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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Como é possível formar leitores?

A foto abaixo, tirada ontem de uma vitrine da Saraiva, ilustra bem o contra senso entre o discurso e a prática dos gestores de nossa política cultural.

O mesmo livro, impresso no exterior, em luxuosa encadernação de capa dura, sendo vendido a R$ 37,90, e a edição brasileira, encadernada modestamente, vendida a R$ 59,00.

A obra importada, feita com maior requinte, custa 35% menos do que a impressa aqui, mesmo tendo pagado todos os encargos inerentes a este processo.

Também já tinha reparado que as obras de escritores nacionais, em edições similares, são vendidas a um preço maior do que as de autores estrangeiros.

Porque isto?


A música que acompanha o texto é mais um clássico de nosso maestro soberano, também muito cultuada e pouco executada.



Surfboard - Antônio Carlos Jobim



2 comentários:

  1. Maca,

    Existem varias razoes, mas a mais economica e pragmatica eh " economia de escala".

    Um livro em Portugues vai vender so no mecado Brasileiro e (talvez) no Portugues, uma vez que as vendas em outros paizes Lusofonos eh irrelevante. Portugal tem uma populacao comparavel a Republica Checa...

    A lingua-franca do mundo eh Ingles. Um titulo publicado naquela lingua vai vender nao so nos paises anglofonos nativos, mas em todo o mundo.

    Assim um livro que em Portugues custaria (digamos) R$20 para ser publicado, em Ingles custara US$2 ou US$5.

    Com certeza, e-books vao reduzir em MUITO este custo, e (espero que) consequentemente os precos.

    That's Cultural Economics...

    Abracao,

    Aldo

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  2. Oi Macário, boa observação!
    Antes de entrar no mundo dos blogs e conhecer pessoas fabulosas que escrevem, ficava me questionando onde estariam os autores nacionais?! Hoje vejo o quanto se tem publicado e o quanto a luta dos autores nacionais é grande e travada a todo instante. Não existe investimento por parte da nossa politica cultural para com os escritores brasileiros, por outro lado, um país em que a maioria das pessoas ganham "salário-mínimo" é cobrado por um livro nacional um absurdo, bloqueando de certa forma nossa possibilidade de comprar mais, consequentemente de ler mais.
    Eu sinto tristeza por isso, pois todos os dias vejo gente boa, muito boa aqui nesse espaço produzindo material de qualidade sem ser reconhecido como tal.

    Gostei da sua reflexão!

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