Não tanto pela parte da dramaturgia, correta em sua simplicidade de figurinos e cenários e com um desempenho dos atores acima da média, mas pela parte musical.
Executada com uma incrível competência, na formação completa pedida pela obra, nos enleva e nos coloca dentro das cenas.
Um espetáculo que merece uma temporada completa em alguma das unidades do SESC ou em teatros como o Folha ou o Alfa, notórios por montagens infanto-juvenis de sucesso de público e crítica.
Maria Lydia com o ator Fausto Franco
Escolhi a música de abertura do espetáculo, com a condução do próprio Stravinsk.
"Histoire du Soldat" Suite - I. Marche du Soldat - Stravinsky Conducts Stravinsky
Esta é uma das obras-primas do século 20 para pequena formação de orquestras e se situa entre a fase russa e a neoclássica do compositor Igor Stravinsky (1882-1971). Composta em 1918, com texto do suíço Charles-Ferdinand Ramuz, tem estrutura musical para sete músicos (violino, contrabaixo, clarinete, fagote, trombone, trompete ou corneta e percussão) e estrutura narrativa para três personagens (diabo, soldado e narrador). No enredo, o soldado dá seu violino ao diabo em troca de um livro que poderia prever o futuro. Os instrumentos possuem um forte simbolismo que tem atravessado o imaginário de muitas gerações: o violino representa a alma do soldado, a percussão as peripécias do diabo, e assim por diante. O genial compositor, assim, utiliza os instrumentos com papéis cênicos bem claros e delimitados, teatralizando-os com ironia e graça. Teatro.
FICHA TÉCNICA:
Música: Igor Stravinsky
Libreto: Charles-Ferdinand Ramuz
Idealização, direção musical e regência: Maury Buchala
Arregimentação musical: Rubens Dedonno
Direção cênica e adaptação: Marcelo Romagnoli
Elenco: William Amaral (narrador), Fausto Franco (Diabo) e Ricardo Henrique (Soldado)
Músicos: violino - Flávio Geraldini; contrabaixo - Ruy Deutche; clarinete - João Francisco Correia; fagote - Mariana Bergsten; trompete - Leandro Lima; trombone - Paulo Santos; e percussão - Gláucia Figueiredo
Cenografia e iluminação: Marisa Bentivegna
Figurinos: Chris Aizner
Tomara que venha para o Sesc Sorocaba!! Vou ficar de olho para poder conferir o que você falou! Bjs,
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