Visualização de vídeos

Os vídeos e músicas postados neste espaço podem não ser visualizados em versões mais recentes do Internet Explorer, sugiro a utilização do Google Crome, mais leve e rápido, podendo ser baixado aqui.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Chaplin e a sua imagem

O maior cineasta de todos os tempos? Foi um mestre no cinema mudo e passou incólume pela transformação do cinema falado. Fez filmes eternos que nunca serão esquecidos, numa época que só havia a película cinematográfica; sem auxílio de computadores, as cenas eram todas filmadas na "raça", com todos os possíveis riscos aos atores.

Foi também o criador do cinema independente, quando fundou com seus colegas a United Artists, onde tomou as rédeas de seu processo criativo.

Sua longeva carreira teve a tentativa de mácula pela meritocracia americana que por suas idéias esquerdistas, o obrigou ao exílio. Chaplin preservou seu carisma e história, diferente de outros artistas que foram condenados ao ostracismo, mesmo sendo talentosos e produtivos. Incrível como os "crimes" de consciência ainda persistem nos dias de hoje e sempre.

Chaplin mereceu uma cinebiografia, um grande filme que foi o ápice da carreira de Robert Downey Jr., em que podemos ter uma grande visão sua vida, carreira e intimidade.

Em mais uma magnífica instalação o Instituto Tomie Ohtake nos brinda com momentos de sonho e magia, com imagens e cenas de sua carreira, fazendo com que tenhamos vontade de rever ou conhecer suas obras que são imortais.

Além de um grande contador de histórias, era também um grande compositor, com músicas eternas que até hoje são clássicos, estando no nosso imaginário, mesmo dos mais jovens, que não tem ideia de que Smille e Luzes da Ribalta, entre outras, são de sua autoria.

Pelo ecletismo e excelência das mostras, o Instituto Tomie Ohtake virá a ser, se já não o é, um dos mais importantes centros culturais e de cidadania do país. Que continue assim.

Diferente de outras matérias, este post vai com duas de suas músicas .


Abaixo das imagens, o "press-release" fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.





Smile - Nat King Cole




Luzes da Ribalta








Chaplin e a sua imagem

Abertura: 19 de outubro, às 20h – até 27 de novembro de 2011

Chega ao Brasil pelo Instituto Tomie Ohtake a primeira grande exposição concebida a partir dos arquivos da família Chaplin que conta a história de Charles Chaplin - ator e figura pública – confrontando o homem e a sua imagem, ao mostrar como foi criado o mito. Com curadoria de Sam Stourdzé e organizada com o apoio da Chaplin Association, juntamente com a Cineteca del Comune di Bologna – projetto Chaplin, e MK2, a mostra Chaplin e a sua imagem já foi exibida em alguns países europeus, nos Estados Unidos e no México.

A exposição


· uma profusão de filmes e material de documentário


O arquivo fotográfico dos Estúdios Chaplin

A exposição apresenta mais de 200 fotografias, que compreendem stills da produção e fotografias de estúdio - de forma muito original. As fotografias são cercadas e acompanhadas de uma série de pequenas gravuras modernas que se desdobram como sequências cinematográficas. Os múltiplos níveis de interpretação daí resultantes sugerem montagens que acabam por contextualizar as diversas facetas de Charles Chaplin.


O Álbum de Keystone

Em exposição inédita ao público, o Álbum de Keystone, em homenagem ao primeiro estúdio em que Chaplin trabalhou, é um objeto único e original. Cada uma das chapas é composta de fotogramas acompanhados por textos manuscritos que remetem às histórias dos primeiros 35 curtas em que Chaplin atuou, em 1914. Testemunha-se com este material o desenvolvimento gradual do personagem Carlitos, de um Chaplin que contava 25 anos incompletos.


Trechos dos filmes

No intuito de estabelecer um diálogo real entre imagem fixa e em movimento, quinze telas e oito projeções apresentam itens selecionados da obra de Chaplin como trechos ou montagens que se contrapõem às fotografias. Entre eles:

- Um “making of” em cores filmado no final da década de 1930 pelo irmão de Chaplin, Sydney, durante as filmagens de O Grande Ditador.

- Uma tomada com mais de oito minutos de duração de Luzes da Cidade, em que Charles, somente com um pequeno pedaço de madeira, dá uma demonstração maravilhosa de quantos elementos cômicos podem ser extraídos de uma situação simples.

- O filme How To Make Movies, de 1918 e jamais exibido na época, que mostra um pouco dos bastidores dos Estúdios de Chaplin.

- Filmes caseiros em cores, produzidos em 8 mm, onde se vê um Chaplin já grisalho, cercado por seus filhos e reencenando as peripécias que o tornaram famoso.


Obras de artistas

O Vagabundo tornou-se um ícone para os movimentos artísticos que eclodiram nos anos 10 e 20 para abalar as estruturas da antiga cidadela das artes. Incorporando as principais preocupações dos movimentos vanguardistas, Chaplin nutria verdadeira fascinação por artistas como Fernand Léger. A exposição mostra como Fernand Léger apropriou-se da imagem de Carlitos.


Cartazes de coleção

O cartaz é um meio de comunicação cujo impacto depende da clareza e do efeito imediato produzido por sua mensagem. Na mostra, cartazes originais retratam a evolução da imagem de Carlitos desde o nascimento até a morte do personagem.

· Quatro principais temas se destacam a partir dos filmes e outros materiais que compõem a exposição:


A criação de Carlitos

As fotografias e trechos de filmes nos permitem reconstruir a formação gradativa e consolidação do personagem Carlitos. Carlitos não foi sempre o vagabundo triste, solitário e extremamente humano, tão profundamente enraizado na memória coletiva. Pelo contrário, o Carlitos pela primeira vez exibido na tela, em 1914, revelava uma figura trapaceira, estúpida e antipática, com grande inclinação pela mulher do vizinho, que aplicava golpes em seus próprios comparsas, truques sujos em geral, além de pontapés dissimulados, sempre e onde quer que pudesse fazê-lo. O personagem não seria diferente até a produção do longa The Kid (O Garoto, 1921).


Chaplin como cineasta

De volta a uma locação, retomando a construção de uma cena, desnudando a mecânica de uma peripécia ou a coreografia de um movimento: são esses os detalhes que nos permitem vislumbrar a preocupação de Chaplin em fazer as coisas do jeito certo. Chaplin foi universalmente aclamado como um ator, mas por trás da figura central de Carlitos, se encontra a de um grande cineasta.


Da fama ao exílio

No auge da glória, Chaplin optou pelo engajamento, e da década de 1930 em diante, seus filmes foram notadamente marcados por elementos de crítica social. Seria este o marco de seu lento processo de divórcio com relação ao público. Em 1952, no navio que o levava para a Inglaterra, Chaplin foi informado de que seu visto americano não seria renovado. Ele passaria então a viver na Suíça com Oona, sua última esposa, e seus oito filhos.


Fala Chaplin, morre Carlitos

Chaplin adiou a data fatídica o máximo que pôde. Em Luzes da Cidade (1931), seguiu alegremente protagonizando um personagem cujo mundo era mudo. Ao final de Tempos Modernos (1936), se vê Carlitos, agora pronto para fazer-se ouvir, lançar-se em uma canção cuja letra havia esquecido: o público descobre sua voz sem entender uma única palavra. Finalmente, decidindo, em 1940, encarar abertamente um assunto sério, permite que Carlitos fale, no que seria o último papel do personagem. E o discurso tanto tempo reprimido é entregue a toda a humanidade, na forma de uma mensagem de paz e esperança.


Charles Chaplin – breve histórico

Charles Chaplin nasceu em Londres, a 16 de abril de 1889. Morreu em Vevey, na Suíça, em 25 de Dezembro de 1977. Aos vinte anos, partiu com o grupo teatral de Fred Karno para os Estados Unidos, onde chamou a atenção de Mack Sennett, diretor da Keystone Studios. Seu primeiro curta, Making a Living, data de 1914 e foi no segundo, Kid Auto Races in Venice, que Carlitos, o Vagabundo fez sua primeira aparição. Entre 1914 e 1923, Chaplin fez mais de 70 curtas-metragens. Depois de concluir The Gold Rush (A Corrida do Ouro), em 1925 - neste ano, o filme completa seu 80º aniversário - Chaplin começou a diminuir sua produção e a se concentrar em filmes de longa-metragem. Entre 1925 e 1967, fez oito filmes, entre eles The Circus (O Circo, 1928), City Lights (Luzes da Cidade, 1931), Modern Times (Tempos Modernos, 1936), The Great Dictator (O Grande Ditador, 1940) e Limelight (Luzes da Ribalta, 1952). A princípio um ator, Chaplin transformou-se em uma “banda de um homem só”, passando a dirigir e produzir seus filmes, além de compor a trilha sonora para eles.


Exposição: Chaplin e a sua imagem

Abertura convidados: 19 de outubro, às 20h

Até 27 de novembro de 2011, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900

Informações à Imprensa

Marcy Junqueira – Pool de Comunicação

Contato: Martim Pelisson / Fone: 11.3032-1599

marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Um comentário:

  1. Invejo não morar nos grandes centros, apenas nesses momentos. Aqui no interior, onde o esquecimento finca raízes com insistência, não somos iluminados por esses tipos de luzes.
    Fico feliz que você e muitos outros tenham essas oportunidades.
    Ótimo post!

    ResponderExcluir