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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Arte da rua



Chalie Brown Jr - Ela vai voltar


Escolhi esta música por ser de artistas saídos da rua que conquistaram o grande público.

Este é o comentário que me deu mais trabalho até agora para ser feito, pois além da pesquisa das imagens, fiz também algumas outras acessórias para poder chegar a um bom resultado.
A exposição levada no MASP "ARTE URBANA CONTEMPORÂNEA - DE DENTRO PARA FORA / DE FORA PARA DENTRO", com artistas surgidos na rua, através do grafite, é uma novidade no museu, sempre tão sisudo e formal em suas mostras anteriores.
O porão do prédio foi utilizado para ela, não dispondo assim das salas mais nobres do museu, aproveitando ao máximo um belo espaço.
São seis os artistas convidados, todos eles de alguma maneira ligados à galeria Choque Cultural; farei a seguir meus comentários e impressões de cada artista, com suas imagens.

1. Stephan Doitschinoff

Foi o artista que mais gostei, e apesar da informação de que é um artista autodidata, fica claro que ele teve aulas desenho e pintura, pois nas obras do Painel de Desenhos, foram deixados os traços de perspectivas, utilizados na criação; e o uso das cores e dos pincéis nas telas demonstram uma técnica aprimorada.
Ele se apropria e aprimora os mitos, apresentando uma certa fixação pela morte.
Me parece um artista que há muito abandonou as ruas, gravitando o universo das galerias.







2. Tuti Freak

Achei o mais sombrio dos artistas, com obras de qualidade que gostaria de ter em casa.
É clara a influencia dos quadrinhos em seus desenhos, até porque sua formação é deste universo; é um pintor que consegue perfeitamente passar as emoções dos personagens, notadamente uma angustia e certo desespero.
Produz uma arte eclética, não se fixando em uma unica maneira de expressão.







3. Ramon Martins

Também gostei bastante deste artista, que executa trabalhos sofisticados, misturando com sucesso técnicas diferentes numa mesma tela.








4. Zezão

O mais enigmático deles, onde seu suporte, basicamente são as paredes mais improváveis.
Suas obras estão mostradas em fotos de seus trabalhos, com duas ou três simulações dentro do museu.
É bem interessante o cenário de uma galeria de esgotos, que nos traz o efeito claustrofóbico de trabalhar num espaço fechado e restrito.




5. Daniel Melim

Um artista que fez o caminho inverso, com boa formação acadêmica, acabou abraçando a arte do grafite.
Usa basicamente a técnica do estêncil, reproduzindo suas figuras em vários lugares e situações.
Com duas instalações bastante agradáveis de se ver.





6. Carlos Dias

É a maior decepção da mostra.
Um artista intitulado autodidata que não se aprimorou, uma pena.
Agora, parece que tem um ídolo, Jean-Michel Basquiat, em sua pior fase.
Assina "ASA" ( ao seu alcance), como SAMO (same old shit) de Basquiat e faz absolutamente os mesmos desenhos, agressivos e infantilizados.
Será que não existe originalidade? Porque não buscar uma linguagem própria, criando sua identidade.
Um desperdício de espaço, pois suas telas ocupam a maior extensão da exposição.















2 comentários:

  1. Desses só conheço a arte de Zezão.
    Já vi várias reportagens na tv sobre os esgotos por onde ele anda. Difícil de ver esse tipo de arte in loco. Só através de foto mesmo.
    Abç
    Márcia

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  2. Querido Macário, até pouco tempo eu era completamente ignorante a respeito de arte de rua. Meu filho pichou na dolescência e quase morri de desgosto, pode? Hoje, com 23 anos, ele é um artista do estêncil em Natal. Conheci um amigo dele, Binho Duarte, também artista de rua, e me permiti reeducar o olhar preconceituoso. Hoje gosto muito desses trabalhos e, diferente de você, tenho alguns "trampos" dos dois em meu Ap. Aliás, Binho é bastante sombrio e se aproxima muito do traço de Tuti. Vou te mandar algumas imagens. A sala nobre do museu não é e nunca deveria ser o espaço para esse estilo. O porão reforça a independência e o radicalismo desses artistas. Bjos

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