Sem nenhuma expectativa fui à abertura desta mostra, já que não me encanto com esse tipo de arte, apesar da ampla divulgação em importantes veículos da imprensa.
E não é que dentro das quase 70 gravuras expostas me encantei com pelo menos 5, que não são as abaixo, interessantes, mas que não tem a mesma magia das outras.
Um artista da pop art que também exaure suas matrizes em diferentes tiragens, sem talvez a mesma voracidade de Andy Warhol, que me parece tinha uma veia mais mercantilista em sua produção.
Mais um grande evento a se ver sem grandes pretensões, num espaço que a cada exposição se valoriza, se firmando como referência nas artes plásticas nacional.
Dream - John Cage
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Tomie Ohtake.
INSTITUTO TOMIE
OHTAKE
APRESENTA
JASPER
JOHNS – Pares Trios Álbuns
Abertura: 19 de junho, às 20h – até 26 de agosto de
2012
Artista precursor da arte pop, ao lado de Robert Rauschenberg
(apresentado no Instituto em 2009), também de quem foi inicialmente vizinho e
amigo, Jasper Johns é protagonista e
testemunha viva de um período da arte do século XX que, após o expressionismo
abstrato, provocou as rupturas que até hoje pautam o pensamento contemporâneo.
A exposição, organizada pelo Instituto Tomie Ohtake e a
Universal Limited Art Editions (ULAE), de onde grande parte dos trabalhos é
proveniente, com o patrocínio do Deutsche Bank, traz um panorama da obra em
gravura de Jasper Johns, com cerca de 70 peças concebidas a partir da década de
1960. Técnica fundamental na experiência pictórica do artista, que mantém, pela
ULAE, uma impressora dentro de seu ateliê, a gravura teve início com as
litografias produzidas a partir de 1960, quase imediatamente após a sua
histórica exposição individual de pintura, na Leo Castelli Gallery, em 1958,
considerada seminal da pop art, e a coletiva 16 Americans, no MoMA, em 1959.
A mostra, com curadoria de Bill Goldston, revela as experiências
de Jasper Johns com a litogravura, gravura em metal e serigrafia enfatizadas
pelo universo gráfico presente em suas obras, objetos banais, como bandeiras,
números, letras, alvos, mapas etc. Segundo Tony Towle, poeta e antigo
administrador da ULAE, que assina o texto do catálogo da exposição, os aspectos
de adição e transformação, contidos no procedimento da litografia, influenciaram
a maneira de pensar de Johns. Ao artista interessava um novo ponto de vista
sobre as coisas vulgares, como dizia, pelo fato de “uma coisa não ser o que é,
de ela se tornar qualquer coisa diferente daquilo que é”.
Nas pinturas de Johns figuram símbolos populares e, ao mesmo
tempo, constituem um aglomerado de pigmento ou cera movimentado pelo gesto do
artista, resultando em trabalhos em que os desenhos parecem saltar para fora das
telas. Em suas gravuras, “as variações de cor e os modos de impressão combinados
a partir de cada conjunto de matrizes deixam claro que o que vemos ao final são
figuras e, também, são camadas de material pictórico manipulável como parte de
uma experiência artística”, explica Paulo Miyada, coordenador do Núcleo de
Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake.
“A melhor crítica de uma figura é outra figura”, dizia Johns. Há
50 anos, Tatyana Grosman, fundadora da ULAE, o convidou a produzir litografias,
pois apostava que a técnica poderia acrescentar outra dimensão à sua obra, que
evoca figura e procedimento. O conjunto de trabalhos reunido nesta exposição
atesta o que a editora vislumbrava nos anos iniciais da carreira do artista.
Jasper Johns (1930, Augusta, Georgia, EUA), antes da exposição
que o consagrou na Leo Castelli, estudou na Universidade da Carolina do Sul e
depois cursou escola de arte em Nova York. Prestou o serviço militar e regressou à
cidade, onde sobrevivia através da venda de livros. No início dos anos 1960,
fazia parte do grupo responsável pela efervescente produção artística
nova-iorquina, convivendo, discutindo e trabalhando com outros ícones da cena
cultural, como Merce Cunningham, John Cage e Robert Rauschenberg. Participou das
edições 3, 4, 5 e 6 da Documenta (Kassel). Em
1988 a
sua obra em pintura foi premiada na Bienal de Veneza. Em 1989, tornou-se membro honorário da Royal Academy
em Londres. O
MoMA , em
Nova York , realizou sua grande retrospectiva em 1996.
Atualmente ele vive e trabalha em Nova York.
Coincidentemente, no Brasil, artistas do grupo que
compartilharam experiências com Jasper Johns estão no calendário cultural de
2012, como a exposição em comemoração ao centenário de John Cage, no MAM-RJ, e
espetáculos do encenador Robert Wilson no SESC SP, em Porto Alegre e no
Teatro Municipal de São Paulo.
Exposição:
JASPER JOHNS – Pares Trios Álbuns
Abertura convidados: 19 de junho, às 20h
Visitação: de 20 de junho a 26 de agosto de 2012, de
terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto
Tomie Ohtake
Av.
Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone:
11.2245-1900
Patrocínio Exclusivo: Deutsche Bank
Informações à
Imprensa
Marcy Junqueira – Pool de
Comunicação
Contato: Martim Pelisson / Fone:
11.3032-1599
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