos anos 1990, como ‘O Papa Iluminado’ (1992).
Os anos 2000 serão lembrados no 1º andar, onde além de telas, como ‘O Circo de Calder’ (2000), da série Rio de Poesias, e ‘Bandeira dos Visionários (Getúlio)’ (2003), da série Brasil de Aguilar, haverá cinco instalações do artista: ‘Jardim de Alice’ e uma série de quatro trabalhos - apresentados pela primeira vez em 2005, no Instituto Tomei Ohtake - em que uma figura feminina projetada interage com objetos reais, como uma ducha e uma poltrona.
No térreo, ao entrar no CCBB, o visitante irá se deparar com ‘Estrela Senna’ (2001), uma gigante pintura de Aguilar, com mais de
Outras artes - Além das pinturas selecionadas, “Aguilar 50 Anos” abordará a videoarte - técnica em que o artista é considerado um dos pioneiros -, exibindo trabalhos célebres, como ‘Divina Comédia Brasileira’ (1980) e ‘Sonho e Contra Sonho’ (1981). A mostra terá ainda gravuras, cartazes, desenhos e livros produzidos por Aguilar e discos da Banda Performática.
O multiperformático Aguilar - Pintor, videomaker, performer, escultor, músico e escritor, José Roberto Aguilar nasceu em São Paulo, em 1941. Estudou economia, mas, autodidata, em 1958, já participava da vida cultural paulistana, integrando o movimento performático-literário Kaos, de Jorge Mautner.
Em 1961, realizou sua primeira exposição e em 1963, foi selecionado para participar da 7ª Bienal Internacional de São Paulo. Considerado um dos pioneiros da nova figuração no Brasil, participa da mostra Opinião - 65 no MAM, em 1965. Durante a agitada década, mantém um ateliê da R. Frei Caneca, que é freqüentado por alguns dos principais responsáveis pela renovação política e cultural por que passava a vida brasileira.
Na virada dos anos 1970, deixa o Brasil. Vive em Londres, de
Na década de 1980, participa de diversas exposições, sendo um dos artistas brasileiros mais presentes em mostras no exterior, sobretudo nos Estados Unidos e Alemanha. Cria a Banda Performática, que realiza espetáculos em praças públicas, com destaque para o grande evento da Revolução Francesa, em 1989, em que coloca 300 artistas em cena na frente do estádio do Pacaembu e é visto por 10 mil pessoas. Compõe músicas, grava discos e lança o livro “A Divina Comédia Brasileira”.
Nos anos 1990, faz pinturas em telas gigantes e esculturas em vidro e cerâmica. Expõe no MASP e no MAM-SP. De
Dos anos 1980, ‘Homenagem a Bukowski’, e dos 2000, ‘Bandeira dos Visionários (Getúlio)’ e ‘O Circo de Calder’
EXPOSIÇÃO “AGUILAR 50 ANOS”
Classificação Indicativa: livre – Ingresso: entrada franca
Abertura: 10 de maio
Período: 11 de maio a 18 de julho – terça a domingo, das 10h às 20h
Centro Cultural Banco do
Telefone: 3113-3651 e 3113-3652
Site: www.bb.com.br/cultura | www.twitter.com/ccbb_sp
Visita Mediada à Exposição:
Diariamente são realizadas visitas orientadas por arte-educadores em português e inglês. Para visitas de terça a sábado é necessário agendamento prévio pelo tel. (11) 3113-3649, de segunda a sexta, das 10h às 18h (máx. 45 pessoas por horário). Aos domingos, não há necessidade de agendamento e o atendimento é realizado mediante solicitação na bilheteria, no térreo, das 10h às 19h.
Transporte para Estudantes:
Serviço de transporte gratuito, de terça a sábado, para visitas de estudantes e grupos. Agendamento de acordo com ordem de solicitação, prioritariamente para escolas públicas, de segunda a sexta, das 10h às 18h, pelo tel. (11) 3113-3649.
Acessos:
Estações Sé e São Bento do Metrô. Praças do Patriarca e da Sé.
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física// Ar-condicionado // Loja // Cafeteria Cafezal
Estacionamentos:
Opções de estacionamentos particulares na Rua Boa Vista, Rua Senador Feijó e Rua Libero Badaró. Confirmar dias e horários de funcionamento.
Estacionamento Conveniado:
Estapar Estacionamentos - Rua da Consolação, 228, Edifícos Zarvos (R$ 10,00 pelo período de 5 horas. Necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB). Informações: (11) 3256-8935
Van faz o transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) e na XV de novembro, esquina com a Rua da Quitanda, a vinte metros da entrada do CCBB.
Assessoria de imprensa
Sofia Carvalhosa, Viva Kauffmann e Renata Martins
Tel.: (11) 3083 5024
E-mail: sofiahc@uol.com.br
Assessoria de imprensa CCBB
Camila Val
Tel.: (11) 3113-3623
E-mail: camila.val@bb.com.br
Interessante! Tem cara de que tem intenção de provocar discussões e debates! bjs
ResponderExcluirOi Márcia,
ResponderExcluirO texto acima é a minha opinião a respeito das obras, me sinto muito incomodado em ver a super valorização de coisas banais ou da repetição de idéias alheias.
Gostaria que alguém me ensinasse a perceber algum valor nestas obras, por enquanto continuo pensando que estes "artistas" são muito mais oportunistas do que qualquer outra coisa.
Bjs
São tantos os pontos de vista, a partir dos quais se pode "dizer sobre a arte" manifesta na atualidade, que de fato, a dispersão é quase uma consequencia imediata, gerando por sua vez a indiferença. Ambas, dispersão e indiferença, por sinal, que caracterizam a contemporaneidade em sua gloriosa medíocridade, aclamada num bizarro show de horrores "midiáticos", encobertos e justificados sob o álibi econômico de que "de outro modo haveria prejuízos", afinal a grande maioria foi educada para consumir lixo; e ainda, de outro lado, pelo discurso, igualmente medíocre, de que este é o mais puro exercício da "democracia", estado totalitário no qual todos temos o direito a vomitar e requerer aplausos - há inclusive consultorias especializadas neste tipo de happening, amplamente utilizadas pela elite econômica.
ResponderExcluirEnfim...talvez fosse o caso de se assentir com Hegel, admitir a morte da arte, mas, a verdade é que acoisa não é tão simples assim. A questão está mais para a indústria cultural mesmo - Adorno estava certíssimo: primeiro se fará o produto para os medíocres, e depois eles próprios o produzirão.
Mas, há ainda uma consolação mística, a de que na expressão deste "cosmo" manifesto no lambuzar telas está o (ainda)inefável, porém, essencial e verdadeiro destino humano, qual seja, a pura desintegração da individualidade numa coversão de todas as experiência para um só instante de plenitude, eterno e imutável...porém...indefinível e, portanto, inefável!
Diante desta triste realidade, seja qual for a noção que dela tenhamos, o "fato artístico", ao menos no que concerne às consagradas "vanguardas", às "instalações" (não seriam cenários?),às infinitas camadas de todo tipo de material sobre... (...talvez tela?)e similares...é que não há mais espaço para o sentimento, ao menos aqueles que eram conhecidos - amor, ódio, angústia, devoção...Daí considerar isto tudo realmente triste, muito mesmo, porque, se não há mais espaço na arte, ao menos, para a manifestação de sentimentos conhecidos por todos, então o que morreu não foi a arte...fomos todos nós.
carìssimo maca ,estou contigo .......este cara é um preguiçoso; veja bem ,mesmo o mais ( se é que existe ) simples ,ou menos sofisticado dos trabalhos do chagall tem
ResponderExcluirtoda uma carga mística e uma execução primorosa tècnicamente.
abraços e beijos
Roc
Cada um expressa a arte de sua forma. Agora, na contemporaineidade, estamos sem distanciamento suficiente para uma posição exata sobre as expressões de arte. Por tanto, uma expressão que começa desde os anos 1960 e vem, e as vezes continua num visual parecido ainda nos anos 2010, nao quer dizer "oportunismo", convenhamos. Uma experiencia e vivencia de um artista com 50 anos de atuação, perpetuando sua arte, nos faz pensar sim na arte contemporanea. Ele viveu os dois períodos, e ainda acreditam que seja oportunimo? Jogada de marketing? Veja bem!
ResponderExcluirCom reconhecimento até hoje, com certeza ainda temos historias pra escutar/ver e refletir sobre sobre essa jornada incessante.
Conhecer a trajetoria do artista as vezes tambem faz bem para entender sua referencias, suas reflexoes, suas viagens e experiencias.
Discutir sobre Arte é muito bom, mas com embasamento.
Abç
Infelizmente, com você não se identificou, não sei como tratá-lo, mas...
ResponderExcluirO objetivo destes comentários é sempre passar aos amigos e leitores deste blog minhas impressões sobre as obras e artistas em cada exposição.
Agora, quanto a esta mostra específica, continuo achando que foram apresentadas manifestações rasteiras, que nunca poderão ser chamadas de arte.
Penso que não preciso de embasamentos maiores para perceber que aquilo tudo é muito feio;acho também muito arriscado compartimentar ou rotular as formas de expressão artísticas em clássica, contemporânea, vanguarda, etc.
Da arte gostamos ou não, e esta passou longe de me agradar.
Quanto aos 50 anos de carreira, vale o velho ditado, “Voce pode enganar muitos por pouco tempo, ou enganar poucos por muito tempo..mas não pode enganar todos o tempo todo”.
Abraços, e seja sempre muito bem vindo com seus comentários, que em muito enriquecem o debate.
Macário, convivi em Natal com artistas da geração de Aguilar e tentei compreender um pouco dessa arte, que acho, muito difícil, hermética, conceitual. Teríamos, se não fosse arte, de conversar com o artista para compreender o tema tratado. Mesmo assim, tento compreender cada estilo, pois não passam de expressões individuais, de percepções de mundo diferentes ou igauais às nossas. Quase enlouqueço querendo compreender Guaraci Gabriel e J. Medeiros (ambos artistas contemporâneos de Natal). Consegui, entretanto, fiquei com a minha percepção. A deles, como a de Aguilar, é bastante sofisticada, mental e trabalhada com muita razão, concretude.
ResponderExcluir