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sábado, 20 de junho de 2015

Cândido Portinari na Galeria Almeida & Dale

Mais uma magnífica mostra com que a Galeria Almeida e Dale nos brinda, daquelas de aquecer ao coração, daquelas que confirmam a frase proferida pelo próprio artista - "Uma pintura que não fala ao coração não é arte, porque só ele a entende." 

É uma emoção quase indescritível o prazer que temos ao ver tantas obras maravilhosas assim reunidas, todas as pintura nos enlevam e prendem nossa atenção, fazendo com que até percamos a noção do tempo.

As pinturas desta mostra faz com que percebamos como o mestre influenciou e foi influenciado por seus pares criando assim a nova identidade das artes plásticas nacional.

Um evento dessa magnitude nunca seria possível sem a credibilidade da curadora Denise Mattar que com rara sensibilidade e conhecimento consegue lidar com as diversas restrições, preocupações e vaidades dos colecionadores fazendo com que eles, mesmo que num breve período, compartilhem seus tesouros conosco. Imaginem a complexidade em conciliar agendas, transporte e seguro dessas obras.

O espaço de exposições da galeria é muito bem construído, permitindo assim o pleno desfrute das obras expostas.
Como já havia escrito em meu comentário sobre a mostra Guignar - Sonhos e Sussuros, a galeria Almeida e Dale se firma como um importante centro cultural da cena paulistana.

Um magnífico passeio que ficará por muito tempo em nossa memória pois Cândido Portinari é o mair pintor brasileiro de todos os tempos.   




Bachianas Brasileiras, No. 7 Giga (Quadrilha Caipira)



Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa da galeria.













Galeria Almeida & Dale inaugura mostra de Candido Portinari com obras raramente reunidas

Individual trará pinturas realizadas entre 1931 e 1944, período que elevou Portinari ao posto de maior artista brasileiro




A Galeria Almeida e Dale inaugura no dia 18 de Junho a exposição Portinari e a poética da modernidade brasileira. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra traz ao público um corpo de 35 obras emblemáticas, produzidas entre 1931 e 1944, período importante que elevou Portinari ao posto de maior artista brasileiro.

O enfoque da exposição surgiu a partir da pesquisa da curadora sobre dois acontecimentos marcantes do Modernismo no Brasil: o XXXVIII Salão de Belas-Artes, em 1931, no Rio de Janeiro, e a Exposição de Arte Moderna, de 1944, em Belo Horizonte. Cândido Portinari teve papel decisivo nos dois eventos, e por conta deles acabou por se tornar o principal protagonista da expansão do Modernismo em território nacional.

Em 1931, Portinari, recém-chegado da Europa, foi convidado a participar, da Comissão Organizadora do XXXVIII Salão de Belas-Artes (o Salão Revolucionário de 1931, de Lúcio Costa). A mostra levou para o Rio de Janeiro - então capital do país e reduto acadêmico - obras dos modernistas Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros.

Além de ter contribuído na organização, Portinari apresentou 17 trabalhos que chamaram a atenção do escritor e crítico Mário de Andrade, que estava decepcionado com as obras de Tarsila e Anita, e viu em Portinari as qualidades que buscava. Os dois se tornaram grandes amigos, e esse encontro contribuiria para que Portinari elegesse seu grande tema : Os Brasileiros.

Treze anos depois, em 1944, aconteceu a Exposição de Arte Moderna, a última grande mostra do Modernismo brasileiro. Organizada por Juscelino Kubitschek, na época prefeito de Belo Horizonte, reuniu artistas da Semana de 22, do Grupo Santa Helena, do Núcleo Bernardelli e os, então iniciantes, Iberê Camargo, Milton Dacosta e Carlos Scliar, entre outros. Mas a estrela foi Portinari. Seu trabalho O Olho, conhecido como O Galo, causou furor na imprensa dividindo opiniões.

A polêmica obra integra agora um conjunto de cerca de 35 - a serem expostas na galeria Almeida & Dale - pertencentes ao acervo de importantes colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza e de instituições como a Coleção Roberto Marinho. Da coleção desta última serão apresentadas a quase épica obra Flora e Fauna Brasileira (1934), Floresta (1942), um trabalho delicado e sutil; e Brodowsky (1942)  que retrata crianças brincando com pipas em sua terra natal.

A mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), considerado por Mário de Andrade a melhor obra do Salão Revolucionário de 1931; O Flautista e Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com colorido candente o drama da seca.

A mostra também inclui as obras: O Violinista (1931), descrito por Mário de Andrade em sua apresentação do Salão Revolucionário; O Flautista e Domingo no Morro (1934 e 35), que marcam o momento no qual o artista começa a pintar o povo brasileiro; e Jangada e Carcaça, Bois e Espantalho e Enterro, obras de 1940 nas quais o artista aborda com colorido candente o drama da seca.

O lirismo do artista estará presente em trabalhos como Amigas (1938), Mulher e Criança (1940) e As Moças de Arcozelo (1940) - obra que ilustrou a capa do Catálogo Portinari of Brazil, realizada no MoMA, em 1940.

A mostra dá continuidade a ação institucional que a galeria vem desenvolvendo, tendo apresentado exposições de outros importantes mestres como Fernando Botero, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard e Willys de Castro.



Sobre a curadora Denise Mattar - Denise Mattar é uma das mais conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. Em instituições, trabalhou no Museu da Casa Brasileira, SP (1985-1987); Museu de Arte Moderna, SP (1987-1989); Museu de Arte Moderna, RJ (1990-1997). Como curadora independente realizou, de 1997 a 2014, mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Premio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), José Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Frans Krajcberg, Mary Vieira, Maria Tomaselli, Aluísio Carvão, Abelardo Zaluar, Raymundo Colares, Hildebrando de Castro, Norberto Nicola, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard.

Entre suas principais mostras temáticas, destacam-se: Traço, Humor e Cia (Museu de Arte Brasileira da FAAP, 2002), O Olhar Modernista de JK (Palácio Itamaraty/DF, MAB-FAAP/SP, MNBA/RJ, Palácio das Artes/BH, 2004-06), O Preço da Sedução (Itaú Cultural, São Paulo, 2004), O’ Brasil – Da Terra Encantada à Aldeia Global (Palácio Itamaraty, 2005), Homo Ludens – Do Faz de Conta à Vertigem (Itaú Cultural, São Paulo, 2006), Nippon (Galeria de Valores, CCBB Rio de Janeiro, 2008), Brasília – Síntese das Artes (CCBB Brasília, 2010), Tékhne e Memórias Reveladas (Museu de Arte Brasileira da FAAP, 2010) (prêmio ABCA), Pierre Cardin (CCBB Rio de Janeiro, 2011), Mário de Andrade (Centro Cultural dos Correiros, Rio de Janeiro, 2012), Projeto Sombras (MAM Rio de Janeiro, 2012), No Balanço da Rede (Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2014), Duplo Olhar (Paço das Artes, São Paulo, 2014).

Serviço

Portinari e a poética da modernidade brasileira
Curadoria de Denise Mattar
Abertura: quinta-feira, 18 de junho, às 19h
Visitação: De 19 de junho a 15 de agosto de 2015
De segunda à sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 14h

Palestra com João Candido
06 de agosto de 2015, às 19h

Galeria Almeida e Dale
R. Caconde, 152 - Jardim Paulista, São Paulo - SP
Tel.: (11) 3887-7130

Informações para a imprensa:
A4 Comunicação 
+55 (11) 3897-4122

Thais Gouveia - thaisgouveia@a4com.com.br
Laís Caldeira – laiscaldeira@a4com.com.br

Neila Carvalhoneilacarvalho@a4com.com.br

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