Desde novembro que não tínhamos em São Paulo uma boa exposição de fotografias como esta da Caixa Cultural, de um fotografo romeno que vive no Brasil desde 2000, registra o cotidiano dos pescadores do Nordeste do Brasil.
Com fotos em branco e preto, simula a estética dos documentaristas dos anos 40/50, que trouxeram para as cidades, através das revistas O Cruzeiro e Manchete, toda a realidade daquelas paragens.
A idéia não é nem um pouco original, pois até Orson Welles iniciou um filme em 1942 que contaria a história de quatro pescadores que deixaram Fortaleza e chegaram ao Rio de Janeiro após sessenta e um dias sem o auxílio de instrumentos de navegação ou cartas náuticas. O filme nunca chegou a ser terminado, por motivos diversos, explicados no link acima, e tinha o título "It's All True", que veio a dar nome ao Festival Internacional de Documentários, de Almir Labaki, que terá sua edição de 2012 de 22 de março a 1 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Mas é um grande passeio para que gosta de fotografia e principalmente as em preto-e-branco, que nos põe a refletir sobre diversos temas.
Suite dos Pescadores - Dorival Caymmi com abertura de Vinicius de Moraes e Quarteto em Cy
Abaixo das fotos o "press-release", fornecidos pela assessoria de imprensa da Caixa Cultural.
TERRA
E MAR NA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO
Mostra
itinerante resgata a cultura das comunidades litorâneas do nordeste do país a
partir da visão do fotógrafo búlgaro Roumen
Koynov
A CAIXA Cultural São
Paulo (Sé) apresenta, a partir deste sábado (10), às 11h, a exposição “Minha
Terra é o Mar”, do fotógrafo Roumen Koynov, composta por 50 imagens fotográficas
ampliadas, acompanhadas de recursos multimídia e testemunhos da influência do
mar no modo de vida das comunidades cearenses, pernambucanas e baianas. Com
produção da Manifesta Arte e Cultura e patrocínio da Caixa Econômica Federal, a
exposição permanece até 6 de maio, com entrada
franca.
Com curadoria de
Soraya Vanini, o objetivo da mostra é apresentar a cultura do homem litorâneo do
nordeste brasileiro, resultado da miscigenação das etnias indígena, negra e
branca; e articular seu legado, fruto da estreita relação com o mar, à formação
do ethos do homem
brasileiro.
Como exercício
estético, o fotógrafo apresenta, em
São Paulo , uma instalação inédita, mediando
novos encontros contemplativos com o público, com a projeção de fotos em uma
vela de jangada no hall de entrada do CAIXA
Cultural.
Sobre
Roumen Koynov:
O fotógrafo nasceu na
Bulgária, em 1964. Depois de terminar seus estudos na área de Engenharia de
Instrumentos Óticos, na Universidade Técnica de Sofia, mudou-se para Plovdiv,
centro cultural do país, onde começou a se destacar como fotógrafo profissional.
Nos anos 1990, trabalhou como fotógrafo para inúmeras agências e instituições
culturais, nos países europeus.
Em 2000, mudou-se para
o Brasil e radicou-se em Manaus, passando a registrar as paisagens da Amazônia
brasileira. Aqui, sua obra participou de inúmeras bienais, exposições
individuais e coletivas, com destaque para o trabalho “Waterland – Images from
Amazon”, exposição individual realizada na Alemanha, Bulgária, França e
Brasil.
Em 2007 começou sua
pesquisa junto às comunidades litorâneas do nordeste, com o registro de mais de
30 comunidades. Paralelo aos trabalhos de pesquisa de campo, Roumen atua como
fotógrafo para diversas revistas e instituições culturais, nacionais e
internacionais.
Serviço:
Exposição
Minha Terra é o Mar
Abertura
para convidados e imprensa: 10
de março de 2012 (sábado) às 11h
Visitação: de 10 de março a 6 de
maio de 2012
Horário
de visitação: de terça-feira a
domingo, das 9h às 21h
Local: CAIXA Cultural São
Paulo (Sé) – Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo
(SP)
Informações,
agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas
públicas: (11)
3321-4400
Acesso
para pessoas com necessidades especiais
Entrada:
franca
Recomendação
etária:
livre
Patrocínio: Caixa Econômica
Federal
Fez lembras os trabalhos do Verger, mas tem algo particular.
ResponderExcluirMais uma boa dica.
Abraço, Macário!
Grande José!
ExcluirEstava tentando localizar a obra de quem essas fotos se parecem, e apesar de ter visto várias mostras do Verger, ainda não tinha conseguido.
Perfeita sua lembrança. Obrigado.
Abraços.