A disposição das peças dentro da exposição parece meio dispersa pois a artista aparenta ainda buscar uma estética, e misturar as tendências não permite ao observador se fixar ou escolher seu estilo favorito.
Há belas obras, outras nem tanto, umas mostram uma certa maturidade e outras são infantilizadas; observem com atenção os quadros Barco, Tiro e Sete Lagoas, nenhum deles nas imagens abaixo.
É informado que a artista desenvolve seu trabalho em cima de fotografias, não tendo então problemas com o ângulo da luz e suas sombras.
É uma artista que promete, se continuar estudando e se aprimorando; espero que ela não pense que sua bagagem é suficiente para elevá-la ao patamar dos grandes pintores brasileiros.
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
Samba Novo - Milton Banana Trio
INSTITUTO TOMIE
OHTAKE
APRESENTA
A EXPOSIÇÃO DE
ANA PRATA
E também o elevador, o vulcão e o jantar
Abertura: 08
de maio, às 20h (convidados) – até 24 de junho de 2012
O Instituto
Tomie Ohtake, que dedica parte de sua programação a exposições individuais de
artistas contemporâneos brasileiros, apresenta “E também o elevador, o vulcão e o
jantar”, mostra que reúne um conjunto de cerca de 20 trabalhos recentes de
Ana Prata, com texto assinado pelos curadores Paulo Miyada e Diego Matos, do
Núcleo de Pesquisa e Curadoria da instituição.
Se existe algo
que caracterize a pintura do século XX são as repetidas declarações da sua
“morte”. Ora em alta ora ofuscada por outros formatos, ela está em constante
movimento ondular, passando por períodos de desvalorização e momentos de
retomada, como o que vivemos agora, em todo o mundo. No Brasil, uma nova geração
de pintores figurativos embarcou nessa crescente, ganhando atenção da cena
artística. Dentre eles, está a mineira Ana Prata.
Reconhecida
pela crítica como um dos talentos de sua geração, Ana Prata faz uso de imagens
pré-existentes para criar suas telas. Podem ser fotos ou imagens obtidas através
de pesquisas na internet, a partir das quais a artista constrói narrativas
também abertas à imaginação do espectador. “Trata-se de uma busca aleatória e
fortuita pelos detalhes das coisas que nos cercam já aprisionadas em fotografias
e dispersas em um mundo quase que paralelo da vasta ficção promovida no universo
virtual”, comentam os curadores. Critérios de ordem variada e não excludente
convivem no momento da escolha de qual imagem será pintada. Isso, segundo Miyada
e Matos, acaba por promover a flutuação de assuntos e atmosferas nas pinturas
resultantes.
Se a
representação figurativa caracteriza a guinada da atual geração em relação às
anteriores, Ana Prata o faz diferenciando cada um de seus trabalhos. Seja pelo
uso da cor, pela pincelada ou pela carga de tinta aplicada, a artista transforma
suas telas em algo muito diverso da fotografia inspiradora. Para os curadores, o
que determina a diversidade capaz de tornar o conjunto da obra complexo é a
possibilidade de variação da atitude da artista ao pintar cada tela: mais e
menos solvente, pinceladas menores e maiores, escorrimentos de tinta, cores
naturalistas e matizes de alto contraste, manchas que sugerem o movimento da
água de um rio e traço cartunesco. “Tudo colabora para que o gesto expresso em
cada pintura questione o que há de virtuoso ou de precário na postura que deu
forma às imagens avizinhadas pela montagem da exposição”,
completam.
Sobre Ana
Prata
Ana Prata (Sete
Lagos, MG, 1980) vive e trabalha em São Paulo.
Graduada em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes
da USP (2008), a artista foi assistente do pintor Rodrigo Andrade e já realizou
exposições individuais no Centro Universitário Maria Antônia e Centro Cultural
São Paulo, ambas em 2009 e na Galeria Marília Razuk, em 2010. Participou de
coletivas no Paço das Artes, “menos 21” , ECA-USP, Casa das Rosas e 12º Salão
Paulista de Arte Contemporânea. Em 2011, realizou uma residência na Red Bull
House of Art, que ocupou o edifício Sampaio Moreira, no centro de São Paulo e
participou da coletiva “Os Primeiros Dez Anos”, no Instituto Tomie Ohtake.
Exposição: Ana Prata – E também o elevador, o vulcão e
o jantar
Abertura
convidados: 08 de maio, às 20h
Visitação: de
09 de maio a 24 de junho de 2012, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada
franca
Instituto Tomie
Ohtake
Av. Faria Lima,
201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone:
11.2245-1900
Informações à
Imprensa
Marcy Junqueira
– Pool de Comunicação
Contato: Martim
Pelisson / Fone: 11.3032-1599
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