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terça-feira, 1 de junho de 2010

Igrejas de Madeira do Paraná

Foram inauguradas neste fim de semana novas exposições de fotos na Caixa Cultural, que hoje está se transformando num templo da boa fotografia em São Paulo.
A primeira, e a que mais gostei foi essa, Igrejas de Madeira do Paraná, de Nego Miranda.
O artista procura nos mostrar os monumentos feitos pelos imigrantes europeus, polonesês, italianos, lituanos, alemães, etc, que foram para o sul de nosso país, inicialmente para explorar nossa riqueza florestal.
Isto resultou na extinção de imensas áreas nativas, que depois se transformaram em lavouras de café, e agora se tornaram um mar de soja, quase que desaparecendo com a Araucária, o único pinheiro nativo no Brasil.
Lembro me que quando criança, morávamos no pioneiro norte do Paraná, em Apucarana, onde todas as casas eram feitas de madeira, e somente os banheiros e parte da cozinha eram construídas em alvenaria.
Como fazia frio no inverno!; vários acidentes ocorriam em incêndios causados por tentativas de aquecer as moradias.
Devido a abundância da matéria-prima e a destreza e maestria do artesãos imigrantes, foram construídos vários templos, que se preservaram e hoje são o testemunho daquela época em que não se pensava no futuro e sim na sobrevivência imediata.



Capim - Djavan

Abaixo das imagens fornecidas pela Assessoria de Imprensa da Caixa Cultural, carregadas em alta definição, o "press-release".








CAIXA CULTURAL SÃO PAULO APRESENTA IGREJAS DE MADEIRA DO PARANÁ
Exposição com fotografias de Nego Miranda realça a expressividade da arquitetura de construções dos séculos XIX e XX
Igrejas de Madeira do Paraná é o nome da exposição de fotos que será exibida na Caixa Cultural São Paulo a partir do dia de 29 de maio. A mostra compõe um amplo e longo trabalho de pesquisa realizada pelo fotógrafo Nego Miranda e pela arquiteta Maria Cristina Wolf de Carvalho. Esse trabalho resultou no segundo livro dos dois profissionais e tem o mesmo nome da exposição.
A exposição tem como objetivo central revelar aos brasileiros os marcos mais expressivos de uma arquitetura que povoou o sul do Paraná no final do século 19 e boa parte do século 20. A madeira nas construções e, em especial, na construção de igrejas é a marca da presença de ucranianos, poloneses, italianos e alemães no Paraná.
Entre os vários templos registrados no livro, Miranda destaca a igreja ucraniana Imaculada Conceição, construída em 1911, no município de Antônio Olinto. “Quando avistei a igreja ainda no caminho para o local, achei que tinham me enganado”, relata o fotógrafo. “Poderia jurar que aquela obra era de alvenaria, pela sua grandiosidade e beleza. Quando cheguei ao local, vi que a igreja era mesmo de madeira e fiquei impressionado com seu estado de conservação.”
Os registros fotográficos de Miranda são acompanhados pelos textos de Maria Cristina Wolff de Carvalho, que explicam e fundamentam as tendências arquitetônicas presentes nas igrejas e exaltam os detalhes mais relevantes de cada construção.
As fotos de Igrejas de Madeira do Paraná permanecem na Caixa Cultural São Paulo até o dia até 04 de julho de 2010. A exposição abre de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca.
Sobre Nego Miranda
Carlos Alberto Xavier de Miranda nasceu em 1945, em Curitiba (PR). Começou a expor seu trabalho nos anos 70, participando, desde então, de eventos no Brasil, na Argentina, em Cuba, na França e em Portugal. Já foi premiado no 2.º Salón Internacional de Fotografia-Cuba, no 2.º Concurso Ilford/Micro de Fotografia P&B, no Concurso Turismo no Paraná, na Bienal de Fotografia Ecológica do Rio Grande do Sul e no Museu do Mate do Paraná. Nego Miranda também publicou sua obra em revistas como a Et Cetera (da Travessa dos Editores) e a Revista Gráfica; também participou do livro A História do Mate, de Teresa Urban; e da publicação britânica de fotógrafos brasileiros Contemporary Brazilian Photography. Entre as coleções e acervos que mantêm trabalhos seus estão os da Fundação Cultural de Curitiba, do Museu da Fotografia de Paris, da Coleção Joaquim Paiva, do Fundo Cubano de La Imagem Fotográfica, do Instituto Cultural Itaú e da Coleção MASP-PIRELLI. Ao lado de Maria Cristina Wolff de Carvalho, é autor do livro Paraná de Madeira, lançado em agosto de 2005 e Igrejas de Madeira do Paraná, lançado em dezembro de 2005. Com Teresa Urban editou os livros Engenhos e barbaquás (1998) e Morretes meu pé de serra (2007).
Sobre Maria Cristina Wolff de Carvalho
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFPR, em 1981, Cristina Wolff é, desde 1996, doutora pela FAU-USP. Professora da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), já lecionou nas faculdades de arquitetura e urbanismo Mackenzie e na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Trabalhou como chefe da Divisão de Preservação do Patrimônio Arquitetônico do Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo. Também foi arquiteta do quadro do Serviço Técnico de Conservação e Restauro do Conselho de Defesa do Patrimônio Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado, entre várias outras atividades profissionais. É autora do livro A Arquitetura de Ramos de Azevedo (Edusp, 2000), baseado em sua tese de doutorado sobre o arquiteto e dos livros Paraná de Madeira e Igrejas de Madeira do Paraná, lançados em 2005, em parceria com Nego Miranda.
Serviço:
Exposição Igrejas de Madeira do Paraná, de Nego Miranda e Maria Cristina Wolff de Carvalho.
Exposição
Abertura para convidados e imprensa: dia 29 de maio de 2010, às 11h
Visitação: de 29 de maio a 04 de julho de 2010
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Betetto - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada: franca
Recomendação etária: livre
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

4 comentários:

  1. Macário que trabalho magnífico dessas obras! Fiquei encantada!
    As fotos são fantásticas.
    Adorei o post, principalmente todo o apanhado histórico para nos contextualizar!
    Parabéns!
    bjs

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  2. macário, há três anos que sai de sp, quando vejo estas exposições me dá uma dá uma saudade medonha...

    muito bom o seu texto, elucidativo, sem ser chato ou entediante. apesar de não ser católica adoro igrejas, de uma beleza plástica incrível e única.

    uma pena é serrarem nossos cerrados e araucárias e tudo o mais. em pensar que isso se faz em nome do 'progresso'...

    um beijo.

    p.s.: adorei o menescal ;)

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  3. Olá Prof Macário visitei sua exposição e achei surpreedente, mas fiquei curioso por uma foto qual retrata uma cruz com uma extensão bastante diferente, perguntei a monitora Larissa de ela conhecia e ela comentou que realmente se trata de um curiosidade da qual ela não sabia responder..Prof,saberia responder-me do que se trata essa cruz...Agradeço desde agora...

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  4. Olá blinhas, primeiro um esclarecimento, esta exposição não é minha, fui até ela como você, para apreciá-la, o artista como dito no comentário é Nego Miranda.
    Quanto à sua dúvida fui ver as fotos e percebi que as extensões, são várias as cruzes que a possuem, não são mais do que para-raios, se você ganhou o catálogo desta mostra, poderá ver que há várias igrejas, com prolongamentos nas cruzes postadas nos lugares mais altos.
    Portanto não deve haver nenhum "Código" por traz deste detalhe, mas é sempre muito bom saber que existe pessoas atentas ao que lhes é apresentado. Parabéns.
    Em tempo, apesar de gostar, não sou professor, e se tiver tempo, veja os outros posts do meu blog, que apresentam minhas impressões e comentários sobre as exposições que vi.
    Abraços,

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