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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sir Paul II

Recebi o comentário abaixo de um grande e querido amigo, que reproduzo e a minha resposta, acompanhado de "Band on the Run ", grande sucesso de Paul com a banda Wings, na fase pós Beatles.



Legal, Maca!
Mas esse na verdade é William Campbell, que tomou o lugar de Paul em 1966, quando este morreu num acidente de carro.
O cara tem muito talento, mas não é Paul!
Em mina opinião, foi até bom pros Beatles a mudança - depois que William assumiu o papel de Paul, a banda ficou mais psicodélica e transformou a história do Rock'n'Roll.
Long life to Sir William Campbell!
Aldo

Aldo,

Já tinha escutado esta história e não foi pela voz de Mel Gibson (Teoria da conspiração).
Penso ser esta mais uma das inúmeras lendas urbanas.
Fui pesquisar e achei o artigo abaixo que me convenceu.

Abraços

PAUL McCARTNEY MORREU EM 1966

Publicado em 03/12/2004 - 02:00

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Por Edson Aran*

É a maior conspiração do mundo pop. Pior do que a invenção do Menudo. Mais horrível do que explorar comercialmente o Jordy. Paul McCartney morreu num acidente de carro em novembro de 1966 e foi substituído por um sósia. Na época, os Beatles eram o principal item de exportação na balança comercial britânica. A perda de Paul destruiria a banda e, por isso, a gravadora resolveu armar uma estratégia para salvar os Beatles. Um sósia de talento duvidoso chamado Billy Shears (segundo algumas fontes) ou William Campbell (segundo outras) assumiu o lugar do beatle esmagado no desastre. Depois de alguma relutância, John, George e Ringo concordaram com a conspiração, mas esconderam cuidadosamente pistas sutis nos discos do grupo que revelam a trama macabra. A maioria dessas evidências estão na capas de Sgt Pepper´s Lonely Hearts Club Band (1967) e Abbey Road (1969).

As pistas de Sgt Pepper´s:

1. No lançamento do disco, os Beatles anunciaram que nunca mais fariam shows ao vivo. Certamente para que Billy Shears ou William Campbell não fosse desmascarado.
2. No centro da fotomontagem da capa, um arranjo de jacintos amarelos forma uma guitarra de canhoto com três cordas. A guitarra simboliza Paul, que era canhoto, e as três cordas mostram que só três beatles estão vivos. Além disso, a ilustração é claramente um funeral.
3. Outro arranjo de flores forma a palavra "Beatles". É a primeira vez que a banda assina um disco como "Beatles" e não "The Beatles". Faz sentido. Se Paul está morto, "The Beatles" não existe mais, mas apenas os três "beatles" remanescentes.
4. Na capa também aparece uma estátua de Kali, a deusa hindu da morte e do renascimento. Claro. Paul partiu desta para uma melhor, mas ressuscitou em outro corpo.
5. No centro da fotomontagem tem uma bateria desenhada por um certo Joe Ephgrave. O nome Ephgrave é considerado um amálgama de "Epitaph" (epitáfio) e "grave" (túmulo). Dizem que se você colocar um espelho horizontalmente no meio de "Lonely Hearts", você lê a seguinte mensagem ?I ONE IX HE < > DIE". A interpretação é a seguinte: "I ONE" significa 11 e, portanto, a mensagem é "em 11 de setembro ele morre". O símbolo < > aponta diretamente para Paul McCartney. O acidente teria ocorrido em 11 de setembro - uma data de múltiplos significados cabalísticos, como se vê.


As pistas de Abbey Road:

1. A capa mostra os quatro Beatles cruzando uma rua, simbolizando um funeral. John está de branco (cor do luto para algumas religiões orientais). Ringo está de preto (luto no Ocidente).
2. Paul anda com o passo trocado e está descalço (algumas religiões enterram seus mortos sem sapatos).
3. No lado esquerdo da rua tem um fusca (que em inglês é conhecido como beetle) com a placa "28 if". Ou seja, Paul faria 28 anos, se (if) não tivesse morrido aos 27. Também tem um carro funerário estacionado do lado direito da rua.


Existe uma infinidade de outras pistas disponíveis na Internet para pesquisadores interessados. No entanto, apesar das evidências abundantes, a conspiração é apenas uma practical joke extremamente elaborada, com acréscimos de vários autores diferentes. A história parece ter começado com um acidente de moto que Paul realmente sofreu em novembro de 1966. Os fãs ficaram preocupados, mas Paul só quebrou um dente.

A trama conspiratória foi relatada pela primeira vez em 1969, no jornal universitário Times-Dephic, da Drake University, em Iowa, Estados Unidos. Inspirado pelo acidente, o autor, Tim Harper, apontava as supostas evidências da morte na capa de Abbey Road. O radialista Russell Gibb, da WKNR-FM de Detroit, gostou da piada e a reproduziu no ar, acrescentando colaborações pessoais à lenda (as pistas na capa de Sgt Pepper´s são possivelmente invenção dele). A partir daí, a teoria conspiratória se propagou por fanzines e jornais alternativos. Faz sentido. Na época, o grande herói da imprensa underground era Hunther S. Thompson, o célebre inventor do gonzo journalism, que mistura reportagens investigativas a um humor absurdamente escrachado. Thompson inventava descaradamente. Seus imitadores, mais ainda.

A criação do sósia William Campbell é atribuída a um certo Fred LaBour no artigo "McCartney Dead: New Evidence Brought to Light" da Big Fat Magazine. O outro suposto sósia, Billy Shears, é um personagem misterioso citado no álbum Sgt Pepper´s: "So let me introduce to you the one and only Billy Shears", diz a letra da primeira canção. A citação a Billy Shears não faz muito sentido no disco mas, pensando bem, nada faz sentido em Sgt Pepper´s.

O fato é que o boato da morte de Paul tomou tamanha proporção que, em 1969, ele teve de convocar uma coletiva de imprensa para provar que estava vivo. Alguns beatlemaníacos atribuem a suposta conspiração à própria banda. Tudo não passava de um projeto de arte conceitual idealizado por John Lennon, afirmam os fãs. Lennon sempre negou isso, assim como George e Ringo. Paul McCartney, por sua vez, sempre encarou o boato com extremo bom humor. O que prova que ele é muito espirituoso, mesmo no além-túmulo.

*Extraído do livro "Conspirações - Tudo o Que Não Querem Que Você Saiba"

4 comentários:

  1. Maca,

    Na minha opinião, isso é mais uma brincadeira que mostra o quanto os Beatles eram bem humorados, brincalhões e malucos… Itens essenciais para se juntar três gênios na música e na criação artística…

    O quarto beatle tinha o grande valor de ser apagado e até submisso aos amigos. Se ao invés de Ringo na bateria estivesse Keith Moon (The Who) ou John Bonham (Led Zeppelin), a música teria sido (ainda) melhor, mas certamente não teriam chegado ao segundo álbum, com o conflito de egos.

    Aliás, é Ringo que canta "With a little help from my friends", logo depois de ser apresentado como Billy Shears na segunda faixa (lado A) de Sgt. Pepper's.

    Mas voltando ao Paul/ William, acho mesmo que o John Lennon jogou a isca e os jornalistas e público fisgaram. E a gente se diverte.

    Bem… isso foi o John Lennon, antes de virar John Ono Lennon e se tornar um chato de galochas!

    Grande abraço,

    Aldo

    PS. Adoro esta expressão: "chato de galochas"… É tudo que um chato precisa na vida: galochas molhadas! Slapt slapt slapt! :D

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  2. Aldo,

    Também concordo que o Paul, pós Beatles teve uma carreira muito melhor do que o John Ono, parece que sua fonte secou ou foi tragada por aquela bruxa.
    Quanto ao batera, lembro um pouco de uma história de que havia um outro músico antes do Ringo, que inclusive esteve na excursão alemã, não sei se morreu ou saiu do grupo.
    Por favor me lembre.
    Abraços,

    Maca

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  3. Maca,

    O primeiro baterista da banda foi Pete Best, dispensado em 1962 por Brian Epstein porque ele não era "parte do grupo", com idéias e estilos próprios. O que não aconteceu com o Ringo - um "vaca de presépio" convicto.

    Mas a atitude do Ringo ajudou no perfil do grupo, pois não era conflitante com o estilo Rock'n'Roll.

    Voltando ao John Ono, ontem li que houve um caso dele com uma tal de May Pang, que em 1974 viveu com o John num bom momento de sua vida criativa, e longe da Yoko. Foram 18 meses que John se refere como "fim-de-semana perdido"…

    A Yoko é mesmo uma bruxa!

    Sorte do Paul e do George que não tiveram uma dessas, mas acho que foi ela que acabou com os Beatles.

    Abração,

    Aldo

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