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quinta-feira, 12 de julho de 2018

HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS

Monumental, esse seria um adjetivo que descreve bem a sensação que temos ao contemplar as belezas das obras dessas exposições, principalmente na parte acadêmica das pinturas, que nos enlevam e nos fazem viajar até as cenas, inserindo-nos nelas como observadores presentes.

As imagens nos lembram toda a brutalidade e tristeza impingidas aos negros, forçados à escravidão e  a uma vida miserável, longe de suas raízes.

Outra constatação que me ocorreu é que a escravidão foi uma praga americana e que não tínhamos o  monopólio da crueldade, apesar de termos sido a última nação a acabar com a escravidão. Talvez por falta de informações, vergonha e sentimento de culpa por esse passado, essa realidade ficava meio etérea em nosso subconsciente.

Todas as obras, tanto de artistas americanos, quanto dos europeus ampliam ou restauram nosso conhecimento dessa chaga da história da humanidade.

Dois lindos passeios que se completam, pois de tão ampla e magnífica foi dividida em duas instalações, no MASP e no Instituto Tomie Ohtake.









Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.









EM INICIATIVA INÉDITA, MASP E INSTITUTO TOMIE OHTAKE ORGANIZAM JUNTOS A EXPOSIÇÃO HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS

  • Mais de 400 obras, cobrindo 5 séculos, com cerca de 210 artistas nacionais e internacionais, de períodos e contextos diversos, ocupam as duas instituições. No Instituto Tomie Ohtake serão duas salas, enquanto o MASP reserva todos os seus espaços expositivos temporários à mostra.

  • Entre os artistas, destacam-se: Aaron Douglas, Abdias do Nascimento, Albert Eckhout, Alma Thomas, Andy Warhol, Antônio Bandeira, Antônio Obá, Archibald Motley Jr., Arthur Bispo do Rosário, Barkley L. Hendricks, Beauford Delaney, Ben Enwonwu, Benny Andrews, Ibrahim Mahama, Cândido Portinari, Carlos Vergara, Carybé, Cícero Dias, Dalton Paula, Djanira da Motta e Silva, Edna Manley, Ellen Gallagher, Emanoel Araujo, Emiliano Di Cavalcanti, Emma Amos, Emory Douglas, Ernest Mancoba, Faith Ringgold, Frans Post, Gerard Sekoto, Glenn Ligon, Hank Willis Thomas, Heitor dos Prazeres, Howardena Pindell, Ibrahim El-Salahi, Jacob Lawrence, Jaime Lauriano, Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Joshua Reynolds, Kara Walker, Loïs Mailou Jones, Lynette Yiadom-Boakye, Maria Auxiliadora da Silva, Marlene Dumas, Mestre Didi, Nina Chanel Abney, Norman Lewis, Paul Cézanne, Paulo Nazareth, Pedro Figari, Pierre Verger, Radcliffe Bailey, Romare Bearden, Rosana Paulino, Rubem Valentim, Sıdney Amaral, Sônia Gomes, Theaster Gates, Théodore Géricault, Titus Kaphar, Toyin Odutola, Uche Okeke e Wilfredo Lam

  • A exposição conta com empréstimos de importantes coleções particulares e instituições do mundo todo, entre elas, Metropolitan Museum, Nova York, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, National Gallery of Art, Washington, Menil Collection, Houston, Galleria degli Uffizi, Florença, Musée du quai Branly, Paris, National Portrait Gallery, Londres, Victoria and Albert Museum, Londres, National Gallery of Denmark (SMK), Copenhague, Museo Nacional de Bellas Artes de La Habana e National Gallery of Jamaica


Ao longo de todo o ano de 2018, o MASP dedica seu programa de exposições e atividades às histórias e narrativas afro-atlânticas. Essas histórias não se referem apenas ao período da escravidão, em que populações africanas foram retiradas à força de seu continente para serem escravizadas nas colônias europeias nas Américas e no Caribe, mas fala, sobretudo, dos “fluxos e refluxos”, usando a famosa expressão de Pierre Verger, entre esses povos atlânticos, desde o século 16 até a contemporaneidade. O ciclo teve início em março, e já apresentou Imagens do Aleijadinho, Maria Auxiliadora da Silva: vida cotidiana, pintura e resistência e Emanoel Araujo, a ancestralidade dos símbolos: África-Brasil. No segundo semestre, exibe individuais de Lucia Laguna, Melvin Edwards, Pedro Figari, Rubem Valentim e Sonia Gomes.

A exposição coletiva Histórias afro-atlânticas reúne, em iniciativa inédita, duas das principais instituições culturais de São Paulo: o MASP e o Instituto Tomie Ohtake. Trata-se, de certa maneira, de um desdobramento da exposição Histórias mestiças, realizada em 2014, no Instituto Tomie Ohtake, por Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, que também assinam a curadoria desta nova mostra, junto com Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador assistente.

Histórias afro-atlânticas apresenta cerca de 400 obras de mais de 200 artistas, tanto do acervo do MASP, quanto de coleções brasileiras e internacionais, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, filmes, vídeos, instalações e fotografias, além de documentos e publicações, de arte africana, europeia, latino e norte-americana, caribenha, entre outras. Os empréstimos foram cedidos por algumas das principais coleções particulares, museus e instituições culturais do mundo. Entre elas, destacam-se: Metropolitan Museum, Nova York, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, National Gallery of Art, Washington, Menil Collection, Houston, Galleria degli Uffizi, Florença, Musée du quai Branly, Paris, National Portrait Gallery, Londres, Victoria and Albert Museum, Londres, National Gallery of Denmark (SMK), Copenhague, Museo Nacional de Bellas Artes de La Habana e National Gallery of Jamaica.

A exposição articula-se em torno de núcleos temáticos, alguns dos quais dialogam com aqueles presentes em Histórias mestiças. No MASP estão os núcleos Mapas e margens; Cotidianos; Ritos e ritmos; Retratos; Modernismos afro-atlânticos; Rotas e transes: Áfricas, Jamaica, Bahia; e no Instituto Tomie Ohtake estão Emancipações; Ativismos e resistências. Em cada núcleo, friccionam-se diferentes movimentos artísticos, geografias, temporalidades e materialidades, sem compromisso cronológico, enciclopédico ou mesmo retrospectivo. Histórias afro-atlânticas busca, assim, oferecer um panorama das múltiplas histórias possíveis acerca das trocas bilaterais – culturais, simbólicas, artísticas, etc. – representadas em imagens vindas da África, da Europa, das Américas e do Caribe.

É importante ressaltar que o Brasil é um território chave nessas histórias, pois recebeu cerca de 46% dos africanos e africanas que, ao longo de mais de 300 anos, foram tirados de seus países para serem escravizados desse lado do Atlântico (número correspondente ao dobro dos portugueses que se estabeleceram no país para colonizá-lo), na maior diáspora da época moderna. O Brasil foi também o último país a abolir oficialmente a escravidão, em 1888, por meio da Lei Áurea, uma medida curta e conservadora (uma vez que não previa a incorporação desta população) que completou 130 anos em maio deste ano.

Histórias afro-atlânticas está organizada de forma independente e não-linear entre as duas instituições, não havendo uma ordem correta ou obrigatória a seguir. Como vimos, no Instituto Tomie Ohtake, há duas salas dedicadas à mostra; no MASP, todos os espaços expositivos temporário estão ocupados pela mostra.


NÚCLEOS MASP

1º andar
MAPAS E MARGENS -- os fluxos afro-atlânticos são apresentados neste núcleo que abre a exposição no MASP e inclui trabalhos que lidam com representações do trânsito entre as margens da África, Américas e Caribe.

COTIDIANOS – este núcleo agrupa representações da vida cotidiana, em diferentes contextos históricos, dos períodos anterior e posterior ao sistema escravocrata, nas Américas, no Caribe e em diversas regiões da África, com trabalhos de artistas de distintas nacionalidades. Está dividido em seções, que abordam temas como mercados, a vida no campo e cenas urbanas.

RITOS E RITMOS – este núcleo conta com representações diversas de festividades e manifestações musicais, como o carnaval, o merengue e o samba, bem como trabalhos que revelam a presença e a influência das religiões de matriz africana, sobretudo da cultural Ioruba, no Brasil, Caribe e Estados Unidos.

RETRATOS -- em oposição às tradicionais pinacotecas de retratos de museus que exibem, em sua grande maioria, apenas a elite e as populações brancas, e masculinas, este núcleo apresenta um vasto conjunto de representações de negros e negras, elaborados por artistas de diferentes nacionalidades e períodos históricos.

1º subsolo
MODERNISMOS AFRO-ATLÂNTICOS --  este núcleo apresenta artistas modernistas africanos, brasileiros, cubanos e norte-americanos que trabalham, sobretudo, com a abstração, tanto geométrica, quanto informal. Ele confronta, portanto, uma visão que costuma vincular essas populações apenas a obras “ditas” populares, e ingênuas.

2º subsolo
ROTAS E TRANSES: ÁFRICAS, JAMAICA, BAHIAeste núcleo reúne representações de transe, religiões, rastafarismos, hipismo e psicodelismo, que informaram um conjunto de obras produzidas a partir de 1960, em trânsito entre Benim, Cuba, Jamaica e diferentes cidades do Brasil.

NÚCLEOS INSTITUTO TOMIE OHTAKE

EMANCIPAÇÕES -- este núcleo mostra como desde que existiu a escravidão manteve-se firme a certeza da liberdade. Desde o aprisionamento na África, durante a viagem nos navios negreiros e já na chegada às Américas e ao Caribe escravizados e escravizadas sempre se rebelaram, promoveram insurreições, fugiram, cometeram suicídios e abortos e formaram quilombos, que não eram, como se costumou definir, locais isolados.

ATIVISMOS E RESISTÊNCIAS -- ser mestre de si, desobedecer o mando, é o mote que inspira este núcleo. Partindo da grande revolta do Haiti, que mostrou ao mundo como ser escravo não era destino, o núcleo chega até os protestos mais contemporâneos. Coloca, assim, em diálogo diferentes temporalidades e geografias de ativismos afro-atlânticos, dando especial atenção às práticas de resistência à escravidão, às lutas por direitos civis e de combate ao racismo, aos rituais religiosos e às contra-narrativas de empoderamento e formação de espaços de sociabilidade negra.

Como parte do processo de pesquisa e preparação da mostra, o MASP promoveu dois
seminários internacionais, em 28 e 29 de outubro de 2016 e 21e 22 de outubro de 2017, reunindo especialistas em vários domínios e temas, como história da arte, sociologia, história e antropologia. Uma seleção dessas palestras e artigos, bem como outros materiais selecionados para esse fim, será publicada como uma antologia de textos. Além disso, um catálogo completo e ilustrado acompanhará a exposição, com textos dos curadores.

O escritório de arquitetura METRO Arquitetos Associados assina a expografia da mostra
no MASP, enquanto a do Instituto Tomie Ohtake é assinada pela própria equipe.

SERVIÇO
HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS
Abertura MASP: 28 de junho, 20h
Data: 29 de junho a 21 de outubro de 2018
Abertura Instituto Tomie Ohtake: 30 de junho, das 11h às 15h – visitação até às 20h
Data: 01 de julho a 21 de outubro de 2018
Local: MASP e Instituto Tomie Ohtake

Serviço MASP
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$35 (entrada); R$17 (meia-entrada)
O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.
AMIGO MASP tem acesso ilimitado e sem filas todos os dias em que o museu está aberto.
O ingresso dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.
Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam R$17 (meia-entrada).
Menores de 10 anos de idade não pagam ingresso.
O MASP aceita todos os cartões de crédito.

Estacionamento: Convênios para visitante MASP, período de até 3h. É preciso carimbar o ticket do estacionamento na bilheteria ou recepção do museu.
CAR PARK (Alameda Casa Branca, 41)
Segunda a sexta-feira, 6h-23h: R$ 14
Sábado, domingo e feriado, 8h-20h: R$ 13
PROGRESS PARK (Avenida Paulista, 1636)
Segunda a sexta-feira, 7h-23h: R$ 20
Sábado, domingo e feriado, 7h-18h: R$ 20
Acessível a deficientes físicos, ar condicionado, classificação livre

Serviço Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 – Complexo Aché Cultural
(Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros, São Paulo
Metrô mais próximo – Estação Faria Lima / Linha 04 – Amarela
Fone: (11) 2245-1900
De terça à domingo, das 11h às 20h
Entrada Gratuita
Acessível a deficientes físicos, ar condicionado, classificação livre

  


Contato de imprensa:

Instituto Tomie Ohtake:
Pool de Comunicação
Fone: 11 3032-1599

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