Nesta mostra Brígida Baltar nos apresenta peças permeadas de uma sensualidade sutil e delicada, tirando das formas marinhas o suporte condutor de sua arte.
Com peças magnificamente moldadas em minúcias caprichosas faz um colorido luminoso em matizes delicadas que são realçados pela perfeita vitrificação das peças.
Mais um lindo evento proporcionado pela Galeria Nara Roesler que paralelo à sua vocação comercial vem cumprindo o papel de um centro cultural importante nos mostrando artistas que ainda não estão em evidência ao público em geral.
Mais perto do mar - Bossacucanova e Roberto Menescal
Abaixo das imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da Galeria.
GALERIA NARA ROESLER
APRESENTA
A Carne do Mar – de Brígida Baltar
Abertura: 24 de fevereiro, 11h – 24 de março de 2018
A Carne do Mar, individual de Brígida Baltar inaugura o calendário 2018
da Galeria Nara Roesler, em São Paulo, simultaneamente a Morro Mundo, de Laura Vinci.
Segundo a artista carioca, está na
sua memória da infância, quando, ao procurar conchas perfeitas nas areias de
Copacabana e encontrar apenas fragmentos, o despertar desta série inédita que
apresenta na sede paulistana da galeria. “Foi a partir dos fragmentos - cacos
da decepção - que descobri as formas orgânicas e aprendi sobre a potência da
incompletude”. Baltar acrescenta que ao desenvolver estas obras pensava no
sentido da palavra quimera, em seus significados: devaneio, ficção, monstro
mítico, peixe.
Em sua produção, a artista
costuma investigar o universo feminino e íntimo, extraindo as camadas
escondidas nas arquiteturas do mundo, frequentemente a partir de elementos
orgânicos e naturais. Já utilizou materiais retirados da sua própria casa -
tijolos, saibro, poeira e cascas de tinta -, investigou o sistema das abelhas e
capturou a neblina e o orvalho. Agora, também no rastro onírico da memória, Baltar
faz do oceano seu espaço íntimo. “Pensado no mar e na palavra quimera descobri
que nas profundezas todos os seres são híbridos”, diz.
Em a Carne do Mar, com curadoria de Marcelo Campos, a artista traz 12
esculturas de cerâmica ou porcelana esmaltadas, realizadas em 2017. As obras
imprimem narrativas diversas em elementos do universo marinho. Diferentes
significados são atribuídos a conchas, como em A concha triste, O berro da
concha, A concha fantasma ou na série Vaginas.
Em outras, como em As lambidas do mar,
ela cria esculturas que remetem a ornamentos da porcelana portuguesa, como a
resgatar um mar histórico, o mar que nos descobriu.
“Das
experimentações, além do interesse por buscar cores abissais, as peças
apresentam uma riqueza nos avessos rosas e azuis profundos. Aproximam-se,
então, formas e elementos corpóreos, quase-órgãos, como vaginas, bocas,
narizes, olhos. A artista se coloca a perscrutar as queimas do material e suas
surpresas, a mudança de brilho e tonalidade, as fissuras, a transparência”,
afirma o curador.
Brígida
Baltar (1959, Rio de Janeiro) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde fez sua
formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Deu início a sua carreira
na década de 1990, com pequenos gestos poéticos em sua casa e ateliê.
Participou de diversas bienais, entre elas a 25ª Bienal de São Paulo (2002);
17ª Bienal de Cerveira, em Cerveira, Portugal (2013); The Nature of things —
Biennial of the Americas, em Denver, EUA (2010); Panorama de Arte Brasileira
(Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil (2007) e 5ª Bienal de
Havana, em Cuba (1994). Seus trabalhos foram apresentados em diversas
exposições internacionais, como: Cruzamentos: Contemporary art
in Brazil, Wexner Center for the Arts, Columbus, EUA (2014); SAM Art Project, Paris, França (2012); The peripatetic school: itinerant drawing from Latin America,
Middlesbrough Institute of Modern Art, Inglaterra, (2011); Museo de Arte del Banco de la República, Bogotá,
Colômbia, (2012); e Constructing views:
experimental film and video from Brazil, New Museum, Nova York,
EUA (2010). Sua obra está representada em diversas coleções, incluindo:
Colección Isabel y Agustín Coppel, Cidade do México, México; Museum of
Contemporary Art, Cleveland, EUA; Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Brasil;
Middlesbrough Institute of Modern Art, Middlesbrough, Inglaterra; Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São
Paulo, São Paulo, Brasil; entre outras.
Exposição: A
Carne do Mar – Brígida Baltar
Abertura: Sábado, 24 de fevereiro, às 11h
Visitação: até 24 de março, 2018
De segunda a sexta das 10h às 19h e sábado das 11h às 15h
Galeria Nara Roesler
Av. Europa,
655 – São Paulo. Tel - 2039-5454
Informações à
imprensa
Pool de Comunicação – Marcy Junqueira
55 (11) 3032 1599
Martim Pelisson
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