Uma exposição com obras mais recentes sob a temática da violência e das mazelas da Colômbia.
Apesar da contrariedade da embaixadora sobre o tema, dito por ela no discurso de abertura da mostra, há toda uma realidade exposta e escancarada, que espero já seja passado e que Botero possa ver seu país novamente na estabilidade política, econômica e perfeitamente democrática.
Com traços, talvez já cansados, ainda trazem toda a carga emocional do instante; a violência retratada incomoda mas também mostra o inconformismo do povo colombiano com a situação de medo, imposta por poucos mas com o poder das armas adquiridas com o dinheiro do narcotráfico.
Ouvi um comentário durante a visitação em que foi citado a série "Os horrores da guerra" de Goya, fiquei chocado com a aparente bobagem, mas depois de uma breve reflexão pude perceber um paralelo, ainda que distante. Será que o artista tinha isso em mente quando quis registrar os horrores do terrorismo na realidade de sua terra? Fica a questão para que cada um tire suas conclusões.
O artista vivo com as obras mais valiosas entra para história após ter criado uma estética única pela qual será sempre lembrado.
Já tinha visto duas grandes retrospectivas de Botero, no MASP e no Museu Nacional de Belas Artes em Buenos Aires, onde foram mostradas obras que abrangiam toda sua carreira, diferente desta que se atém num único tema.
Tempo - Lucio Dalla
Abaixo das imagens, em alta definição, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do MUBE.
“DORES DA COLÔMBIA no Mube”
Aori e Circuito cultural Bradesco seguros trazem a capital coleção de obras políticas assinadas por Fernando Botero
Depois do sucesso da edição realizada em 2007 no Memorial da América Latina, a exposição “Dores da Colômbia” está de volta a São Paulo
A Colômbia tem orgulho de expressar seu anseio por liberdade através da arte. “Dores da Colômbia” reflete as dores da humanidade. Botero se refere à Colômbia para ilustrar suas angústias sobre a própria condição humana. Em nosso país, essas dores foram a base para a construção de uma sociedade justa” –
Maria Elvira Pombo Holguin, Embaixadora da Colômbia no Brasil
De volta a São Paulo, a individual do pintor colombiano Fernando Botero “Dores da Colômbia” retorna a capital no dia 25 de novembro e segue em cartaz até 08 de janeiro de 2012, no MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), zona oeste da capital. A iniciativa - que conta com o patrocínio do Grupo Bradesco Seguros - reúne 67 obras doadas pelo artista colombiano Fernando Botero ao Museu Nacional da Colômbia entre 2004 e 2005. “Sempre quis trazer essa coleção de volta ao Brasil. O conjunto dessa obra mostra como a arte pode denunciar a violência e propõe uma reflexão sobre a sociedade”, diz a produtora executiva da Aori, Denise Carvalho, responsável pelo retorno da mostra ao País.
As seis aquarelas, 36 desenhos e 25 pinturas, que já percorreram várias cidades europeias e latino-americanas, mostram os abusos sofridos pelo povo colombiano como consequência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. O conflito que resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas é ao mesmo tempo um movimento social que busca as bases para a justiça no país.
Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas de todo o mundo no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais.
“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Dentro desse contexto encontramos outros mestres importantes que imprimiram discurso e fatos históricos em suas telas. Francisco Goya, com “Desastres da Guerra” e Pablo Picasso com “Guernica”, recriam a sua maneira, atos cometidos durante períodos de turbulência vividos em seus países.
A mostra tem curadoria do próprio Museu Nacional da Colômbia, localizado em Bogotá. De acordo com a diretora do Museu, Maria Victoria Robayo, o conjunto se integra ao programa de exposições itinerantes que tem como um de seus objetivos fazer um apelo à consciência para evitar que os horrores da guerra se repitam.
“Botero disse várias vezes que, apesar de não residir na Colômbia há mais de 40 anos, sente-se muito próximo de seu povo. Trata-se de um convite à reflexão sobre as circunstâncias dolorosas que violam os direitos humanos”, explica Maria.
Em 2012, “Dores da Colômbia” tem como destino as capitais Porto Alegre e Belo Horizonte, janeiro e abril respectivamente.
A passagem pelas três capitais brasileiras da exposição “Dores da Colômbia” faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições, etc.
• Fernando Botero: Pintor e escultor colombiano nascido em Medellín, no ano de 1932, é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Entre as suas obras mais conhecidas estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan van Eyck, e “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática. Esse padrão estético é a marca registrada do artista que através de sua arte, tornou-se o embaixador cultural da Colômbia pelo mundo. Botero é um dos artistas renomados latino americanos ainda vivo e atualmente, mora na França.
• Aori Produções Culturais: A Aori foi criada em 2002, pela produtora executiva Denise Carvalho. A empresa desenvolve, gerencia e produz conteúdos culturais, como projetos de exposições e edições de livros nas áreas de patrimônio cultural brasileiro, temas sociais e artes visuais. Seus trabalhos primam pelo critério de suas escolhas, qualidade do planejamento à execução, e sofisticação dos resultados. www.aori.com.br
· MUSEU BRASILEIRO DA ESCULTURA (MuBE) Desenvolve extensa e diversificada programação cultural, com exposições, cursos, seminários, palestras e recitais de piano. São realizadas, em média, vinte e cinco exposições/ano, abrindo espaço para novos talentos, além de apresentar mostras de artistas renomados, nacionais e internacionais.
O Museu recebe, aproximadamente, 150.000 visitantes por ano. As exposições contam com visitas monitoradas para crianças, estudantes, grupos de terceira idade e público em geral.
O MuBE conta com apoio institucional de 3M, Stella Artois, Kettel One e BMW, viabilizado via ProAC / Governo do Estado de São Paulo.
O MuBE conta com apoio institucional de 3M, Stella Artois, Kettel One e BMW, viabilizado via ProAC / Governo do Estado de São Paulo.
• Serviço
“Dores na Colômbia” | São Paulo:
Abertura: 24 de novembro de 2011.
Visitação: 25 de novembro de 2011 a 08 de janeiro de 2012.
Local: MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) | Av. Europa, 218 – Jardim Europa São Paulo
Dias: Terça a domingo das 10h às 19h
(11) 2594-2601 - mube@mube.art.br
Entrada Gratuita
• Próximas Capitais | 2012
-Porto Alegre – de 20 de janeiro a 08 de março de 2012.
-Belo Horizonte – de 18 de abril a 02 de junho de 2012.
Realização: Aori Produções Culturais
Apoio: Avianca e Associação dos Amigos do Museu Nacional da Colômbia
Patrocínio: Bradesco Seguros
Assessoria de Imprensa Aori Produções:
Baobá Comunicação Cultura e Conteúdo
Tel.: [11] 3482-2510 • 3482-6908
Informações para Imprensa
Alfredo Cesar de Souza – alfredo@sacomunicacao.com
(11) 3054-3336/ 9954-6684
Rogério Araújo – rogerio@sacomunicacao.com
(11) 3054-3338/ 8015-0060
A pintura de Botero é intemporal: nada nos lembra os anos 60, a frivolidade do mundo dos produtos e do consumo, como na pintura Pop Art. Nenhuma das suas “meninas” usava os cabelos ou os vestidos assim. Estas são pinturas retiradas da memória, é a sua visão artística e o mesmo se aplica as outras pinturas de índole clerical ou outras baseadas nas famosas pinturas dos grandes mestres.
ResponderExcluirO seu ideal estético centraliza-se em formas e volumes, um estilo que lhe permite dar expressão a estas visões. Nas suas pinturas não existem sombras, porque elas “sujam as cores”; esta ausência é uma grande preocupação ligada à ideia de beleza. A luz provém do interior e a plasticidade das suas imagens é criada através da cor. O objectivo é sempre criar superfícies em que a cor possa exprimir-se a si própria.
brilhante. beijos pra ti e a pequena ;-)
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