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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Alex Vallauri

Que agradável sensação tive quando entrei nesta galeria, as obras expostas me remeteram há 30 anos, quando Alex Vallauri tirou a arte das galerias e museus e a trouxe para as ruas.

Me veio a lembrança de, primeiro a surpresa, querer saber mais sobre quem é que rompia a aridez do cinza de nossa cidade, de uma maneira bem humorada, colorida e poética.

É claro que não sabia o nome do artista e nada sobre ele, mas a forte impressão deixada pelos seus trabalhos ficou no meu inconsciente.

Descobri neste evento que tais belezas foram feitas por quem teve profundo domínio das técnicas de pintura e conhecimento das artes no geral, que lhe deram as condições de ousar e inovar.

Apresentada na Galeria Jaqueline Martins, esta mostra vale a visita, pois apresenta a semente ou a centelha do Grafite no Brasil.

Para acompanhar o comentário, esta delicada música de Luiz Tatit, contemporânea a estas obras.



Esboço - Luiz Tatit

Abaixo das imagens, o "pres-release", fornecidos pela assessoria de imprensa do evento.







Alex Vallauri ganha homenagem em

mostra na Galeria Jaqueline Martins

Galeria paulistana reúne obras relevantes do pioneiro da

street art no Brasil, conhecido pela apropriação de imagens

e intervenções urbanas. Abertura no dia 16 de abril

A Galeria Jaqueline Martins inaugura seu espaço expositivo no dia 16 de abril, às 12 horas, com a mostra Alex Vallauri, reunindo cerca de 40 obras icônicas daquele que é considerado um dos pioneiros da arte de rua no Brasil.

Organizada pela marchande, a mostra traz a público séries de serigrafias, off-sets, arte postal, carimbadas, moldes em PVC e papelão, pinturas e fotografias inéditas do artista, além de registros fotográficos de suas intervenções pela cidade de São Paulo.

Mágico, Bota, Pantera, Luva, Acrobatas, Cobra, Jacaré, Mercúrio e a celebrada personagem Rainha do Frango Assado. Quem viveu na São Paulo dos anos 1970 e 80 certamente se deparou com essas figuras estampadas nos muros da metrópole. O tempo e a falta de memória urbana, contudo, foram inclementes com a stencyl art e os grafittis do artista, restando hoje apenas duas intervenções públicas, localizadas na Liberdade e no Centro da cidade. Na mostra, estão reunidos registros de algumas delas.

São exibidas também as carimbadas e a pouco conhecida arte postal, realizada no final dos anos 1970, quando o artista enviava cópias de cartões-postais de São Paulo a seus amigos com a intervenção de sua coleção de mais de 400 carimbos vintage.

Circulação

A galeria realiza ampla distribuição de 1000 cartazes da mostra em espaços culturais e pontos de grande movimentação da cidade. Na abertura da exposição, sábado, serão oferecidos cerveja e pipoca em saquinhos com as irreverentes carimbadas e também bottons personalizados, bem ao gosto do artista.

Catálogo e fotos inéditas

A exposição é acompanhada de catálogo colorido com reproduções de obras e texto inédito de Suszanna Sassoun, amiga e marchande do artista nos anos 1980. A publicação conta com fotos inéditas e registros fotográficos de obras pela fotógrafa Vera Albuquerque.

O segundo semestre ano de 2011 reserva ainda duas celebrações relacionadas a Vallauri. A editora BEI lança livro assinado pelo crítico João Spinelli e o Museu Afro Brasil realiza exposição em sua homenagem.

Alex Vallauri (Etiópia, 1949 - São Paulo, 1987). Italiano nascido na Etiópia, o artista começa estudos de desenho ainda na adolescência, em Buenos Aires. Quando de sua mudança para São Paulo, em 1965, inicia-se nas artes gráficas desenvolvendo séries de gravuras de temática social e etnográfica. Em 1973, gradua-se em Comunicação Visual e Formação de Professores de Desenho na FAAP, onde posteriormente foi professor. Nesse período, realiza exposições na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna e participa de coletivas no MAC USP e da XI e XIV edições Bienal de São Paulo. Seu interesse pela pintura mural, entretanto, tem início em 1978, após uma estada de dois anos em diversas cidades da Europa. São desse período as botas de salto alto e tantas outras imagens e símbolos do imaginário coletivo metropolitano, realizadas em diversos suportes por meio de máscaras vazadas de papelão recortado. De 1982 a 1983, o artista fixa residência em Nova York, onde realiza intervenções de grafitti em murais, além de cenários e exposições. De volta a São Paulo, desenvolve trabalhos com diversos jovens artistas entre os quais Waldemar Zaidler e Carlos Matuck. Seu súbito falecimento em 27 de março de 1987, em decorrência do vírus HIV, é hoje lembrado em todo o país como o Dia Nacional do Grafitti.

Galeria Jaqueline Martins

Fundada pela galerista que empresta o nome ao espaço, tem foco na jovem produção de artes da cidade e na reapresentação de artistas que, a exemplo de Alex Vallauri, ficaram fora do circuito das artes. Representa os artistas: Alzira Fragoso, Daniel Nogueira, Dudu Santos, Nicole Mouracade-Nim e Genilson Soares. Jaqueline Martins trabalha no mercado de arte há nove anos.

Serviço:

Evento: mostra Alex Vallauri

Abertura: sábado, 16 de abril, das 12 às 18 horas

Período expositivo: de 18 de abril a 21 de maio

Local: Galeria Jaqueline Martins

Endereço: Rua Virgilio de Carvalho Pinto, 74 – Pinheiros – São Paulo, SP

Telefone: (11) 2628 1943

Horários: de segunda a sexta das 11h30 às 19h; e sábados das 11h30 às 17h

Entrada franca e livre

www.galeriajaquelinemartins.com

Mais informações para a imprensa:

Décio Hernandez Di Giorgi

www.adelantecultural.com.br

Tel.: (11) 3589 6212 e 8255 3338

dgiorgi@uol.com.br

2 comentários:

  1. Ai que saudades desses sopros de poesia na concretude de Sampa dos anos 80.
    Obrigada!

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  2. I must get to Sao Paulo to see Alex's work! He has been so inspiring!
    I have many of his posters and artifacts and honor them

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