MARIKO MORI – ONENESS
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL SÃO PAULO – 20 DE AGOSTO A 16 DE OUTUBRO DE 2011.
Artista japonesa contemporânea de maior visibilidade no ocidente expõe pela primeira vez no Brasil
*Exposição apresenta obras de grandes dimensões como Wave Ufo, que pesa mais de seis toneladas
*Um passeio pela trajetória da artista, desde seus primeiros trabalhos até os mais atuais, como Transcircle
A arte pode dividir com a tecnologia eletrônica, a religião e a fotografia de moda a capacidade dar forma aos sonhos, fantasias e desejos da humanidade. Este é o pensamento que norteia o trabalho de Mariko Mori, artista japonesa que vive entre Tóquio e Nova York e que é hoje um dos maiores nomes da arte em esfera mundial. Com trabalhos em espaços cultuados como Guggenheim (NY), MoMa (NY), Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, Centro Georges Pompidou (Paris) e outros, Mariko Mori expõe pela primeira vez no Brasil. Promovida pelo Banco do Brasil, a mostra MARIKO MORI / ONENESS, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, poderá ser vista até 16 de outubro.
Mariko Mori utiliza o design e a arte de vanguarda para compor elementos de engenharia de ponta, interativos e de forte impacto físico e visual. A exposição apresenta dez trabalhos de alta complexidade tecnológica, que ocuparão todos os espaços expositivos do CCBB São Paulo. São obras de grande escala, como Wave Ufo, um interessantíssimo objeto híbrido, máquina e escultura ao mesmo tempo, com uma espécie de cápsula capaz de acolher três visitantes por vez e que funde, em tempo real, computação gráfica, ondas cerebrais, som e uma engenharia arquitetônica para criar uma experiência interativa dinâmica. A obra se renova incessantemente; nunca é a mesma.
Há ainda o trabalho que dá nome à exposição, Oneness, que apresenta um círculo de seis figuras confeccionadas em technogel (material novo, que fica entre o sólido e o líquido), medindo
A vinda da exposição ONENESS ao Brasil é uma iniciativa do Grupo AG, sob coordenação e curadoria de Nicola Goretti.
POESIA E ESTÉTICA
Mariko Mori inspira-se no conceito budista de que todas as coisas do universo estão conectadas. Seu trabalho contempla mundos fantásticos e seres espetaculares em fotografias e vídeos que parecem surpreendentemente reais. “Tento fazer de meu trabalho uma espécie de oferta”, disse a artista. A arte de Mori recontextualiza figuras do passado, mesclando temas aparentemente opostos como religião e ciência, natureza e cultura, passado e futuro. Poesia e estética revolucionando aspectos do pensamento cultural, moderno e globalizado.
Segundo já declarou, Mori acredita que um artista tem um ponto de vista diferente da visão convencional: “Um artista vê o mundo, olha para o momento presente, com um ponto de vista especial. Minha missão é expressar o que vejo no meu campo de visão”, disse. E afirmou: “Tenho que criar o mundo para poder respirar no mundo; eu não existo se não crio”.
Os trabalhos de Mariko Mori fundem arte e tecnologia, Budismo e a idéia de uma consciência espiritual universal. Desenhando antigos rituais e símbolos, Mori usa tecnologia de ponta e materiais de última geração para criar uma visão bela e surpreendente do século XXI.
A ARTISTA
Mariko Mori é uma artista de renome internacional cuja obra tem sido adquirida por
museus e colecionadores privados de todo o mundo. Educada em Tóquio, Londres e Nova York, Mori ganhou reconhecimento por sua instalação interativa, WAVE UFO, que foi apresentada pela primeira vez no Kunsthaus Bregenz, na Áustria, em
As mais recentes esculturas de grande escala da artista, Tom na Hiu (2006) e Opal Planta (2009), também contêm elementos que interagem com o ambiente. O próximo projeto da artista, Primal Rhythm, é uma instalação monumental permanente concebida e planejada com forte vínculo com a paisagem da baía de Seven Light, da ilha de Miyako,
As monumentais instalações de Mariko Mori têm sido expostas em todo o mundo, incluindo Museu de Arte Contemporânea de Tóquio; Centro Georges Pompidou, em Paris; Prada Fundação, Milão; Museu de Arte do Brooklyn, Nova York; Museu de Arte Contemporânea de Chicago; Serpentine Gallery, Londres; Museu de Dallas; Los Angeles Museu de Arte. Suas obras estão em coleções do Museu Guggenheim, Nova York; Centro Georges Pompidou, Paris; Prada Fundação, Milão; Museu de Arte Contemporânea de Chicago, Museu de Israel, Jerusalém, Los Angeles Museu de Arte do Condado; Centro de Arte Pinchuk, Kiev; Aros de Aarhus Kunstmuseum, Dinamarca; Museu de Arte Moderna de Nova York.
Mori recebeu vários prêmios, entre eles a prestigiada Menção Honrosa da 47ª Bienal de Veneza, em 1997, e o 8º Prêmio Anual como artista e pesquisadora no campo da arte contemporânea japonesa, em 2001, da Fundação de Artes Culturais do Japão. Atualmente, Mori está radicada
OBRAS EXPOSTAS
WAVE UFO – 1999/2002
Acervo: Victor Pinchuk Foundation
Dimensão: 493 x 1134 x
Peso:
Material: Brainwave interface, Vision Dome, Projeção, Sistema de computação, fibra de vidro, Technogel®, acrílico, fibra de carbono e alumínio
ONENESS – 2003
Acervo: Victor Pinchuk Foundation
Dimensão de cada figura: 135 x 75,6 x
Material: Technogel®, acrílico, molde de aluminínio e magnésio
TRANSCIRCLE
Acervo: SCAI
Dimensão de cada estátua: 110 x 56 x
Marterial: Corian Stone, LED, control system
Base de Madeira: produzida no Brasil
Material da base: White pea gravel, mármore de Carrara
EMPTY DREAM – 1995 (2010 copy)
Acervo: Mariko Mori Studio
Dimensão: 732 x
Material: Cibachrome Print with glass interlayer
ALAYA DRAWINGS – 1998 (33 trabalhos)
Acervo: Prada Foundation
Dimensão: cada desenho: 37 x
MIRACLE – 2001
Acervo: Koyanagi Gallery
Dimensão: cada elemento:
Peso:
Material: Cibachromes, diachronic Glass, cristais de sal, 33 bolas de gude, bolas de cristal
WAVE UFO MODEL– 2002
Acervo: Deitch Gallery
Dimensão: 40.6 x 40.6 x
Base: elíptico
Material: Lucite
DREAM TEMPLE DOC
Acervo: Mariko Mori Studio
Material: Vídeo
MIKO NO INORI VIDEO
Acervo: Deitch Gallery
Material: Vídeo
KUMANO VIDEO
Acervo: Mariko Mori Studio
Material: Vídeo
MARIKO MORI - ONENESS Data: 20 de agosto a 16 de outubro de 2011 Local: Centro Cultural do Banco do Brasil São Paulo Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo (próximo às estações Sé e São Bento do Metrô) Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652 Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h ENTRADA FRANCA www.bb.com.br/cultura www.facebook.com/ccbbsp Assessoria de Imprensa CCBB SP: Alexandre Yokoi – (11) 3113-3613 – alexandreyokoi@bb.com.br Eduardo Vasconcelos – (11) 3113-3628 – eudu@bb.com.br |
Em 1991, a filósofa Donna Haraway escreveu o “Manifesto Ciborgue”, apontando uma das características da modernidade: a relação íntima entre seres humanos e máquinas. Na época, pensar em corpos híbridos de máquina e carne era ficção científica.
ResponderExcluirHoje, a ciborguização (KUNZRU) é realidade. Acostumamo-nos ao uso da tecnologia para restaurar (prótese robóticas de pernas), para reconfigurar (silicone para modelar corpos) e para melhorar (tênis que aumentam a performance dos maratonistas).
A “mecanização e eletrificação do humano” e “a humanização e subjetivação da máquina” (TADEU) impõem a necessidade de pensarmos sobre (novos) processos de subjetivação.
A subjetividade pode ser entendida como “um molde para as experiências individuais” que condensa ou sedimenta “processos que podem ser biológicos, psíquicos, sociais, culturais, etc.” (MEZAN). Desse modo, modificações radicais produzidas no contexto sociocultural pelo avanço da tecnologia e a ubiqüidade das máquinas exigem saberes sobre esse sujeito que aparece nos consultórios, nas escolas, nas empresas, e povoa o mundo.