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sábado, 9 de abril de 2011

Thomaz Farkas: uma antologia pessoal

Incrível coincidência termos em São Paulo exposições de dois dos expoentes da fotografia paulista, que também ajudaram a criar uma estética brasileira nesta forma de arte e expressão.

Companheiros nos primórdios do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), Thomaz Farkas e German Lorca, com a eficiência dos equipamentos disponíveis na época e com um olhar arguto, criaram maravilhas.

Hoje com toda a tecnologia disponível para a captação de imagens e sua consequente manipulação, ainda não vi imagens mais belas do que aquelas capturadas com as velhas "máquinas de tirar retrato", conseguidas, ou pelo instinto, ou por uma composição tendo os artistas que montar um cenário ou tema.

Para acompanhar este comentário, um samba de Adoniran, o mais paulista de nossos músicos.


Mulher, Patrão e Cachaça - Adoniran Barbosa



Abaixo das imagens, fornecidas pela assessoria de imprensa do Instituto Moreira Salles, o "press-release" dos curadores.







Exposição com fotografias de Thomaz Farkas em cartaz no Instituto Moreira Salles será prorrogada

Mostra, que seria encerrada em 03 de abril, ficará aberta ao público até 1º de maio

Para homenagear o grande fotógrafo Thomaz Farkas, morto na semana passada aos 86 anos, o Instituto Moreira Salles vai prorrogar a exposição Thomaz Farkas: uma antologia pessoal para o dia 1º de maio. A retrospectiva da obra do consagrado fotógrafo húngaro, naturalizado brasileiro, tem cerca de 100 imagens, parte delas inéditas. A abertura da mostra Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 1825-1826, inicialmente marcada para 12 de abril no IMS-SP, será cancelada e remarcada para 10 de maio.

Em Thomaz Farkas: uma antologia pessoal os visitantes podem conferir imagens do fotógrafo produzidas a partir da década de 1940, época em que Farkas se associou ao Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), local de debate sobre a atividade fotográfica. Afinados com as vanguardas europeias e norte-americanas, os paulistas do FCCB buscavam uma estética específica para a foto, com novos enquadramentos e pontos de vista inusitados. “Predominam aqui as fotografias de forte viés formal e abstrato, baseadas em construções de luz em sombra, a partir da paisagem, arquitetura, objetos ou naturezas mortas, além de imagens marinhas registrando a água e a luz por ela refletida em suas constantes mutações de forma”, explica Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS. A mostra apresenta também trabalhos posteriores do fotógrafo, com uma abordagem mais humanista, quando Farkas se aproxima do fotojornalismo. Destacam-se as séries sobre o Rio de Janeiro que incorporam o retrato e a vida dos moradores de bairros populares e regiões do centro histórico da então capital federal.

Na mostra também estão presentes algumas imagens coloridas datadas de 1975, mas que só foram apresentadas pela primeira vez ao público em 2005.

Livro: Thomaz Farkas – uma antologia pessoal

O livro homônimo à exposição possui cerca de 140 imagens e texto de João Farkas, filho do fotógrafo. Para compor livro e exposição, durante dois anos Thomaz Farkas revisitou toda a sua trajetória, com suporte de seus filhos João e Kiko Farkas, e em conjunto com os pesquisadores e curadores do IMS, que hoje preserva sua obra fotográfica.

Thomaz Farkas – uma antologia pessoal

R$ 85,00

295 pp.

26 x 31 cm

ISBN 978-85-86707-63-6

Sobre Thomaz Farkas:

Thomaz Farkas foi um dos grandes expoentes da fotografia moderna no Brasil. Nascido em Budapeste, Hungria, em 1924, chegou com a família em São Paulo em 1930, quando seu pai reassume a participação na sociedade Fotoptica, fundada por ele e outros sócios dez anos antes e estabelecida desde então na rua São Bento, no centro de São Paulo, como uma das empresas pioneiras na comercialização de equipamentos fotográficos no Brasil.

Em 1932, aos oito anos de idade, Farkas ganhou de seu pai a primeira câmera fotográfica e durante os dez anos seguintes realizou imagens que podem ser compreendidas, em grande medida, como experimentos visuais fotográficos intuitivos e exploratórios à maneira de Lartigue onde família, animais domésticos, o grupo de amigos de bicicleta, fatos relevantes como o Zeppelin sobre a cidade e a construção do estádio do Pacaembu nos arredores de sua residência são todos temas para incursões fotográficas, e, em alguns casos, também cinematográficas.

As primeiras séries fotográficas autorais de Thomaz Farkas estão associadas ao seu ingresso formal no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1942. O trabalho de Farkas, em conjunto com outros fotógrafos atuantes no FCCB, como Geraldo de Barros, José Yalenti, José A. Vergareche, German Lorca, constitui-se na vertente formadora da fotografia moderna brasileira.

Em 1948, Farkas viajou aos Estados Unidos, onde estabeleceu contato com o fotógrafo Edward Weston, na Califórnia, e com o fotógrafo e então curador de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, Edward Steichen. Realizou, no ano seguinte, em São Paulo, sua exposição individual Estudos fotográficos. Ainda nesse mesmo ano, a pedido de Pietro Maria Bardi, juntamente com Geraldo de Barros, montou o laboratório fotográfico do MAM/SP.

Em 1957, por sugestão de seu amigo, o arquiteto e urbanista Jorge Wilheim, que participou do concurso para escolha do projeto de implantação da nova capital do país, Farkas viajou a Brasília para acompanhar a construção do projeto de Lucio Costa e Oscar Niemeyer. A linguagem e abordagem que escolhe nas séries de Brasília, mais próximas do fotojornalismo e da fotografia documental, parecem já apontar para os trabalhos que realizaria na década de 1960 e 1970, em especial a Caravana Farkas de documentários sobre o Brasil profundo e a série em cores sobre a Amazônia e Nordeste (Notas de viagem), todos trabalhos de forte vertente humanista.

Morto em 25 de março de 2011, aos 86 anos, o fotógrafo húngaro naturalizado brasileiro deixa um legado que não se resume a uma obra fotográfica pioneira. Farkas será lembrado também como incentivador das novas gerações e como figura humana exemplar. Desde 2007, mais de 34 mil imagens de sua coleção são guardadas pelo Instituto Moreira Salles.

Thomaz Farkas: uma antologia pessoal

Exposição: até 1º de maio de 2011

Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h

Sábados e domingos, das 13h às 18h

Entrada franca.

Classificação livre.

Instituto Moreira Salles - São Paulo

Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis.

Tel.: (11) 3825-2560

Informações para a imprensa:

Nathalia Pazini - (11) 3371-4490

nathalia.pazini@ims.com.br

Priscila Oliveira - (11) 3371-4460

priscila.oliveira@ims.com.br




Um comentário:

  1. Macario maravilhosas fotos .Vou me empenhar para ir ver a exposição.bjs.parabens.margarida KCB

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