São Paulo recebe mais uma grande exposição de obras de Pablo Picasso, recorrente em nossos museus. O artista pela sua importância nos proporciona sempre novidades.
Meu primeiro contato com a obra de Picasso foi uma reprodução feita por minha mãe de uma das suas obras icônicas do cubismo, imagino que eu teria uns oito anos, o quadro era muito bem feito e guardava os matizes do original. Que pena ela tenha se perdido sob minha guarda em alguma mudança, a teria hoje em destaque.
Mas voltando ao assunto, essa será para nós a definitiva pois prova aos céticos que Picasso foi um artista completo que sabia desenhar e pintar como um mestre, dito em sua mais celebre frase:
- "Quando eu tinha 15 anos sabia desenhar como Rafael, mas precisei uma vida inteira para aprender a desenhar como as crianças"
Multifacetado, exercendo seu mister em várias formas de expressão, como a pintura, escultura, cerâmica e figurinista como na criação dos trajes do balé de Igor Stravinsky, com os croquis mostrados nesta exposição.
Podemos perceber a simbiose entre todos os grandes artista do século XX, onde influenciam e são influenciados por seus pares como vasos comunicantes ou como por osmose.
Hoje o Instituto Tomie Ohtake emparelha com o Centro Cultural do Banco do Brasil como os maiores difusores de cultura do país. Obrigado aos seus curadores e mantenedores.Sempre um lindo passeio.
Pulcinella Suite - VII. Vivo - Stravinsky Conducts Stravinsk
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
Picasso
Portrait d'homme, 1903
© RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris),
© Succession Picasso, 2015
Pablo Picasso
(1881-1973)
Autoportrait
Self-portrait
Paris, automne 1906
Huile sur toile,
65 x 54 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP8
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Ojéda René-Gabriel
©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo Picasso
(1881-1973)
Homme à la
guitare
Man with
a Guitar
Huile sur toile,
154 x 77,5 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP34
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Ojéda René-Gabriel
©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo Picasso (1881-1973)
Guitare
Guitar
Paris, 1924
Tôle découpée et pliée, boîte en fer blanc et fil de fer peints, 111 x 63,5 x 26,6 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP260
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Hatala Béatrice
©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo Picasso
(1881-1973)
Deux femmes
courant sur la plage (La course)
Two
Women running on the Beach (The Race)
Dinard, été 1922
Gouache sur contreplaqué, 32,5 x 41,1 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP78
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Berizzi Jean-Gilles
©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo Picasso
(1881-1973)
Buste d’homme
(étude pour « Les Demoiselles d’Avignon »)
Paris, printemps 1907
Huile sur toile,
56 x 46,5 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP14
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Ojéda René-Gabriel
©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo Picasso
(1881-1973)
Joueurs de
ballon sur la plage
Ball
Players on the Beach
Dinard, 15 août 1928
Huile sur toile,
24 x 34,9 cm
Musée national Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP109
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Ojéda René-Gabriel ©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
Pablo
Picasso (1881-1973)
Le
Baiser
The Kiss
Mougins, 26 octobre 1969
Huile sur toile,
97 x 130 cm
Musée national
Picasso-Paris
Dation Pablo Picasso, 1979. MP220
©
RMN-Grand Palais (Musée national Picasso-Paris) / Berizzi Jean-Gilles ©
Succession Picasso, 2015
© Succession Pablo Picasso / AUTVIS, Brasil,
2016.
INSTITUTO
TOMIE OHTAKE
APRESENTA
Picasso:
mão erudita, olho selvagem
Abertura:
21 de maio (convidados), das 11h às 18h
Visitação:
de 22 de maio a 14 de agosto de 2016
Com
um vasto volume de trabalhos do artista espanhol, pertencente ao Musée National
Picasso-Paris, a potente exposição organizada pelo Instituto Tomie Ohtake traz
peças que guardam uma relação muito particular de Picasso com a sua obra, já que
foram selecionadas e mantidas por ele ao longo de sua vida. Estas obras que
viveram ao seu lado integram agora a coleção do museu francês cujo acervo
picassiano é um dos mais importantes do mundo, proveniente principalmente de
duas doações sucessivas efetuadas pelos herdeiros do pintor em 1979 e 1990.
Apenas dois dos trabalhos apresentados na mostra vieram originalmente do acervo
de Dora Maar, adquiridos posteriormente pelo museu.
Picasso:
mão erudita, olho selvagem,
com curadoria de Emilia Philippot, curadora também do Musée National
Picasso-Paris, é composta por 153 peças, sendo a grande maioria inédita no
Brasil, que traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que
seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos
de produção. São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 pinturas, 42 desenhos, 20
esculturas e 20 gravuras –, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers
realizados em parceria com Picasso. Completam a mostra, 12 fotografias de
autoria de Dora Maar, três de Pierre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus
processos de realização. “Escolhemos aproveitar o caráter específico da
coleção para esboçar um retrato do artista que questiona sua relação com a
criação, entre fabricação e concepção, implantação e pensamento, mão e olho “,
destaca Philippot.
Conforme
afirma a curadora, a exposição fundamenta-se na relação especial mantida pelo
artista com suas próprias obras. “Esta ligação íntima e pessoal, que irriga toda
a produção de Picasso, transparece de forma diferente de acordo com os vários
períodos: retratos íntimos da mãe do artista ou de seu primeiro filho, Paul,
celebração apaixonada da sensualidade feminina de Maria-Thèrèse Walter,
denúncias intransigentes dos males causados pelos conflitos contemporâneos, da
Guerra Civil Espanhola ou da Ocupação da França pelas tropas alemãs”, destaca
Philippot. Segundo a curadora, ainda, seja qual for o assunto abordado, por
todos os lados se percebe, além das formas, as experiências vividas por Picasso.
“ Os laços afetivos do amante, as dúvidas do homem, as alegrias do pai de
família, os compromissos do cidadão: tudo se introduzia em sua arte”, completa.
A
exposição brasileira sugere um percurso cronológico-temático em dez seções: O
primeiro Picasso. Formação e influências (por volta de 1900); Picasso
exorcista. As senhoritas de Avignon (processo da geometrização das
formas); Picasso cubista. O violão (relação com a música); Picasso
clássico. A máscara da antiguidade (a maternidade, o teatro e a dança);
Picasso surrealista. As banhistas; Picasso engajado. Guernica
(estudos da obra, fotos e foco na apresentação da tela em 1953 no Brasil/ 2ª
Bienal de São Paulo); Picasso na resistência. Interiores e vanitas
(processo de trabalho durante a guerra, vida doméstica e vaidades);
Picasso múltiplo. A alegria da experimentação (da cerâmica ao
fotograma); Picasso trabalhando. O Mistério Picasso (a magia de seu
processo criativo na pintura); e O último Picasso: o triunfo do desejo
(erotismo em todos seus estados).
A
curadora francesa ressalta ainda que, neste percurso, dois projetos fotográficos
de primeira ordem testemunham respectivamente, a realização de Guernica
(reportagem realizada por Dora Maar), e a experiência dos fotogramas realizados
em parceria com André Villers.
Marcam
também a mostra, filmes que permitem ao espectador penetrar no coração da
criação do trabalho do artista. Desta maneira, o Guernica de Alain
Resnais e Robert Hessens (1949) revisita a obra do pintor através do olhar dos
desastres da guerra. Dirigido por Henri-Georges Clouzot, em 1956, Le Mystère
Picasso revela a extraordinária vitalidade de seu processo criativo.
No
Brasil só houve uma outra grande exposição de Picasso, em 2004, na Oca, em São
Paulo, e outros de seus trabalhos foram vistos esparsamente em exposições
coletivas. Portanto, o conjunto numeroso de obras, quase 90% das quais nunca
antes apresentadas no País, em Picasso: mão erudita, olho selvagem é uma
rara oportunidade de o público brasileiro ter um panorama abrangente de sua
obra.
Emilia
Philippot é
diplomada pela École du Louvre e especializada em conservação do
patrimônio pelo Institut National Du Patrimoine (Paris), Emilia Philippot
foi gerente de projeto na Réunion des Musées Nationaux, Paris (2007 e 2009),
onde organizou a exposição Le grand monde d’Andy Warhol, nas Galeries
Nationales Du Grand Palais (2009). Foi responsável pelas coleções de artes
decorativas, artesanato e design industrial no Centre National des Arts
Plastiques (Paris) entre 2010 e 2012, coordenando a exposição Liberty,
Equality and Fraternity, no Wolfsonian Museum (Miami), em
2011.
Responsável
pela segmento de artes gráficas e pinturas do Musée National Picasso-Paris desde
2012, Philippot preparou a reabertura do museu e organizou importantes mostras
como ¡Picasso! L’exposition anniversaire no Musée National Picasso-Paris
(2015); Picasso chez Delacroix no Musée National Eugéne Delacroix (Paris
2015); Miquel Barceló, Sol y Sombra no Musée National Picasso-Paris
(2016) e está concebendo a exposição Histoires d’Olga – Filtres de l’Histoire
auprès de Picasso no Musée National Picasso-Paris prevista para março de
2017.
Pablo
Picasso Biografia/ Musée National Picasso-Paris:
Exposição: Picasso:
mão erudita, olho selvagem
Abertura
convidados, 21 de maio, das 11h às 18h
Visitação: 22 de
maio a 14 de agosto de 2016
De terça a domingo,
das 11h às 20h
R$12,00 e R$6,00
(até 10 anos grátis); às terças grátis;
Compra de
ingressos: www.institutotomieohtake.org.br ou na bilheteria do
Instituto de terça a domingo, das 10h às 19h.
Instituto Tomie
Ohtake
Av. Faria Lima 201
(Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo
- Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
De terça a domingo,
das 11h às 20h
Informações à
Imprensa
Pool de Comunicação
– Marcy Junqueira
Atendimento: Martim
Pelisson e Luana Ferrari
Fone: 11
3032 1599
O Museu Picasso, em Barcelona, abriga obras de várias fases suas. E é justamente com relação à diversidade, que ficamos intrigados com aquela coleção. Há trabalhos de um realismo fenomenal, como o retrato de sua mãe, executado quando ainda era bem jovem, e obras cubistas que nos pescam com um olhar indagador. É essa ousadia de nunca se cansar de experimentar, o que mais me admira no artista.
ResponderExcluirOi José, obrigado pela visitas.
ExcluirSuas intervenções sempre enriquecem a matéria. Abraços.
eu postei alguns trabalhos dele
ExcluirAqui - https://www.flickr.com/photos/146114071@N05/albums/72157674622685600
Aproveite!!!