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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Keith Haring - Select Works

Estou ainda tentando assimilar as imagens, esta exposição me causou sentimentos conflitantes.

Ao mesmo tempo em que há séries de imensa alegria e profusão de cores, há também as séries que apresentam o profundo desespero do artista e a ante visão de seu fim, talvez até em função de sua doença, à época sem muitas perspectivas de sobre vida. A outra com elementos de extrema violência e alguma perversão que me lembraram algumas fotos de Mapplethorpe.

Como sempre na Caixa Cultural, o catálogo da exposição é uma obra de referência muito bem feita, maravilhosamente ilustrada, com as explicações detalhadas de cada série mostrada.

Este sim é o verdadeiro produtor da "Pop-Art", nunca ficando preso a fórmulas pré concebidas ou de consumo fácil, buscando sempre inovações.



Blondie - One way or another


Abaixo das imagens, carregadas em alta definição, o "press-release" da Caixa Cultural.










CAIXA APRESENTA EXPOSIÇÃO “KEITH HARING - SELECTED WORKS”

COM OBRAS INÉDITAS NO BRASIL

São Paulo e Rio de Janeiro recebem 94 obras de mostra inédita, que marca os 20 anos da morte do artista, realizada em parceria com a Fundação Keith Haring

A Caixa Econômica Federal patrocina a exposição “KEITH HARING - Selected Works” com 94 obras do artista nunca vistas no Brasil. A mostra organizada pela Litmedia Productions apresenta obras de Keith Haring (1958-1990) que tanto influenciam a arte urbana atual. Na Caixa Cultural São Paulo (Galeria Vitrine da Paulista), a visitação estará aberta a partir de 31 de julho e fica até 5 de setembro de 2010. Depois, segue para Caixa Cultural Rio de Janeiro onde permanece de 28 de setembro e 14 de novembro de 2010.

Com expectativa de receber cerca de 30 mil pessoas por cidade, Selected Works revela a obra do artista ícone da cultura underground da Nova Iorque dos anos 80 por meio de 55 serigrafias, 9 gravuras, 29 litografias e 1 xilogravura.

A exposição percorre dois estados sob comando da produtora e curadora americana Sharon Battat, da Litmedia Productions, responsável por projetos relacionados à arte, moda e publicidade. “Selecionamos trabalhos do Keith Haring que nunca foram vistos aqui e que têm uma estreita ligação com o Brasil, além de artigos pessoais como seu passaporte, skates desenvolvidos por ele, fotos e vídeos pessoais do artista no Brasil e até seus pares de tênis”, detalha Battat. Além de sua participação na Bienal de São Paulo de 1983, Haring esteve no Brasil em diversas ocasiões – principalmente na casa de seu amigo e artista Kenny Scharf, que possui uma casa em Ilhéus (BA). Haverá ainda a exibição de dois documentários na exposição, sendo eles “The Universe of Keith Haring” (direção de Chistina Clausen) e “Drawing the line” (direção de Elisabeth Albert).

A Litmedia Productions também busca parceiros para viabilizar uma série de workshops de pinturas e desenhos para crianças com artistas locais e amigos de Keith como Kenny Scharf, assim como palestrantes convidados. Haring elaborou muitos murais públicos em prol dos direitos civis, caridade, hospitais, creches e orfanatos. Em 1989, foi diagnosticado com HIV e fundou a Keith Haring Foundation no ano seguinte para apoiar campanhas de prevenção do HIV e programas infantis. “Estamos organizando programas educacionais sobre prevenção do HIV em parceria com a ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS) e APTA (Associação para Prevenção e Tratamento da Aids), além de outras instituições”, adianta Sharon.

Sobre Keith Haring

Sua obra é forte, democrática e despretensiosa, carregada de mensagens de vitalidade e união, e teve um impacto profundo na arte e espírito de nossa época. Seu trabalho é facilmente reconhecido pelas linhas grossas, cores vibrantes e figuras características.

Nascido no estado da Pensilvânia (EUA), em 1958, numa família de classe média, cedo mostrou interesse pelas artes plásticas. De 1976 até 1978, estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. Antes de acabar o curso, transferiu-se para Nova Iorque (NY), onde foi grandemente influenciado pelo graffiti, inscrevendo-se na School of Visual Arts (SVA). Lá, Keith ficou amigo de outros artistas como Kenny Scharf e Jean-Michel Basquiat. Depois de dois anos na SVA, Haring saiu da escola e começou a fazer seu nome como um dos mais celebrados e controversos artistas da década.

Keith Haring começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metrô de Nova Iorque. As suas primeiras exposições formais acontecem em espaços alternativos e clubes da cidade, fato que o levou a conhecer Madonna, Grace Jones e David Byrne. Sua primeira exposição individual aconteceu na Tony Shafrazi Gallery, no Soho, em 1982. Em pouco tempo, já participava de exposições e performances no vanguardista Club 57.

Em 1986, ele abriu a loja Pop Shop em NY, onde comercializava roupas e objetos estampados com suas famosas ilustrações. Outra loja é aberta em Tóquio em 1988, fechando em 1989. Em 2005, a Pop Shop de NY fechou as portas, mas ainda existe online.

Parte do movimento das artes underground de Nova Iorque, Haring sempre teve forte preocupação social e a representava com obras repletas de mensagens sobre preconceitos, amor, paz, liberdade e, acima de tudo, a prevenção do HIV. Foi fortemente influenciado pelo graffiti, por sua forma independente e utilização do espaço público.

Sua arte naturalmente tornou-se pública em todas as esferas. Seus desenhos eram vistos nos metrôs de Nova Iorque, no Muro de Berlim, antes da queda, e em exposições ao redor do mundo, como a Documenta 7, em Kassel, a Bienal de São Paulo (em 1983, pintou murais pela cidade numa amostra da arte urbana e efêmera que circula fortemente pelos anos 2000) e a Bienal do Whitney Museum.

Além de seguir pintando murais em vários países, Keith colaborou com painéis iluminados na Times Square, cenários de peças de teatro, campanhas publicitárias e desenvolvimento de produtos. Um de seus últimos trabalhos, “Tuttomondo”, foi dedicado à paz, instalado perto da igreja de Sant'Antonio Abate, em Pisa, na Itália, em 1989. Mas foram seus murais públicos em prol de causas sociais que, de fato, marcaram sua carreira, muitos dos quais criados em prol dos direitos civis, caridade, hospitais, creches e orfanatos.

SERVIÇO:

Exposição KEITH HARING - Selected Works

Local: CAIXA CULTURAL São Paulo - Galeria Vitrine da Paulista - Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2083 - Cerqueira César, São Paulo (SP) - Metro Consolação

Abertura para convidados e imprensa: dia 30 de julho, às 19h
Datas: 31 de Julho a 5 de setembro de 2010
Horário de visitação: terça-feira a sábado, das 9h às 21h e domingos e feriados das 10h às 21h.

Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro - Galeria 3

Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro (Metrô: Estação Carioca)
Abertura para convidados e imprensa: 27 de setembro de 2010, às 19h
Vsitação: de 28 de setembro a 14 de novembro de 2010.
Horário: de terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (21) 2544-4080

Classificação: Livre
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência



2 comentários:

  1. adoro cores fortes, adorei as imangens, ela são muito inquietantes, instigantes, falam.
    bjs

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  2. Muito bom. Meu filho também é artista contemporâneo. Admiro esse estilo livre e descomprometido, apesar de escrever ainda com uma preocupação de estilo. beijo

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