Uma grande ideia do curador em buscar nas obras de outros artistas pontos em comum, correspondentes.
Com obras de artistas de diversas escolas, dispostas conforme algum ponto em comum ou semelhante como as cores, formas, relevos e soluções de disposições dos temas dentro dos trabalhos.
A longevidade produtiva de Tomie Ohtake permite seu diálogo com artistas de várias gerações, mostrando assim seu ecletismo e inquietação, não se prendendo sempre ao mesmo estilo, inovando e se renovando sempre.
Rai das Cores - Caetano Veloso
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
Cildo Meireles - Épuras Absurdas 2B, PB, 1991 Pintura, 120 x 160 cm, Coleção particular
Paulo Pasta, MIssa sem Deus, 2009, óleo s/ tela 240 x 300 cm 2011 Edouard Fraipon
Tomie Ohtake - Sem título, 1994 170 x 170 cm
Tomie Ohtake - Sem título, 1978 100 x 100 cm
Tomie Ohtake - Sem título,1996, 150 x 150 cm
Tomie Ohtake - Sem título 2000 130 x 130 cm
TOMIE
OHTAKE – CORRESPONDÊNCIAS
Abertura:
6 de fevereiro, às 20h – 24 de março de 2013
A
primeira das três exposições que o Instituto Tomie Ohtake prepara para
comemorar, em 2013, o centenário da artista que lhe dá o nome, estabelece
relações de aproximação e contraposição entre a sua produção desde 1956 até 2013
e obras de artistas contemporâneos, de Mira Schendel e Hércules Barsotti a Lia Chaia e Camila Sposati, passando por Cildo Meireles e Nuno Ramos, entre
outros.
Com
curadoria de Agnaldo Farias e Paulo Miyada, a mostra aponta intersecções entre
os campos de interesse do trabalho pictórico, como a cor, o gesto e a textura.
Segundo os curadores, a partir destes núcleos revelam-se temas e sensações
inesperados, tanto na obra de Tomie Ohtake, como na de seus
interlocutores.
“Partindo do gesto, por exemplo, somos conduzidos pelas linhas curvas das esculturas de aço pintado de branco de Ohtake, que atravessam o espaço e lhe imprimem movimento, as quais se encontram com a linha inefável dos desenhos Waltercio Caldas e a linha espacial composta pelo acúmulo de notas de dinheiro de Jac Leirner”, explicam.
Ressalta
também a dupla de curadores, que a curvatura do gesto das mãos de Tomie
anuncia-se nos indícios da circularidade presentes em suas primeiras telas
abstratas produzidas na década de 1950 e culmina no círculo completo e na
espiral, formas recorrentes nas últimas três décadas de sua produção. Esse
percurso é apresentado em companhia de obras que extravasam o interesse
construtivo da forma circular, procurando relações com o corpo do artista e com
estratégias de ocupação do espaço, como nas obras de Lia Chaia, Carla Chaim e Cadu.
Uma vez que se forma o círculo, discute-se a cor, pele que corporifica toda a produção de Tomie e fundamental aos artistas que são apresentados nesse grupo. “De contrastes improváveis a variáveis que demonstram a profundidade latente em um simples quadro monocromático, exemplos de pinturas dos anos 1970 figuram lado a lado com obras recentes de Tomie e com telas de especial sutileza na produção de artistas como Alfredo Volpi, Paulo Pasta e Dudi Maia Rosa”, destacam os curadores. Segundo eles, em Tomie, a cor é sempre realizada por meio da textura e da materialidade da imagem, que foi deixada a nu em suas "pinturas cegas" do final da década de 1950 e, desde então, nunca se recolheu, mesmo em telas feitas com delicadas camadas de tinta acrílica.
Completa
o pensamento curatorial a tese de que há uma longa linha de experimentos que
desfazem a ilusão da neutralidade do suporte da imagem pictórica, a qual se
inicia muito antes das colagens cubistas e possui um momento decisivo nas
iniciativas que ousaram liberar-se do verniz em parte de algumas pinturas
realizadas no século XIX. “Essa linha de experimentos tem em Tomie uma
pesquisadora aplicada, que pode reunir em torno de si figuras tão distintas como
Flavio-Shiró, Arcangelo Ianelli, Nuno Ramos, Carlos Fajardo e José Resende”.
Em
agosto, os estudos de Tomie – desenhos, projetos de esculturas, colagens etc –
serão tema da próxima mostra comemorativa de seu centenário (21 de novembro de
2013). Já no mês em que a artista completa 100 anos, o Instituto inaugura uma
grande exposição, “Gesto e Razão Geométrica”, com curadoria de Paulo Herkenhoff
e lança um novo livro sobre a obra pública de Tomie.
No
mês de fevereiro ainda será inaugurada no dia 23 (23 de fevereiro a 23 de março), na
Galeria Nara Roesler, uma individual
da artista, também com curadoria de Agnaldo Farias, apresentando esculturas
recentes e sua nova série de pinturas (2012/2013). “Nossa grande artista
apresenta duas sereis inéditas de pinturas monocromáticas, uma demonstração da
sua maestria em expandir as cores trabalhando-as em profundidade, criando
atmosferas luminosas ou ensombrecidas”, afirma o curador.
Exposição: Tomie Ohtake –
Correspondências
Abertura para convidados:
06 de fevereiro, às 20h
Até
24 de março de 2013
De
terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie
Ohtake
Av.
Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP
Fone:
11.2245-1900
Informações à
Imprensa
Pool de Comunicação –
Marcy Junqueira
Martim Pelisson
Fone:
11.3032-1599
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