Artista de uma incomparável competência em que usando técnicas apuradas de desenho, consegue nos trazer imagens bastante instigantes.
As cena mostradas possuem um rigor formal difícil de ser visto em trabalhos contemporâneos, parece que alguns "artistas" modernos padecem de uma preguiça ou mesmo de desleixo crônicos, se dando mais valor do que merecem.
Misturando temas do nosso folclore e do candomblé, juntamente com o realismo fantástico produz trabalhos que encantam.
Apesar de haver um auto retrato, primeira imagem abaixo, percebi que em algumas outras pinturas as fisionomias eram do próprio artista, como na terceira imagem.
O uso da tinta acrílica permite uma maior precisão dos traços, conseguindo realçar detalhes delicados, quase filigranas. Mas também tornam as telas planas, chapadas, bi-dimensionais, sem volume, coisa que da qual, sinto falta.
Canto de Ossanha - Vinícius de Moraes e Baden Powel
Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da galeria.
TRANSARTE
Novo espaço ao lado do Parque Trianon
é inaugurado com obras do artista residente Timothy Cummings
Abertura Convidados: 18 de setembro,
às 19h
Visitação De 19 de setembro a 19 de
dezembro
Local para realizar
ações expositivas, receber artistas residentes, promover obras sem referência
local, que desafiem temáticas e os limites da representação, assim é o
Transarte, novo espaço paulistano concebido por Lena Peres
Oliveira. Para inaugurá-lo, apresenta o norte-americano Timothy Cummings que,
depois de mais de um ano de Brasil, produziu as cerca de 20 obras reunidas na
mostra, com texto de apresentação de Jorge Colli. São pinturas em acrílico sobre
madeira e obras em papel – intervenções em impressões na técnica digital
print.
A obra de Cummings é
referencial ao projeto que busca oxigenar o circuito artístico. A definição do
artista, pela revista inglesa Rooms, dá uma pista da liberdade que o espaço
pretende abrir ao introduzir novas possibilidades às narrativas contemporâneas:
“Pintor, cineasta, escultor, mas, acima de tudo, artista autodidata com foco
claro na agenda de coisas vivas estranhas e misteriosas. Temas cativantes como a
infância, o macabro, a beleza e a decadência são explorados em sua obra por uma
densa camada de fascinação e loucura”.
Lena Peres Oliveira
conheceu o artista durante os seis anos em que trabalhou na galeria Catherine
Clark que o representa em São Francisco. “Uma das questões que Timothy trata
em sua obra é a de “gender” - gênero e também este é um dos temas que a
Transarte está interessada, por isso sou entusiasta desde local em que
estamos, tão próximo ao Trianon, diz a mentora do projeto.
Para Jorge Colli, a arte
de Cummings que já foi remetida ao surrealismo, rompe qualquer classificação ao
tratar de memória vivida e imaginada e memória fantástica. “Timothy Cummings
consagrou sua vida a desenhar, pintar, numa respiração que mistura memória e
devaneio, imagem e imaginação”, afirma o crítico. Segundo ele, ainda, a
inocência é uma chave para se entrar na obra do artista, uma inocência nunca
perdida, mas contrariada e poeticamente dolorosa. “Poesia da forma, poesia da
imagem, doçura vazia dos olhares, elegância dos gestos, sugestão ambígua dos
corpos, em que a sexualidade, como nos tempos da infância, abole a fronteira
entre os sexos e instaura um clima erótico perturbador, prenhe de um
decadentismo seguro de si: seguro de si pela própria inocência, verdadeira,
essencial”, completa.
Sobre Timothy
Cummings (Albuquerque, New Mexico,
1970)
Artista autodidata cuja
narrativa e pinturas são primorosamente criadas de tal forma a desafiar sua
falta de treinamento formal. A temática de sua obra normalmente consiste em
crianças e adolescentes presos no mundo dos adultos e lutando com questões como
sexualidade e orientação sexual. Representado pelas Galerias Catharine Clark na
Califórnia e Nancy Hoffman em Nova Iorque , seus trabalhos participaram de
exposições pelos Estados Unidos incluindo a San Francisco State University, o
Yerba Buena Center for the Arts e a Galeria LACE, na Califórnia; The Art Museum
e a Florida International University, em Miami.
Sobre Maria Helena
Peres Oliveira (São
Paulo, 1960)
Formada em Química, foi
docente e trabalhou em publicidade até o final da década de 80, quando se
estabeleceu em São
Francisco (EUA) onde completou seus estudos com mestrados em
“Marketing” e “Arts Administration”. Neste mesmo período foi assistente de
pesquisa de perfil de público do diretor de marketing do San Francisco Modern
Art Museum (SFMOMA). Respondeu também pelo departamento de merchandising da San
Francisco Opera House, gerenciou a galeria de arte contemporânea Catharine Clark
Gallery e supervisionou a comunicação da San Francisco Art Dealers
Association.
Retornou ao Brasil em
2002, quando se dedicou à produção e coordenação de exposições nacionais (CCBB,
Pinacoteca, Memorial da América latina e MON de Curitiba) e internacionais a
convite do Itamaraty na Índia, Inglaterra e Bélgica, e em instituições como o
Circolo de Bellas Artes de Madrid (Espanha), e a Maison de L’Amerique Latine em
Paris (França). É mestranda na área de Bens Culturais da
FGV.
Serviço:
Transarte
Exposição inaugural: Timothy
Cummings
Abertura: 18 de
setembro, às 19hs
Visitação: de 19 de
setembro a 19 de dezembro de 2013
Horário de
funcionamento: terça a sexta, das 13h às 20h; Sábado, das 13h às
17h.
Endereço: Al. Santos, n°
1518 (em frente ao Parque Trianon). Estacionamento subterrâneo no parque, e 2
vagas privativas na frente.
Fone:9.8462-3434 |
3148-1815
Informações à
Imprensa
Pool de
Comunicação
Contatos: Marcy
Junqueira e Martim Pelisson
Fone: 11.
3032-1599
marcy@pooldecomunciacao.com.br
/ martim@pooldecomunicacao.com.br
Concordo com voce, Macário, quando diz que o capricho das pinturas do Timmothy são difíceis de se ver nos artistas hoje em dia. gostei muito da obra dele, das cores, das diferentes expressões e do capricho na pintura, cheia de lindas rendas e filigranas. Fiquei feliz de ter ido a essa exposição!
ResponderExcluirAh! Gostei da música que você escolheu para esse post! Bjs,
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