Quando a vida é uma euforia e também repleta de alegria é o que mostra esta exposição Joana Lira, a responsável pela identidade visual do carnaval de Recife há mais de 10 anos.
Numa explosão de cores, músicas e cenas do carnaval pernambucano que nos levam para dentro da folia. Mesmo quem não gosta de carnaval irá se interessar, pois exuberância desta festa chega a empolgar, mesmo que vista à distância.
Percebi em seus traços uma pequena influência de Romero de Brito, nos traços e cores, mas com uma delicadeza particular que se afasta da fonte e constrói um estilo todo novo e muito agradável.
Um lindo passeio que teve na sua abertura apresentações de danças e ritmos dessa terra que fizeram a maioria dos presentes entrar na festa.
Numa explosão de cores, músicas e cenas do carnaval pernambucano que nos levam para dentro da folia. Mesmo quem não gosta de carnaval irá se interessar, pois exuberância desta festa chega a empolgar, mesmo que vista à distância.
Percebi em seus traços uma pequena influência de Romero de Brito, nos traços e cores, mas com uma delicadeza particular que se afasta da fonte e constrói um estilo todo novo e muito agradável.
Um lindo passeio que teve na sua abertura apresentações de danças e ritmos dessa terra que fizeram a maioria dos presentes entrar na festa.
Alceu Valença - Pelas ruas que andei
Abaixo das imagens, o "press-release" , fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
Instituto Tomie Ohtake
Apresenta
Quando a vida é uma euforia
Exposição de Joana
Lira apresenta o carnaval pernambucano ao público paulistano.
Abertura: 23 de janeiro, às 20h – até 04 de março de 2018
Responsável por imprimir nas ruas de
Recife a identidade visual e a cenografia do carnaval pernambucano ao longo de
dez anos, a artista gráfica Joana Lira apresenta no Instituto Tomie Ohtake o
carnaval pernambucano, ressaltando as manifestações regionais, com um olhar
atual, repleto de resignificados.
Com curadoria de Mamé Shimabukuro, a
mostra promove uma aproximação do visitante com o multifacetado carnaval
pernambucano, transportando o público para aquela que é considerada uma das
maiores festas populares brasileiras. “A mostra busca uma tonalidade
experimental, ao costurar situações imersivas e documentais sobre as histórias
e personagens deste carnaval, refletindo sobre como as representações gráficas
da cultura carnavalesca interagem com os sentimentos e emoções das pessoas”,
afirma a curadora.
Ainda que muito apreciado nacionalmente, o país conhece
pouco a particular diversidade de ritmos, melodias, temas e personagens
contidos no carnaval de Recife. Por isso a exposição, que conta com trilha
sonora de Maurício Badé, é também uma rara oportunidade de o público paulistano
mergulhar nas originais narrativas que desenham o imaginário popular desta cultura
local. Segundo Ricardo Ohtake, o Instituto realiza esta exposição
principalmente pelo projeto exaltar o encontro da arte com a rua. “Joana traduz
com seu vigor criativo as tradicionais invenções do povo edificadas na cultura
brasileira”, completa.
O primeiro núcleo da mostra trata da ideia de
pertencimento, ao trazer conteúdos e registros de manifestações culturais
locais, tais como Frevo, Maracatu Rural, Maracatu Nação e Caboclinhos, além das
propostas de intervenção urbana realizadas pela artista. Já o segundo
favorece a experiência sensorial, apresentando ao visitante a
possibilidade de sentir a pulsação do carnaval por meio de grandes projeções
marcadas pelo som dos vários ritmos locais. Por sua vez, o terceiro núcleo
concentra-se na noção de transcendência, para colocar o espectador dentro da
folia, ao exibir personagens em tamanhos monumentais, as grandes proporções que
sublinham o trabalho de Joana Lira.
“Joana desenvolveu uma
antropologia visual expressa por uma linha preta vazada receptiva, que
possibilita a expansão de formas geométricas e cores vibrantes. Ao mesmo tempo,
estão implícitas e explícitas relações de euforia, alegria e sensualidade
presentes em seu trabalho. Falamos aqui em relações estéticas e de constituição
do sujeito relacionados a cidade de Recife, reconhecendo e revivendo raízes da
cultura além de promover uma nova educação estética pela sensibilização do
olhar”, afirma a curadora.
Entre as manifestações que mantêm viva a tradição do
carnaval pernambucano e alimentam a obra de Joana Lira, destacam-se os maracatus
nação e rural. Enquanto o nação cultua os orixás africanos com cortejos de reis
e rainhas de influências africanas e portuguesas, o rural, de origem indígena, evoca
os caboclos da mata, personagens conhecidos como Caboclos de lança, criação
oriunda dos trabalhadores da cana de açúcar. Com vestes largas, coloridas e
brilhantes, de semblante sóbrio, portam óculos escuros e carregam um cravo
branco na boca. Idealizadores do Mangue beat, entre os quais Chico Science (1966-1997), revisitaram o maracatu e,
ao incorporar as batidas em samplers de guitarras e outros instrumentos, criaram
a síntese do que seria a “música mangue”: um pé na tradição, outro na
modernidade.
Igualmente realçado na obra da artista
está o consagrado Frevo, no qual a música e a dança foram espontaneamente concebidas
pelo povo a partir da mistura de marchas militares e de capoeira, em 1907,
período em que se consolidava o carnaval de rua, em Recife. É ao som do frevo
que o Galo da Madrugada, bloco que, ao reunir mais de um milhão de pessoas,
consagrou-se no livro dos recordes como o maior bloco de carnaval do mundo. Entre
as referências há, ainda, os Caboclinhos, grupos inspirados em tribos
indígenas, como Caetés, Carijos, Tapuias, Tumpinambás, Tupirapes, Taperaguases.
Joana Lira é artista gráfica
pernambucana. Seus trabalhos mais conhecidos estão aplicados em produtos e
materiais de comunicação para clientes como ONU, L´Occitane, Banco do Brasil,
Folha de São Paulo, AMBEV, Alpargatas, Consul, Canal Futura, TOK & STOK,
Unilever, SESC Pompéia, Prefeitura do Recife e Governo do Estado de São Paulo.
Realizou as exposições individuais Bichos Aloprados (Recife, 1997) e Quando
Tudo Explode (São Paulo, 2017). Participou de exibições coletivas como Design
Brasileiro Hoje: Fronteiras, no MAM (São Paulo, 2010), Design para Todos,
na V Bienal Brasileira de Design (Florianópolis, 2015), Aparelhamento, na
FUNARTE (São Paulo, 2016). Em 2009, foi premiada pelo Pearl Awards, em Nova
York, na categoria Best Use of Ilustration, com a ilustração de capa da revista
Audi (editora Trip). Em 2015, teve quatro trabalhos selecionados na 11ª Bienal
Brasileira de Design Gráfico, na qual recebeu troféu de destaque. Em 2016,
Joana foi convidada para participar da 5ª Bienal Iberoamericana de Diseño, em
Madri, com a estampa Casario, criada para linha de produtos da Tok&Stok.
Ainda em 2015 e em 2016, recebeu junto com a equipe da L´Occitane au Brésil o
primeiro lugar no Prêmio ABRE, da Associação Brasileira de Embalagem
respectivamente com as linhas Olinda e Água de Coco. Durante 10 anos criou e
desenvolveu o projeto de cenografia e identidade visual do carnaval do Recife.
Este trabalho lhe rendeu participação em diversas exposições nacionais e
internacionais, como a mostra sobre Arte e Cidade no Designmai
(Alemanha, 2006), a Expo Xangai (China, 2010), a Samba Etc. no
Musée International du Carnaval et du Masque Bélgica, 2011) e a Carna Vale,
sobre o imaginário brasileiro na cultura brasileira (São Paulo, 2015). Vive e
trabalha em São Paulo desde 1999.
Mamé Shimabukuro, paulistana. Estudou Interior Construction na Parson’s School e
Lighting Design na School of Visual Arts em New York, em 1992. No momento cursa Ciências
Sociais na PUC-SP como estrutura para o seu trabalho de curadora. Trabalhou
durante 18 anos com arquitetura de interiores e branding. Realizou, como
curadora e produtora, algumas exposições individuais de artistas plásticos como
Lucio Carvalho, Renato Imbroisi, Danilo Blanco, Guilherme Leme entre outros. Em
2014, foi uma das 20 curadoras do primeiro laboratório de curadoria do MAM sob
coordenação do curador Felipe Chaimovich, um Projeto de Curadoria Coletiva, que
originou a exposição #140 caracteres.
No mesmo ano, idealizou o Trans Forma
Ação, um projeto que visa, através de happenings nas ruas, acionar o
sensível da relação inerente entre os cidadãos e a cidade que habitam.
Atualmente está envolvida com o roteiro e direção do documentário Minha Sorte é o Olho que eu Tenho,
apresentando uma grande coleção de arte popular que contrapõe o erudito e o
popular.
Exposição: Quando a vida é uma euforia
Abertura: 23 de janeiro de 2018, às 20h
Até 04 de março de 2018 - grátis
De terça a domingo, das 11h às 20h
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 - Complexo Aché Cultural
(Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP –
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
Informações à Imprensa
Pool de Comunicação - Marcy Junqueira
Fone: 11 3032-1599
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