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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NELSON LEIRNER 2011-1961=50 ANOS

Retrospectiva da obra de Nelson Leirner, com trabalhos de diversas fases do artista, em diferentes estilos, linguagens e suportes.

Há nesta mostra obras geniais e deslumbrantes, mas há também obras menores, rasteiras, que parecem terem sido feitas às pressas.

O grande risco de uma exposição desta magnitude é apresentar fases menos inspiradas, ou menos valiosas de cada autor, causando uma certa decepção aos visitantes.

Minha relação com as instalações ainda é difícil, não consigo entendê-las e acho que não são nada mais do que cenários, como já disse Mauro Andriole em um comentário no meu post Aguilar no CCBB; ainda valendo a minha opinião expressada neste.



Birdland - Quincy Jones


Abaixo da imagens, o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da FIESP.






SESI-SP APRESENTA EXPOSIÇÃO
NELSON LEIRNER 2011-1961=50 ANOS

Mostra reúne mais de 40 obras que atravessaram cinco décadas. Público poderá conhecer os trabalhos gratuitamente, a partir de 6 de setembro.


São Paulo, 30/8/2011 - Entre 6 de setembro e 6 de novembro de 2011, Nelson Leirner volta a São Paulo para repassar, na Galeria de Arte do SESI-SP, sua brilhante e controvertida trajetória. A mostra Nelson Leirner 2011-1961=50 anos apresentará, gratuitamente, a retrospectiva dos anos em que o artista reinou absoluto no meio da arte. Uma série que reúne as obras que o colocaram em posição de destaque na história da nossa arte. A mostra inclui, ainda, monumental e inédita instalação “Um, nenhum e cem mil”, realizada ao longo dos últimos 15 anos.
Sua obra é considerada uma das mais provocativas na história da arte brasileira, com trabalhos iconoclastas, fundamentados no persistente desmantelamento da noção de arte, na crítica de seus processos e valores e, acima de tudo, na compreensão do seu caráter grandioso.
A exposição tem curadoria de Agnaldo Farias e abarca três momentos decisivos da trajetória de Leirner: os primeiros anos, quando o artista mesmo fazendo uso de suportes convencionais – pintura, pintura/objeto e desenho – alcança resultados; a segunda fase, de meados de 1965 até 1994, quando alcança a maturidade sob a forma de obra polimórfica (troca a noção de criação pela de apropriação, realiza happenings, performances, intervenções em espaço público até trabalhos pautados na paródia do circuito artístico, passando por ensino da arte e a compreensão do espaço pedagógico como extensão de seu trabalho artístico; e a terceira fase, inaugurada com a mostra retrospectiva de 1994, sua primeira exposição do gênero, quando utiliza objetos industriais, materializadores do repertório infinito proporcionado pelas empresas comprometidas com o imaginário social, de crianças aos adultos, cuja devoção encontra um poderoso apoio em imagens e estatuetas.
Essa fase, em que o artista enxerga seu trabalho como um verdadeiro hobby, coroa-se com a realização da grande instalação “Um, nenhum e cem mil”, composta por objetos e trabalhos portáteis de toda sorte, a exemplo de colagens e intervenções gráficas realizadas sobre cartões postais, livros, revistas e tudo o mais que cai nas mãos do artista e o faz se sentir estimulado a acrescentar algo.


Saiba mais sobre o artista



Nelson Leirner é filho da escultora Felícia Leirner e do empresário Isaí Leirner. Desde a infância, a arte moderna está muito presente em sua vida. Seus pais conviveram com boa parte da vanguarda brasileira e ajudaram a fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP e a Galeria de Arte da Folha, além de instituírem o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea.
Tornou-se artista apenas na década de 50, estimulado por trabalhos de Paul Klee. Em 1956, passou a ter aulas de pintura com Joan Ponç. Dois anos depois, frequentou o Atelier-Abstração, de Flexor, mas não se entusiasmou com os cursos. Suas telas se aproximam da abstração informal de pintores como Alberto Burri e Antoni Tàpies. Entre 1961 e 1964, continuou com a pesquisa de materiais, mas seguiu em outra direção. Interessado nas poéticas dadaístas, produziu seus quadros com objetos recolhidos na rua, criando a série Apropriações.
Em 1964, o artista abandonou a pintura e passou a trabalhar com elementos prontos, fabricados industrialmente. A partir de então passou a recolher objetos de uso e deslocou seu sentido, como em Que Horas São D. Candida (1964). Seus trabalhos estão entre a escultura e o objeto. Dois anos mais tarde, a participação do espectador é incorporada em obras como Você Faz Parte I e II (1966). Ainda em 1966, fundou o Grupo Rex, com Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, Frederico Nasser, José Resende e Carlos Fajardo. O coletivo promove happenings e publica o jornal Rex Time. O grupo se volta a problemas como as relações da arte com o mercado, as instituições e o público.

Em 1967, montou a exposição Da Produção em Massa de uma Pintura, mostrando a série Homenagem a Fontana, uma das primeiras séries de múltiplos do país. As "pinturas" são produzidas industrialmente. Feitas de zíperes e tecidos, objetos que tradicionalmente não têm propriedades artísticas. No mesmo ano, enviou seu Porco Empalhado (1966) para o 4º Salão de Arte Moderna de Brasília. O júri aceita o trabalho. Leirner questionou o resultado e solicitou manifestação explicita dos critérios de admissão da mostra, criando polêmica com críticos como Mário Pedrosa e Frederico Morais. A partir da década de 1970, o teor questionador do trabalho migrou da ação direta para um sentido alegórico, que muitas vezes envolve o erotismo. Nessa época, Leirner se dedicou a outras linguagens, como o design, os múltiplos e o cinema experimental.

A presença de elementos da cultura popular brasileira, marcante desde os anos 1960, cresceu a partir da década de 1980. Em 1985, realizou a instalação O Grande Combate, em que utiliza imagens de santos, divindades afro-brasileiras, bonecos infantis e réplicas de animais. Desde o ano 2000, seu trabalho se apropria de imagens artísticas banalizadas pela sociedade de consumo. De maneira bem-humorada, lida com as reproduções da Gioconda (Mona Lisa), 1503/1506 de Leonardo da Vinci, e a Fonte, 1917 de Marcel Duchamp, como tema artístico. Com a mesma ironia, o artista replica em couro de boi imagens da tradição concreta brasileira, na série Construtivismo Rural.


SERVIÇO:
Exposição Nelson Leirner 2011-1961=50 anos
Vernissage: dia 5 de setembro de 2011, às 19h – fechada para convidados
Local: Galeria de Arte do SESI-SP - Av. Paulista, 1313 – metrô Trianon-Masp
Datas e horários: 6 de setembro a 6 de novembro de 2011 - segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10 às 20 horas; domingo, das 10 às 19 horas.
Informações: (11) 3146-7405 / 3146-7406 / www.sesisp.org.br/centrocultural
Entrada: franca
Recomendação etária: Livre
Agendamento de grupos: (11) 3146-7396 – de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h.

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SESI-SP e SENAI-SP / FIESP www.sesisp.org.br e www.sp.senai.br
Jornalistas responsáveis: Rosângela Gallardo, Rodrigo Marinheiro, Maysa Penna e Danusa Etcheverria
Apoio de atendimento: Karina Silva
E-mail: imprensa@sesisenaisp.org.br
Tels.: (11) 3146-7703 / 7702 / 7724

Um comentário:

  1. Gosto dessa inquietação e desse movimento em direção ao que nos causa prazer e desprazer e que nas mãos do artista se transforma em um novo elemento. Uma ironia? Uma metamorfose? Ou o grande nada em que tudo desagua?
    Òtima resenha.
    Beijos,
    Ana

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