Escravo segurando tocha, Rio de Janeiro, lápis, bico de pena e aguada sépia, 1825-1826
Corcovado visto da Capela da Conceição, Rio de Janeiro, aquarela, 1825-1826
Imperatriz Leopoldina, bico de pena, 1825-1826
Cidade nova vista do morro do Livramento, Rio de Janeiro, aquarela realçada com branco, 1825-1826
Entrada da barra do Rio de Janeiro vista da praia Vermelha, lápis e aquarela, 1825-1826
IMS-SP abre exposição com desenhos e aquarelas do inglês Charles Landseer feitas durante viagem de Portugal ao Brasil entre 1825 e 1826
O Centro Cultural do IMS
Com curadoria de Leslie Bethell, professor emérito de história latino-americana na Universidade de Londres, a exposição reúne cerca de 90 desenhos e aquarelas e mais dois óleos, estes últimos feitos pelo artista anos após a missão, baseando-se nos registros feitos em Brasil e Portugal.
Charles Landseer (1799-1879) é considerado um dos mais importantes artistas viajantes que visitaram o Brasil nas duas décadas posteriores a 1808 – como Nicolas Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Thomas Ender, Johann Moritz Rugendas, Augustus Earle e o botânico William John Burchell, este também integrante da missão Stuart.
Durante os três meses que passou em Portugal, Landseer fez mais de 90 desenhos e aquarelas dos mosteiros, igrejas, palácios e castelos de Lisboa e das localidades vizinhas, assim como do povo das ruas lisboetas: marinheiros, barqueiros, camponeses, trabalhadores, mendigos, padres e frades.
Já no Rio de Janeiro, onde permaneceu por cinco meses, o artista produziu mais de uma centena de desenhos e aquarelas. Ali foi a natureza tropical o que mais o impressionou, assim como a escravidão urbana – os cativos africanos que trabalhavam como criados domésticos, carregadores e artesãos.
Landseer também acompanhou Stuart em viagens pelo litoral, ao norte e ao sul do Rio de Janeiro, e registrou as paisagens e os moradores das cidades por onde passaram: Recife e Olinda, Salvador, Vitória, Desterro (Florianópolis), Santos e São Paulo. Por fim, na viagem de regresso à Inglaterra, fez ainda vários desenhos dos Açores e de sua população.
Livro: Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826
A publicação, com mais de 200 imagens, funciona como uma narrativa visual do trajeto feito por Landseer, em que cada capítulo representa uma etapa de sua viagem. Bilíngue (inglês/português), o livro tem texto de introdução de Leslie Bethell, que contextualiza a produção artística de Landseer com o cenário histórico da época, vivido entre Brasil, Portugal e Grã-Bretanha.
Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826 236 pp. ISBN: 978-85-86707-49-0 21 x R$ 140,00 |
Sobre Charles Landseer:
Landseer recebeu rigorosa formação de seu pai, o gravador John Landseer, de professores particulares e na Academia Real
De volta à Inglaterra, sir Charles Stuart insistiu em ficar com o caderno de desenhos de Landseer, alegando sua condição de chefe da missão. O caderno permaneceu então sob a guarda da família Stuart, no castelo de Highcliffe, por quase um século. Somente em 1926 seria adquirido pelo empresário e colecionador carioca Guilherme Guinle, que, antes de morrer, em 1960, presenteou o sobrinho – o banqueiro Cândido Guinle de Paula Machado – com o que se tornara conhecido como Álbum Highcliffe. Em 1999, o álbum foi incorporado ao acervo do Instituto Moreira Salles.
Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826
Exposição: De 10 de maio a 10 de julho
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h
Sábados e domingos, das 13h às 18h
Entrada franca.
Classificação livre.
Instituto Moreira Salles - São Paulo
Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis.
Tel.: (11) 3825-2560
Informações para a
Priscila Oliveira - (11) 3371-4460
Muito boa a divulgação, agora foi possível acessa-la muito bem. Gosto quando faz citações de livros, estarei procurando por esse. Abraço!
ResponderExcluir