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quarta-feira, 14 de março de 2018

Chichico Alkmim, fotógrafo

Finalmente o IMS nos brinda com uma grande mostra de uma das magníficas coleções de seu acervo. Não me lembro, desde a inauguração de sua nova e linda sede paulistana de um evento como esse.

Penso que a instituição devesse reservar pelo menos um de seus imensos salões aos seus tesouros, nos possibilitando assim, além da apreciação de magníficas fotografias, conhecer como eram os usos, costumes, construções e a vida em épocas remotas de nossa história.

A restauração e novas ampliações dos negativos sob a responsabilidade do IMS revelam um esplendor de, às vezes, tirar o folego.

Esta mostra nos traz trabalhos de Chichico Alkmim, feitos em Diamantina, de fotos de estúdio e registros externos que nos mostram bem a vida naquela época.

Como sempre um lindo passeio a um lugar que rapidamente se transformou em referência na vida cultural paulistana.

Como acompanhamento, Brejeiro de Ernesto Nazareth, que faz parte da instalação interativa da mostra com gravações de época.




Brejeiro - Arthur Moreira Lima - Ernesto Nazareth

Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do IMS.












Exposição no IMS Paulista mostra Minas Gerais do começo do século XX nas fotografias de Chichico Alkmim


Após o sucesso no IMS Rio, o Instituto Moreira Salles de São Paulo inaugura, no próximo dia 23 de janeiro, a exposição Chichico Alkmim, fotógrafo. Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta e consultor de literatura do IMS, a mostra apresenta cerca de 300 imagens produzidas pelo fotógrafo mineiro na primeira metade do século XX. Por ocasião da abertura, no dia 23, às 19h30, acontece uma visita guiada com o curador.

Francisco Augusto Alkmim (1886-1978) estabeleceu-se em Diamantina depois de viajar por Minas Gerais vendendo joias com seu pai. Ao chegar, encontrou uma cidade que já se distanciava dos dias de glória do período da farta exploração de diamantes. Chichico registrou as mudanças nesse universo, que flutuava entre a modernização e a tradição, fotografando a paisagem e seus habitantes. Sua atividade chegou até meados dos anos 1950.

Ao contrário de muitos fotógrafos com estúdios pelo interior do Brasil nesse período, Chichico nunca se limitou a retratar apenas a burguesia diamantinense. Teve como frequentadores de seu estúdio os trabalhadores ligados ao pequeno garimpo, ao comércio e à indústria e também fotografou casamentos, batizados, funerais, festas populares e religiosas, paisagens e cenas de rua.

Segundo Eucanaã Ferraz, no texto que abre o catálogo da exposição, “Chichico é daqueles fotógrafos que parecem ter o poder de fazer vir ao primeiro plano a vida de seus modelos. E é patente a densidade existencial que se expressa no conjunto de características físicas que chamamos fisionomia, compreendida como a realização momentânea de um destino.”

A exposição cobre cronologicamente e sintetiza as fases do trabalho do fotógrafo. Além das fotografias, será possível consultar mais de uma centena de negativos de vidro iluminados, que formam uma espécie de vitral, como também objetos originais do laboratório de Chichico e uma máquina de fole semelhante à utilizada pelo fotógrafo.

A intensa vida musical – um dos traços mais marcantes de Diamantina, e também registrado pelo fotógrafo – terá destaque na mostra. Como escreveu Carlos Drummond de Andrade, “entre outras excelências, povo de Diamantina é povo que canta, e isto significa riqueza de coração”. Em Chichico Alkmim, fotógrafo, serão expostos cinco discos 78 rpm, com as obras de Ernesto Nazareth e de Catulo da Paixão Cearense, além dos registros de seresteiros, grupos de jazz, estudantes de música, bandas escolares e militares fotografados por Chichico.

Também por ocasião da abertura, o cinema do IMS fará uma exibição especial de Terra deu, terra come (Brasil, 2010. 88’), de Rodrigo Siqueira, que se passa no quilombo Quartel do Indaiá, em Diamantina, na região onde Chichico Alkmim passou sua infância e juventude. No filme, Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos, comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, que morreu com 120 anos, num ritual em que vêm à tona as raízes africanas de Minas Gerais. O filme será exibido no dia 23 de janeiro, às 18h.

A obra de Chichico Alkmim é composta por mais de cinco mil negativos em vidro e algumas dezenas de fotografias originais de época. Desde 2015, seu acervo está depositado em comodato no Instituto Moreira Salles.

Acompanha a mostra um catálogo organizado pelo curador.



Chichico Alkmim, fotógrafo
ISBN: 978-85-8346-040-4
Páginas: 176
R$ 114,50



Chichico Alkmim, fotógrafo
Curadoria: Eucanaã Ferraz
Abertura: 23 de janeiro, às 19h30, visita guiada com o curador
Visitação: de 24 de janeiro a 15 de abril

Exibição do filme Terra deu, terra come, de Rodrigo Siqueira, ambientado na região de Diamantina, por ocasião da abertura da exposição Chichico Alkmim, fotógrafo.
23 de janeiro, às 18h
Cineteatro
Evento gratuito. Distribuição de senhas 30 minutos antes do evento.

Horário de funcionamento: de terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 10h às 20h. Nas quintas, até as 22h.

IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo
Tel.: 11 2842-9120


Informações para a imprensa IMS:
Bárbara Giacomet de Aguiar – (11) 3371-4490

Giovanna Querido- (11) 3371-4424

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