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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Atraque - Rodolpho Parigi

Que satisfação conhecer um artista ainda jovem que produz uma arte muito agradável aos sentidos e ver experimentos e ousadias feitos por quem tem uma sólida base teórica.

Desenhos e pinturas que ao mesmo tempo surpreendem e agradam, fazendo-nos refletir e apreciar com vagar os trabalhos, instigantes e ao mesmo tempo delicados.

As obras, todas feitas em tons de rosa, em vez de estranhar, causam uma sensação de calor, de proximidade com os temas.

Na vernissage temos a grande vantagem de poder falar com o artista e perceber a reação das pessoas perante ao exposto.

Tive a oportunidade de perguntar a Rodolpho como era seu processo criativo, quando ele me explicou que, pelo menos os quadros da mostra eram colagens de imagens que lhe vinham à mente, que ele transpõe ao trabalho com seus espetaculares desenhos.

Sempre me senti intimidado em ver exposições em galerias, pois tenho a impressão que os empresários vêem o visitante mais como um potencial comprador do que um simples diletante, mas neste caso, não sei se pela quantidade de pessoas no evento, ou pela cordial acolhida dos anfitriões, pude desfrutar plenamente desta mostra.

Para acompanhar o comentário uma música de Grace Jones, que é representada em duas obras deste evento.



Grace Jones - Slave To The Rhythm

Abaixo das imagens fornecidas pela assessoria de imprensa dos curadores, o press-release.






ATRAQUE - RODOLPHO PARIGI

NA GALERIA NARA ROESLER

Abertura: 18 de fevereiro, às 20h – até 19 de março de 2011

O paulistano Rodolpho Parigi (São Paulo, 1977) apresenta Atraque, sua segunda individual na Galeria Nara Roesler. A exposição reúne pinturas em grandes e pequenos formatos, bricolagens, desenhos em papel, uma escultura, além de um work in progress desenvolvido, em parte, nas paredes da galeria. Nestes trabalhos realizados em 2010/2011 suas pesquisas tomam a história da arte, a música e o corpo como referências para a criação de obras que misturam elementos do passado, com o seu presente/futuro.

Acostumado com as cores vibrantes, Parigi atualmente trabalha com uma palheta que privilegia o magenta, o vermelho e o pink. Seu processo criativo parte da manipulação de formas e figuras reconhecíveis para chegar a imagens irreais ou ainda “figurações inventadas”. Segundo Parigi, essa operação é similar a uma mixagem musical, em que são coletadas e arquivadas imagens, textos e ideias para, a partir dessa combinação de elementos, desenvolver seus trabalhos.

A carreira do artista é marcada pela produção de pinturas em grandes formatos. Sua prática de trabalho consiste em várias horas de desenhos antes de iniciar uma tela. A execução vem depois desse exercício, que também se completa com uso do computador como ferramenta. Em seus trabalhos criados entre 2007 e 2009, já fica evidente a predominância das cores intensas, além de uma temática urbana em composições abstratas fragmentadas e velozes, com grande qualidade técnica e conceitual.

Com elementos suficientes em sua trajetória para ser considerado um dos novos expoentes da arte contemporânea brasileira – com trabalhos em acervos permanentes de importantes museus, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM-BA e ainda em diversas coleções privadas nacionais e internacionais – Parigi, em 2010, fez residência na Cité des Arts, em Paris, e teve sua primeira individual na Europa, na Galeria AMT | Torri & Geminian, em Milão.

Exposição: Atraque – Rodolpho Parigi

Abertura: 18 de fevereiro, às 20h (convidados)

Até 19 de março de 2011

De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h.

Galeria Nara Roesler | galeria térreo

Av. Europa, 655 – São Paulo. Tel: 11.3063-2344

Site: www.nararoesler.com.br / E-mail: galeria@nararoesler.com.br

Informações à imprensa:

Pool de Comunicação – Marcy Junqueira

Marcy Junqueira marcy@pooldecomunicacao.com.br

Martim Pelissson martim@pooldecomunicacao.com.br

Fone: 11.3032-1599 Fax: 11.3814 –7000


4 comentários:

  1. Quando vejo uma obra de Rodolpho Parigi penso na palavra "intenso". Toda ela existe no limite de nossa consciência, tudo nela balança sob o abismo da realidade. Elas são inquietantemente reinventadas dentro do espaço a elas concedidas e ali acontecem avassaladoras.

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  2. Que obras interessantes... disse bem o comentário acima, "intenso". Das expostas, gostei muito da terceira. Não exagero, pensei ser a obra uma influência de Picasso em Guernica.

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  3. Muito interessante as obras. Fico impressionada como você encontra tanta coisa viva! adoro!

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  4. Macário tenho um selo pra vc, mas estou constrangida em te dar, pois é um selo muito meigo e talvez a sua masculinidade fique ofendida e eu não quero isso. Portanto se vc aceitar eu te dou e escrevo lá no meu blog sua referencia.

    Rsss.

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