O poeta dos balanços e alavancas impossíveis, das curvas suaves e dos poucos pontos de apoio que criam a sensação de leveza e até mesmo de flutuação em edifícios magníficos, de traços tão instigantes que serão sempre de vanguarda. Algumas de suas obras, já com mais de cinquenta anos ainda nos encantam por sua ousadia e ineditismo.
Nesta exposição o Itaú Cultural nos apresenta, além das já conhecidas maravilhas do arquiteto, projetos inéditos que não foram realizados, mas que contém todas as características de seu trabalho. Alguns singelos, como o projeto de casa na praia para seu uso pessoal, outros como o do monumental prédio da sede da CESP, que possui linda uma maquete digital que nos mostra que São Paulo perdeu um ponto de referência e um cartão postal.
Os traços dos desenhos apresentados, sejam nas pranchas ou no rolo de papel com quinze metros de comprimento utilizado na gravação de um documentário, nos mostram que Oscar, mesmo com um rabisco consegue nos transmitir a beleza de suas idéias e pensamentos, arrancando do papel uma sensação tridimensional.
Oscar Niemeyer, junto com Heitor Villa-Lobos e Cândido Portinari formam a troika que representa o que de melhor se produziu nas artes brasileiras em todos os tempos. Podem não ser uma unanimidade, mas nunca serão esquecidos ou ignorados.
Esta mostra, além dos belíssimos trabalhos apresentados, é em si um evento digno de nota, pois sua distribuição em um espaço todo branco, mistura sem confundir as maquetes, os desenhos e os áudio-visuais tornando sua visita um passeio agradável e instrutivo.
A música abaixo é de autoria de Oscar Niemeyer, Edu Krieger e Caio Almeida (seu enfermeiro quando de sua internação em 2010, às vésperas de seu centésimo terceiro aniversário).
Nesta exposição o Itaú Cultural nos apresenta, além das já conhecidas maravilhas do arquiteto, projetos inéditos que não foram realizados, mas que contém todas as características de seu trabalho. Alguns singelos, como o projeto de casa na praia para seu uso pessoal, outros como o do monumental prédio da sede da CESP, que possui linda uma maquete digital que nos mostra que São Paulo perdeu um ponto de referência e um cartão postal.
Os traços dos desenhos apresentados, sejam nas pranchas ou no rolo de papel com quinze metros de comprimento utilizado na gravação de um documentário, nos mostram que Oscar, mesmo com um rabisco consegue nos transmitir a beleza de suas idéias e pensamentos, arrancando do papel uma sensação tridimensional.
Oscar Niemeyer, junto com Heitor Villa-Lobos e Cândido Portinari formam a troika que representa o que de melhor se produziu nas artes brasileiras em todos os tempos. Podem não ser uma unanimidade, mas nunca serão esquecidos ou ignorados.
Esta mostra, além dos belíssimos trabalhos apresentados, é em si um evento digno de nota, pois sua distribuição em um espaço todo branco, mistura sem confundir as maquetes, os desenhos e os áudio-visuais tornando sua visita um passeio agradável e instrutivo.
A música abaixo é de autoria de Oscar Niemeyer, Edu Krieger e Caio Almeida (seu enfermeiro quando de sua internação em 2010, às vésperas de seu centésimo terceiro aniversário).
Tranqüilo com a vida
O pensamento de Oscar Niemeyer da prancheta
para o espaço expositivo do Itaú Cultural
A mostra, que tem como extensão ao nome do arquiteto Clássicos
e Inéditos, apresenta
pela primeira vez o conjunto de sua obra ao exibir projetos que registram o seu percurso,
mas, sobretudo, ao expor outros que nunca saíram do papel e
ganharam luz graças à pesquisa
e digitalização de seus originais realizados em parceria entre a Fundação Oscar Niemeyer
e o Itaú Cultural
De 5 de junho, com coquetel de inauguração para
convidados um dia antes, a 27 de julho, o
público pode acompanhar o pensamento de Oscar Niemeyer (1907-2012) quando se
debruçava em sua prancheta de trabalho. Os traços do arquiteto que revolucionaram
a forma, ao fundir estrutura e arquitetura, estão nas mais de 300 obras exibidas
na exposição Oscar Niemeyer: Clássicos e
Inéditos e ocupam os três andares do espaço expositivo do Itaú Cultural. São
plantas, croquis e desenhos originais, maquetes, filmes e fotos.
A curadoria é de Lauro
Cavalcanti e a expografia é de Pedro Mendes da Rocha. A organização é do Núcleo
de Artes Visuais do instituto que trabalha em parceria com a Fundação Oscar
Niemeyer a qual, com patrocínio do Itaú Unibanco, realizaram a digitalização de
4800 desenhos e croquis originais do acervo da fundação já catalogados e parte
desse material está presente na mostra.
“O
Itaú Cultural tem uma forte preocupação e atuação no resgate de ícones da
cultura brasileira.”, comenta Eduardo Saron, diretor da instituição. “O apoio do instituto para a digitalização de todo o acervo deste
arquiteto primordial para o país e o mundo, se insere nesse caminho que
seguimos para a preservação do legado cultural produzido aqui.”
Também por esta razão, o Itaú Cultural
procura aprofundar a exibição de trabalhos de Niemeyer raramente vistos. “Várias
exposições sobre a obra construída de Oscar Niemeyer foram feitas por ele
próprio ou por outros curadores”, comenta Cavalcanti apontando o diferencial da
proposta desta mostra: “Sem descartar o registro de um percurso que, por vezes,
se confunde com aquele da arquitetura do século XX, o objetivo desta mostra é
revelar projetos inéditos que, por vários motivos, permaneceram no papel.”
Divididos tematicamente em cada um dos três
andares – Clássicos, no
1º piso; Inéditos,
no piso -1 , e São
Paulo, no piso -2 – são apresentados 70 projetos, sendo 51 deles
inéditos e 19 construídos, disponibilizados também em formato digital para
consulta do público. Eles se desdobram em 309 plantas, desenhos e croquis
originais. Também faz parte da mostra, um rolo de 16 metros de
comprimento, praticamente desconhecido, desenhado por Niemeyer durante a
gravação do documentário Oscar Niemeyer -
O Filho das Estrelas, dirigido por Henri Raillard em 2001.
Completam o circuito, sete
maquetes – quatro delas inéditas e uma eletrônica, que apresenta o projeto
para sede da Companhia Energética de São Paulo
(CESP) em dois terrenos na confluência da Alameda Ministro Rocha Azevedo e São
Carlos do Pinhal. “Nela podemos acompanhar seu raciocínio no sentido de recriar
um espaço urbano com menor adensamento e maior incidência de ar e luz”, observa
o curador. A projeção contínua de dois
documentários sobre ele, exibidos na íntegra, aprofundam o conhecimento não
somente do profissional como do homem Niemeyer: o citado acima, e Oscar
Niemeyer – A Vida é um Sopro, com
direção e roteiro de Fabiano Maciel. E, ainda, depoimentos gravados em vídeo de
outros arquitetos como Paulo Mendes da Rocha, Ciro Pirondi e Ruy Ohtake.
Some-se, 179 imagens de célebres fotógrafos como Thomas Farkas, Marcel
Gautherot, Leonardo Finotti, Chico Albuquerque, Domingos de Miranda Ribeiro,
Michel Moch, Mauricio Simonetti e Kadu Niemeyer.
Outros destaques
Ainda entre
os destaques a serem exibidos na mostra deste arquiteto está a maquete do Ministério
da Educação e Saúde, famoso edifício projetado por Niemeyer e Lucio Costa no
Rio de Janeiro em 1936. Entre os projetos para residências está a planta para a
família Buarque de Hollanda em São Paulo, de 1953.
O visitante
também pode ver o projeto para Cidade do
Futuro, mais um nunca realizado, assim como o plano da Cidade de Negev
projetado em 1964 para a construção de uma cidade no deserto de Negev, em
Israel.
Sobre
os inéditos
Os
originais inéditos provém, em sua grande maioria, de cadernos de trabalhos não
executados. De acordo com o curador,
eles permitem ver a metodologia de Niemeyer, assim como seguir o seu modo de
conceber, desenhar, escrever e, em alguns casos, acompanhar o desenvolvimento dos projetos. Ele
colocava suas opções visuais por escrito, em textos que chamava de “explicações
necessárias”, caso tivesse dificuldade de clareza ou síntese voltava para a
prancheta para redesenhá-lo.
A monumentalidade de sua obra está patente,
entre outras, no desenho de mansões projetadas para Bruxelas, Jeddah e
Brasília. Ao contrário, o domínio da pequena escala foi exercido na casa projetada
para Oswald, assim como na residência circular, sobre pilotis, concebida para ele
próprio nos anos 1980, e na pequena habitação, de 1979, presenteada a um amigo
seu, do qual só se sabe o prenome Salim.
Também de acordo com o curador, a mostra
permite perceber uma linha de coerência entre, por exemplo, a casca proposta em
décadas distintas para a sede social do Jockey Clube Brasileiro no Rio (1973).
Clássicos
O setor dedicado aos clássicos reúne
fotografias e maquetes de suas obras emblemáticas e, também, traz novidades.
Pela primeira vez são mostrados os originais do conjunto de 20 croquis preparados pelo arquiteto, em 1997,
denominados Aula. O
objetivo de Niemeyer era que fossem multiplicados, percorrendo universidades de
todo país, de modo a transmitir seu pensamento plástico, político e
existencial.
Chamam à atenção, ainda, as cópias
heliográficas da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), interferidas por
traços de lápis de cor. Elas registram um momento histórico de Niemeyer, quando
ele, cedendo às argumentações do mestre, abdicou de ter seu projeto individual
escolhido, propondo uma fusão com a proposta de Le Corbusier.
Em
São Paulo
Clássicos e
Inéditos reserva todo um andar aos projetos
para o estado de São Paulo. Um mapa eletrônico localiza os projetos de Niemeyer
para a cidade. “Um vínculo muito especial liga Oscar Niemeyer a São Paulo”,
observa o curador. “Conjunto da Pampulha à parte, foram executadas em terras
paulistanas, em 1951, as suas primeiras grandes obras públicas, o conjunto do
Ibirapuera e a primeira mega estrutura dentro do tecido urbano, o Edifício Copan.”
Para ele, esses projetos foram fundamentais no sentido de exercitar uma
linguagem de grandes escalas, aplicada depois em Brasília.
Este andar reúne uma
série de projetos para o estado de São Paulo, no período de 1938 a 1990. Entre
os inéditos que permeiam toda a mostra neste piso encontra-se uma versão de
1989, para o Auditório do Ibirapuera, muito diversa da construída em 2002.
Digitalização do acervo
A digitalização do acervo do arquiteto pela Fundação Oscar
Niemeyer, com o patrocínio do Itaú Unibanco, contempla aproximadamente cinco
mil documentos e ainda o tratamento e catalogação de parte dos arquivos da
Instituição. Com o início dos trabalhos no ano passado, até agora foram catalogados
mais de 500 projetos.
A coleção da instituição consiste em quase 9 mil
documentos produzidos entre 1938 e 2005, entre álbuns, croquis e desenhos
técnicos. Representando 342 projetos dos mais de 600 criados por Niemeyer, os
documentos são um valioso registro do trabalho de um artista que marcou a
arquitetura do século XX. Um acervo importante pela quantidade de documentos
reunidos e pelo fato de serem, em grande parte, sobre projetos que não foram
construídos, muitas vezes sendo a única referência existente sobre eles.
SERVIÇO
Oscar Niemeyer:
Clássicos e Inéditos
Abertura para convidados: 4 de junho, quarta-feira, às 20h
Visitação: de 5 de junho a 27 de julho de 2014
De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Pisos 1, -1 e -2
Estacionamento com manobrista: R$ 14 uma hora; R$ 6 a
segunda hora;
mais R$ 4 p/ hora adicional
Estacionamento gratuito para bicicletas
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação
Brigadeiro
do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777
Assessoria de Imprensa
Conteúdo
Comunicação
Fone: 11.5056-9800
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karina Betencourt: karina.betencourt@conteudonet.com
Carina Bordalo: carina.bordalo@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Fone: 11.2168-1950
Larissa Correa: larissa.correa@mailer.com.br
Uma exposição para visitar! Uma bela homenagem.
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