Mais uma magnífica mostra com que a Galeria Almeida e Dale nos brinda, daquelas de aquecer ao coração, daquelas que confirmam a frase proferida pelo próprio artista - "Uma pintura que não fala ao coração não é arte, porque só ele a entende."
É uma emoção quase indescritível o prazer que temos ao ver tantas obras maravilhosas assim reunidas, todas as pintura nos enlevam e prendem nossa atenção, fazendo com que até percamos a noção do tempo.
As pinturas desta mostra faz com que percebamos como o mestre influenciou e foi influenciado por seus pares criando assim a nova identidade das artes plásticas nacional.
Um evento dessa magnitude nunca seria possível sem a credibilidade da curadora Denise Mattar que com rara sensibilidade e conhecimento consegue lidar com as diversas restrições, preocupações e vaidades dos colecionadores fazendo com que eles, mesmo que num breve período, compartilhem seus tesouros conosco. Imaginem a complexidade em conciliar agendas, transporte e seguro dessas obras.
O espaço de exposições da galeria é muito bem construído, permitindo assim o pleno desfrute das obras expostas.
Como já havia escrito em meu comentário sobre a mostra Guignar - Sonhos e Sussuros, a galeria Almeida e Dale se firma como um importante centro cultural da cena paulistana.
Um magnífico passeio que ficará por muito tempo em nossa memória pois Cândido Portinari é o mair pintor brasileiro de todos os tempos.
Bachianas Brasileiras, No. 7 Giga (Quadrilha Caipira)
Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da galeria.
Galeria
Almeida & Dale inaugura mostra de Candido Portinari com obras raramente
reunidas
Individual trará pinturas
realizadas entre 1931 e 1944, período que elevou Portinari ao posto de maior
artista brasileiro
A
Galeria Almeida e Dale inaugura no dia 18 de Junho a exposição Portinari e
a poética da modernidade brasileira. Com curadoria de Denise Mattar, a
mostra traz ao público um corpo de 35 obras emblemáticas, produzidas entre 1931
e 1944, período importante que elevou Portinari ao posto de maior artista
brasileiro.
O
enfoque da exposição surgiu a partir da pesquisa da curadora sobre dois
acontecimentos marcantes do Modernismo no Brasil: o XXXVIII Salão de
Belas-Artes, em 1931, no Rio de Janeiro, e a Exposição de Arte Moderna, de 1944,
em Belo Horizonte. Cândido Portinari teve papel decisivo nos dois eventos, e por
conta deles acabou por se tornar o principal protagonista da expansão do
Modernismo em território nacional.
Em
1931, Portinari, recém-chegado da Europa, foi convidado a participar, da
Comissão Organizadora do XXXVIII Salão de Belas-Artes (o Salão Revolucionário de
1931, de Lúcio Costa). A mostra levou para o Rio de Janeiro - então capital do
país e reduto acadêmico - obras dos modernistas Tarsila do Amaral, Anita
Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros.
Além de ter contribuído na
organização, Portinari apresentou 17 trabalhos que chamaram a atenção do
escritor e crítico Mário de Andrade, que estava decepcionado com as obras de
Tarsila e Anita, e viu em Portinari as qualidades que buscava. Os dois se
tornaram grandes amigos, e esse encontro contribuiria para que Portinari
elegesse seu grande tema : Os Brasileiros.
Treze anos depois, em 1944,
aconteceu a Exposição de Arte Moderna, a última grande mostra do Modernismo
brasileiro. Organizada por Juscelino Kubitschek, na época prefeito de Belo
Horizonte, reuniu artistas da Semana de 22, do Grupo Santa Helena, do Núcleo
Bernardelli e os, então iniciantes, Iberê Camargo, Milton Dacosta e Carlos
Scliar, entre outros. Mas a estrela foi Portinari. Seu trabalho O Olho,
conhecido como O Galo, causou furor na imprensa dividindo opiniões.
A
polêmica obra integra agora um conjunto de cerca de 35 - a serem expostas na
galeria Almeida & Dale - pertencentes ao acervo de importantes
colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza e
de instituições como a Coleção Roberto Marinho. Da coleção desta última serão
apresentadas a quase épica obra Flora e Fauna Brasileira (1934),
Floresta (1942), um trabalho delicado e sutil; e Brodowsky (1942) que
retrata crianças brincando com pipas em sua terra natal.
A
mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), considerado por Mário
de Andrade a melhor obra do Salão Revolucionário de 1931; O Flautista e
Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista
começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e
Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com
colorido candente o drama da seca.
A
mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), descrito por Mário de
Andrade em sua apresentação do Salão Revolucionário; O Flautista e
Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista
começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e
Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com
colorido candente o drama da seca.
O
lirismo do artista estará presente em trabalhos como Amigas (1938),
Mulher e Criança (1940) e As Moças de Arcozelo (1940) - obra que
ilustrou a capa do Catálogo Portinari of Brazil, realizada no MoMA, em 1940.
A
mostra dá continuidade a ação institucional que a galeria vem desenvolvendo,
tendo apresentado exposições de outros importantes mestres como Fernando Botero,
Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard e Willys de
Castro.
Sobre a curadora Denise
Mattar - Denise Mattar é uma das mais
conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. Em instituições, trabalhou no Museu
da Casa Brasileira, SP (1985-1987); Museu de Arte Moderna, SP (1987-1989); Museu
de Arte Moderna, RJ (1990-1997). Como curadora independente realizou, de 1997 a
2014, mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Premio APCA),
Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), José Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor
(Prêmio APCA), Frans Krajcberg, Mary Vieira, Maria Tomaselli, Aluísio Carvão,
Abelardo Zaluar, Raymundo Colares, Hildebrando de Castro, Norberto Nicola, Aldo
Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard.
Entre suas principais
mostras temáticas, destacam-se: Traço, Humor e Cia (Museu de Arte
Brasileira da FAAP, 2002), O Olhar Modernista de JK (Palácio
Itamaraty/DF, MAB-FAAP/SP, MNBA/RJ, Palácio das Artes/BH, 2004-06), O Preço
da Sedução (Itaú Cultural, São Paulo, 2004), O’ Brasil – Da Terra
Encantada à Aldeia Global (Palácio Itamaraty, 2005), Homo Ludens – Do Faz
de Conta à Vertigem (Itaú Cultural, São Paulo, 2006), Nippon (Galeria
de Valores, CCBB Rio de Janeiro, 2008), Brasília – Síntese das Artes
(CCBB Brasília, 2010), Tékhne e Memórias Reveladas (Museu de Arte
Brasileira da FAAP, 2010) (prêmio ABCA), Pierre Cardin (CCBB Rio de
Janeiro, 2011), Mário de Andrade (Centro Cultural dos Correiros, Rio de
Janeiro, 2012), Projeto Sombras (MAM Rio de Janeiro, 2012), No Balanço
da Rede (Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2014), Duplo Olhar (Paço das
Artes, São Paulo, 2014).
Serviço
Portinari e a poética da
modernidade brasileira
Curadoria de Denise
Mattar
Abertura: quinta-feira, 18 de junho, às 19h
Visitação: De
19 de junho a 15 de agosto de 2015
De segunda à sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 14h
De segunda à sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 14h
Palestra com
João Candido
06
de agosto de 2015, às 19h
Galeria Almeida e
Dale
R. Caconde, 152 - Jardim
Paulista, São Paulo - SP
Tel.: (11)
3887-7130
Informações
para a imprensa:
A4 Comunicação
A4 Comunicação
+55 (11)
3897-4122
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