Achou! - Palavra Cantada (Sandra Peres e Paulo Tatit)
Levei Maria Lydia para ver este espetáculo, e quem se encantou foi eu; que coisa bonita esta peça feita por uma companhia já com 20 anos de existência e premiadíssima.
Escolhi uma música do Palavra Cantada, por ter a mesma doçura e qualidade deste trabalho.
A Cia. Truks se apresenta na Biblioteca Monteiro Lobato,na Vila Buarque, um oásis rodeado pela miséria do centro mal cuidado; mas isto não impede o excelente resultado desta experiência.
Com roteiro, dramaturgia e direção de Henrique Sitchin, também co-autor da linda trilha sonora, é um turbilhão de gratas surpresas.
A começar pela história, que nos resgata os sonhos, imaginações e sensações de nossa infância.
Também a interação dos atores com os bonecos, onde os gestos dos bonecos são complementados com as expressões faciais dos atores, trazendo então toda a emoção do texto à tona; eu só conhecia peças de animação onde os atores estão todos de negro, e com o rosto coberto, somente fazendo o manuseio e a locução.
Que maravilha é testemunhar um trabalho feito com amor, dedicação e apuro técnico.
Virei fã e já agendei os outros espetáculos.
As imagens foram fornecidas pela companhia e na seqüência a sinopse tirada do site.
GIGANTE
"GIGANTE" conta a "saga" de um pequeno vilarejo onde estranhos fatos acontecem: Um pintor confuso não sabe mais onde estão as suas tintas, e acaba por deixar sua tela sem cores; O músico não sabe a nota seguinte de sua canção, os semáforos não representam mais regra alguma ao caótico trânsito de carros desgovernados e sem destino. Até mesmo os animais andam bastante confusos. Os moradores da vila, no entanto, de nada se apercebem. Nada estranham. Nada sentem. Porque já não podem mais sentir. É uma gente esquecida da vida e das coisas da vida. É uma gente a viver sem saber exatamente porque e pra que...
Ali perto vive o grande e solitário gigante, a quem ninguém vê. Astuto, ele se esconde durante o dia, e invade a noite do lugar. É então que deposita, em sua enorme sacola, os sonhos que rouba da gente da pequena aldeia. Tudo para... ALIMENTAR-SE! Sim, o gigante de nossa história literalmente alimenta-se dos sonhos que rouba daquela pobre gente que, sem sonhos, perde os anseios, os desejos, as memórias, a música e a poesia que lhes faria mover a vida.
Uma esperta garotinha, no entanto, parece sentir que algo não vai bem com suas noites de sono. Percebe que seus sonhos são estranhamente cortados ao meio. E por um incrível sexto sentido, percebe a presença do gigante a lhe roubar os sonhos. É então que, esperta, criará sonhos falsos, feitos de fumaça e ilusão, que o gigante não pode pegar. É assim que, consciente, ela se depara com o enorme ser, que lhe revela sua triste sina - não há nada, além de sonhos, que ele possa comer.
A esperta garota, então, encontrará uma maneira simples de resolver os terríveis problemas. A notícia se espalha. É possível, agora, que cada gigante produza o seu próprio alimento. É possível, agora, permitir ao outro uma existência plena. É possível respeitarmos, cada um, a identidade do nosso semelhante. É possível, agora, sonhar, encher os nossos pratos e as nossas almas, e, assim, repartir o pão.
Puxa... Obrigado por suas palavras! Ficamos muito felizes e honrados!
ResponderExcluirUm grande abraço e parabéns pelo Blog!
Henrique Sitchin
Cia. Truks - Teatro de Bonecos da
Cooperativa Paulista de Teatro
www.truks.com.br
truks@uol.com.br
(11) 3865-8019 / (11) 9952-8553
Olá!
ResponderExcluirVim agradecer a visita e palavras carinhosas em meu blog! Gostei muito do seu espaço! E a peça descrita parece show mesmo! Eu valorizo demais essas coisas - amo teatro, cinema, exposições de arte e afins! :)
Abraços,
MI!
:)
Oi, Macário!
ResponderExcluirOlha, confesso que sempre sonhei em escrever um livro e já tentei até uns esboços. Mas sempre me senti perdida em relação a isso. Sem saber por onde começar, ou o que retratar! Aí acabo deixando pra lá! Quem sabe um dia...
:*
Ela falou do gigante a semana toda e eu achei estranho. Então era isso!Tenho a impressão que ela tambèm gostou... Obrigada.
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