CENTRO DA CULTURA JUDAICA APRESENTA EXPOSIÇÃO DE CANDIDO PORTINARI
Programação inclui lançamento de catálogo com toda a série de pinturas, desenhos e esboços produzidos pelo artista após sua viagem a Israel, em 1956
No mês de junho, o Centro da Cultura Judaica abre suas portas para a obra de um artista que é considerado referência das artes plásticas brasileiras no século 20, Candido Portinari. A grande atração, que será inaugurada dia 16 de junho, é a exposição da Série Israel com pinturas, desenhos e esboços feitos pelo artista após sua viagem à Terra Santa, em 1956. Juntamente com essa importante mostra, o Centro dá início ao novo projeto de ocupação integral de seu prédio, abrindo todos os seus espaços para a visitação do público, com o intuito de integrar a programação ao tema principal: Candido Portinari em Israel. Para coroar essa exposição, um catálogo inédito com todas as obras da Série Israel será editado pelo Centro da Cultura Judaica.
Na criação dessa série, Portinari recuperou toda a sua memória emocional e a colocou em contato com a realidade de um povo movido por um ideal de ressurreição nacional, pelo sonho de criação de uma nova sociedade e pela luta por um novo modo de organização e divisão de trabalho. Foram tantas as novas impressões em sua visita que o artista retomou o prazer de pintar após um bom período sem exercer a atividade em consequência de um problema de intoxicação provocado pelas tintas.
Ao todo, foram cerca de 122 obras sobre Israel, entre desenhos, esboços e pinturas, que resultaram na edição de um livro especial no ano seguinte ao de seu retorno, em 1957. O catálogo, produzido por seu grande amigo, escritor e crítico de arte italiano, Giuseppe Eugenio Luraghi, ainda foi reeditado em 59.
A Série Israel, de Portinari, apresentada pelo Centro da Cultura Judaica é a mais completa já montada. A exposição, que tem a curadoria de João Candido Portinari (Projeto Portinari), a co-curadoria da professora Maria Luiza Tucci Carneiro, a coordenação-geral de Noélia Coutinho (Projeto Portinari) e a cenografia de Pedro Mendes da Rocha, conta com 60 obras, entre esboços feitos durante a viagem e desenhos e pinturas criados após seu retorno ao Brasil.
O trajeto planejado para a mostra inicia-se no térreo do Centro da Cultura Judaica, onde o visitante terá a oportunidade de ver a contextualização de toda a série, por meio de uma cronologia tripla, que focará a vida de Portinari, rememorando sua infância em Brodowski, a mudança para o Rio de Janeiro, seu reconhecimento como um grande artista e a sua morte, intoxicado pelas tintas. Será apresentada também a conjuntura nacional e internacional na década de 50, com toda a realidade política, histórica e cultural da época. O primeiro andar abrigará a aclamada exposição, com pinturas, esboços e desenhos organizados pela curadoria do projeto.
O curso de hebraico oferecido pelo Centro também pega carona na visita de Portinari a Israel e traz artigos escritos em hebraico publicados na época, para serem traduzidos durante as aulas. No auditório, bate-papos e encontros discutirão a obra e a vida de Portinari e de outros reconhecidos artistas. Além disso, toda a programação do mês, como Cine-Gastronomia, Contação de Histórias e outras atividades, terão como tema principal a exposição em questão. Já o teatro apresentará concertos musicais em homenagem ao pintor, e Benjamim Taubkin, em conjunto com Marcelo Jaffé, farão um show com um repertório inspirado no movimento modernista.
Série Israel - Candido Portinari
Apresentação: Itaú
Realização: Centro da Cultura Judaica e Projeto Portinari
Patrocínio: REDECARD e Veolia Water Solutions & Technologies
Apoio: Arabia, Grupo GR e O Boticário
Projeto realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet
macário, portinari é um dos meus santos brasileiros. tive o prazer de conhecer sua casa e as igrejas de batatais, a capelinha que fez pra sua avó que não podia mais andar, cheia de rostos familiares nos santos católicos... uma beleza.
ResponderExcluirah, talvez eu vá a sp nos p´roximos dias. tomara mesmo, vale o portinari demais.
parabéns pela belíssima postagem, já estava com saudade.
beijos.
Fiquei babando ao ver as obras.
ResponderExcluirO que mais gosto em telas é que elas parecem portais.
bjs
Macário, obrigada pela dica! Eu realmente não havia pensado em declamar os meus poemas, uma idéia bastante interessante.
ResponderExcluirGostaria de poder estar mais perto deste abraço cultural paulistano, mas com certeza quando tiver a oportunidade irei prai.
E, claro, obrigada pelas visitas ao blog!
Beijos